ESG: um investimento que pode fazer bem para saúde

ESG: um investimento que pode fazer bem para saúde

Como incentivo e apoio para seus associados avançarem em suas estratégias de sustentabilidade ambiental, social e de governança, a Abramed cria um Comitê para compartilhar melhores práticas e conhecimento sobre o tema

O ESG (Environmental, social and corporate governance), (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) tem conquistado cada vez mais espaço nas agendas de investimentos das empresas e saído da teoria para ser aplicado na prática. Esse conceito amplia o olhar da sustentabilidade para eixos diferentes, extrapolando as questões relacionadas ao meio ambiente, e envolvendo ações que impactem positivamente a vida das pessoas de diversas maneiras e com diversas frentes.

Um estudo realizado por pesquisadores de Harvard, Oxford, London Business School e de outras instituições apontam que em 10 anos as empresas que já trabalham com isso terão seus resultados fortemente potencializados. Além disso, de acordo com dados da mais recente pesquisa “Tendências Globais em Relações com Investidores”, realizada duas vezes ao ano pelo The Bank of New York Mellon (“BNY Mellon”), 71,3% das equipes de RI em todo o mundo relataram que, em 2019, as conversas com investidores sobre ESG (Ambiental, Social e Governança) e CSR (Responsabilidade Social Corporativa) tornaram-se parte essencial do trabalho.

No Brasil, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) surgiu como uma ferramenta para acompanhar e incentivar a postura sustentável por parte das companhias, bem como ressaltar as empresas alinhadas a essa ideia e tornar mais atrativo o investimento nesse campo. Além disso, recentemente a B3 e a Great Place to Work (GPTW) anunciaram o Índice GPTW, voltado para as práticas ESG, que começa a valer em janeiro de 2022.

Claudia Cohn, membro do Conselho de Administração da Abramed e CEO do Alta Excelência Diagnóstica, que além de entusiasta do tema é uma profunda conhecedora, relembra que, apesar de o termo ESG ter sido cunhado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2014, foi mais recentemente, que essas questões passaram a ter uma atenção especial. Larry Fink, CEO da BalckRock, uma das maiores investidoras do mundo, fez uma declaração afirmando que o risco climático afeta a capacidade das empresas de criarem valor, e pode ser considerado um risco de investimento. “Isso foi uma virada de chave importante”, explica a executiva.

Na área de saúde e medicina diagnóstica, ESG já é um tema presente no dia a dia das empresas. Muitos laboratórios associados da Abramed já estão trilhando esse caminho da sustentabilidade há alguns anos. Porém, Claudia ressalta que para os que ainda estão engatinhando, este não deve ser um fator desmotivador e sim impulsionador.

“Precisamos olhar de agora para o futuro. O que já aconteceu infelizmente não pode ser mudado. Por outro lado, temos clara a ideia de que não importa o seu tamanho, onde está alocado e nem há quanto tempo você começou e, sim o quanto você vai se dispor a criar essa cultura e como isso impactará todos os stakeholders, isso inclui fornecedores, investidores, clientes, colaboradores e as empresas”. 

Também vale ressaltar que não é preciso começar do zero, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU – que endereça 17 objetivos relacionados a acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima – podem servir de guia para definir a ação das empresas de acordo com sua atuação.

Para quem deseja de fato começar a estabelecer e direcionar os seus investimentos, a dica é seguir três passos importantes. Em um primeiro momento tomar conhecimento; no passo dois analisar por onde começar a transformar a sua cultura; e, no passo três, atuar no sentido de tornar a empresa mais competitiva e mais aceita pelo paciente por entregar e proporcionar retorno. Outro ponto importante é que as escolhas de cada um são únicas e devem ser respeitadas.

“Cada um tem um viés, um tamanho, uma possibilidade diferente, e é muito interessante essa diversidade de cada um poder trabalhar de uma forma diferente, contribuindo para o setor. E, principalmente, não se deixar levar pelas estratégias de greenwashing, que está relacionada à injustificada apropriação de virtudes ambientalistas por parte de organizações ou pessoas, mediante o uso de técnicas de marketing e relações públicas. No fim, se for genuíno, ganha a saúde, o paciente, o cidadão, a sociedade”, enfatiza.

Um ponto direcionador

Considerando que a disseminação da cultura ESG é uma das missões que as empresas que fazem isso a mais tempo têm, a colaboração é um aspecto muito importante. Empresas mais maduras na adoção de estratégias de ESG podem direcionar e apoiar as que estão ingressando.  Exatamente enxergando a relevância e poder do compartilhamento de conteúdo e de melhores práticas, que o Conselho de Administração da Abramed deliberou para a criação de um Comitê de ESG.  A ideia surgiu a partir do interesse e também de algumas iniciativas que já vêm sendo desenvolvidas por alguns associados. O kickoff aconteceu no início de novembro e a próxima reunião já irá definir a liderança deste comitê, que será responsável por traçar o plano de atuação para 2022.

Segundo Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed, o Comitê terá uma atuação em três pilares: benchmarking para trazer para os associados as melhores práticas; geração de conteúdo; e projetos aplicados, que consistem nas iniciativas que serão abraçadas pela entidade em ESG. Um dos desafios está em desmistificar o ESG, que muitas vezes fica associado exclusivamente às questões ambientais, trazendo para o contexto da área de saúde.

“Nosso ponto é permitir essa troca entre os associados e trazer as melhores práticas para colaborar com uma atuação consistente e efetiva. A maioria das empresas associadas à Abramed tem estratégias de ESG, mas temos níveis de maturidade bastante distintos entre elas, que variam conforme a cultura e porte da organização. Convidamos todos os nossos associados a se engajarem e participarem do Comitê de ESG para avançar ou tirar suas iniciativas do papel”, finaliza a diretora-executiva. 

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