Em apresentação na SAHE, Abramed destaca valor que a medicina diagnóstica traz para a saúde

Em apresentação na SAHE, Abramed destaca valor que a medicina diagnóstica traz para a saúde

Segundo o vice-presidente do Conselho da Abramed, Conrado Cavalcanti, setor de medicina diagnóstica tem papel fundamental no tratamento do paciente e vem passando por profundas transformações, incentivadas pelo novo momento de mercado e advento de novas tecnologias

14 de Março de 2019

As fake news que propagam mensagens erradas sobre o setor de medicina diagnóstica e o uso de novas tecnologias para melhorar a experiência do paciente são os principais desafios que o setor de medicina diagnóstica enfrenta. O tema foi discutido no painel liderado pelo vice-presidente do Conselho da Abramed, Conrado Cavalcanti, na SAHE (South America Health Exhibition), que aconteceu em São Paulo no dia 13 de março.

No painel “Medicina Diagnóstica: evolução e perspectivas de um mercado que movimenta mais de 35 bilhões por ano”, Conrado apresentou os dados atualizados do setor e mostrou como a propagação de mensagens falsas pode prejudicar a imagem da medicina diagnóstica. “Uma mentira falada repetidamente pode virar verdade”, disse ele, exemplificando com a questão do desperdício de exames. “A imprensa constantemente divulga que o índice de desperdício de exames é de 30%. Fizemos um levantamento na Abramed que mostra que, na verdade, o percentual é de 3,5%. Outra teoria propaga que a realização de exames seria um desperdício”.

Para Cavalcanti, a medicina diagnóstica tem papel fundamental no tratamento do paciente e vem passando por profundas transformações, incentivadas pelo novo momento de mercado e advento de novas tecnologias, para proporcionar uma experiência de excelência ao paciente. O objetivo é passar a oferecer uma medicina baseada em valor. “Podemos potencializar o contato com o paciente além de laudo e exames. Mapeamos todas as vezes que interagimos com o nosso paciente desde sua vinda ao hospital até o momento em que ele vem retirar o exame e constatamos que são 20 a 30 oportunidades de interagir com ele para promover uma melhor experiência”, pontuou.

Em sua apresentação, Cavalcanti  destacou ainda que o mercado de saúde passa por um momento de consolidação. Esse movimento de fusões e aquisições, potencializado pelo interesse de fundos estrangeiros no setor, mostra as oportunidades de crescimento do segmento. “Os fundos de private equity têm interesse porque o nosso mercado é pulverizado, a população está envelhecendo, o que provoca aumento do mercado no futuro. Além disso, o setor tem margens positivas e muito espaço para melhoria em gestão, sinergia e escala. Tem bastante espaço para crescer”, afirmou.

A tecnologia e a inovação ajudarão a resolver um velho problema de custos. A evolução que trazem ao setor pode contribuir para aumentar os ganhos em novos procedimentos. “Talvez seja a solução para aumentar o acesso à saúde para as pessoas e gerar estabilidade no setor.”

Debate

Para discutir os pontos de sua apresentação, Conrado promoveu um uma mesa-redonda que contou com a participação de Leonardo Vedolin, diretor médico RDI do Dasa; Patricia Holland, superintendente executiva de SADT da Beneficência Portuguesa (BP); e William Malfatti, diretor de comunicação, relações institucionais e relacionamento com clientes do Grupo Fleury.

Para Patrícia, da BP, a questão do desperdício de exames pode ser resolvida com um maior engajamento do médico, que tem um papel fundamental no processo. “Vimos nos últimos anos que fazer uma gestão da carteira permite aumentar o número de consultas e exames, no entanto o tratamento fica com custo menor, o que diminui gastos com internação.” Para ela, é preciso estimular uma mudança de mindset. “A BP se posiciona hoje como um polo de saúde, e não mais um hospital. Atendemos desde a prevenção, com vários centros médicos, e a medicina diagnóstica tem um papel fundamental na nossa estratégia do tratamento à reabilitação. Como polo de saúde, você se diferencia pela experiência do cliente.”

A percepção de que exames normais seriam desperdício foi contraposta por Vedolin, do Dasa. Segundo ele, o exame normal está longe de ser underused. “Ele é o primeiro passo da cadeia de investigação diagnóstica e, se exclui uma doença, tem grande valor em diversas situações. Por exemplo, uma mamografia normal em uma paciente de mais de 50 anos nos dá um indicativo de risco negativo de câncer no futuro muito alto.”

A era das fake news pode trazer consequências drásticas para a área de saúde. Usando o exemplo do movimento antivacina, que surgiu por conta de um estudo que depois foi desmentido, Malfatti, do Grupo Fleury, falou sobre as iniciativas que a Abramed vem adotando para combater a propagação de informações enganosas.

“Precisamos demostrar o fator de contribuição que a medicina diagnóstica tem para a saúde das pessoas e para o equilíbrio dos sistemas. Ela não é inimiga do sistema e não põe em risco a sustentabilidade dele. A Abramed tem levado para fora as boas práticas do nosso setor visando propagar o valor gerado para as pessoas, a prática da medicina e a sustentabilidade.”

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