Análise faz parte da 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação anual da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, que traz o panorama do setor e seus desdobramentos
Nos três anos anteriores à pandemia, as fusões e aquisições no setor de saúde movimentaram R$ 15 bilhões por ano. No entanto, a crise sanitária causada pela Covid-19 trouxe impactos importantes para a economia, como gargalos produtivos, inflação e o aumento do custo de capital, afetando o ritmo e a viabilidade dessas transações.
As fusões e aquisições têm sido uma tendência, envolvendo desde grandes operadoras até clínicas regionais, em busca dos benefícios de escala e produtividade que operações maiores costumam proporcionar no setor de saúde como um todo.
Ao longo de 2021 e 2022, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) analisou uma série de movimentos empresariais no setor de saúde. Dentre as operações anunciadas nesse período, destacam-se as aquisições do Grupo Leforte, Grupo Carmo, Centron (RJ) e Hospital Paraná (Maringá/PR) pela Dasa. Já o Fleury adquiriu o Saha, o CIP e o Grupo Pardini, enquanto a Rede D’Or adquiriu a Sul América Saúde.
Esses e outros dados referentes à conjuntura econômica e sua influência na área de saúde estão reunidos na 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação anual da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, que traz o panorama do setor no país com responsabilidade, transparência e abrangência.
“Estamos enfrentando um cenário de incertezas e desafios no âmbito da saúde suplementar. Para vencê-lo, precisamos reconhecer a importância da medicina diagnóstica, tanto na geração de receitas quanto na geração de despesas, e a necessidade de serviços de qualidade, que mantenham o acesso e o desfecho positivo para os pacientes. Assim, torna-se fundamental termos acesso a dados consistentes e confiáveis para decisões de expansão, seja orgânica ou por fusões e aquisições”, salienta Ademar Paes Junior, membro do Conselho de Administração da Abramed.
A contribuição do painel é única, pois ele se baseia em informações primárias provenientes das empresas associadas, cujo volume de exames corresponde a 65% do total realizado na saúde suplementar brasileira. “A tomada de decisões fundamentada em dados representa o primeiro passo para o sucesso na execução de estratégias corporativas e para superar o cenário de crise que enfrentamos”, acrescenta Paes Junior.
O painel tem ao todo cinco capítulos e 274 páginas, incluindo gráficos e análises sobre desempenho econômico-financeiro, produção assistencial, metodologia de trabalho, iniciativas de ESG, entre outros indicadores referentes a 2022. Tem também informações sobre demografia e conjuntura econômica, panorama do setor de saúde no Brasil e sistemas de saúde no mundo. A publicação pode ser baixada gratuitamente aqui.