Wilson Shcolnik fala sobre os desafios da medicina diagnóstica para a sustentabilidade do sistema de saúde privada

Wilson Shcolnik fala sobre os desafios da medicina diagnóstica para a sustentabilidade do sistema de saúde privada

Apresentação ocorreu durante primeiro dia do 22º Congresso Internacional Unidas, em Atibaia (SP)

25 de Outubro de 2019

A sustentabilidade do sistema de saúde privada no Brasil foi o tema do primeiro painel do 22º Congresso Internacional Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) – A Importância das Autogestões na Transformação do Setor de Saúde do Brasil, evento que ocorreu em 24 de outubro, no Hotel Bourbon, Atibaia (SP), e contou com a participação do presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik. Em sua apresentação ele falou sobre os desafios no contexto da medicina diagnóstica, que estão relacionados à incorporação do que tem valor no sistema; ao monitoramento do desempenho das empresas; à contenção de desperdícios; à saúde digital; às novas formas de remuneração; e as questões éticas. 

“Os impactos na subutilização são enormes, mas o compartilhamento de informações no sistema fragmentado que temos hoje precisa ser superado, e isso só acontecerá com a interoperabilidade”, disse Shcolnik. O presidente falou também sobre os modelos de remuneração diferentes do fee for service – cujo pagamento é feito por procedimento – e sobre a medicina especializada: “A medicina personalizada é a realidade, e precisamos lidar com essa integração de dados para oferecer uma racionalidade no cuidado médico focado em cada pessoa”. 

Em seguida foi a vez do presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), Leandro Fonseca da Silva, falar sobre a sustentabilidade do mercado de saúde suplementar. “O mercado cresceu 50% desde o início da regulação, ou marco regulatório. Nesse mesmo período, a população brasileira cresceu 20%. Ou seja, tivemos uma inclusão real no sistema de saúde suplementar”, acrescentou. 

Ele também comentou sobre a necessidade de integração entre o setor público e o privado. “Claro que o modelo que nos trouxe até aqui não é o mesmo que vai nos levar para o futuro, porque estamos tendo uma grande evolução tecnológica. Temos que pensar como um sistema único, sobretudo como integrar esses sistemas para que a população tenha uma saúde melhor.”

“Não temos um cuidado com o resultado. A saúde hoje está fragmentada, e isso é reforçado pelo fee for service. A ANS quer que a operadora faça gestão de saúde populacional”, completa Leandro Fonseca. 

Para finalizar, Bruno Toldo, médico e diretor médico da unidade Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, também abordou os desafios para a sustentabilidade do sistema de saúde privado no Brasil, o cenário da saúde suplementar e os altos custos do sistema. 

O presidente da Unidas, Anderson Mandes, conta que essa edição do evento teve o maior número de filiadas e participantes de todos os congressos da entidade, bem como falou sobre o futuro: “Revimos as crenças e os valores que permeiam a nossa instituição e construímos um planejamento estratégico que vai criar uma entidade mais forte. Compartilhamento e colaboração farão parte da Unidas do futuro”, finaliza.

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