Taxa de positividade dos testes caiu de 60% para 17% em um mês
O número de exames de Covid-19
realizados pelos laboratórios de medicina diagnóstica associados da Abramed – que
respondem por cerca de 60% de todos os exames realizados pela saúde suplementar
no país – terminou o mês de fevereiro em queda. Na última semana, foram
realizados 80 mil testes, volume 23% menor ao da semana anterior e 80% inferior
ao registrado na última semana de janeiro – quando haviam sido realizados mais
de 390 mil exames.
No primeiro mês de 2022, os
laboratórios do Brasil somaram mais de 1,3 milhão de testes de Covid. Já no mês
seguinte, a quantidade de exames realizados caiu para 626 mil. Isso significa
uma redução de 53% na quantidade de testes em um intervalo de 30 dias.
A taxa de positividade também
regrediu, passando de 60% (semana de 24 a 30/01) e 30% (semana de 14 a 20/02), para
17% na semana encerrada no dia 27 de fevereiro.
Segundo a diretora-executiva da
Abramed, Milva Pagano, há uma tendência de redução de casos tanto pelo volume
de exames quanto pela taxa de positividade. Isso está em linha com a redução de
casos observada pelo Ministério da Saúde, indicando um arrefecimento da
pandemia.
De acordo com ela, o país deve
ter uma redução da média diária de casos, o que se reflete nas testagens
negativas: “Não se pode falar ainda em fim da terceira onda, visto que a
média móvel de casos observados pelo Ministério da Saúde ainda está acima do
observado antes desta onda, no final do ano passado. Mas a tendência hoje é a
de que a terceira onda acabe nas próximas semanas”, declara Milva.
Desde 20 dezembro de 2021, quando
se notou um novo aumento no número de casos de Covid-19 no Brasil, mais 2
milhões de exames foram realizados pelos associados à Abramed e a taxa de
positividade acumulada no período é de 49%.
O período de maior procura por
testes ocorreu de 24 a 30 de janeiro, com 390 mil exames, dos quais 60% deram
positivos. Isso quer dizer que um a cada seis testes PCR ou antígenos feitos
deram positivos. Os dados coincidiram com a semana que o Brasil registrou seu maior
número de casos desde março de 2020, com mais de 1,3 milhão de registros. Especialistas
afirmaram que a variante ômicron – descoberta em novembro no sul do continente
africano e mais contagiosa do que outras cepas do vírus – foi responsável por
mais de 90% dos novos casos no Brasil.
A Abramed segue acompanhando o
cenário e informará a respeito de atualizações.