O laboratório pode ser um dos motores da transformação digital na saúde, segundo presidente da Roche

O laboratório pode ser um dos motores da transformação digital na saúde, segundo presidente da Roche

Carlos Martins apresentou cases de automação e integração de sistemas no FILIS 2023

Como parte do “Momento Transformação” do 7º FILIS, espaço na programação para apresentação de cases de inovação em Saúde, Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica Brasil, participou como palestrante sobre o tema “A integração de dados aumenta a eficiência e melhora os cuidados com os pacientes” e compartilhou quatro cases de sucesso envolvendo soluções digitais da empresa. 

Iniciou apresentando dados de uma pesquisa recente com 742 líderes de saúde, conduzida pela Harvard Business Review Analytic Services. Segundo 95% dos participantes, é muito importante gerenciar dados em ambientes de cuidados em saúde, mas apenas 19% afirmam que sua organização é bem-sucedida nisso. “Isso quer dizer que há muitas oportunidades para melhorar e impactar ainda mais o cenário”, disse Martins.

O estudo mostrou, ainda, os principais obstáculos: equipes isoladas dentro das organizações e falta de colaboração, sistemas desconectados ou incompatíveis, orçamento insuficiente, preocupação com a segurança da informação e falta de infraestrutura tecnológica. “Os profissionais de saúde precisam de insights orientados por dados para tomar decisões mais assertivas. Faltam integração e colaboração”, resumiu.

Para que o paciente não seja impactado por isso, a Roche acredita que o laboratório possa ser um dos motores da transformação digital na saúde, já que cerca de 70% das decisões clínicas são influenciadas por dados laboratoriais, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Diagnóstico (EDMA).

“O Brasil tem grande importância nisso, pois é uma potência em termos de medicina laboratorial, não apenas do ponto de vista de volume, mas também de especialidade e diversidade”, expôs Martins. Para a Roche, superar todos os desafios que os laboratórios e a saúde enfrentam exige mais do que uma solução dinâmica, exige uma transformação.

Na prática

E mostrando que é possível fazer isso com as soluções já disponíveis no mercado, Martins apresentou quatro cases de renomadas instituições. O primeiro da Unimed Sorocaba (SP), que utiliza o sistema Infinity para gerenciar 330 mil testes por mês. A solução não só processa as amostras dentro do laboratório, como também centraliza toda a área de controle de qualidade. “A entidade tem mais de uma década de experiência e crescimento com a digitalização do diagnóstico. É um case importante em termos de pioneirismo digital”, destacou.

O segundo case foi do Hospital Israelita Albert Einstein, que buscou levar o máximo de inteligência para o novo Núcleo Técnico Operacional (NTO) do seu laboratório clínico. “Juntamente a outros parceiros, automatizamos e integramos equipamentos, fluxos e informações, o que beneficiou o paciente do ponto de rapidez e resposta, bem como de redução de erros.”

Dessa forma, o hospital obteve crescimento de 68% nos exames produzidos ao mês, gerando alta satisfação do corpo clínico e dos pacientes, com 100% das decisões baseadas em evidências. Mensalmente, são processados 500 mil testes e 114 mil amostras. 

A automação do novo NTO do Grupo Fleury, que processa 3 milhões de testes e 549 mil amostras por mês, foi o terceiro caso apresentado. “A automação permite prever o que vai acontecer, tendo um impacto importante na operação, trazendo consolidação, redução de custos, mais eficiência e resultados mais rápidos”, mostrou. 

Martins fechou sua participação apresentando o case do Ministério da Saúde, que lançou para a Roche o desafio: instalar 82 laboratórios em 27 estados e 58 cidades para monitorização de HIV e hepatites. Em 90 dias, a empresa atendeu o pedido, garantindo a operação otimizada dos analisadores e a integração de todos os equipamentos, com os resultados reportados em todo o Brasil. Por ano, são processados 1.6 milhão de testes.

“A automação de laboratórios é uma estratégia poderosa, impulsionando melhorias na qualidade do atendimento ao paciente, redução de custos e ampliação da eficiência operacional. Os casos exemplificados ilustram como essa abordagem bem-sucedida pode ser aplicada com êxito em entidades de variados tamanhos e especializações”, concluiu.

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