Fundada por oito empresas, Abramed hoje representa cerca de 60% do volume de exames realizados pela saúde suplementar

Fundada por oito empresas, Abramed hoje representa cerca de 60% do volume de exames realizados pela saúde suplementar

Com 27 associados, entidade ganha voz e relevância em um cenário de protagonismo da medicina diagnóstica

8 de dezembro de 2020

Há dez anos, oito instituições privadas que se destacavam no cenário nacional de medicina diagnóstica tiveram a percepção de que, com tantas mudanças e evoluções no sistema de saúde brasileiro somadas ao desenvolvimento de um novo perfil empresarial e ao estabelecimento de regulamentações determinantes para o futuro do segmento, a união se fazia necessária como forma de ampliar a visibilidade do setor e, assim, vencer os desafios que estavam por vir. Nascia, então, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Ao longo da década, o crescimento foi constante e os oito associados iniciais hoje são 27, sendo que o grupo responde por cerca de 60% do volume de exames realizados dentro da saúde suplementar do Brasil. “A Abramed foi um sonho que se tornou realidade. Tudo começou quando vimos que o mercado de medicina diagnóstica estava crescendo e se consolidando como um setor preponderante à saúde de todos”, explica Luis Natel, fundador e primeiro presidente do Conselho de Administração da Abramed, hoje CEO do Grupo Oncoclínicas.

Unir as empresas foi um desafio, como comenta Lídia Abdalla, CEO do Sabin e associado fundador. “Quantas ideias surgem, mas não passam da primeira ou da segunda conversa? Até 2010 éramos apenas concorrentes, mas a história mudou. Hoje somos concorrentes, amigos e associados. Estamos juntos nas dificuldades e na celebração das nossas conquistas”, diz.

A executiva reforça a qualidade da atuação da Abramed ao longo dos anos. “Sabemos o quanto a gente pensa e o quanto a gente sonha. Sabemos, também, que as coisas só têm valor quando são bem executadas. Como Associação, no final do dia temos que apresentar resultados que validam tudo o que planejamos. E continuamos sonhando. Sonhar pequeno ou sonhar grande dá o mesmo trabalho. Então sonhamos grande e vamos realizar”, completa.

A união em prol do setor venceu o espírito de concorrência, como enfatiza Carlos Jader Feldman, que também estava presente na fundação da entidade e é diretor do Sidi – Medicina por Imagem. “A Abramed representa o esforço de um setor fundamental para o progresso da medicina brasileira, além de ter se transformado em uma oportunidade de manutenção do diálogo com colegas que praticam o mesmo tipo de atividade. É um espaço de progresso individual, porém consolidado por todos”, comenta.

Representando a DASA e seu pai, Edson Bueno, figura indispensável à criação da Abramed, Pedro Bueno que é presidente da empresa, diz que a união entre os players, sem favoritismo, foi uma das grandes vitórias. “O setor de medicina diagnóstica melhorou a relação custo-efetividade, resultado da atuação dos associados que privilegiaram a entidade e não questões individuais”, relata. Segundo ele, a Abramed priorizou as necessidades do setor para que as empresas que nele atuam pudessem ser mais sustentáveis dentro da cadeia de saúde, gerando valor ao paciente e contribuindo com o desenvolvimento econômico do país.

O relacionamento intrasetorial era fundamental, mas a possibilidade de ganhar voz junto a outros atores que também atuam na complexa cadeia de saúde surgia como uma necessidade cada vez mais latente. “Precisávamos ter essa participação próxima aos tomadores de decisão. Além de servir de elo entre profissionais da saúde, empresários, fabricantes e distribuidoras de equipamentos, a Abramed nos aproximou de órgãos fiscais e deliberativos”, diz Delfin Gonzales, da Delfin Medicina Diagnóstica, executivo presente na fundação da entidade.

Essa proximidade com poderes executivo e legislativo tem sido importante para a sustentabilidade do segmento, como relata Gilberto Minguetti, diretor do Cetac Diagnóstico por Imagem. “O cenário político-social conturbado dos últimos anos trouxe desequilíbrio econômico para o setor, gerando complexidades técnicas e jurídicas. Em razão disso, muita energia tem sido consumida nesses aspectos”, pontua ao enfatizar que é preciso dedicar ainda mais esforços ao desenvolvimento tecnológico e científico do grupo.

A relação com órgãos reguladores também se faz presente e necessária. “Espero contar com a Abramed nos auxiliando nas discussões junto à Anvisa, a ANS e ao Ministério da Saúde atuando sempre com isenção, de forma transparente e profissionalizada, reforçando seus valores”, comenta Bueno. “Que siga trabalhando por uma medicina baseada em valor, prezando pela qualidade médica e pela eficiência operacional”, completa.

Reconhecimento

A pandemia de COVID-19 trouxe peso às abordagens encabeçadas pela Abramed, visto que o setor de medicina diagnóstica tem sido protagonista no combate ao novo coronavírus. “A atuação frente à pandemia é digna de nota, uma vez que a Abramed foi a principal entidade procurada pelos meios de comunicação para explicar, à sociedade, a importância dos exames laboratoriais, suas principais aplicações e limitações para diagnóstico da infecção”, diz Guilherme Collares, membro do Conselho Fiscal da Abramed e diretor de Operações do Hermes Pardini, instituição também fundadora da Associação.

Pensando no futuro

A entidade tem uma meta muito clara, posta em palavras por Lídia. “Hoje representamos cerca de 60% do volume de exames da saúde suplementar, mas queremos representar 70%, 80%, 90%. Para isso, precisamos reunir mais laboratórios e clínicas, somar mais associados de todos os portes e de todas as regiões do país. Nossa riqueza está na diversidade”, declara chamando as empresas do setor a se unirem aos propósitos da Abramed.

Ao ampliar sua representação, a entidade também amplia sua voz. “Foram anos de muita luta e não será diferente daqui para frente, sobretudo agora nesse momento de tantas incertezas e que não sabemos, ao certo, o que iremos enfrentar. É essencial, então, que a Abramed esteja firme e sempre disposta a lutar pelos interesses comuns do setor”, finaliza Boris Berenstein, também fundador da Associação e da rede de laboratórios que leva seu nome.

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