FILIS 2024 – Integrando a cadeia de valor: Desafios e soluções para melhoria do cuidado em saúde

FILIS 2024 – Integrando a cadeia de valor: Desafios e soluções para melhoria do cuidado em saúde

Tema será discutido na oitava edição do evento, que acontecerá em 29 de agosto, no Teatro B32, em São Paulo

24 de maio de 2024 – Para atuar no complexo cenário da saúde, é preciso dedicar esforços em dois importantes pilares, já reconhecidos e debatidos. Um deles é a gestão dos serviços, que envolve as áreas de estratégia, pessoas, marketing, vendas e operações financeiras. O segundo é a inovação, que abre novos caminhos para resolver antigos problemas e está intrinsecamente ligada à gestão.

“A novidade é a incorporação de um terceiro pilar: a integração dos elementos da cadeia de valor. Se exercer a excelência em gestão e estar atualizado com as últimas inovações sempre foram obrigatórios para um sistema sustentável, agora precisamos reconhecer a importância de criar e implementar soluções inovadoras em conjunto, de forma eficaz”, explica Ademar Paes Junior, membro do Conselho de Administração da Abramed e moderador do debate “Integrando a cadeia de valor: Desafios e soluções para melhoria do cuidado em saúde”, programado para a 8ª edição do FILIS – Fórum Internacional de Lideranças da Saúde.

Fazem parte da cadeia de valor: as empresas que contratam planos de saúde e oferecem esses benefícios aos seus funcionários; os intermediários financeiros, como seguradoras, operadoras de planos de saúde e cooperativas médicas; os prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas, consultórios médicos e profissionais de saúde autônomos; e demais fornecedores, como indústria farmacêutica, fabricantes de equipamentos médicos, serviços de manutenção e logística, startups, entre outros.

“Essas empresas frequentemente tentam resolver problemas sozinhos, o que resulta em barreiras e burocracias”, observa Paes Junior. A integração vem, justamente, para auxiliar em duas questões críticas quando se fala em sistema de saúde. A primeira é aprimorar a experiência do paciente, ou seja, reduzir o tempo de jornada e melhorar o desfecho, afinal, medicina não é só acesso. A segunda questão é otimizar os recursos financeiros, quer dizer, sempre fazer mais com menos.

Para fazer essa integração na prática, Paes Junior cita alguns exemplos. Uma startup pode unir forças com uma empresa e uma seguradora para reduzir a sinistralidade. Um plano de saúde e um prestador de serviços podem aprimorar a eficiência do atendimento e diminuir o deslocamento desnecessário dos pacientes, o que resultaria em uma maior eficiência e, consequentemente, em menores custos.

Além disso, um fornecedor pode melhorar a experiência do paciente em uma instalação médica, agregando valor em uma negociação com um plano de saúde. E, ainda, projetos colaborativos entre empresas, seguradoras e prestadores podem garantir a eficiência no atendimento de grupos específicos, como pacientes crônicos, de alto custo ou idosos com fragilidades.

“Isso já vem ocorrendo, mas de forma bastante limitada. Temos visto alguns modelos de planos de saúde estabelecendo parcerias diretas com hospitais e tanto hospitais quanto laboratórios fornecendo serviços diretamente para empresas. Há, portanto, diversas possibilidades”, acrescenta.

Segundo Paes Junior, a integração depende de criatividade e confiança entre os elementos da cadeia. Para ganhar essa confiança, são necessários três elementos-chave: comunicação assertiva, disponibilidade de dados e criação de uma agenda de trabalho. “Quando demonstramos uma abordagem ética, respeitosa e centrada no paciente, a confiança é construída de forma natural”, expõe.

Espaço para discussão

O FILIS, organizado pela Abramed – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, surgiu, justamente, como um ponto de encontro para iniciar a discussão sobre integração, já que seu objetivo é reunir lideranças de diversos setores da cadeia de saúde.

Especialmente agora, de acordo com Paes Junior, o setor vem encarando alguns desafios, como a dificuldade das empresas em lidar com os aumentos propostos pelos planos de saúde, os altos custos enfrentados pela cadeia de fornecedores e prestadores de serviços, bem como as dificuldades da rede prestadora em repassar esses custos aos intermediadores financeiros e planos de saúde.

“Nosso propósito é apresentar sugestões inovadoras que possam ser assumidas como compromissos após o FILIS, com o intuito de informar a comunidade da Abramed sobre os avanços que esse debate pode trazer para o setor”, acrescenta Paes Junior.

A Abramed também inova ao trazer para o evento representantes da indústria e das empresas que contratam planos de saúde. “Elas são o ponto inicial no financiamento do setor suplementar, e sua participação na discussão é considerada essencial pela entidade. Em algumas situações, as empresas enxergam o plano de saúde como uma ameaça devido aos custos crescentes, porém, o desenvolvimento econômico é crucial para que elas possam consumir serviços de saúde privados e contribuir financeiramente para o sistema de saúde público de qualidade”, ressalta.

Paes Junior destaca, ainda, que o FILIS tem se estabelecido como um evento de referência altamente conceituado entre os tomadores de decisão. “Durante sua realização, não temos apenas a oportunidade de compartilhar informações e dados relevantes do setor de medicina diagnóstica, mas também de utilizá-los como base para enriquecer nossas discussões. Além disso, a presença das lideranças oferece um momento propício para estabelecer uma agenda de trabalho, aproveitando as conexões estabelecidas ao longo do encontro”, finaliza.

Serviço

8ª edição do FILIS – Fórum Internacional de Lideranças da Saúde

Macrotema: “Saúde Inovadora: Oportunidades para um setor sustentável”

Quando: 29 de agosto de 2024

Horário: Das 9h00 às 18h00

Onde: Teatro B32, São Paulo

Inscrições em: www.abramed.org.br/filis

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