O gerente de desenvolvimento de negócios em saúde na Amazon provocará reflexões sobre o tema durante o FILIS 2023
Transformar um dado em informação é um dos fatores mais importantes para a tomada de decisão. Até que ponto utilizamos nossos dados para isso? Essa é a provocação que Jacson Barros, gerente de desenvolvimento de negócios em saúde na Amazon, fará em sua palestra durante a sétima edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS).
“A ideia é trazer algumas reflexões sobre o assunto para que realmente os estabelecimentos sejam data-driven”, explica Barros. Data-driven é um termo que se refere à abordagem de tomada de decisão e execução de atividades com base em dados e evidências coletadas e analisadas. Isso implica que as decisões e ações são informadas e influenciadas pelas informações obtidas a partir de conjuntos de dados relevantes.
Segundo Barros, em qualquer setor, quanto mais se conhecem os desafios, melhor serão as ações e as ferramentas para enfrentá-los. “Podemos ter perspectivas mais personalizadas sobre os nossos pacientes, uma abordagem populacional que nos permita a criação de políticas que realmente tragam valor e possam ser medidas, ampliar a pesquisa e inovação e garantir um ambiente sustentável e resiliente”, explica.
Sobre as implicações para maior desenvolvimento desse tema, ele reconhece que não é uma tarefa trivial, pois há diversos pontos de atenção que precisam ser superados. Entre eles: a falta de comunicação entre os diversos níveis de serviços, a dificuldade da digitalização dos serviços e a falta de uma visão estratégica sobre o tema.
“Vejo vários projetos de interoperabilidade que não saem do papel, pois não se sustentam. Para mim, todos os sistemas deveriam, por obrigação, serem interoperáveis, cabendo ao usuário decidir o que fazer com a informação, e não o estabelecimento de saúde”, afirma Barros.
Quanto à segurança, embora reconheça que existam profissionais qualificados no mercado, bem como ferramentas adequadas para cada situação, ainda nota a necessidade de amadurecimento no tratamento do evento adverso. “De que adianta termos todo um arcabouço de recursos humanos e tecnológicos se no momento de um evento qualquer não tivermos um comportamento emocional compatível para o enfrentamento do cenário adverso?”, questiona.
Falando de novas soluções que prometem grandes transformações no setor, cita a Inteligência Artificial Generativa, que traz novas expectativas para a área da saúde. “Com oportunidades na casa de trilhões de dólares, segundo o Fórum Econômico de Saúde, não há como ignorar seu impacto. Ela poderá ser importante na decisão clínica, na previsão de riscos de surtos, na medicina personalizada e no desenvolvimento de novos medicamentos”, exemplifica.
Com 31 anos de experiência em Health IT, Gestão Pública e Privada, Barros é graduado em Engenharia Elétrica e Doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Sua palestra “Potencializando o uso de dados para a inovação na saúde” acontecerá no dia 31 de agosto, no Teatro B32, em São Paulo.
Organizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o FILIS objetiva promover o debate, a troca de experiências e a geração de parcerias entre líderes da área da saúde, enfocando a gestão e a tecnologia no papel de instrumentos para a melhoria dos cuidados de saúde.
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