A liderança deve ser focada nas pessoas, sejam elas colaboradoras ou pacientes

A liderança deve ser focada nas pessoas, sejam elas colaboradoras ou pacientes

* Por Juliana Richter

A saúde sempre teve grande relevância na vida das pessoas. Falamos mais sobre o assunto, buscamos mais saúde nos últimos anos, com um foco ainda maior na prevenção. Como liderança na área, no setor de medicina diagnóstica, busco estabelecer e praticar o lema #cuidesesempre, sejam nas práticas que adoto quando influencio em decisões que podem impactar pacientes, quanto na promoção de ações que envolvam saúde e bem-estar dos colaboradores.

Os números apontam uma retomada no setor de saúde suplementar, superando o patamar de 50 milhões de vidas cobertas. Em outra via, observa-se grande reestruturação das operadoras de saúde, um olhar mais dirigido na qualidade das prestadoras de serviços. Avanços em pesquisas, tecnologias e a busca na melhor experiência dos usuários vêm modificando a forma de conduzir o setor, de transformar os negócios e de equilibrar o interesse de todos os stakeholders.

Para promover empresas brasileiras do setor, será necessário criar um ambiente adequado e equilibrado. A inflação da saúde pressiona o Produto Interno Bruto (PIB) por mais investimentos e é utópico pensar que esses recursos virão apenas da iniciativa pública. O mercado de saúde suplementar tende a crescer fortemente, somado ao envelhecimento populacional, das tecnologias não excludentes e do modelo de negócios existente.

Certamente, tudo isto promoverá mudanças na busca por exames no setor de medicina diagnóstica. Entendendo o tamanho do desafio, busco encarar o presente e, ao mesmo tempo, me transformar para o futuro.

Na Clinoson, empresa de medicina diagnóstica de Porto Alegre (RS), onde atuo há mais de cinco anos, mantemos o foco no paciente. Entender de gente sempre foi algo natural na minha formação. Impactar positivamente a sociedade por meio da minha liderança sempre foi o meu norte. Para isso, é necessário, desenvolver negócios e pessoas, se envolver no ecossistema como um todo, conduzindo times para que a jornada do paciente seja a melhor possível, trazendo a satisfação, a segurança e a entrega dos resultados propostos.

Mulheres na liderança

Inevitavelmente, me perguntam sobre ser mulher em um ambiente tão masculino, já que permeio o espaço de grandes lideranças. Com minha veia empreendedora e proatividade, de gostar de “fazer acontecer”, desde cedo busquei estabelecer movimentos que me permitissem acessar melhores oportunidades, sejam nos setores da indústria como no segmento de serviço.

Nunca me senti sozinha. Pude contar com líderes incríveis, de ambos os gêneros, que visualizaram minhas competências, acreditaram, apostaram no meu desenvolvimento e experimentaram a minha capacidade (e vontade) de entrega.   Percebo que nas grandes empresas do segmento de medicina diagnóstica, é perceptível a relevância e o domínio das mulheres na abordagem de temas estratégicos e ocupando cargos de alta gestão. Na Clinoson, buscamos fomentar a competência, gerando oportunidades a todos. Contudo, somos sabedores que ainda há um caminho fértil a ser percorrido pela sociedade.

Em uma breve retrospectiva, minha carreira foi mais que uma escolha, foi a consequência de minhas ações reforçadas pelas formações que busquei e lideranças que me inspirei. Liderar sempre brilhou meus olhos. Desde muito cedo, me recordo de ir em busca de boas ferramentas e aprendizados e entender de negócios. Percorrer um caminho na área da indústria, ter pessoas que me inspiram e ensinam, ser apaixonada por gente e por tecnologia me fizeram chegar ao cargo de CEO.  Sempre foi “um olhar no presente e outro no futuro”.

*Juliana Richter é CEO da Clinoson e Conselheira de Administração da Casa dos Raros. Formada em análise de sistemas. Tem mestrado profissional em Gestão e Negócios (Brasil/França)

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