O último levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) para monitorar a evolução dos casos de Covid-19 e H1N1 no Brasil indicam comportamentos distintos entre as duas doenças.
A Covid-19 apresenta tendência de queda, com baixa taxa de positividade (3,3%) na última semana analisada e sua média móvel, que considera os resultados das últimas cinco semanas, também reforça a tendência de baixa, demonstrando um cenário de estabilidade e controle da circulação do vírus.
Apesar do momento de aparente tranquilidade, a Abramed destaca a importância da continuidade da vigilância laboratorial, da testagem em casos sintomáticos e da notificação adequada às autoridades de Saúde, especialmente diante das variações sazonais e possíveis novas cepas.
Diferente do cenário da Covid-19, após um período de queda entre fevereiro e o início de março, a H1N1 volta a apresentar curva ascendente, com elevação dos casos nas últimas três semanas de referência (entre 16 de março e 5 de abril de 2025). A média móvel mostra uma tendência clara de alta — com taxa de positividade de 6,7% na medição mais recente — indicando o início de um novo ciclo de aumento da doença.
Esse comportamento reforça a necessidade de atenção às campanhas de vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.
A identificação precoce dos casos e o diagnóstico laboratorial são fundamentais para evitar complicações e reduzir a sobrecarga nos serviços de saúde.
Monitoramento
Os associados à Abramed são responsáveis por mais de 80% do volume de exames realizados na Saúde Suplementar no Brasil. Os dados são compilados por meio da plataforma de inteligência de dados METRICARE, desenvolvida e gerenciada pela Controllab, parceira da associação. Essa colaboração tem permitido o acompanhamento de dados relevantes, fornecendo uma visão clara e estratégica para a tomada de decisões em prol da saúde populacional.
Importante ressaltar que as associadas da Abramed enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico conduzido pelo Ministério da Saúde. Essas informações são essenciais para entender a progressão da dengue no Brasil e embasar medidas de saúde pública voltadas à contenção da doença.