Em reunião mensal de associados, lideranças debatem os desafios do setor de saúde para 2023

Encontro teve palestra com Henrique Neves, CEO do Hospital Israelita Albert Einstein, seguido por debate com a participação de Jeane Tsutsui e Lídia Abdala, respectivamente CEOs do Grupo Fleury e Grupo Sabin

A Reunião Mensal de Associados (RMA) da Abramed aconteceu presencialmente no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, no dia 3 de março, e representou um momento especial para a área de medicina diagnóstica, integrando lideranças do setor em torno de um debate sobre os desafios que serão enfrentados em 2023. 

Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed, revelou que as algumas reuniões mensais de associados serão agora realizadas em um modelo diferenciado. “Este evento inaugurou um ciclo de reuniões exclusivamente presenciais, com a presença de palestrantes e líderes da área, discutindo temáticas importantes para o desenvolvimento do setor.”, explicou.

Neste encontro, o convidado para palestrar foi Henrique Neves, CEO do Hospital Israelita Albert Einstein, liderança de grande destaque no setor. Ele iniciou sua fala afirmando que, após a pandemia, o mercado privado passou por uma mudança estrutural, desencadeando um desequilíbrio entre o financiamento e a demanda. “Precisamos olhar para o cenário que se avizinha, mas é complexo prever. Nosso problema de curto prazo é capacidade para atender à demanda”, disse.

O comentário de Neves destacou o desafio importante enfrentado pelo sistema de saúde no Brasil, que é a ênfase na produção de volume em detrimento da qualidade e da sustentabilidade da cadeia de cuidados. De fato, essa abordagem pode resultar em custos elevados e, em última análise, pode não garantir melhores resultados de saúde para a população.

Para enfrentar esse desafio, é necessário adotar uma abordagem mais ampla e estratégica. Isso envolve a adoção de uma visão de longo prazo, que priorize a sustentabilidade e a eficácia do sistema de saúde, em vez de apenas a produção de volume.

“Precisamos entender como as operadoras de saúde funcionam. Sua saúde financeira deve ser objeto de nossa preocupação. O setor necessita lançar iniciativas para mitigar os altos custos, e o compartilhamento de informação pode ser relevante nesse ponto”, frisou.

O CEO do Hospital Israelita Albert Einstein falou, ainda, sobre os benefícios da telemedicina como forma de expandir o acesso do paciente ao atendimento de saúde e reduzir custos para todo o sistema. Ele comentou que a medicina de precisão e a terapia celular são duas áreas com potencial de revolucionar o setor. Ambas avançam rapidamente e já estão sendo utilizadas em alguns tratamentos. Por exemplo, a terapia celular foi aprovada para o tratamento de certos tipos de câncer, e a medicina de precisão está sendo utilizada para ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer de mama e a fibrose cística.

À medida que essas tecnologias continuam a se desenvolver, é provável que tenham um impacto crescente no setor de saúde, oferecendo novas opções de tratamento e melhorando os resultados para os pacientes. “De um lado, olhamos para o que já praticamos, tentando fazer diferente e, ao mesmo tempo, olhamos para as novas tecnologias, pensando em como incorporá-las, focando em custo-benefício.”

Segundo Neves, 2023 não será um ano fácil, talvez o mais desafiador dos últimos três anos, pois será necessário lidar com o aumento da demanda, que se mantém elevada. “Percebemos que nossa capacidade está prestes a se esgotar em alguns locais. Precisamos pensar em expansões, sem saber como será a demanda ou o financiamento de saúde no futuro.”

Neves disse que é extremamente importante discutir o setor de saúde com todos os stakeholders envolvidos, incluindo pacientes, médicos, enfermeiros, administradores hospitalares, governos, organizações não governamentais e empresas de tecnologia médica, entre outros. Cada um desses grupos possui uma perspectiva única e valiosa sobre o setor, e é necessário considerar todas elas para garantir que as decisões tomadas sejam justas e eficazes. Ele também ressaltou a importância da integração entre os setores público e privado: “Há muito a ser feito”, finaliza.

Eliézer Silva, diretor do Sistema de Saúde Einstein, deu sequência ao evento moderando um debate, com participação de Jeane Tsutsui, CEO do Grupo Fleury, e Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin, além de Neves.

Para Jeane, a busca pela sustentabilidade do sistema de saúde é fundamental para garantir que ele continue funcionando de forma eficaz e acessível para toda a população. Isso significa que todos os stakeholders, incluindo governos, prestadores de serviços de saúde, pacientes e empresas de tecnologia médica, devem trabalhar juntos para encontrar soluções que garantam que o sistema seja financeiramente viável a longo prazo. “Temos ainda um desafio grande pela frente como sociedade, que é a formação de qualidade dos profissionais de saúde. Grande parte das pessoas que estão aqui também trabalha com educação médica, e é importante que levemos aos profissionais informações corretas, indicando exames que devem e não devem ser pedidos, com base em algoritmos”, disse.

Jeane reforçou ainda que assim como há o overuse, também há o problema do underuse, ou seja, de um lado está o indivíduo que faz demais sem precisar, e de outro aquele que deveria fazer e não está fazendo. “A adequação dos recursos é fundamental, e nós que atuamos no setor temos um trabalho importante de educação com o paciente e, principalmente, com o médico”, expôs.

A CEO do Grupo Fleury também levantou a questão da inovação, não apenas em termos de tecnologia avançada, mas também na criação de novos modelos de negócio que aumentem a produtividade e tragam benefícios significativos para o paciente – que deve ser o foco principal. “É por meio da inovação que conseguiremos desenvolver outras soluções. Precisamos priorizar o que realmente traz benefício real para o paciente, o médico e o sistema”, salientou Jeane.

Por sua vez, Lídia comentou que passamos várias vezes por momentos difíceis, mas sempre encontramos um caminho. “Não podemos perder a capacidade de sermos resilientes e continuar olhando para frente. O ponto principal é sempre seguir as boas práticas. Se há um pilar que a Abramed conseguiu conquistar em seus mais de 10 anos de atividade é a credibilidade no setor de saúde. Credibilidade às custas do trabalho contínuo, de discussões sempre proativas, transparentes, muitas vezes difíceis, mas sempre movidas pela vontade de fazer um setor melhor e mais saudável”, salientou a CEO do Grupo Sabin.

Lídia também destacou que, em qualquer setor, se o foco se mantiver na entrega do melhor serviço e em oferecer a melhor experiência para o cliente, sem dúvida será possível vencer parte dos desafios.

Saúde mental

O tema da saúde mental também foi foco no debate. Eliézer enfatizou os desafios enfrentados na área de recursos humanos, observando que muitos profissionais estão exaustos ou precisam de treinamento adicional. Ele citou estatísticas do Reino Unido e da Alemanha, mostrando que entre 20% e 25% dos médicos gostariam de deixar suas carreiras devido à falta de perspectivas a longo prazo, deficiências na educação médica e baixos salários. “Essa questão não é nova e a pandemia só agravou o problema, deixando as pessoas ainda mais cansadas e frustradas com seu trabalho, o que gera uma grande carga emocional, aumentado a necessidade de cuidados com a saúde mental”, disse.

Questionários de saúde desenvolvidos pelo Grupo Fleury mostraram o aumento do percentual de pessoas que relatam depressão e ansiedade. Jeane lembrou que as mulheres apresentam uma prevalência maior de problemas relacionados à saúde mental. Para enfrentar essa questão, a empresa implementou ações que oferecem apoio psicológico e psiquiátrico no próprio grupo. Além do diagnóstico, é fundamental implementar medidas que trabalhem o tema.

É importante lembrar que existem três aspectos da saúde: física, mental e os determinantes sociais de doença. Além do diagnóstico e suporte, é essencial abordar a questão do propósito nas organizações. “Nesse ponto, a vantagem da área de saúde é já ter um propósito claro: cuidar das pessoas. Essa conexão com o cuidado ajuda a manter as pessoas motivadas e engajadas em sua missão. Embora não seja uma solução simples, esse é um campo de atuação para empresas que prestam serviços na área de saúde. É fundamental levar a mensagem de que é preciso equilibrar os cuidados com o corpo e com a mente para uma vida saudável”, frisou Jeane.

Lídia comentou que a nova geração tem uma perspectiva diferente em relação à vida e ao trabalho em comparação às gerações passadas. Eles valorizam mais as experiências do que os bens materiais e o salário. “É importante entender que essas pessoas buscam um propósito em seu trabalho, algo que os motive e faça com que queiram continuar em suas posições. Oportunidades de crescimento profissional e um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e profissional são fatores cruciais para mantê-las engajadas. A remuneração e o salário ficam mais abaixo na lista de prioridades”, disse.

Lançamento Abramed

Durante o encontro, foi entregue o Relatório Anual de Atividades 2022, que traz as principais realizações e conquistas da entidade no ano, com os temas que ganharam destaque, o desempenho dos comitês em prol de melhorias para o setor, o que foi pauta na imprensa, a participação em eventos, além das parcerias firmadas com o governo e outras entidades.

“Entendo que o Relatório Anual de Atividades 2022 apresentado durante o encontro é uma importante ferramenta para avaliar o desempenho da entidade ao longo do ano e traçar estratégias para o futuro, atuando também como uma forma de demonstrar transparência e prestar contas aos nossos associados, bem como ressaltar as conquistas obtidas pela entidade”, comemora Milva. O documento está disponível para download neste link.

Para a diretora da Abramed, a Reunião Mensal dos Associados foi um evento inspirador, congregando o setor em torno de um debate extremamente valioso para a cadeia da saúde. “A palestra principal, ao trazer uma visão substanciosa sobre os desafios enfrentados pelo setor de saúde, deve ter proporcionado uma reflexão profunda sobre os problemas que precisam ser enfrentados e as soluções que podem ser adotadas. Além disso, o debate com líderes do setor permitiu a troca de experiências e o compartilhamento de ideias e soluções, enriquecendo ainda mais o encontro”, comentou.

“O fato de a Abramed promover eventos como esse demonstra seu compromisso em contribuir para a integração do setor e para a busca por soluções sustentáveis”, finalizou Milva.

Compliance e governança corporativa têm papel crucial na construção de uma cultura empresarial ética

Para aplicação de boas práticas no setor, a Abramed conta com um Código de Conduta, responsável por disciplinar todas as interações institucionais

Como referência importante para o segmento de saúde, a Abramed tem papel fundamental em fomentar políticas de integridade seguindo pilares éticos. Em 2017, a entidade introduziu medidas significativas para reforçar sua postura, incluindo a implementação do código de conduta, da política de conformidade e do canal de denúncias.

O código de conduta é fundamentado nos princípios de ética, foco no paciente, integridade, transparência, confiabilidade, livre concorrência e sustentabilidade. Esse documento é indispensável em qualquer instituição, independente do segmento, pois seu papel é direcionar os principais valores da organização.

“Para a Abramed, os efeitos e impactos do código de conduta são ainda mais amplos, considerando que a entidade possui a função de congregar várias empresas associadas, sendo uma referência, mesmo no cenário em que cada uma possua sua cultura, estrutura, valores e nível de conhecimento”, explica Jair Rezini, diretor de Controles Internos, Compliance, Riscos e Auditoria Interna do Grupo Pardini e líder do Comitê de Governança, Ética e Compliance (GEC) da Abramed.

“Buscamos com a publicação do Código de Consuta, usar uma linguagem mais acessível, menos técnica, sem deixar de lado os valores e princípios da entidade. A ideia é que esses valores possam ser utilizados não apenas pelos associados, mas também por todo o setor de medicina diagnóstica, orientando as empresas a criarem seu próprio código de conduta”, finaliza Rezini.

Representatividade

O Comitê de GEC é responsável por abordar assuntos importantes que, muitas vezes, representam dores para as empresas associadas. Nesse colegiado, são discutidas ideias e sugestões sobre diversos temas relevantes, tais como gerenciamento de riscos. O grupo foi responsável pela criação da Cartilha de Compliance, lançada em 2019, um material didático para auxiliar não só os associados, mas qualquer empresa, na criação de programas de integridade. “Quando necessário, geramos documentos, relatórios e notícias que são divulgados para todas as associadas e, muitas vezes, disponibilizados no site para que pessoas interessadas possam consultar e conhecer nosso posicionamento sobre determinado tema”, descreve Rezini.

Embora grandes corporações e multinacionais já possuam cultura de integridade e ética consolidada, existe uma parcela expressiva, composta na sua maioria por empresas de pequeno e médio porte, que ainda têm um longo caminho a percorrer no que se refere ao estabelecimento e à disseminação das práticas e diretrizes de governança e compliance.

“É fundamental que a associação se posicione claramente como defensora de questões éticas, de integridade e de responsabilidade ESG (ambiental, social e de governança), incluindo diversidade e inclusão”, salienta Rezini.

Na prática, o compliance

Compliance é muito mais do que seguir normas e regras. Trata-se de um programa abrangente de governança corporativa que envolve respeitar princípios legais, Normas e Políticas Internas, princípios e valores de ética e integridade, com tratamento justo a todos.

Toda e qualquer empresa que se compromete em estabelecer um programa de governança e compliance efetivo deve demonstrar que de fato pratica o que é descrito e proposto em seus normativos internos, essencialmente no código de conduta, mantendo coerência entre o discurso e a prática. Cabe ressaltar que se trata de um trabalho contínuo que conta com o envolvimento de pessoas, por isso, é imprescindível haver treinamentos, divulgações, orientações e incentivos por parte da empresa.

Segundo a “Teoria dos 10-80-10” ou “Teoria dos Três Grupos”, frequentemente citada em estudos sobre liderança, psicologia social e comportamento humano, as pessoas podem ser separadas em três grupos: aproximadamente 10% são absolutamente íntegras, corretas e nunca se desviam dos seus valores; outros 10% aproximadamente estão no outro extremo, planejando como vão se dar bem no dia seguinte, e com um forte poder de influenciar os 80% restantes. Segundo Rezini, o desafio é identificar e eliminar essa parcela de pessoas que se desviam do propósito da integridade e da ética e manter uma influência positiva.

Além disso, ele lembra que a diversidade e a inclusão devem ser vistas com atenção e efetividade. A inclusão é fundamental para garantir que as pessoas de diferentes origens, gêneros, orientações sexuais, etnias, entre outras, sejam devidamente respeitadas e valorizadas dentro da organização. É uma questão de justiça e de respeito aos direitos humanos, além de ser um diferencial para as empresas que se beneficiam da pluralidade e da diversidade, resultando em uma organização mais inovadora e sustentável. “Um dos desafios é garantir que haja efetivamente a inclusão dos grupos memorizados”, destaca.

Em resumo, o compliance e a governança corporativa têm um papel crucial na construção e na manutenção de uma cultura empresarial ética, que valorize a integridade, o respeito, a diversidade e a inclusão. É um trabalho contínuo, que requer o comprometimento de toda a organização, e que traz benefícios a todos os envolvidos: empresa, administradores, colaboradores e sociedade.

Clique aqui para acessar o código de conduta da Abramed

Clique aqui para acessar a Cartilha de Compliance da Abramed

Protagonismo feminino: sobre ter e ser referência e inspiração

Por Andrea Pinheiro*

Um dos maiores empregadores do país, o setor da saúde ainda tem a atuação feminina concentrada nas áreas assistenciais e administrativas. A participação das mulheres em cargos de alta liderança ainda é tímida, mesmo com os avanços dos últimos anos. Isso porque, fatores históricos e culturais permanecem impactando esse cenário e limitando o espaço delas.

Mas há mulheres obstinadas que lideram empresas com um olhar 360 graus e uma visão mais social e ampla, defendendo pautas globais no seu dia a dia, sendo mais sensíveis, por exemplo, a aspectos de ESG. E sim, essa empresa entrega resultado, mas um resultado que agrega valor para todos os stakeholders e toda a sociedade.

Há quinze anos atuo em uma empresa com alma feminina, com valores, princípios e políticas que abraçam a diversidade e inclusão. Mas em outros projetos profissionais que atuei, enfrentei situações desafiadoras, não só por ser mulher, mas também por ser jovem. Assumi grandes responsabilidades e encontrei o preconceito na prática.

Por isso, entendo como é importante que as empresas e organizações tenham políticas e práticas para que nós, mulheres, tenhamos condições de assumir cargos de alta liderança, e para isso precisam ter também políticas e práticas mais alinhadas às necessidades e aos diferentes papéis que podemos desempenhar na sociedade.

Somos profissionais, esposas, estudantes, cidadãs, empreendedoras, membro de uma instituição e tudo mais que desejarmos ser. Impedir que exerçamos alguma dessas funções em detrimento de outra é limitar as possibilidades de desenvolvimento e plenitude individual.

Um exemplo muito comum é acreditar que ser mãe limita a capacidade profissional de uma mulher. Isso é um grande equívoco. Avançaremos de forma mais sustentável quando esses tipos de vieses forem quebrados.

No Grupo Sabin, nossas mulheres podem realizar seus sonhos. Para a questão da maternidade, a empresa possui ações e programas para assistir nossas profissionais nesse momento especial, e também para engajar a sua rede de apoio, formada por familiares, colegas de trabalho, amigos e todos que possam influenciar e contribuir com esse momento de decisão, transformação, mudança e adaptação. Isso é um grande diferencial para a experiência de nossas colaboradoras, gerando mais segurança para que elas possam assumir novos desafios.

Nossas sócias-fundadoras são grandes exemplos de coragem, determinação e força, seu legado no empreendedorismo feminino inspira dentro e fora do grupo. Elas são engajadas com a temática do protagonismo feminino, contribuindo para políticas públicas e empresariais para que as mulheres possam exercer plenamente seus diferentes papéis na sociedade. Essa referência nos motiva a irmos além.

No ambiente corporativo, ainda percebemos o mundo mais masculino, um mundo que às vezes se fecha e nos transforma em minoria, principalmente nos espaços de decisão. Quando comecei a minha carreira, atuava em funções em que havia poucas mulheres. Por muitas vezes, fiz parte de um grupo pequeno que atuava com muitos homens. O primeiro desafio que tive de enfrentar foi aprender a me posicionar. Isso é fundamental.

As microagressões estão por todo lado, como quando alguém não dá atenção ao que estamos falando ou muda de assunto, ignorando a nossa fala. Para fazer frente a essas situações, precisamos trabalhar a nossa resiliência e a autoconfiança, não é automático. Felizmente, encontrei também pessoas maravilhosas pelo caminho, inclusive muitos homens, que contribuíram para um ambiente mais inclusivo e de equidade. No entanto, sabemos que ainda há muitas vitórias para conquistar.

Outro desafio está relacionado à violência doméstica, acabando com a autoestima e a esperança. E não falo aqui só da violência física, mas também da psicológica e emocional. A agressão na alma, na autoestima. Precisamos estar muito atentos a esses aspectos para apoiar as mulheres, de modo que tenham consciência deste tipo de violência e consigam mudar sua realidade.

Como diretora de Relações Institucionais e Comunicação Corporativa, atuo fortemente na disseminação das práticas e temáticas desse protagonismo, abraçando a causa. Nosso objetivo é inspirar as pessoas e as empresas, a partir do compartilhamento de nossas políticas e ações, da participação em fóruns e grupos temáticos, estimulando o debate, o aprendizado, o conhecimento e a construção de projetos e programas que possam contribuir para o enfrentamento desses desafios.

É importante abrir espaços de diálogo sobre esses temas sensíveis com as mulheres e também com os homens. Eles podem ser grandes parceiros e facilitadores desse processo e precisam estar atentos aos vieses inconscientes. Aliás, a própria mulher precisa estar atenta a isso, pois ela às vezes não se posiciona perante uma atitude que a iniba como profissional ou cidadã, não expondo sua perspectiva e contribuição.

Temos alguns avanços nesses aspectos. Hoje existem grupos que discutem políticas públicas e cultura para mulheres, há mulheres na política e em cargos de liderança falando sobre protagonismo e empoderamento. Há uma série de movimentos e ações que formam uma corrente, mostrando também a força da pluralidade, dos olhares e perspectivas diferentes.

O que me inspira é amplificar essas vozes femininas, para que elas possam seguir uma jornada mais protagonista no contexto empresarial, na ciência e na sociedade. Sou professora também, apesar de não conseguir conciliar com a minha agenda executiva. Mas no dia a dia sou mentora, conselheira, líder, facilitadora. Tenho propósito de contribuir para que a informação e o conhecimento sejam acessíveis, que estimulem a conexão, o diálogo e o senso crítico, para incentivar as mudanças que queremos ver no mundo.

O meu exemplo veio de casa. Minha mãe sempre exerceu múltiplos papéis e eu cresci olhando para ela com admiração, pensando que um dia eu poderia ocupar o meu lugar no mundo.

Como é bom ter essas referências de mulheres que nos inspiram! Quando falamos de diversidade e inclusão, precisamos de referências para nos estimular e espelhar. Além disso, precisamos contribuir para que as novas gerações possam ganhar mais força, conquistando novos espaços e abrindo caminhos para as próximas mulheres.

Que cada mulher possa encontrar suas referências e também ser referência para outras. Que nunca deixemos de nos posicionar. Que nossa voz seja sempre ouvida!

* Andrea Pinheiro, Diretora de Relações Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Sabin

Jornal Estado de Minas divulga dados de exames de covid-19 realizados pelos associados da Abramed 

O crescimento no número de testes para covid-19 na primeira semana de março, divulgado pela Abramed, ganhou espaço no jornal Estado de Minas, no dia 14 de março. O veículo publicou as informações tanto de testes realizados quanto de positividade segundo os associados da entidade. A notícia também mostra dados referentes aos laboratórios que atuam no estado de Minas Gerais. Leia a matéria completa aqui.

Ao divulgar essas informações regularmente, a Abramed contribui para o monitoramento da evolução da pandemia, permitindo uma análise mais precisa do impacto da Covid-19 na saúde e na sociedade como um todo. Além disso, a divulgação dessas estatísticas também ajuda a orientar ações mais eficazes de combate à doença e a aumentar a conscientização das pessoas. 

FILIS 2023 discute a importância da integração para o futuro da saúde no Brasil

A 7ª edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde acontecerá em 31 de agosto, no formato presencial, no Teatro B32, em São Paulo

A 7ª edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS) está confirmada para acontecer no dia 31 de agosto, no Teatro B32, em São Paulo, capital. Organizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o evento tem como objetivo fomentar o debate e a troca de experiências sobre as melhores práticas e soluções inovadoras em gestão e tecnologia na área da saúde. Além disso, busca promover a interação entre líderes da área, oferecendo um ambiente propício para a geração de novas ideias e parcerias.

O FILIS conta com algumas novidades este ano. O fórum, que retoma seu formato 100% presencial, trará o “Momento Transformação”, com a apresentação de cases nacionais e internacionais sobre inovações na área da saúde. Além disso, o “Leaders Connection” será um período de parada na programação, direcionado ao relacionamento e troca entre os participantes do evento.

“A Abramed mantém seu compromisso na realização de um evento que é uma referência para o setor da saúde, com um programa diferenciado e que trará novidades nesta sétima edição”, diz Milva Pagano, diretora executiva da entidade.

O macrotema deste ano, que permeará toda a programação, é “Saúde Integrada: um caminho para o futuro”, destacando a importância da integração como principal direção para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, aumento de eficiência e redução dos custos, colaborando, especialmente, para a jornada do paciente e a sustentabilidade de todo o ecossistema de saúde.

O primeiro debate sobre “Valor da Medicina Diagnóstica para Integração da Saúde”, abordará a integração das especialidades da medicina diagnóstica, o que traz eficiência e ganhos para o setor. Quando as diferentes especialidades trabalham em conjunto, é possível oferecer um diagnóstico mais preciso e completo, evitando a realização de exames desnecessários e reduzindo os custos do sistema de saúde. A integração também permite um melhor gerenciamento de recursos, otimizando o tempo dos profissionais e o uso de equipamentos.

O segundo debate tratará de “Avanços e efetividade para a Gestão da Saúde”, destacando coordenação do cuidado; transformação do comportamento do paciente; predição e analytics para gestão do cuidado; e cases práticos, mostrando a realidade dos mecanismos que já são utilizados. “A gestão da saúde se tornou um desafio cada vez maior, exigindo novas abordagens e tecnologias para garantir a efetividade do cuidado ao paciente. Então, este debate é uma forma de mostrar como as soluções estão funcionando na prática. Esses exemplos podem inspirar outras instituições a adotar soluções semelhantes e aprimorar os próprios sistemas”, ressalta Milva Pagano.

O terceiro e último debate traz o tema “Novas tecnologias e seus impactos na Saúde: O que esperar do futuro?”. A discussão incluirá o impacto da inovação no dia a dia da saúde; as melhorias na prática médica; e a visão de futuro.

A programação conta ainda com palestras internacionais que trarão apresentações relacionadas aos temas debatidos durante o dia.  

“Com o evento, a Abramed coloca em pauta assuntos pertinentes a toda a cadeia de saúde, além de ser uma importante plataforma de conexão entre os profissionais e as empresas do setor”, finaliza a diretora-executiva da entidade.

Para mais informações e inscrições acesse www.abramed.org.br/filis 

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Como garantir a gestão sustentável da água em serviços de medicina diagnóstica?

É importante definir um programa estruturado e continuado de monitoramento, metas e planejamento de ações

Sabe-se que a água é um recurso limitado, cuja disponibilidade tem diminuído ao longo dos anos, em função da ação do homem no ambiente, como poluição, desvio e assoreamento de cursos d’água, mudanças climáticas, entre outros fatores, vêm aumentando o risco de crises no abastecimento e afetando os ecossistemas.

Em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, a Abramed reafirma sua preocupação com a sustentabilidade do planeta, orientando os associados, através do Comitê de ESG (governança ambiental, social e corporativa), sobre como o setor de medicina diagnóstica pode preservar esse recurso. Tudo começa com a conscientização e a adoção de práticas sustentáveis de uso e conservação.

O Comitê de ESG da Abramed tem como objetivo atuar de modo colaborativo e sinérgico para a promoção de uma visão integrada de ESG no setor de saúde, por meio da geração de conhecimentos, mitigação de riscos e realização de projetos. “Uma das nossas primeiras ações foi desenvolver um conjunto de indicadores e questões ESG que, pela primeira vez, foram inseridas no questionário anual das associadas, como consumo histórico de água e fontes de captação utilizadas. Isso nos permite conhecer melhor o cenário de gestão do recurso e, a partir daí, definir prioridades e desenvolver ações mais orientadas às necessidades do setor”, explica Daniel Périgo, líder do Comitê de ESG.

Há muitas oportunidades de economia do consumo de água em empresas de saúde, das mais simples às mais complexas. Entre elas está a implantação de mecanismos de redução de consumo, como torneiras automáticas com temporizador (controle do fluxo) e redutores de vazão, além de maior controle na área de manutenção para acompanhamento e redução de vazamentos.

Também é importante aprimorar a gestão implantando indicadores de monitoramento e programas de gestão com metas e ações de redução definidas, assim como trabalhar a conscientização dos colaboradores acerca da importância do tema e ações de redução no dia a dia do laboratório ou clínica. Ao adquirir equipamentos analíticos, sistemas de condensação de ar-condicionado, entre outros, convém avaliar critérios ambientais, optando por aparelhos de menor consumo de água e energia.

As empresas podem utilizar, ainda, sistemas de reúso, por exemplo, reaproveitando água rejeitada em processos de deionização (tecnologia para remoção de sais inorgânicos dissolvidos) e destilação para outras finalidades; sistemas de captação de água da chuva; e sistemas de tratamento e reaproveitamento de água cinza, que são águas residuais que foram utilizadas em chuveiros, lavatórios de banheiro, tanques e máquinas de lavar roupa. “A escolha de qual ação executar dependerá de vários fatores, como as características de infraestrutura, o orçamento disponível e a visão de longo prazo para o tema”, expõe Périgo.

Passos da jornada

Para garantir uma gestão sustentável da água nos laboratórios e clínicas de imagem, primeiramente, deve-se fazer o diagnóstico atual do cenário local, incluindo questões de infraestrutura e avaliação histórica do consumo de água e das despesas relacionadas. O próximo passo é definir objetivos e metas, bem como as melhores ações a serem tomadas.

“É importante que o programa tenha uma visão de médio e longo prazo, para que as iniciativas sejam distribuídas ao longo do tempo, uma vez que muitas delas podem depender de investimentos financeiros que devem estar planejados e orçados”, ressalta Périgo.

Outro ponto importante é que o programa seja continuado, por isso devem ser definidos indicadores de acompanhamento que consigam demonstrar a evolução do tema e a eficácia das ações no período. Mais um elemento essencial é a comunicação, para que todos os colaboradores conheçam o programa e contribuam para o alcance dos objetivos, de modo que o sucesso da iniciativa passe a ser fruto de um esforço coletivo, e não somente da alta direção ou de áreas específicas da empresa.

Também é preciso se atentar à avaliação e atualização de metodologias analíticas. Uma tendência importante a ser avaliada é a miniaturização de métodos, que consiste na utilização de tubos menores ou placas no processamento, bem como no uso em menor quantidade de água e reagentes, gerando menos resíduos. Além dos ganhos ambientais, essa mudança traz maior conforto aos pacientes devido à diminuição do volume de amostra coletado.

Vale lembrar que a redução do consumo, além de beneficiar o ambiente, traz benefícios às empresas, como a diminuição das despesas financeiras e maior eficiência nos processos. Sistemas de redução de vazão, por exemplo, podem diminuir em até 60% o consumo na torneira, ao passo que sistemas de reúso podem gerar reduções superiores a 40%, dependendo da tecnologia adotada. Esse percentual, por sua vez, pode diminuir significativamente os valores das contas de água.

Desafios

Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas é alinhar os investimentos ao planejamento financeiro, balanceando as iniciativas com o resultado. A implantação de pequenas ações pode começar a surtir efeitos no curto prazo, mesmo que as iniciativas que demandem maior investimento sejam distribuídas em médio e longo prazos.

Segundo Périgo, também pode ser desafiador o estabelecimento e o acompanhamento de indicadores de monitoramento, pois, além de identificar os números, é importante analisá-los criticamente, de modo a definir ações efetivas, o que demanda tempo e disponibilidade das equipes.

Outro desafio está relacionado à questão comportamental e à adoção de práticas mais sustentáveis no dia a dia, que passam pelas ações de comunicação, conscientização e treinamento dos colaboradores do laboratório, a fim de que todos possam contribuir para uma melhor gestão do recurso.

Para trabalhar o desafio da conscientização dos colaboradores, Périgo destaca que existem vários mecanismos, desde a realização de estudos setoriais que tragam luz à questão de modo mais específico, até o desenvolvimento de campanhas motivacionais, competições entre unidades, palestras e treinamentos, pílulas e vídeos de conhecimento sobre o tema.

Portanto, é fundamental disponibilizar o desempenho do programa de gestão e consumo a todos, para que possam assumir a responsabilidade por ele e celebrar as conquistas e os resultados alcançados. “Ações desenvolvidas de modo coletivo, envolvendo parcerias entre os atores da cadeia de saúde, podem ter resultados ainda mais expressivos”, finaliza o líder do Comitê de ESG da Abramed.

“Devemos ser protagonistas do mundo, mas, primeiramente, protagonistas da nossa própria história”

Por Isabela Tanure*

A Abramed me convidou a participar de um interessante projeto, que compartilha histórias de mulheres inspiradoras. Não poderia ficar mais honrada, afinal, me vejo como uma gota, em um oceano cheio de histórias de força e superação. Começo esse texto reconhecendo todas as mulheres que me inspiraram e ajudaram a chegar até aqui.

Minha história profissional não foi pelo caminho óbvio, mas após me formar em Medicina, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, escolhi trilhar o caminho da gestão. O empreendedorismo veio de forma natural, talvez por ter sido um tema recorrente no ambiente onde cresci, e eu tinha um sonho: abrir uma clínica diferente de tudo que já existia no Rio de Janeiro; uma clínica em que o foco fosse o paciente e o médico. Uma clínica de médico para médico, sem perder a sua essência.

Com um grupo de entusiastas, consegui realizar esse sonho. Foi muito difícil abrir uma clínica do zero, pois nosso poder de barganha com as fontes pagadoras era “apenas” o zelo pelo paciente. Mas sempre foquei na excelência para buscar um lugar no mercado, acreditando que podemos fazer uma medicina de qualidade para todos os públicos.

Com esse pensamento, conseguimos ser um case de sucesso e rapidamente nos tornamos referência, embora alguns apostassem que não passaríamos de seis meses. Foi uma escola; aprendemos muito. Fiz cursos no Brasil e no exterior, mas, definitivamente, foi na prática que mais aprendi.

Desde pequena, entendi que precisamos crescer. Crescer é imperativo para a sobrevivência. Estamos “condenados” a evoluir e, para isso, precisamos sempre buscar algo novo, que tenha a ver com nosso propósito e valores e que encontre eco nos propósitos e valores de outras pessoas, afinal, ninguém faz nada sozinho.

O que me inspira e me move a fazer o meu melhor é saber que nosso trabalho impacta tantas vidas. Temos muitas pessoas conectadas a nós e a responsabilidade com cada uma dessas vidas é uma forte inspiração.

Dessa forma, pensando em crescer ainda mais e buscar oportunidades maiores, parti para um novo desafio. Assumimos o controle da Alliar no primeiro semestre de 2022 e, desde então, como vice-presidente do Conselho de Administração, participo de absolutamente tudo. Inclusive, falando em pautas de gênero, praticamos a igualdade salarial entre homens e mulheres e estamos buscando contratar cada vez mais mulheres para a empresa.

Agora, quase um ano após entrarmos, tendo já conhecido profundamente a companhia e dedicado tempo à montagem do time, estamos avançando para a criação de uma cultura de dono, mostrando como o trabalho de uma pessoa impacta o da outra e, fundamentalmente, influencia na experiência e jornada do paciente.

Como médica, o que sempre reforço com a equipe é o foco que devemos manter na qualidade. Nosso alvo é a excelência e sabemos que temos um desafiador caminho pela frente. Mas estamos muito confiantes. Nosso amor e respeito pela Medicina acima de tudo, cuidado e empatia com as pessoas, focando sempre no paciente e não apenas analisando números, são o que nos levará adiante. Aliás, acredito que esse cuidado a mais já nasce com a mulher, e ver a jornada do paciente como um todo, pensando na importância de cada detalhe, é muito gratificante. Naturalmente, temos uma visão 360° das situações.

A Alliar me divide apenas com minha família, que é minha grande conquista, fonte de inspiração e superação. Tenho meu marido e minha família como uma rede de incentivo e apoio, sem a qual não conseguiria estar onde estou. Mas a maternidade me trouxe lições que não encontrei em nenhum outro lugar: aprendi que há lutas que precisamos enfrentar sozinhas, mesmo contando com uma rede de apoio de amigos e familiares. As perdas são um exemplo.

Hoje tenho três filhos: duas meninas e um menino. Faço malabarismo para lidar com tudo! São eles que me impedem de estar o tempo todo fora de casa e, ao mesmo tempo, são eles que me dão força de vontade para continuar, principalmente, para mostrar às minhas filhas o quanto somos capazes.

Sigo valores pessoais cultivados desde criança pela minha família, que me fazem buscar maior conhecimento e flexibilidade para mudanças, sem transmitir para outros a responsabilidade sobre a minha trajetória. Acredito e defendo que é muito importante assumir o controle do percurso da própria vida, e é isso que eu quero compartilhar como conselho nesse Mês da Mulher.

Nós podemos, e devemos, ser protagonistas do mundo, mas, para isso, primeiramente, temos de ser protagonistas da nossa história. Temos muita força, coragem e inspiração para impactar, mas só conseguiremos alcançar esse feito se nos priorizarmos, cuidando sempre de nós mesmas, física, mental e espiritualmente.

Nós, mulheres, temos muitas lutas em comum, mas cada uma também tem sua luta individual, impactada por sua origem, etnia e tantas outras variáveis. É impossível apresentar uma solução única para tão diversos problemas, mas há uma mudança em particular que eu gostaria de ver no mundo: está nas políticas públicas voltadas a eliminar ou, pelo menos, diminuir o que deixa a mulher em desvantagem no mercado de trabalho e na vida.

A gente ouve falar muito sobre oportunidades, mas para aproveitarmos a oportunidade, precisamos estar preparadas. Eu acho que investir nesse preparo e oferecer condições abre um horizonte incrível para que cada mulher avance individualmente e, assim, contribua para o avanço e a melhoria de toda a sociedade. Afinal, somos gotas. Mas o oceano será melhor se todas tivermos condições de alcançar nosso maior potencial.

*Isabela Tanure é vice-presidente do Conselho de Administração da Alliar Médicos à Frente

Número de exames de Covid-19 realizados por laboratório privados cresce 39,26%, segundo Abramed

Já a positividade pode ser considerada estável, comparando as duas últimas semanas

Na semana de 25 de fevereiro a 3 de março, houve um aumento significativo no número de exames de Covid-19 realizados pelas empresas representadas pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). Foram 31.894 exames contra 22.902 realizados na semana de 18 a 24 de fevereiro, um aumento de 39,26%. Já a positividade pode ser considerada estável: foi de 21,3% para 22,1% em uma semana, um aumento de apenas 0,8 ponto percentual. 

Esse padrão já se repetiu outras vezes. Desde o final de janeiro até março, o número de exames de covid-19 realizados vem aumentando gradativamente, juntamente com a taxa de positividade, mesmo que levemente. Nas últimas seis semanas (21 de janeiro a 3 de março), o total de exames chegou a 126.885, com média de positividade no período de 18,3%.

A Abramed reitera a importância de seguir as medidas preventivas recomendadas pelas autoridades de saúde e se compromete a fornecer dados que ajudem a entender o desenvolvimento da doença. Suas associadas representam 60% do volume de exames realizados na Saúde Suplementar. 

Positividade de Covid-19 cresce 4,9 pontos percentuais na semana do Carnaval

O número de exames realizados cresceu 7,76% em relação à semana anterior, de 11 a 17 de fevereiro

De 18 a 24 de fevereiro, semana de Carnaval, o número de exames de Covid-19 realizados pelos associados à Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) chegou a 22.902, um aumento de 7.76% em relação à semana anterior, de 11 a 17 de fevereiro, quando foram realizados 21.251 exames. Já a positividade foi de 17,2% para 22,1%, no período em comparação, o que significa um crescimento de 4,9 pontos percentuais.

“Os dados demonstram que o coronavírus continua circulando, como já era esperado. Os eventos que geram aglomeração de pessoas, como o carnaval, contribuem para haver tanto  aumento na testagem, devido a diferentes sintomas, quanto crescimento da positividade, por aqueles que já têm a infecção”, declara Alex Galoro, líder do Comitê de Análises Clínicas da Abramed, cujos associados realizam cerca de 60% de todos os testes da saúde suplementar no país. 

Desde a semana de 21 a 27 de janeiro, tanto o número de exames realizados quanto de positividade foi ligeiramente crescendo. Nas últimas seis semanas, o maior volume tanto de exames quanto de positividade foi registrado justamente na semana do carnaval. De 14 de janeiro a 24 de fevereiro (seis semanas), o total de exames de Covid-19 realizados foi de 110.981, enquanto a média de positividade foi de 16,6%. 

“Reforçamos que a pandemia ainda não acabou e que todos devem continuar a tomar as precauções necessárias, como manter o distanciamento físico e usar máscaras, além de seguir as recomendações da ANVISA, para podermos manter a circulação do coronavírus sob controle”, finaliza Galoro.

Dados sobre covid-19 no carnaval, divulgados pela Abramed, tem destaque na grande mídia

Tanto o portal Terra, quanto o portal UOL publicaram a matéria “Covid: teste apontam alta de 20% em positividade na semana do Carnaval”, expondo que os números que vinham subindo desde a metade de janeiro tiveram um aumento maior na semana do carnaval. O jornal Estadão publicou no Caderno Saúde a matéria “Carnaval já causa uma minionda de covid-19”, comentando sobre o crescimento no número de exames e da positividade. O portal Correio Brasiliense também divulgou os números, na matéria “Testes apontam alta de casos de covid nos dias de carnaval”.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) permanece colaborando como fonte segura para a imprensa, divulgando e analisando os dados de exames realizados na rede privada e a taxa de positividade dos exames de covid-19. Esses dados são fundamentais para acompanhar o desenvolvimento da doença e evitar novos surtos.

Estadão

UOL

Correio Brasiliense

Terra