Ações de cuidado e acolhimento desses profissionais têm impacto direto na gestão de custos e na redução de absenteísmo
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu, desde 2003, o dia 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho. No Brasil, a lei federal nº 11.121/2005 definiu a data como Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho, como forma de manter sempre viva a importância da prevenção e do cuidado durante o exercício do trabalho.
Na medicina diagnóstica, que tem um papel fundamental na identificação de fatores de risco que indiquem a possibilidade do surgimento de muitas doenças, a cultura de segurança e saúde ocupacional, que sempre esteve presente, vêm sendo expandida entre as empresas do segmento na busca por ações e programas voltados para o bem-estar dos seus colaboradores, principalmente a partir da pandemia de Covid-19, quando muitos foram afetados física e emocionalmente.
“Os programas de bem-estar trazem a percepção de cuidado e acolhimento para os colaboradores, além de impactar diretamente na gestão de custos, melhor utilização do plano médico e redução de absenteísmo”, afirma Cesar Izique, gerente-executivo de Saúde e Bem-estar da Dasa e membro do Comitê de Recursos Humanos da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
Ele lembra que os colaboradores da saúde, inclusive do segmento diagnóstico, foram diretamente afetados pela crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Considerados linha de frente, esses profissionais ficaram mais expostos por estarem em contato direto com pacientes com Covid-19 e necessitaram de atenção redobrada quanto às medidas de proteção individuais e coletivas, além de reforço das orientações sobre protocolos assistenciais e demandaram suporte emocional.
De fato, um setor essencial, acostumado a entregar um serviço extremamente valioso para a população, que é a realização de exames, com a pandemia precisou de muitas ações, para preservar a saúde, segundo o Painel Abramed 2021 – O DNA do Diagnóstico, dos mais de 275 mil profissionais de saúde que todos os dias vestem seus jalecos nos laboratórios, clínicas de imagem e hospitais no Brasil.
Da intensificação da distribuição e treinamentos no uso de equipamentos de proteção individual (EPIs); divulgação de cartilhas orientativas; fixação de cartazes nos locais de trabalho em funcionamento; treinamentos para instruções de como proceder em tempos de pandemia; até e monitoramento de colaboradores infectados, mantendo a vigilância constante, dia e noite, foram algumas ações realizadas e que ainda hoje são praticadas para preservar a saúde e a segurança dos profissionais que atuam em medicina diagnóstica.
Na opinião de Izique, atualmente os profissionais do segmento estão mais preocupados com a sua saúde e a dos outros também. Para ele, a pandemia parece ter causado uma mudança na cabeça dos colaboradores da saúde no sentido da autopreservação, com a incorporação do autocuidado, adotando-se a prevenção em todas as suas atividades cotidianas.
E cada vez mais as empresas também estão entendendo a importância e os benefícios de cuidar da saúde dos colaboradores de maneira multidisciplinar, colocando as pessoas como bem mais valioso. Desta forma, o cuidado com a saúde dos profissionais ganha maior relevância para a sustentabilidade do negócio.
Para o especialista, é preciso uma abordagem holística diferenciada e uma atuação em várias frentes para alcançar os melhores resultados dos colaboradores de forma sustentável para toda a cadeia da saúde. Isso está intrinsecamente relacionado à proposta de valor da medicina diagnóstica, de aprimorar a gestão do setor por meio da inovação.
Mercado promissor
A medicina preditiva e preventiva vem evoluindo na personalização do cuidado, trazendo cada vez mais tecnologias voltadas não só à inteligência de dados como equipamentos mais ágeis e precisos nos resultados. Esse mercado promissor na área da saúde também vem sendo avaliado pelas empresas de medicina diagnóstica como aplicar esse conceito na sua população de colaboradores.
“A orientação quanto a importância da realização de exames preventivos, acompanhamento regular da saúde dos colaboradores com análise de dados preditivos, levando em consideração questões assistenciais, ocupacionais e até socioeconômicas, além da disponibilização de programas que incentivam a prática de atividade física regular, a promoção de momentos de lazer e relaxamento trazem uma perspectiva de uma melhor gestão da saúde corporativa. E é neste caminho que estamos, do cuidado integral para pacientes e colaboradores”, concluiu Izique.