A revolução digital na medicina diagnóstica: como os aplicativos estão transformando a experiência do paciente

A revolução digital na medicina diagnóstica: como os aplicativos estão transformando a experiência do paciente

Em 2023, 57% das associadas à Abramed criaram e ofereceram aplicativos para smartphones, indicando uma tendência crescente no uso de tecnologia

20 de novembro de 2024 – A implementação de aplicativos no setor de medicina diagnóstica tem mudado a forma como pacientes e instituições interagem, tornando os processos mais rápidos e a experiência mais satisfatória. Dados da sexta edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico mostram que, em 2023, 57% das associadas criaram e ofereceram aplicativos para smartphones aos pacientes, indicando uma tendência crescente no uso de tecnologia para facilitar o acesso a informações e serviços de saúde.

Os aplicativos são um canal de comunicação direto e personalizado entre o paciente e a instituição. Através de mensagens, notificações e chats, é possível esclarecer dúvidas, fornecer orientações e acompanhar cada etapa do processo. A ferramenta tem contribuído para otimizar a eficiência dos serviços no setor de medicina diagnóstica, melhorando a experiência do paciente, a eficiência operacional e fortalecendo o relacionamento entre as partes.

Segundo William Malfatti, líder do Comitê de Comunicação da Abramed e diretor de Comunicação, Relações Institucionais e Relacionamento com Clientes do Grupo Fleury, o uso de aplicativos facilita ainda mais o acesso aos serviços e, principalmente, aos dados evolutivos dos exames, permitindo que o paciente tenha em mãos um prontuário completo para consulta a qualquer momento. “Isso contribui diretamente para aprimorar o cuidado com a saúde, proporcionando ao cliente informações adequadas às suas necessidades específicas”, destaca.

A possibilidade de agendar exames online, com escolha de horários e locais, oferece maior flexibilidade e comodidade para os pacientes. “Vale também mencionar a redução no tempo de espera, otimização da agenda, redução de erros e flexibilidade, possibilitando cancelamentos e alterações de horários de qualquer lugar, com autonomia”, explica João Alvarenga, diretor corporativo de TI do Grupo Fleury.

As funcionalidades mais utilizadas e consideradas mais relevantes incluem agendamento online, consultas de telemedicina, acesso aos resultados de exames e a possibilidade de compartilhá-los com médicos, além do histórico de exames e atendimentos anteriores, localização das unidades e notificações.

“A educação e a gestão de saúde dentro dos aplicativos ainda são grandes desafios, mas se mostram extremamente importantes para os pacientes. No entanto, para que sejam eficazes, é necessária uma atuação intensa da equipe de profissionais de saúde e informações bem direcionadas”, acrescenta Alvarenga.

As otimizações proporcionadas pelos aplicativos tornam o atendimento mais ágil, conveniente e humanizado para os pacientes, reduzindo o estresse com filas de espera, a necessidade de deslocamento para consultas presenciais, a burocracia e as incertezas no processo, além de aumentar a satisfação e oferecer maior segurança.

As possibilidades não se esgotam. Pensando no futuro, a evolução dos aplicativos pode levar em conta: predição de doenças, início precoce de tratamentos, drogas-alvo mais assertivas, personalização de tratamentos, monitoramento contínuo de pacientes através de dispositivos vestíveis e sensores, além de integrações diretas com outros players da cadeia de valor, como médicos e hospitais.

Esses avanços digitais e tecnológicos oferecem a oportunidade de um cuidado mais preciso, personalizado e preventivo, beneficiando tanto médicos quanto pacientes. “Para instituições médicas que possuem uma cultura de inovação fortemente conectada aos avanços tecnológicos, essas ferramentas permitem fortalecer o diferencial da empresa ao melhorar o atendimento aos clientes e aumentar a produtividade”, acrescenta Malfatti.

Desafios

Os principais desafios atualmente enfrentados pelas empresas na implementação de aplicativos para o atendimento ao paciente estão relacionados a integrações com sistemas legados (plataformas ou tecnologias antigas que ainda estão em uso) e até mesmo com outros parceiros da cadeia de valor, que normalmente trabalham com ferramentas e abordagens diferentes.

Outros pontos relevantes são: segurança da informação dos pacientes, custos de implementação, definição e aplicação de usabilidade, manutenção e atualização, além de resistência a mudanças tanto por parte de profissionais de saúde quanto pelos pacientes.

Mais um ponto extremamente relevante nesse processo, segundo Alvarenga, é a captura de dados de saúde durante toda a jornada do paciente. “Esses dados precisam ser amplamente trabalhados para que se transformem em informações relevantes e passíveis de ações personalizadas e ainda dentro da lei, que deve ser seguida à risca”, salienta.

Quanto aos pacientes, o grande desafio está ligado à percepção de valor que ele gera em sua rotina. Em diversos casos, não há clareza quanto às funcionalidades e possibilidades de utilização do aplicativo, causando incertezas, falta de conhecimento e até mesmo uma utilização restrita e sazonal, com interação em determinados momentos da jornada.

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