Abramed lança novo site

Com o propósito de transformar a experiência de quem busca referências sobre a Medicina Diagnóstica, nova versão do portal traz design adaptável para diferentes dispositivos dos usuários

08 de Abril de 2020

A Abramed – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica põe no ar a nova versão do seu site, que conta com uma interface mais moderna e design com a identidade visual comemorativa dos 10 anos da entidade. O portal se encaixa automaticamente em qualquer dispositivo do usuário, seja um computador, tablet ou smartphone.

Segundo Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, o objetivo da atualização da plataforma é facilitar o acesso à informação e transformar a experiência dos associados e de quem busca referências sobre a Medicina Diagnóstica. “A Associação tem o compromisso de promover e estimular o setor. Por meio dos canais de conteúdo, a Abramed tem desempenhado importante papel na disseminação de informações seguras para a sociedade”, diz.

Na plataforma, o usuário tem acesso ao histórico de atuação da Associação nos últimos 10 anos, bem como a estrutura interna de Comitês e Grupos de Trabalho, quem são os associados e parceiros, entre outros conteúdos sobre a entidade e o setor.

O site traz também a versão digital das principais publicações produzidas pela Abramed, com destaque para o Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, em sua segunda edição, que está disponível nos idiomas português, inglês e espanhol, para visualização e download. Já na sessão Abramed na Mídia, é possível acompanhar a participação da Associação na imprensa e como a entidade, neste momento, está atuando e contribuindo na luta contra o novo coronavírus.

Combate à Covid-19 é destaque em conferência

Em webinar promovido pelo CBEXs, Wilson Shcolnik reforçou ações da medicina diagnóstica

08 de Abril de 2020

Convidado pelo Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs) para tratar das estratégias da medicina diagnóstica brasileira no combate ao novo coronavírus em um webinar que reuniu líderes da saúde nacional, Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), reforçou o protagonismo do setor e o envolvimento de todos os players durante a pandemia.

Realizado na noite de 7 de abril, o encontro coordenado por Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração do CBEXs também recebeu Mauro Guimarães Junqueira, secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), e Cláudio Lottenberg, presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

Em sua apresentação inicial, Shcolnik fez uma avaliação do atual cenário: “Podemos afirmar que é um grande desafio para o setor, pois ninguém no mundo estava realmente preparado para enfrentar essa crise. Tivemos que organizar nossas infraestruturas e nossos fluxos de atendimento, buscar insumos em território nacional e no mercado internacional, e trabalhar a comunicação tanto com as comunidades médicas quanto com a sociedade”.

O presidente aproveitou a oportunidade para enfatizar o reconhecimento da relevância dos exames diagnósticos em momentos de crises de saúde. “Os laboratórios clínicos ganharam destaque e os testes estão sendo muito valorizados”, disse.

Entre os fatores que alavancam o protagonismo do setor de diagnóstico estão o fato de que o exame molecular RT-PCR (reação em cadeia da polimerase em tempo real) é o padrão ouro para detecção do novo coronavírus e de que os recursos laboratoriais são indispensáveis para checar a imunidade de profissionais de saúde que tiveram contato com o vírus, considerando seu retorno ao trabalho. “Em outros países 20% dos profissionais de saúde foram infectados. Esperamos um percentual semelhante no Brasil e precisaremos desses exames para avaliar nosso impacto”, esclareceu Shcolnik.

Na sequência, em uma fase posterior da pandemia, a medicina diagnóstica se fará mais uma vez indispensável para checar a imunidade de rebanho, quando mais de 65% da sociedade já se contaminou tornando-se, assim, resistente por conta de sua memória imunológica e acarretando no encerramento do ciclo de disseminação do patógeno.

Reafirmando a observação de Shcolnik de que os exames surgiram, nesta pandemia, como peça fundamental do quebra-cabeça, Balestrin trouxe à tona um posicionamento relevante sobre importância dos exames mesmo com resultados negativos, algo que vem sendo questionado no âmbito da saúde preventiva. “Muitas vezes as pessoas acreditam que o resultado negativo é desperdício. Mas, na situação que estamos vivendo, vemos que esse resultado, quando negativo, nos diz muito”, declarou.

Parceria com o setor público

O presidente da Abramed também mencionou a atuação da entidade junto ao setor público contribuindo para o maior controle da COVID-19 no país. Citou a construção de um canal de comunicação direto entre os laboratórios privados e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para notificação rápida dos resultados dos exames para diagnóstico da infecção pelo novo coronavírus; e um projeto elaborado junto a outras entidades do setor que auxiliará na validação dos exames de diagnóstico disponíveis no mercado nacional focado em checar a confiabilidade dos métodos e garantir a segurança da população.

Isolamento Social

O webinar também trouxe as perspectivas dos hospitais, na visão de Cláudio Lottenberg, e um parecer das Secretarias Municipais de Saúde pela apresentação de Mauro Junqueira. Reconhecendo que a união de esforços é importante para que o país enfrente a crise da maneira menos nociva possível, a importância do isolamento social foi pauta constante do debate.

Junqueira mencionou que desde os primeiros casos de COVID-19 identificados no país o Ministério da Saúde provocou discussões com governadores e prefeitos sobre a relevância do isolamento social pra achatar a curva de disseminação da doença no país, permitindo, assim, que todas as regiões pudessem se preparar disponibilizando novos leitos tanto clínicos quanto de UTI. “É nisso que estamos trabalhando no momento”, comentou.

O executivo também respondeu à pergunta mais comum na sociedade: quando vamos sair do isolamento? Para ele, somente sairemos quando tivermos todos os insumos disponíveis, entre eles os equipamentos de proteção individual e os de diagnóstico, e leitos preparados e suficientes para atender toda a demanda.

Para Wilson Shcolnik, as evidências mostram que as decisões tomadas pelo Brasil surtiram efeitos positivos para retardar a transmissão garantindo tempo para a montagem e preparo das estruturas hospitalares. “Tenho bastante confiança no que está sendo feito pelo Ministério da Saúde”, disse.

Lottenberg reforçou que apesar da taxa de letalidade do novo coronavírus ser baixa, a alta capacidade de transmissão o transforma em um grande inimigo de todo e qualquer sistema de saúde no mundo. “É um vírus que acomete, simultaneamente, uma parcela significativa da população, sobrecarregando o sistema”, declarou. Segundo ele, não se trata de uma dificuldade exclusivamente brasileira ou dos países em desenvolvimento. “Temos, no Brasil, 25 leitos de UTI para cada 100 mil habitantes. Os EUA têm 38 leitos para cada 100 mil habitantes e, por lá, a situação também não é sustentável”, explicou.

Todos também concordaram que a telemedicina, que foi autorizada como forma de facilitar o atendimento populacional durante a pandemia, ganhará reconhecimento após o surto.

Lideranças da saúde debatem estratégias de enfrentamento ao novo coronavírus em webinar promovido pelo FIS

Presidente do Conselho de Administração da Abramed participou de conferência junto a outros gestores do setor

08 de Abril de 2020

O presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, participou do webinar realizado pelo Fórum Inovação Saúde (FIS), que ocorreu no último dia 3 de abril, para debater o impacto sanitário, econômico e social de uma pandemia, sob a perspectiva da Covid-19. Shcolnik abordou, entre outros assuntos, o papel de destaque dos exames laboratoriais neste cenário atual de crise.

“O protagonismo dos exames laboratoriais nessa epidemia veio desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou o método denominado de “padrão ouro” para confirmação dos quadros agudos, que é o RT-PCR, e a mídia tem amplamente divulgado características desse exame, um teste molecular de alta complexidade. Ele não está disponível em qualquer laboratório, apenas naqueles que possuem equipamentos e recursos humanos capacitados para executá-lo”, disse o presidente da Abramed.

Segundo ele, graças à descoberta do genoma viral foi possível estabelecer dentro dos laboratórios os métodos chamados in house, que são processos artesanais baseados em agentes importados. Com o afluxo imenso das primeiras semanas, talvez pelo susto que os dados vindos da China trouxeram, muitos pacientes recorreram aos laboratórios, e rapidamente os estoques de reagentes se esgotaram.

“Os laboratórios hoje conseguiram automatizar esse processo de modo que, se o compararmos à semana inicial, quando conseguíamos realizar centenas de exames por dia, hoje é possível afirmar que os laboratórios bem equipados conseguem executar cerca de milhares por dia, o que vai trazer certo conforto, tanto para nós, quanto para o Ministério da Saúde”, atentou Shcolnik.

Existe uma preocupação em se identificarem os pacientes que já se tornaram imunes de alguma maneira e que depois de infectados podem de forma segura retornar ao convívio e, em se tratando de profissionais de saúde, podem aos poucos retornar a seus postos de trabalho.

Sobre os testes sorológicos que estão chegando para o tratamento da doença, Shcolnik disse que eles detectam praticamente três tipos de anticorpos: o IGA, muito presente nas mucosas do organismo humano; o IGN, que é o primeiro anticorpo a ser produzido já na fase aguda da infecção, demorando cerca de sete a dez dias para alcançar o pico mais elevado e se tornar perfeitamente detectável; e por fim o IGG, que pode trazer imunidade, embora não se saiba ainda se a possibilidade de reinfecção existe.

“Queria deixar claro que a qualidade e o desempenho dos testes rápidos são muito variáveis. Eu sei que está havendo um esforço muito grande do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fiocruz para validar esses testes. Na área privada há também um esforço da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), a qual congrega as indústrias que produzem kits, com este mesmo objetivo: validar e tornar público quais são os kits de testes rápidos que podem ser utilizados com confiança nos resultados”, ratificou o presidente.

O debate foi mediado pelo médico e presidente da Iniciativa FIS, Josier Vilar, e contou também com as participações do CEO da Fundación Privada Hospital Asil de Granollers e secretário-geral da Associação Patronal Sanitária da Catalunha (Espanha), Rafael Lledó Rodríguez; do vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/EUA), Jarbas Barbosa; do CEO do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap; e do chief medical officer do United Health Group (UHG) Brasil, Charles Souleyman.

Alta transmissão

Para Barbosa, o mundo enfrenta uma emergência de saúde pública sem precedentes neste século posterior à gripe espanhola. A pandemia da Covid-19 está acontecendo com uma velocidade tal que as evidências são geradas ao mesmo tempo que o número de doentes vai evoluindo. Segundo o representante da OPAS, o que demonstra como a velocidade de transmissão está acelerando nas Américas é que na última semana, entre quarta e sexta-feira, três países tiveram mais de 10% de acréscimo no número de infectados de um dia para o outro – Canadá, Brasil, Chile e Equador.

“O conhecimento epidemiológico tem crescido. Já se sabe a capacidade que o vírus tem de ser transmitido rapidamente, que a Covid-19 produz casos assintomáticos, ainda que haja certa variação – qual é exatamente o percentual de assintomáticos. Sabemos que há vários casos leves e que por isso essas pessoas não vão procurar serviços de saúde. Sabemos que os números que temos hoje são subdimensionados, porque, como qualquer doença que tem esse gradiente clínico amplo, existem casos assintomáticos, leves e moderados, mas geralmente conseguimos captar com muito melhor qualidade os casos mais graves, os casos que procuram hospitais, que procuram serviços de saúde”, ressaltou Barbosa.

O vice-presidente chamou a atenção ainda para o isolamento social, enfatizando que o que faz diferença é o momento quando se inicia o isolamento, que deve ser feito durante a “subida da curva” de contágios.

Isolamento social

De acordo com Rodríguez, a Espanha, por exemplo, não tomou as medidas de isolamento com antecedência, o que se refletiu nos índices acelerados de casos da Covid-19, maiores que naqueles que adotaram a medida de imediato. O secretário-geral disse que países como Alemanha e Coreia do Sul, que iniciaram o isolamento social antes, tiveram melhor resultado na batalha contra o coronavírus.

“Temos visto que não há diferença entre homem e mulher. A infecção acomete sobretudo adultos, e as formas mais graves se desenvolvem em pessoas a partir dos 60 anos, especialmente naqueles com mais de 80 anos. Sintomas comuns são variados, mas o principal é a pneumonia”, revelou Rodríguez.

O CEO do Hospital Sírio-Libanês falou que os reflexos do isolamento social, que se diz hoje refletirem num prazo de aproximadamente duas semanas, podem não ser os mais adequados. Sua tese é de que isso deve se dar em um tempo maior – ou que não a falta de testes é demasiadamente grande. Para Chapchap, a Covid-19 está se mostrando uma doença desafiadora, seja pelo número de internações, seja pelo tratamento de casos graves, que exigem muitos dias de atendimento intensivo.

“Os pacientes que vão para a UTI têm um quadro de recuperação extremamente lenta, com 17% a 20% deles precisando de terapia de suporte renal. A grande maioria dos pacientes vai se recuperar se for adequadamente tratada”, reiterou Chapchap.

União

Souleyman foi convidado a falar sobre como se está organizando a questão dos suprimentos nos hospitais do grupo UHG no Brasil. Segundo ele, essa epidemia está trazendo e revelando o melhor e o pior da natureza humana, colocando o mundo diante de um cenário desafiador nunca vivido.

“Hoje temos uma situação em que estamos tratando os doentes, muito graves, com ventilação difícil, que exigem o máximo de competência, o máximo de medicação, com cuidados e medidas de isolamento. De fato, se não conseguirmos com todo o distanciamento social mitigar a evolução da epidemia, vamos perder muita eficácia nesse tratamento. Não só se torna exponencial o número de casos, mas também, com ele, o número de óbitos”, ressaltou Souleyman.

A necessidade de integração entre os sistemas público e privado no atual contexto também foi salientada pelo executivo. Segundo ele, não se pode concorrer por compras de equipamentos de proteção individual (EPI) e respiradores. Todos devem estar unidos para, de forma colaborativa, contornar de maneira eficiente os problemas da pandemia.

COVID-19 – O valor da Medicina diagnóstica em tempos de pandemia

Cenário de infecções pelo novo coronavírus alavancou a importância do setor no combate aos surtos que rapidamente se espalham pelo mundo

07 de Abril de 2020

A pandemia do novo coronavirus, que teve início no final de 2019 na China e, até o fechamento desta matéria no dia 7 de abril, segundo informação da Organização Mundial da Saúde (OMS), já tinha causado mais de 72 mil mortes no mundo, trouxe à tona importantes debates sobre o valor da medicina diagnóstica no controle de grandes surtos e sobre o uso racional de exames para garantia de atendimento à toda a população. Além disso, despertou discussões sobre a qualidade e aplicabilidade de diferentes metodologias diagnósticas.

Ao recomendar que as nações ampliassem seus programas de diagnóstico testando o maior número possível de pessoas para retardar o avanço da COVID-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou a importância dos exames para identificar pacientes contaminados e isolá-los, interrompendo a cadeia de infecção.

Para o diagnóstico preciso – que também envolve exames de imagem – é utilizado um método molecular conhecido como RT-PCR (reação em cadeia da polimerase em tempo real). Exame de alta complexidade realizado em laboratórios especializados, este teste é bastante confiável e, portanto, gera resultados conclusivos. Para este exame os profissionais de saúde coletam amostras de muco e saliva dos pacientes e, nessas amostras, identificam a presença de material genético do vírus.

Com o número de casos crescendo exponencialmente em todo o mundo e aumentando drasticamente a demanda pelos exames, os países foram obrigados a gerir melhor seus estoques de insumos para que os testes fossem utilizados de forma racional e, assim, pudessem atender da melhor forma às necessidades populacionais.

Para tal, o Ministério da Saúde no Brasil optou por direcionar os exames disponíveis aos pacientes mais críticos, fazendo com que a decisão pela realização dos testes coubesse exclusivamente aos médicos responsáveis por cada caso. Até por esse motivo, quando o país entrou em transmissão comunitária, os testes que poderiam ser realizados em domicílio por laboratórios privados foram limitados.

Fazendo a gestão da alta demanda por exames e prezando pela manutenção dos serviços, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) esteve em contato direto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando liberação imediata de insumos para exames de diagnóstico do novo coronavírus. “A criação de um canal direto de comunicação entre as entidades permite que os materiais cheguem com mais agilidade aos laboratórios”, comenta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Associação.

Com o ofício encaminhado à Anvisa, a entidade trabalhou pela desburocratização da importação dos materiais, solicitando que os insumos importados fossem enquadrados na categoria prioritária das petições de registro. Contribuindo para a sustentabilidade da medicina diagnóstica durante a pandemia, a Abramed também assinou, ao lado de outras diversas entidades do setor, um documento denunciando a alta dos preços dos insumos. O objetivo da ação foi pedir atenção do governo para monitoramento e combate aos aumentos abusivos.

Foco em qualidade – Mesmo diante da alta demanda, o setor de diagnósticos no Brasil se mostrou extremamente preocupado com a qualidade dos exames que estão sendo realizados diariamente no país. Para suprir a necessidade de testar o maior número possível de pessoas, surgiram os testes rápidos.

Fabricados em território nacional ou importados, esses testes se baseiam nos anticorpos produzidos pelo organismo do paciente, o que amplia a chance de darem falsos negativos. “Caso a pessoa comece hoje a apresentar tosse e febre, o teste rápido dará negativo mesmo que ela esteja com COVID-19, pois o corpo somente começa a produzir anticorpos de 7 a 10 dias após o início os sintomas”, explica Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed. Segundo o executivo, o grande problema deste resultado impreciso está na falsa e perigosa sensação de segurança.

Sem abrir mão do RT-PCR para verificar os resultados negativos, os testes rápidos são válidos para avaliar o retorno ao trabalho de profissionais de saúde, desde que a testagem ocorra no mínimo sete dias após o início dos sintomas, e como primeira opção para diagnóstico de pacientes hospitalizados já com quadro tardio. Dessa forma, são auxiliares durante a pandemia desde que sejam aplicados da forma mais prudente e adequada.

Em curso, a pandemia movimenta a saúde diariamente com uma grande quantidade de informações provenientes de sociedades científicas, estudos e novidades que visam reduzir o impacto do novo coronavírus na sociedade moderna. E a medicina diagnóstica é parte fundamental de todos os processos, auxiliando inclusive na elaboração de possíveis tratamentos.

Abramed é destaque na mídia em março

A pauta foi o cenário atual de realização de exames para o novo coronavírus

07 de Abril de 2020

No cenário de pandemia pelo novo coronavírus e seus desdobramentos, em que o papel da imprensa é fazer a cobertura responsável dos fatos, com comprometimento com a verdade, levando notícias de qualidade à população, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que tem canal aberto de comunicação com a imprensa brasileira, esteve sob destaque da grande mídia nacional, colaborando como fonte segura para que os veículos levem informação devidamente apurada e de interesse público à sociedade.

O pontapé foi dado pelo jornal Valor Econômico, que falou sobre a alta demanda pela realização de testes para o coronavírus. O assunto foi retomado pelo mesmo veículo, dessa vez abordando a questão do limite de produção de exames para detecção da covid-19. A Abramed votou à pauta no Valor Econômico para falar sobre o pedido de liberação de insumos importados para produção desses exames; também sobre o racionamento de reagentes e falta de testes e mais uma vez para abordar as consequências da alta demanda pelos exames da covid-19.

O jornal O Globo abordou o aumento na procura pelos testes para o novo coronavírus nos hospitais. Em mais duas oportunidades o mesmo jornal teve a Abramed como fonte falando sobre a falta desses exames que poderia acontecer devido a alta procura e sobre a escassez de insumos.

O presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, concedeu entrevista à GloboNews sobre o pedido de liberação de insumos importados mais rápida a Anvisa para atender à demanda crescente por testes do coronavírus.

Na sequência, o racionamento e a falta desses exames foi pauta na revista Exame.

A coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, apontou a escassez de máscaras e luvas para os profissionais de saúde no atendimento aos pacientes durante a pandemia e o veículo ouviu a Abramed mais uma vez sobre testes rápidos.

A Record News falou sobre a alta demanda e disponibilidade por exames para o coronavírus com entrevista da diretoria-executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins, que ainda foi ouvida pela CBN sobre a liberação de insumos para esses testes, tema também abordado pelo Jornal da Record.

Para BandNews, Priscilla falou  sobre o gerenciamento de estoque de exames para detecção da covid-19 e falta de reagentes e outros insumos.

Gestão da qualidade é importante para assistência segura em saúde

Excelência nos processos oferece menor risco a pacientes e melhoria nos serviços prestados

07 de Abril de 2020

A gestão da qualidade na saúde depende da melhoria contínua dos processos para garantir os padrões de excelência definidos pelos órgãos reguladores, além de ofertar condições qualificadas de assistência ao paciente para maior aceitabilidade dos serviços prestados.

O caminho não é simples. É preciso mudança de cultura da instituição, com investimento constante em educação, tecnologia e inovação, além de maior interligação entre as áreas de clínicas e laboratórios para que o processo de gestão, governança e qualidade seja entendido com mais clareza e os objetivos sejam compreendidos por todos os profissionais.

Para Natália Bruna Sena, gerente de Qualidade do Sabin Medicina Diagnóstica e membro do Comitê de Governança, Ética e Compliance da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), desse modo, é possível identificar erros e onde os processos funcionam de maneira mais eficiente. “Análise e melhoria dos produtos e métodos são realizadas para assegurar o atendimento aos requisitos e às metas estabelecidas no planejamento estratégico. A evolução está diretamente ligada à melhoria dos resultados e indicadores de desempenho, que devem ser verificados mensalmente com o objetivo de manter ou corrigir rotas para promover a evolução contínua de processos, produtos e a qualidade do serviço prestado”, explica.

Cabe ao setor da qualidade a responsabilidade pelas auditorias internas e externas das normas vigentes, sendo esta área responsável por implantar, planejar, controlar e garantir o sistema de gestão da empresa cumprindo os requisitos dessas normas. Essa mesma equipe também deve cumprir as políticas internas, além de prover a gestão de documentos e o controle dos procedimentos e registros do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ).

Natália sugere que os processos sejam documentados por meio dos procedimentos do SGQ, estabelecendo os critérios a serem seguidos, de forma clara, objetiva e que reproduza fielmente um processo ou atividade. “Esses documentos devem ser analisados criticamente e aprovados pela liderança do setor, que treinará sua equipe baseada no procedimento estabelecido.

A especialista também propõe que a gestão da qualidade realize auditorias internas nos setores técnicos dos núcleos operacionais, hospitalares e de apoio, para a avaliação da eficácia do sistema integrado de gestão e verificação de conformidade no atendimento aos requisitos legais e às normas acreditadas pela organização.

“As equipes de auditores internos trabalham em conjunto e as eventuais não conformidades e oportunidades de melhorias detectadas devem ser repassadas para os responsáveis das áreas para as devidas tratativas, com análise de causa raiz, planos de ação para eliminação do problema e posterior avaliação da eficácia das ações tomadas”, explica Natália. Sobre o programa de auditoria externa recomenda a realização de ciclos anuais para verificar as conformidades dos processos.

implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade é uma decisão totalmente estratégica. Para isso, Natália lembra que o comprometimento e o envolvimento da alta liderança no SGQ são de extrema importância para a eficácia da gestão. “Quando uma empresa decide implantar o SGQ ocorrerão mudanças inevitáveis, e isso pode gerar resistência por parte dos colaboradores. Portanto, é necessário o envolvimento da liderança para ajudar no processo da conscientização de todos na organização”, explica.

A versão de 2015 da norma ISO 9001 trouxe, inclusive, mudanças para a alta liderança, que agora está envolvida em todos os processos dentro da empresa. Além de não citar mais o papel do representante da direção, a nova versão da norma deixa evidente o quanto a liderança deve estar envolvida com o SGQ. “Ser líder não se trata apenas de um cargo de alto grau dentro da organização, mas de quem toma a atitude de liderar mudanças, ações e resultados”, alerta Natália.

A liderança é indispensável para que o SGQ alcance seus verdadeiros objetivos que visam aumentar a satisfação do cliente, ressalta a profissional do Sabin. “Isso fará com que as pessoas sintam a importância da qualidade dentro da empresa, afinal, qualidade não é um departamento, são atitudes do dia a dia que devem ser monitoradas, discutidas e direcionadas o tempo todo.”

Gestão de riscos

Na assistência em saúde, os riscos estão em incidentes que podem acontecer durante o atendimento ao paciente. São exemplos de riscos: quedas, administração incorreta de medicamentos, erro na realização de um procedimento cirúrgico, troca do nome do cliente na realização de um exame laboratorial ou de imagem, entre outros.

Em função do crescimento do número de eventos adversos e objetivando prevenir e reduzir a incidência deles, o Ministério da Saúde criou, em 1º de abril de 2013, o Programa Nacional de Segurança do PacienteCom isso, o tema ganhou relevância no cenário nacional.

Para evitar eventos adversos foram estabelecidos seis protocolos básicos de segurança do paciente:

1 – Identificação do paciente: objetiva garantir a correta identificação do paciente para assegurar que o cuidado seja prestado para a pessoa a qual realmente se destina;

2 – Prevenção de úlcera por pressão: visa prevenir a ocorrência de feridas que ocorrem por falta de oxigenação na superfície da pele e outras lesões; 

3 – Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos: objetiva promover práticas seguras no uso de remédios em estabelecimento de saúde, visando administrar o medicamento correto para a pessoa certa, na dose correta;

4 – Cirurgia segura: visa reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica por meio da realização do procedimento certo, no local e no paciente corretos;

5 – Prática de higiene das mãos em serviços de saúde: objetiva prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde, tanto para pacientes quanto para os profissionais envolvidos nos cuidados dos pacientes;

6 – Prevenção de quedas: objetiva reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência à saúde e, principalmente, reduzir o dano decorrente delas.

Desafio dos protocolos de segurança do paciente

Natália explica que todas as organizações prestadoras de serviços de saúde devem implantar os protocolos de segurança do paciente para oferecer serviços mais seguros. “O desafio da implantação é comprometer os profissionais da área da saúde com esses protocolos e primar pelo registro dos eventos adversos que possam acontecer durante o atendimento ao paciente”, afirma.

A gerente da Qualidade do Sabin conta que a experiência tem demonstrado que os serviços de saúde que possuem um Programa de Educação Continuada implantado com capacitações e disseminações contínuas sobre a relevância da aplicação desses protocolos para a qualidade da assistência conseguem manter suas equipes engajadas neste propósito. Outro fator muito importante nessa prática é mensurar, por meio de indicadores, os eventos ocorridos e desenvolver um sistema de gerenciamento deles.

“Para isso, é preciso desenvolver a cultura do registro toda vez que acontece um evento adverso relacionado a um dos seis protocolos. A partir do registro é possível sistematizar reuniões mensais ou quinzenais para analisar o número de eventos, elencar as principais causas e os locais com maior ocorrência desses eventos, além de avaliar o dimensionamento das equipes”, explica.

A forma mais efetiva de comprometer as pessoas com os protocolos de segurança do paciente, segundo Natália, é demonstrar seus impactos na saúde desses cidadãos. Isso é possível quando os eventos são registrados e analisados sistematicamente, investigando suas causas para tomar ações corretivas e preventivas em prol da redução desses riscos. “Como Joseph Juran, um dos mestre da gestão da qualidade, nos ensinou: ‘Quem não mede, não gerencia. Quem não gerencia, não melhora!’”, destaca e lembra que promover a segurança do paciente é papel de todos os envolvidos no ciclo do cuidado: profissionais de saúde, indústria, pesquisadores, professores, formuladores de políticas públicas e o próprio paciente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o envolvimento do cidadão na sua segurança, assim como dos familiares, como um esforço para a prevenção de falhas e danos em serviços de saúde do país que faz a diferença. “Quando o paciente é ouvido e convidado a participar ativamente de seu tratamento, deixa de ser um mero recebedor passivo de cuidados e pode contribuir com um atendimento mais seguro, ciente de sua responsabilidade como cidadão e consumidor de serviços de saúde. Mas, para isso, é necessária uma mudança de cultura nas instituições de saúde para que os profissionais possam estimular e apoiar uma atitude mais ativa dos usuários desses serviços, considerando os pacientes como parceiros responsáveis por sua saúde e cuidado”, conclui.

Dicas para o trabalho home office

Em tempos de pandemia do novo coronavírus e isolamento social, o trabalho remoto nunca foi tão praticado

07 de Abril de 2020

Com as recomendações dos órgãos de saúde para o distanciamento social e isolamento domiciliar em tempos de pandemia do novo coronavírus, grande parte das empresas e organizações viram a necessidade de adotar como medida preventiva a realização remota do trabalho de seus colaboradores. Porém, até então, o chamado “home office”, não era uma prática muito adotada, por isso, algumas dicas e orientações são importantes neste momento para que todos continuem desenvolvendo, mesmo a distância, um trabalho eficiente e produtivo.

Quando a gente trabalha fora, acordamos cedo, tomamos banho, nos vestimos, comemos alguma coisa e seguimos para o escritório. Lá, a gente encontra um espaço de trabalho adequado nos esperando: nossos colegas de equipe, nossa mesa, cadeira, computador, telefone. Todo esse ambiente remete a uma única coisa: trabalho! A partir do momento em que nos sentamos ali, já sabemos exatamente o que fazer. 

Já quando falamos em “home office” a coisa muda um pouco de figura. Afinal, ao contrário do ambiente do escritório, nossa casa não remete a trabalho e sim ao ao descanso, sossego, entretenimento. Fora que, quando trabalhamos de casa, a gente não costuma seguir esse ritual de acordar cedo e se arrumar, não é mesmo? E isso já faz toda a diferença, porque nosso cérebro pode “não entender” que temos que trabalhar nessas condições.  

Pode acreditar, nosso cérebro é como um “ratinho de laboratório”. Ele reage a rotinas e estímulos e se algo estiver fora do lugar, ele pode entrar em parafuso e querer procrastinar. Mesmo não sendo uma novidade, muita gente ainda tenta descobrir como permanecer produtiva e focada em um ambiente cheio de distrações como a nossa casa. 

Mas, isso não significa que trabalhar em casa não seja possível. Essa alternativa também é muito proveitosa e pode ser útil quando a ocasião exigir.  Para isso, precisamos criar certos hábitos e pôr em prática algumas dicas para mostrar ao nosso cérebro que, mesmo estando em casa, temos que trabalhar sim! 

Confira algumas dicas para ajudar no trabalho remoto:

1. Monte um escritório home office que emane produtividade

Crie um espaço para o trabalho remoto em sua casa que emane gatilhos produtivos. A primeira dica é separar um cantinho só para trabalhar. Desta forma, você educa seu cérebro de, quando se está naquela área, é hora de trabalhar. 

Então, nada de ficar no sofá, ou na cama, com o computador no colo. Primeiro porque isso vai acabar com a sua coluna e segundo porque, esses ambientes são propícios para distração e sono. Se você tiver uma escrivaninha na sua casa, é melhor ainda. Mas se não, arrume suas coisas na mesa da cozinha ou da sala de jantar.

Segunda dica: tente ficar fora de áreas transitáveis. Encontre um cantinho tranquilo na sua casa, onde você não irá atrapalhar ninguém, nem será atrapalhado. Uma boa recomendação também é tentar manter tudo o que você vai precisar ao alcance das mãos. Assim você não fica levantando a todo momento. Acredite, isso vai te ajudar a manter o foco. 

Por fim, fique confortável. Não a ponto de pegar no sono. Procure aquela cadeira que você adora. Pode ser da mesa de jantar, de cozinha ou a do próprio computador. Tente manter uma boa postura, improvise um apoio para os pés e quem sabe uma base para o seu notebook. E mantenha a tela do computador a um nível que não te proporcione problemas no pescoço. 

Pequenas coisas podem aumentar o seu nível de conforto e permite que você se mantenha concentrado. 

2. Respeite seu horário de expediente

Quando você vai trabalhar no escritório, tem um horário determinado a cumprir, bem como para almoçar e voltar para a casa. Então por que no home office deveria ser diferente? A regra mais absoluta de todas para ser produtivo trabalhando em casa é: tente manter a rotina que você teria se estivesse trabalhando no escritório. 

Se você começar a pegar no serviço mais tarde, isso já vai começar a deixar o seu cérebro confuso sobre qual é a hora de trabalhar e qual é a hora de descansar. Além disso, um dos aspectos mais importante para uma rotina saudável de trabalho em casa, é saber quando parar. Pensou em uma ideia de última hora, anote e volte amanhã. 

Não é por que você está home office que vai ficar conectado 24 horas por dia. Permita-se ter um tempo de inatividade para criar equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal. Todos nós precisamos disso, não importa se estamos trabalhando remoto ou não. Então, tente manter os seus horários organizados. 

3. Música pode sim!

O trabalho exige concentração e pode parecer que música não ajuda nessa tarefa, mas é o contrário. Ouvir alguma coisa durante o trabalho pode te ajudar a se concentrar. Isso porque o som ajuda a bloquear ruídos externos como conversas ou a televisão ligada na sua casa. 

Inclusive, existem playlists específicas para concentração que podem ser encontradas nas plataformas digitais. Pode ser um som ambiente, barulho de chuva, de trem, ou até mesmo sons e batidas instrumentais. Com um bom fone de ouvido e a música certa, é possível elevar a sua concentração e produtividade. e, claro, te manter longe de qualquer outra distração. 

4. Faça uma pausa

Como no escritório você fazia suas pausas para o cafezinho ou para dar aquela socializada na copa com os colegas, é preciso dar um jeito de fazer isso enquanto estiver trabalhando em casa também.  

Levante, faça um alongamento, coma alguma coisa, saia lá fora para tomar um ar, brinque com seu pet. Isso vai ajudar a oxigenar o cérebro e circular o sangue, o que é ótimo para a concentração e para a saúde.

Além disso, tente descansar sua visão ao longo do dia.  Quando se expõe seus olhos por muito tempo a tela do celular ou do computador, a longo prazo isso pode trazer sérios problemas à retina.  

A cada 20 minutos pare de olhar para a tela e olha para algo que está a 20 metros por 20 segundos. Parece uma atitude boba, mas você ficaria surpreso com a diferença que isso pode fazer. É difícil lembrar de fazer de forma regular, mas faça esse esforço e veja como funciona… Seus olhos irão agradecer esta pequena atitude. 

5. Eduque sua família 

Se você mora com mais alguém, talvez seja necessário conscientizá-los de que, embora você esteja em casa, está a trabalho e não pode ser interrompido toda hora. Mostre a eles de forma educada, mas com firmeza, que você está trabalhando e que prazos e metas precisam ser cumpridos. Também evite atender ao telefone e a porta e informe a todos sobre o seu horário de disponibilidade. 

É bom ter essa conversa porque, se eles não sabem disso, podem acabar te atrapalhando. Com um pouquinho de conversa e compreensão, você vai conseguir educar a todos e ser produtivo trabalhando em casa.

6. Não é legal ficar de pijama

Não é necessário se arrumar, colocar um salto ou um terno (ao menos que isso seja confortável para você) para trabalhar home office, mas o pijama pode tirar a sua vontade de fazer seu trabalho. 

Essa dica pode parecer bobagem, mas ficar trabalhando de pijama e cabelo bagunçado, pode dar ao seu cérebro a impressão de que esse dia de trabalho será meio “café com leite”, e não é. Você precisa ser tão produtivo em casa, quanto seria no escritório, é um dia como qualquer outro. Então mesmo que forçado, levante-se tome um banho e prepare-se para um dia normal de trabalho. Se deixar essa ação para depois, poderá se distrair e entrar em pânico quando, de repente, precisar entrar em uma reunião online. 

7. Dê um chega para lá nas distrações

Se trabalhando no escritório já tem um monte de distração que pode tirar nosso foco, imagine em casa, onde não tem ninguém olhando? É por isso que, trabalhando home office, nossa resistência às distrações tem que ser ainda maior.

Uma boa dica é não deixar o celular, que é uma grande fonte de distração, perto de você. Assim, quando se sentir tentado em dar aquela espiada nas redes sociais, você vai acabar desistindo, porque vai ter de levantar para pegar.

Também existem algumas extensões e aplicativos que podem te ajudar com isso. No Chrome, por exemplo, temos extensões como a Block & Focus, que informa por quanto tempo quer trabalhar sem distrações, e ela bloqueia os sites que te distraem. Se você tentar entrar em qualquer um deles antes do tempo determinado, não irá conseguir. 

Já para celular, temos apps como o AppBloc, que te impede de acessar aplicativos de rede social, por exemplo, pelo tempo que você determinar. Eliminando essas distrações fica bem mais fácil focar e ser mais produtivo no home office. 

8. Continue em contato com sua equipe

Não se esqueça: você está trabalhando remotamente, mas a interação com a sua equipe pode e deve continuar a mesma. Você provavelmente tem um gerente, ou pessoas a quem você gerencia e demais colegas que precisa compartilhar alguma coisa vez ou outra. E trabalhar em casa, não significa se isolar da equipe. 

Existem muitos aplicativos que te ajudam a interagir com toda a sua equipe durante o dia a dia. O Slack, Hangouts e o WhatsApp, por exemplo, mantêm essa proximidade mesmo que online.  

Então lembre-se: converse com a sua equipe, participe das reuniões. E avise seus colegas caso você precise ficar ausente por algumas horas. Eles não estão ao seu lado, como na empresa, então é legal informá-los quando sair para almoçar ou durante uma pausa que necessite fazer. Manter essa comunicação viva, também ajuda a produtividade. Nada como dividir com sua equipe um problema, uma descoberta, ou uma conquista.

9. Trabalhe em nuvem

Não crie arquivos no seu computador. Depois você vai voltar para o escritório e vai precisar deles. Manter arquivos salvos no seu computador é coisa do passado. A onda agora é estar tudo conectado!

Existem vários sistemas em nuvem que você pode utilizar e isso nos leva a décima dica.

10. Tenha um sistema de gestão online

Se ter um sistema de gestão no escritório já é essencial quando toda a equipe está trabalhando na empresa, imagina quando um funcionário ou mais precisa trabalhar fora desse ambiente? Isso é fundamental porque, quando todos estão logados no mesmo sistema, a equipe continua conectada mesmo estando longe.

Os gerentes de departamento conseguem ter uma visão clara de todas as demandas, prazos e do que cada um está fazendo e cada colaborador também pode acessar facilmente suas tarefas do dia, o que minimiza a procrastinação.

Além disso, um sistema online já é em nuvem.  Então, trabalhando dentro do sistema, todas as ações realizadas e documentos ficarão disponíveis para todos de qualquer lugar. Outro benefício é a comunicação com o cliente que, quando feita por meio de um sistema como esse, fica muito mais centralizada e à prova de erros e desencontros.

Resumindo, trabalhar com um sistema online de gestão permite que você consiga levar para qualquer lugar a mesma produtividade que você teria no escritório.

Trabalhar remotamente pode ser incrível, basta estar preparado para ele. Seguindo essas dicas e mantendo sua rotina, seu home office será produtivo. (Com informações da Gestta: https://www.gestta.com.br/home-office/)  

Investimento em tecnologia é diferencial na medicina diagnóstica

07 de Abril de 2020

Confira a entrevista com Guilberto Minguetti, fundador e diretor do Cetac Diagnóstico por Imagem

Os avanços da tecnologia aplicada à medicina têm o intuito de melhorar a vida das pessoas e vêm transformando os cuidados com a saúde, a atuação prática do médico e a prevenção e tratamento de doenças.

Esta é a visão do fundador e diretor do Cetac Diagnóstico por Imagem, Guilberto Minguetti, para quem a busca por soluções tecnológicas especializadas é uma realidade necessária na medicina diagnóstica. “A inovação em saúde, inclusive no diagnóstico por imagem, é essencial por atuar em todas as vertentes do processo de cuidado ao paciente, pois a partir de sua aplicabilidade é possível melhorar o diagnóstico, a terapêutica, a prevenção e proporcionar mais conforto e até redução de processos dolorosos”, explica.

Com 43 anos de história, o Cetac, uma das instituições fundadoras da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), foi o primeiro centro de diagnóstico no Paraná e o segundo do Brasil a realizar exames utilizando aparelhos de tomografia computadorizada.

Na entrevista a seguir, Minguetti fala sobre a evolução dos equipamentos na medicina diagnóstica, a importância de se investir em inovação e os obstáculos para incorporação de novas tecnológicas. Confira!

Abramed em foco – Para o Cetac sempre foi importante acompanhar as evoluções tecnológicas na saúde?  

Aberto em 1977, o Cetac foi o primeiro centro de diagnóstico no Paraná e o segundo do Brasil a realizar exames utilizando aparelhos de tomografia computadorizada. Visando atender os pacientes da melhor forma possível, continuamos investindo em tecnologia durante quatro décadas e disponibilizamos aparelhos de última geração e diversos serviços, como radiologia geral digital simples e contrastados, ultrassonografia geral e 3D/4D, tomografia computadorizada com baixa radiação, mamografia digital 3D e tomossíntese, ressonância magnética de 1.5 e 3T, densitometria óssea, punções, biópsias e PET/CT.

Para nós, o desenvolvimento tecnológico é uma peça fundamental na história da medicina e continua apresentando um papel crucial na atualidade, por isso dispomos de equipamentos de ponta para proporcionar precisão e qualidade nos resultados, além de maior comodidade aos pacientes, em nossas duas unidades em Curitiba, onde atuamos com cerca de 400 colaboradores e 45 médicos no corpo clínico.

Abramed em Foco – Quais foram as principais inovações no setor?

Tomei contato com a tomografia computadorizada em 1973, quando iniciei a residência em neurologia no Instituto de Neurologia (Queen Square) da Universidade de Londres, onde também obtive o título de doutor. Até aquela época, os exames de diagnóstico por imagem disponíveis era o raio x simples e contrastados, angiografias e, na neurologia, podia-se contar ainda com a pneumoencefalografia e mielografia. Os primeiros exames de tomografia mostraram que a história da medicina ia mudar, o que realmente aconteceu. Logo a seguir veio a ressonância magnética, que acelerou mais ainda a evolução dos exames de diagnóstico por imagem.

Quando voltei da Inglaterra, em 1976, tratei logo de arrumar o local para instalação do nosso primeiro tomógrafo, que já contava com dois detectores, ao contrário de outros aparelhos. Na sequência, muitos outros detectores foram acrescentados nos aparelhos, os sistemas originais de rotação foram modificados e o resultado é que hoje temos novos equipamentos extremante rápidos, com recursos computacionais ótimos. Somando-se a isso, veio a inteligência artificial (AI) e chegamos a máquinas excepcionais com desempenho jamais imaginado.

Abramed em Foco – Que benefícios e diferenciais os avanços tecnológicos trouxeram para os profissionais da saúde e para os pacientes?

Os benefícios foram muitos, principalmente para os pacientes. Basta ver, como exemplo, o resultado médico dos exames de angiotomografia coronariana. Com ele, temos salvado muitas vidas, assim como com o PET/CT, quanto alívio temos proporcionado? E para nós, médicos, sentimos o orgulho por poder propiciar aos pacientes essas maravilhosas ferramentas que salvam vidas ou minimizam a evolução das doenças.

Abramed em Foco – Na saúde, a medicina diagnóstica é um dos segmentos que mais se desenvolveu com as novas tecnologias. Como vê esta evolução? 

A evolução foi enorme e não se pode comparar com o que foi feito no passado. Tomemos sempre como exemplo a neurologia. O único recurso para a gravidade das inúmeras patologias do sistema nervoso central (SNC) era o raio x simples, que não mostrava encéfalo ou medula. Exames contrastados encefálicos ou medulares traziam pouco ou nenhum benefício ao diagnóstico do paciente. Contávamos também com a angiografia cerebral que ajudava de certa forma em algumas patologias. Veio a tomografia que deu um salto grande no diagnóstico dessas patologias do SNC, sem dor, sem riscos, com grande velocidade na obtenção dos resultados, hoje quase que imediatos. A evolução foi excepcional para todos os segmentos do corpo humano.

Abramed em Foco – Qual a importância das clínicas e laboratórios investirem em inovação?

A tecnologia em saúde é essencial por atuar em todas as vertentes do processo de cuidado ao paciente. Com essa ferramenta, é possível melhorar o diagnóstico, a terapêutica, a prevenção e proporcionar mais conforto ou redução dos processos dolorosos. Isso porque, com o uso de equipamentos mais modernos, consegue-se identificar nuances patológicas que antes não seriam detectáveis e avaliar alterações laboratoriais em estágios iniciais.

As clínicas e laboratórios devem continuar a investir em novos aparelhos tecnologias, pois atrás desse investimento vem os residentes, novos especialistas, que vão dar prosseguimento ao trabalho dos médicos que, com o tempo, saturados de informações e trabalho, vão se acomodando. Veja os equipamentos que estão chegando ao mercado providos de adiantados programas de IA. Eles requerem profissionais novos, bem preparados, capazes de assumir e desenvolver melhor esse novo ciclo do diagnóstico por imagem. Para isso, temos que ter centros mais bem equipados e com bons orientadores para atingirmos essa meta.

Abramed em Foco – Quais os maiores obstáculos para a implantação dessas tecnologias em clínicas e laboratórios?

Os maiores obstáculos para a implantação dessas tecnologias são os elevados custos dos aparelhos e a pouca remuneração, em contrapartida, pelos exames efetuados.

Para que essas inovações sejam bem aproveitadas, tem de ter recursos humanos bem treinados (técnicos e, principalmente, médicos).

Abramed em Foco – Na sua opinião, quais são as tendências tecnológicas para a medicina diagnóstica em 2020?

Este ano, a atenção da medicina diagnóstica está totalmente voltada para a inteligência artificial. Ela deve trazer evolução aos processos de diagnóstico e auxiliar na tomada de decisão, por trazerem mais assertividade, o que vai gerar mais benefícios aos profissionais e aos pacientes.

Mas com a crise que o país inteiro está passando, na sociedade e na economia, devido à pandemia do novo coronavírus, o Cetac não prevê investimentos em tecnologia para 2020.

Abramed em Foco – Como vê a importância da Abramed no cenário da saúde e para suas associadas?

Como um dos fundadores da Abramed, sempre tive muita confiança nos seus desígnios e vejo a Associação como uma das mais importantes no cenário da saúde no país. Além disso, a Associção possui, desde o início de sua história, um quadro gestor de grande capacidade. Seus departamentos sempre bem estruturados e com interesses totalmente voltados aos associados, que têm ampla liberdade de participação e aprimoramento de suas metas.

Abramed em Foco – Este ano, a Abramed comemora 10 anos. Como associado, o que o Cetac espera da Associação para a próxima década?

Esperamos que a Abramed continue com seus elevados propósitos de defender seus associados em todas as instâncias e colabore sempre para o crescimento do Brasil. 

Não alcançamos o patamar do primeiro mundo, mas estamos no caminho certo

07 de Abril de 2020

* Por Carlos Eduardo Santos Moreira

Qual a posição do Brasil na corrida pelos avanços da medicina diagnóstica global? Comparações entre os países são comuns para avaliarmos o quanto uma ou outra nação está na vanguarda das descobertas. Esses comparativos são válidos até como fator de motivação (e de direcionamento de expectativas), mas é sempre importante que tenhamos as peculiaridades de cada território em mente ao fazer essas análises.

O que vejo acontecer é um despertar cada vez maior dos laboratórios clínicos nacionais para a importância da área de pesquisa e desenvolvimento dentro das unidades. Inclusive de instituições focadas em produção de testes cada vez mais especializados que atendem às necessidades do mercado. É o caso do que chamamos de LDT (Laboratory Developed Tests), testes de diagnóstico in vitro projetados, fabricados e utilizados exclusivamente por um laboratório.

Porém, em outra direção, temos uma leva de exames cujo volume não é tão alto a ponto de recompensar o investimento. Como exemplo, podemos citar testes de alta complexidade em termos de metodologia e tecnologia agregada, exames executados com equipamentos de última geração como o next-generation sequencing para sequenciamento de DNA, espectrometria de massa e de mobilidade iônica. Para casos assim, mais específicos, o intercâmbio é fundamental para que mesmo que os laboratórios nacionais não tenham a tecnologia integrada à suas atividades, possam oferecer esses exames ultramodernos aos seus pacientes. Chegamos a uma relação de ganha-ganha entre os países.

Assistimos, recentemente, à um dos benefícios desse diálogo aberto intercontinental. Com a crise provocada pelo novo coronavírus, países que foram atingidos primeiro puderam alertar outras nações sobre as melhores práticas e as ações que foram bem sucedidas, fazendo com que territórios que entrassem posteriormente na pandemia já pudessem se preparar com base na experiência internacional. Fomos comunicados, por exemplo, sobre como treinar os colaboradores dos laboratórios que estariam em contato direto com a infecção, se deveríamos optar pela coleta domiciliar ou não, quais seriam os melhores planos de contingência, possíveis problemas relacionados à estoque de materiais, como agir caso um profissional apresentasse sintomas e uma série de outros pontos que auxiliaram na alavancagem dos laboratórios brasileiros para enfrentamento da crise.

O que, então, realmente nos falta para que possamos atingir o mesmo patamar dos países mais avançados em termos de inovação em medicina diagnóstica? Mudança de cultura e maior investimento em pesquisa e desenvolvimento. Precisamos fomentar essa vertente transformando-a em uma tradição. Precisamos investir em pesquisa e gerar conhecimento em saúde.

Segundo relatório da World Intellectual Property Organization, em 2018 o mundo registrou 3,3 milhões de patentes, sendo que desse montante quase 75% foram registradas por China, Estados Unidos e Japão. E essa representatividade é resultado direto do conhecimento gerado por cada um desses países.

No Brasil, quando enfrentamos contingenciamento de verbas por parte do Governo Federal, as primeiras áreas a sofrerem cortes são as de pesquisa e as universidades. Somente agora o Brasil está trabalhando no sequenciamento de genomas brasileiros. Todo o desenvolvimento de testes diagnósticos, novas metodologias e mesmo medicamentos tem sido feito com base em genomas norte-americanos, europeus e chineses. Agora que há um projeto para iniciar com o sequenciamento do genoma de 15 mil indivíduos no Brasil que, posteriormente, será ampliado (para 100 mil indivíduos). É esse tipo de investimento que cria uma massa crítica para que o país tenha material para desenvolver produtos (que podem ser medicamentos e vacinas, por exemplo) dedicados às especificidades de sua população.

Estive recentemente na Holanda onde pude conhecer uma universidade que há 15 anos é apontada como a melhor do país, com um amplo reconhecimento no setor de agronegócios. Por lá, ao caminhar pelo campus, é perceptível o grande investimento dado à P&D, com monumentais prédios de laboratórios sendo alguns dedicados ao ensino e outros exclusivamente à pesquisa. Além disso, empresas privadas têm instalações dentro das universidades fomentando esse investimento e relacionamento.

No Brasil temos um cenário onde não notamos esta interação positiva. Esse é um dos mais importantes aspectos a serem mudados por aqui. Essa proximidade entre a universidade e a indústria amplia o acesso dos estudantes ao mais inovador sistema de desenvolvimento de produtos e o coloca ao lado das principais pesquisas científicas que estão fervilhando no país. Esse comportamento, ou melhor dizendo, essa cultura, é o que faz a Holanda ter um importante papel no cenário de agronegócio mundial.

No Brasil temos esses aspectos a endereçar para que possamos evoluir, mas, ao mesmo tempo, temos muitos outros motivos para nos orgulharmos. Um deles é o Sistema Único de Saúde (SUS) que promove um atendimento universal gratuito garantindo a inclusão e o acesso de todo cidadão à saúde mesmo mediante uma pandemia como a gerada pela COVID-19. Enquanto em outros países pessoas que foram curadas da infecção pelo novo coronavírus podem sair da hospitalização, segundo a revista Time, com uma dívida de quase US$ 35 mil, os brasileiros – enquanto o sistema suportar – terão atendimento totalmente gratuito envolvendo desde o diagnóstico até a alta.

Ou seja, apesar do Brasil apresentar essa defasagem entre investimento e geração de conhecimento, o que é um aspecto principalmente cultural que demanda tempo para ser modificado, em muitos outros pontos estamos no caminho certo.

* Carlos Eduardo Santos Moreira é diretor gerente da Quest Diagnostics do Brasil Ltda

Presidente da Abramed fala ao jornal O Globo sobre testes rápidos para o diagnóstico de Covid-19

03 de Abril de 2020

O jornal O Globo publicou matéria sobre a chegada dos testes rápidos para a Covid-19 encomendados pelo Ministério da Saúde e destacou o alerta de especialistas para o cuidado na aplicação e na interpretação dos resultados devido ao elevado percentual de falsos negativos.

Entre os entrevistados para a construção do texto está o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, que falou ao veículo sobre a falsa segurança que os exames rápidos podem causar.

“O problema do falso negativo é para o recém-infectado. Mesmo que ele esteja com sintomas, vai dar negativo. O teste pode dar uma falsa e perigosa sensação de segurança. Os testes rápidos também não vão pegar os casos de pessoas sem sintomas, mas que recém-adquiriram o coronavírus”, disse Shcolnik ao jornal O Globo.

Leia matéria na íntegra no link:

https://glo.bo/2UNOYBF