Com avanços tecnológicos e foco em ESG, o setor reforça parcerias para atender aos desafios de 2025, assegurando a sustentabilidade do sistema de saúde
17 de janeiro de 2025 – O setor de medicina diagnóstica avança em direção a um futuro no qual inovação tecnológica, sustentabilidade e ética se integram de forma cada vez mais relevante. Em 2025, temas como transformação digital, qualidade dos serviços e responsabilidade ambiental e social ganham destaque, enquanto o envelhecimento populacional e as mudanças climáticas reforçam o papel estratégico do diagnóstico na prevenção, predição e gestão de doenças.
“Para 2025, esperamos um avanço expressivo na integração de sistemas, com foco em plataformas que garantam o fluxo contínuo e seguro de informações entre diferentes players do setor. Isso não é apenas uma tendência tecnológica, mas uma necessidade para promover eficiência operacional, precisão diagnóstica e, principalmente, a personalização do cuidado ao paciente”, comenta Cesar Nomura, presidente do Conselho de Administração da Abramed.
A implementação de novas tecnologias, como inteligência artificial (IA), será um grande desafio para 2025, já que a regulamentação precisa equilibrar a inovação com a segurança dos pacientes. “A IA já está sendo usada para melhorar a análise de exames e a decisão clínica, mas isso exige uma abordagem cuidadosa para garantir que os processos não sejam apenas automáticos, mas também confiáveis e transparentes”, ressalta Nomura.
Segundo Lidia Abdalla, vice-presidente do Conselho de Administração da Abramed, o avanço da tecnologia e a transformação digital no setor de saúde exigirão uma abordagem mais integrada para questões éticas e de proteção de dados.
“A crescente digitalização, incluindo prontuários eletrônicos unificados e interoperabilidade, facilitará o compartilhamento de informações. Nesse cenário, os investimentos para segurança da informação e privacidade são fundamentais em toda cadeia, inclusive na própria educação do usuário do sistema de saúde para proteção dos seus dados, evitando a exposição a golpes”, expõe.
Também será necessário dar mais atenção à prevenção de fraudes no setor, pois as práticas ilícitas vêm crescendo com o desenvolvimento da tecnologia. O setor precisará investir, cada vez mais, em sistemas avançados de proteção e criar campanhas educativas para profissionais e usuários.
Nomura acrescenta que, em 2025, a ampliação das Parcerias Público-Privadas (PPPs) se tornará indispensável para a sustentabilidade do sistema de saúde, especialmente diante da crescente demanda por serviços, impulsionada pelo envelhecimento populacional e pela prevalência de doenças crônicas.
Essas parcerias podem oferecer soluções para expandir o acesso, otimizar recursos e ampliar a qualidade dos serviços oferecidos. “O fortalecimento das PPPs em 2025 representa uma oportunidade para transformar a medicina diagnóstica em uma aliada ainda mais estratégica na cadeia de saúde”, declara o presidente do Conselho de Administração da Abramed.
Para Nomura, ao projetar o futuro da saúde, é preciso entender os desafios de hoje: a sustentabilidade financeira, a incorporação inteligente de tecnologias e o impacto do envelhecimento populacional. “A qualidade deve ser o princípio que guia todas as nossas ações, e é essencial que o setor privado colabore com o governo para garantir que as instituições mantenham altos padrões. As medidas precisam ser urgentes”, expõe.
ESG
Em 2024, o setor de medicina diagnóstica demonstrou avanços em relação às práticas ESG, mas é importante que em 2025 as empresas continuem investindo no setor para garantir um futuro mais sustentável e socialmente responsável. Segundo a sexta edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, as associadas reduziram o consumo de energia e o descarte de resíduos, além de aumentarem a diversidade de gênero.
“A mensuração de dados é ponto fundamental para validar os avanços nas práticas de ESG, permitindo que empresas avaliem o impacto de suas ações e identifiquem áreas de melhoria. Ferramentas de análise permitem acompanhar indicadores ambientais, sociais e de governança, garantindo transparência, embasando decisões e fortalecendo a confiança de investidores, colaboradores e da sociedade”, comenta Lidia.
Em 2025, as mudanças climáticas e seus impactos na saúde devem ganhar mais atenção. A medicina diagnóstica atuará na identificação precoce de doenças relacionadas a fatores climáticos, como problemas respiratórios agravados pela poluição, aumento de arboviroses em regiões tropicais e doenças causadas por água contaminada em enchentes.
O foco na detecção precoce e na personalização de tratamentos será ainda mais relevante em um cenário em que o envelhecimento populacional aumenta a demanda por cuidados de saúde. “A medicina diagnóstica atuará no suporte à longevidade saudável, contribuindo para a qualidade de vida dos idosos e para a sustentabilidade dos sistemas de saúde”, aponta Lidia.
Regulamentação
O rápido avanço da tecnologia e das ferramentas na medicina diagnóstica demandará atualizações constantes no arcabouço regulatório. “Regulações bem fundamentadas ajudarão a consolidar a confiança dos stakeholders, promovendo um ambiente mais estável e previsível para investimentos”, comenta Lidia.
Em 2025, será essencial estabelecer regulamentos mais equilibrados, que considerem as realidades financeiras e operacionais das empresas, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 de promover saúde e bem-estar para todos. O diálogo entre empresas e reguladores ganhará destaque, permitindo decisões baseadas em evidências e contribuindo para um ambiente regulatório flexível e inovador.
“A participação técnico-científica das empresas será decisiva para alinhar regulações às melhores práticas globais e às demandas locais, impulsionando a adoção de novas tecnologias e fortalecendo o setor de saúde”, declara Lidia.
Para Nomura, em 2025, a medicina diagnóstica continuará a ser uma aliada na eficiência do sistema de saúde, ajudando a reduzir custos e a otimizar recursos. Com a ampliação do uso de tecnologias e o trabalho em conjunto, o setor terá ainda mais impacto na cadeia, colaborando para o desenvolvimento de todo o setor.