Abramed em matéria especial da Revista Setorial Saúde do Jornal Valor Econômico

28 de junho de 2019

O setor de medicina diagnóstica foi destaque mais uma vez na Revista Setorial Saúde do Jornal Valor Econômico. Nossos dados do Painel Abramed 2019 – O DNA do Diagnóstico foram importantes para a construção da pauta, que conta ainda com a participação de associados.

Acesse a publicação em https://mla.bs/848ebf65 (apenas para assinantes do Valor).

Dasa lança maior Centro de Diagnóstico em Genômica da América Latina

Líder brasileira em diagnósticos reforça sua atuação em Medicina de Precisão com investimento de mais de R$ 60 milhões na criação de parque tecnológico pioneiro

26 de junho de 2019

 A Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica, apresenta seu Centro de Diagnóstico em Genômica, maior parque tecnológico especializado em sequenciamento genético da América Latina, que recebeu investimentos de mais de R$ 60 milhões. O local processará exames genéticos e genômicos de mais de 700 unidades de laboratórios Dasa em todo o País, como Delboni (SP), Sergio Franco (RJ), Exame (DF) etc. O Centro de Diagnóstico em Genômica é formado pelo GeneOne, laboratório de genômica que integra a Dasa e oferece Medicina Personalizada em áreas como Oncogenética, Cardiogenética, Doenças Raras, Neurogenética, Reprodução Humana, entre outras.

Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa, explica o foco da companhia para a criação do Centro. “Em 2003, a conclusão do sequenciamento do DNA humano marcou a evolução da saúde. Isso possibilitou individualizar cuidados por meio da medicina de precisão. O Centro de Diagnóstico em Genômica da Dasa reforça nossa atuação em medicina personalizada, com testes genômicos e exames genéticos preditivos”, reforça.

Formado por equipe multidisciplinar, com 34 profissionais mestres e doutores que têm parcerias com instituições de ensino e produção de estudos de ciência básica, clínica e translacional, como biólogos especialistas em genética molecular, bioinformatas, patologistas e geneticistas, o Centro de Diagnóstico em Genômica oferece o maior corpo clínico em genética do Brasil.

Sequenciadores NGS como o NovaSeq 6000, o mais moderno equipamento para sequenciamento do genoma humano, compõem o arsenal tecnológico. Também estarão disponíveis equipamentos como NextSeq/NextSeq550, MiSeq (Illumina) e S5 System (ThermoFisher), a plataforma para SNP-array iScan (Illumina) e PCR digital (BioRad). A automação de procedimentos técnicos, como extração de DNA e preparo de biblioteca de NGS, ampliam a capacidade de escala, garantindo alto padrão de qualidade e reprodução de exames com acurácia e precisão.

Os espaços do Centro são integrados por paredes transparentes de vidro. Do hall de entrada, a área técnica já pode ser visualizada pelos visitantes. Isso possibilita, de forma inédita no mercado diagnóstico, proximidade do corpo clínico com os pacientes e seus médicos. Favorece também trocas de conhecimento entre as áreas técnica, médica e de bioinformática para validações de novas metodologias em tempo real, sem prejudicar agilidade do processo. “Intensificaremos encontros científicos sobre genética e atenderemos os pacientes que desejarem ter mais informações sobre genômica. Hoje, com o empoderamento do paciente, essa disponibilidade é fundamental”, aponta o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.

Outro conceito inovador é o peer learning (aprendizagem entre pares). Todos os laudos processados serão vistos por, pelo menos, dois profissionais (peer review) e os casos mais complexos serão discutidos pelo grupo de especialistas em genética. Para Campana, esta interação permite que os resultados da rotina diagnóstica e as validações de novas metodologias sejam otimizados. “Criamos um núcleo de discussão e aprendizagem, em tempo real, que conta inclusive com médicos e parceiros internacionais. Isso possibilita a criação de um banco de dados de genética e em razão da ampla presença dos laboratórios da Dasa no País, atendidos com exames do GeneOne é um grande diferencial para a saúde dos brasileiros”, explica.

Associado ao novo espaço, a Dasa mantém parcerias com empresas internacionais que são referência na área para transferência de tecnologia, como Natera (Reprodução Humana), Health in Code (Cardiogenética), Quest Diagnostics (Neurogenética), Sophia Genetics (Doenças Raras e Oncogenética), Strand e Myriad (Oncogenética).

Exames

O Centro de Diagnóstico em Genômica tem capacidade para realizar exames de alta complexidade como sequenciamento de nova geração (NGS), análise cromossômica por microarray (SNP-array) e outras metodologias complementares, como MLPA, Sequenciamento Sanger, PCR digital e PCR em tempo real.

Os processos embrionários, como a fertilização in vitro (FIV), estão mais frequentes no país. Segundo o IBGE, o grupo de mães que tem entre 30 e 39 anos passou de 22,5% em 2005 para 30,8% em 2015. Dados da Anvisa apontam que mulheres acima de 35 anos são as que mais recorrem ao método FIV e têm os exames genéticos de Reprodução Humana como grandes aliados, já que a partir de 30 anos, a fertilidade feminina inicia a redução de produção de óvulos e aumenta o risco de problemas durante a gestação e de o bebê apresentar falhas genéticas. Por isso, o Centro de Diagnóstico em Genômica oferece os mais modernos exames com esta finalidade, como o NIPT, teste pré-natal não invasivo para identificar síndromes, como Down).

Outro exame com foco em Reprodução Humana é a Triagem Genética Pré-Implantação, PGD e PGS, que amplia as chances de a FIV ser bem-sucedida. O processo analisa o material genético do embrião antes da implantação no útero, permitindo detectar possíveis comorbidades e, assim, implantar apenas embriões saudáveis, sem riscos genéticos hereditários.

“Trouxemos a tecnologia utilizada para análise das amostras para São Paulo e enviamos a nossa equipe para um treinamento com os maiores especialistas em medicina fetal do mundo, em São Francisco, na Califórnia. Com isso, garantimos autonomia para processar exames de Reprodução Humana aqui, com o nosso corpo clínico”, destaca Campana.

Os exames de medicina genética e genômica da Dasa são oferecidos pela GeneOne, que integra a Dasa, nos mais de 40 laboratórios que compõem a rede diagnóstica em todo o País, em 11 Estados e no DF. Os testes também estão disponíveis em www.geneone.store

Abramed participa da 46° edição do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas

Estande institucional recebeu associados e parceiros durante o evento

20 de Junho de 2019

 A Abramed marcou presença no Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) entre 16 e 19 de junho. Na ocasião, a Associação recebeu parceiros e associados em seu estande. O evento aconteceu no pavilhão do ExpoMinas, em Belo Horizonte (MG), e contou com a participação de mais de 3 mil pessoas.

Na solenidade de abertura, após o discurso do presidente da entidade, Luiz Fernando Barcelos, foram entregues homenagens a grandes nomes do setor. O doutor José Carlos Barbério, presidente do IEPAS, foi homenageado por sua atuação na área de Análises Clínicas desde 1957. Já o nome do doutor Hermes Pardini, bem como o de sua instituição que há 60 anos atua no crescimento mercadológico das Análises Clínicas no Estado de Minas Gerais, também foram lembrados. Receberam as homenagens do instituto o presidente do Conselho de Administração do grupo, Victor Pardini, e o CEO da empresa, Roberto Santoro.

Programação científica – A qualidade da agenda e dos debates promovidos foi um dos pontos altos da 46° edição do Congresso. Ao longo dos quatro dias, foram produzidas cerca de 100 atividades científicas entre cursos, palestras, fóruns e mesas-redondas.

Duas palestras se destacaram trazendo grandes personalidades midiáticas para plateias com mais de 600 participantes. O filósofo Leandro Karnal, convidado pelo Lab Rede, associado Abramed, falou sobre ética, mudanças e oportunidades como o tripé da sociedade contemporânea. Reforçando que as empresas já percebem que ludibriar o consumidor leva a um caminho de insucessos, afirmou que a opinião pública está muito mais atenta. “Podem até conseguir enganar o cliente por algum tempo, mas não vão conseguir fazer isso por todo o tempo, nem com todas as pessoas. Uma hora a verdade vem à tona e pode ser impossível reverter o estrago. Leva-se muito tempo para construir e pouquíssimo tempo para destruir”, pontuou.

Já o jornalista Marcelo Tas, que se apresentou em um encontro promovido pelo Hermes Pardini, também associado Abramed, abordou o tema “Inspiration Time – Comunicação na aceleração digital”. A apresentação incentivou uma análise do cenário digital para um desenho estratégico dos negócios e das atividades laboratoriais em acompanhamento às mudanças do mercado. “Hoje, tudo o que se faz vai parar no mesmo lugar: a Internet. Essa é uma nova realidade muito poderosa e o poder está nas mãos do cliente. Todas as transformações se dão no meio digital. A Internet não é uma rede mundial de computadores, é uma rede mundial de pessoas”, disse.

Além das palestras magnas, foram apresentados temas altamente relevantes em diferentes áreas do conhecimento das ciências dos laboratórios clínicos como, por exemplo, gestão do laboratório e qualidade analítica e organizacional. O evento também contemplou especialidades técnicas como biologia molecular, bioquímica, coagulação, genética, hematologia, imunologia, microbiologia, micologia, parasitologia, toxicologia e uroanálise.

Além de Lab Rede e Hermes Pardini, o DB – Grupo Diagnósticos do Brasil, outro associado Abramed, também esteve envolvido nas atividades do evento. A edição 2020 do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas já foi marcada e será realizada em junho em Fortaleza, capital do Ceará.

SantéCorp amplia coordenação de cuidado em saúde corporativa com plataforma digital e capilaridade nacional

Depois de ser adquirida pelo Grupo Fleury em 2018, SantéCorp amplia serviços para saúde corporativa por meio de soluções digitais que integram o cuidado de saúde e bem-estar de forma personalizada somada a uma rede de atenção primária nacional

Junho de 2019

Para reforçar a jornada de promoção e criação de soluções cada vez mais completas e integradas para a gestão da saúde e bem-estar das pessoas, a SantéCorp amplia portfólio ao unir sua expertise de coordenação de cuidado em saúde corporativa com a estrutura, qualidade técnica e presença nacional do Grupo Fleury. A aquisição da companhia pelo Fleury, realizada em dezembro de 2018, representa importante avanço na prestação de serviços à demanda crescentede empresas, corretoras e planos de saúde por soluções que garantam a sustentabilidade do sistema.

Com o objetivo de gerenciar recursos médicos para melhores desfechos clínicos com menores custos, a jornada de cuidado proposta pela SantéCorp – que contempla serviços de promoção e prevenção à saúde, atenção à saúde primária, atenção secundária e gestão da atenção terciária -, passa a integrar uma plataforma digital que monitora e gerencia as frentes de serviços oferecidos. Dentre eles estão medicina ocupacional; telemedicina; gestão de crônicos e de alta complexidade; segunda opinião médica; atendimento 24 horas; ambulatórios de atenção primária dentro de empresas e, agora, também em unidades das marcas a+ Medicina Diagnóstica e Fleury Medicina e Saúde nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e também no Distrito Federal.

“Com o Fleury, temos potencial de levar atenção primária para muitas regiões do Brasil, pois nem todas as empresas têm estrutura para montar um ambulatório para seus colaboradores e dependentes”, explica Dr. Eduardo Reis de Oliveira, CEO da SantéCorp. As unidades a+ Medicina Diagnóstica e Fleury Medicina e Saúde contempladas em contrato terão médico da família para atendimento assistencial com suporte de equipe multidisciplinar, inclusive com acompanhamento da saúde dos clientes à distância.

De acordo com Dr. Oliveira, os atendimentos da SantéCorp seguem diretrizes de agilidade, resolutividade e personalização.  Além de promover conforto e agilidade com a capilaridade nacional do Grupo Fleury, a SantéCorp incorporou os seus serviços e prontuários médicos a uma plataforma digital e, com isso, é capaz depredizer os potenciais agravamentos de quadro de saúde de forma cada vez mais precoce e, assim, atuar na coordenação do cuidado integrado, evitando desperdícios e garantindo a qualidade da atenção em saúde ao colaborador. “A partir da gestão de saúde de carteira de uma empresa cliente com 1.135 casos mapeados de usuários com alto grau de utilização do plano de saúde, a atuação do nosso modelo de abordagem a high users otimizou a realização de 2.161 consultas e gerou uma economia de aproximadamente R$ 700 mil”, destaca Dr. Oliveira.

Para o Fleury, a atuação da SantéCorp enfatiza a estratégia de negócios da empresa de oferecer soluções pautadas na sustentabilidade do sistema de saúde. “A plataforma terá papel estratégico para a integração de informações e, assim, gerar mais eficiência na cadeia de saúde. Ao ofertar uma solução que proporciona melhor qualidade de vida ao paciente e auxilia o médico na gestão clínica de cada caso, é possível otimizar a utilização dos recursos nas empresas e contribuir para a gestão de saúde realizada pelas fontes pagadoras”, avalia a diretora executiva de Negócios da marca Fleury Medicina e Saúde, Dra. Jeane Tsutsui.

Mudar para vencer – Medicina diagnóstica está em transformação

Confira a entrevista exclusiva da Abramed em Foco com Wilson Pedreira Júnior, presidente do Cura Imagem e Diagnóstico

Junho de 2019

Integrado ao sistema de saúde e parte indispensável dele, o setor de medicina diagnóstica tem diversos desafios a serem vencidos. Para trilhar um caminho de sucesso, é preciso investir em mudanças estruturais. Modificar o atual modelo de remuneração, investir em qualidade para combater o desperdício e dar importância às acreditações como forma de consolidação dessa qualidade são algumas das necessidades pontuais para a busca do desenvolvimento.

Wilson Pedreira Júnior, presidente do Cura Imagem e Diagnóstica, fala sobre esses desafios e sobre a importância de o setor estar unido. Confira a entrevista completa do executivo para a Abramed em Foco.

Abramed em foco: O Cura Imagem e Diagnóstico investe em certificações para comprovação da qualidade de seus serviços. Qual a importância da acreditação dentro do segmento de medicina diagnóstica?

Wilson Pedreira Jr.: É extremamente importante, pois a acreditação ao mesmo tempo que é uma ferramenta de excelência, é uma comprovação independente dessa excelência. Apesar de o mercado de saúde brasileiro ainda não estar em um nível de maturidade que premia e valoriza suficientemente a qualidade, acreditamos que essa é a saída para fazermos uma medicina melhor e mais eficiente. Então o que procuramos foi nos cercarmos de todas as linhas de acreditação, tanto as gerenciais e coletivas – como a ONA – quanto as específicas das nossas linhas técnicas – como a Palc. Realmente passamos todos os nossos processos pelo crivo dessas acreditações.

Abramed em foco: Eficiência e redução de custos são os principais desafios da medicina diagnóstica brasileira na atualidade?

Wilson Pedreira Jr.: Esses são os principais desafios do mercado de saúde, que está baseado em uma premissa – e isso não é uma característica exclusiva do Brasil – que remunera a utilização. Eventualmente, isso pode dar margem ao desperdício e, na verdade, não existe desperdício maior do que uma medicina feita sem qualidade.

Abramed em foco: Realmente há forte discussão no mercado sobre o papel da medicina diagnóstica nos desperdícios do sistema. Considerando que o diagnóstico é um dos principais mecanismos de prevenção e também de identificação precoce de patologias – gerando melhores chances de tratamento –, qual é a sua opinião sobre esse tema?

Wilson Pedreira Jr.: Costumo dizer que o desperdício muitas vezes está em exames com baixa qualidade que precisam ser repetidos; feitos com técnicas inadequadas; que não são resolutivos e acarretam a necessidade de novos exames ou, ainda, que levam à demora no diagnóstico e, consequentemente, a tratamentos muito mais complexos e com mais complicações. Tudo isso representa um foco importante no desperdício e, para combatê-lo, precisamos caminhar no sentido da remuneração pela qualidade, resolutividade e desfecho mesmo dentro do setor de medicina diagnóstica.

Abramed em foco: Além da mudança no modelo de remuneração, deveríamos também investir na educação dos profissionais de medicina responsáveis pelas solicitações de exames?

Wilson Pedreira Jr.: Há a necessidade de homogeneizar a educação médica para que eles também tenham formação em medicina diagnóstica. Mas minha impressão é que, com a evolução tecnológica e a ampliação de conhecimentos na medicina, temos uma possibilidade muito interessante de especializar os elos da cadeia de valor da saúde. Os centros de medicina diagnóstica poderiam se responsabilizar pela condução diagnóstica, e não apenas pela realização de exames. Assim, esses centros teriam a prerrogativa de oferecer soluções diagnósticas integradas, realizadas com algoritmos e especialistas adequados. Com a quantidade de dados e informações que temos hoje, o melhor médico para avaliar, por exemplo, uma tomografia de tórax é, sem dúvidas, um especialista nessa metodologia. Esse profissional, então, faria a ponte com o médico que conduz o caso. Essa é uma linha que precisa andar lado a lado com a melhoria do ensino nas escolas de medicina.

Abramed em foco: Acredita que o fortalecimento do setor de diagnósticos está diretamente atrelado à inovação tecnológica?

Wilson Pedreira Jr.: Sem dúvida nenhuma. E essa é uma das características do Grupo Cura, que, recentemente, adquiriu outro grupo que tem um viés direcionado à inovação tecnológica. O que imagino é que migraremos de um mercado exclusivamente de excelência técnica e médica para um mercado de excelência tecnológica. Já somos dependentes de tecnologia e essa dependência vai aumentar exponencialmente. Teremos que estar muito bem desenvolvidos junto a essas tecnologias, que, além de estarem embarcadas nos equipamentos, existirão para analisar dados. É o momento em que entramos na inteligência artificial e nas ferramentas de apoio à decisão médica.

Abramed em foco: Como o Cura Imagem e Diagnóstico atua para melhorar a experiência do paciente e para tornar o atendimento ainda mais humanizado?

Wilson Pedreira Jr.: Grande parte das acreditações avalia a experiência do paciente. Então, somente pelos modelos de acreditação já temos referendada essa atenção. Além disso, temos uma série de processos que são continuamente aperfeiçoados visando melhorar a qualidade de todos os pontos de contato com o paciente, desde o call center até a entrega de resultados – que pode ser presencial ou digital.

Outro ponto tão importante quanto esse é o DNA da empresa, e essa é uma característica que me surpreendeu de forma bem positiva quando assumi a presidência do Cura. O cuidado com a qualidade da experiência do paciente, do atendimento e da prestação de serviços está dentro da cultura da marca. E, como reflexo, temos um indicador interessante que é o baixo turnover dos colaboradores. A equipe está engajada com a organização, refletindo a satisfação em prover uma boa experiência ao nosso cliente.

Abramed em foco: Por que é tão importante que o setor esteja unido?

Wilson Pedreira Jr.: Essa união das empresas da medicina diagnóstica é fundamental, principalmente podendo contar com uma associação que garanta representatividade desse elo da cadeia da saúde perante todo o mercado, incluindo os setores público, privado, legislador e fiscalizador. Somos um segmento que muitas vezes está isolado dentro da cadeia de saúde. Recebemos as requisições dos médicos e, posteriormente, não temos controle sobre o que é feito com os resultados dos exames que entregamos. Muitas vezes o processo passa por nós, mas nós não o conduzimos. Então essa é uma fragilidade que pode ser compensada com uma associação que nos represente, fazendo com que possamos evoluir como prestadores de serviço. Acho, então, que a Abramed consegue atender a todos esses pontos de maneira exemplar ao desenvolver comitês e câmaras que privilegiam as melhores técnicas e a troca de boas experiências.

Abramed em foco: Ao seu ver, qual a importância de a Abramed ser uma associação que reúne todos os players do setor, desde grandes hospitais até pequenos laboratórios?

Wilson Pedreira Jr.: Já tive outras experiências empresariais e sempre fui entusiasta da Abramed, desde o início. Acho que contar com representações de todos os tipos de grupos da medicina diagnóstica vindos de todas as regiões do Brasil é uma das características mais importantes da associação. E essa característica precisa ser privilegiada e mantida.

Melhorando vidas e mudando cifras – Impacto positivo da medicina diagnóstica

* Por Guilherme Collares

Junho de 2019

Como seria o cenário atual da saúde sem os diversos investimentos em medicina diagnóstica? Embasando 70% das decisões médicas, os exames diagnósticos são indispensáveis para a garantia da saúde global e cumprem papel fundamental nas ações de prevenção e detecção precoce de doenças principalmente por agregarem dados objetivos às informações muitas vezes subjetivas vindas da anamnese e do exame físico.

Como ponto de partida, devemos entender que prevenção é o caminho para melhorias significativas na saúde global, tanto que o termo é um dos mais presentes nas agendas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e responsáveis por traçar as estratégias e diretrizes do mundo.

É impossível pensar em prevenção sem pensar em medicina diagnóstica. Para analisar um cenário infelizmente comum, podemos observar o campo das doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no mundo, levando, segundo a OMS, cerca de 17,9 milhões de pessoas a óbito todos os anos.

Somente no Brasil, o Ministério da Saúde computa que, ao ano, 300 mil pessoas sofrem infartos, sendo em 30% desses casos o ataque cardíaco fatal. Para minimizar esses dados entristecedores, é preciso investir na medicina diagnóstica e preventiva básica. Como exemplo pontual temos a redução do risco cardiovascular por meio do controle do colesterol associado a outros dados para avaliação do risco cardíaco.

Normalmente assintomática, a elevação dos níveis de colesterol só pode ser observada por meio da medicina diagnóstica preventiva e periódica. Com isso é possível reverter índices alterados antes de complicações. Segundo o InterHeart, estudo internacional realizado para avaliar a importância de fatores de risco para doença arterial coronariana ao redor do mundo, o controle inadequado do colesterol é o fator de risco modificável mais importante para o infarto do miocárdio. Assim, o controle feito por acompanhamento médico, somado a exames diagnósticos simples, pode eliminar complicações, reduzir o número de internações e cirurgias e salvar milhares de vidas.

Outro exemplo do impacto direto da medicina diagnóstica na sociedade está no já reconhecido teste do pezinho, que, segundo o Ministério da Saúde, é realizado por 85,8% das crianças no país. Em sua versão simplificada – oferecida gratuitamente –, o exame feito entre o segundo e o quinto dia de vida pode detectar seis doenças genéticas ou congênitas.

Entre essas seis patologias está a fenilcetonúria. Doença rara que gera acúmulo de fenilalanina no organismo e leva à deficiência mental. Porém, se diagnosticada precocemente, o início do tratamento antes dos três meses de vida pode evitar totalmente o retardo mental do bebê.

Responsável por mudar o prognóstico da criança, o teste do pezinho vem passando por inovações e, hoje, várias instituições da rede privada trabalham, inclusive, com formatos ampliados capazes de diagnosticar uma quantidade bastante extensa de doenças.

Esses são exemplos da medicina diagnóstica e preventiva aplicada em sua veia mais clássica. Porém, quando avançamos nos anos e nas inovações tecnológicas que abraçam o setor, vamos muito mais longe. Fundamental para o sucesso de qualquer tratamento de saúde, o diagnóstico correto vem sendo perseguido pelos especialistas do segmento, visto que diagnósticos inadequados geram ineficiência clínica. E, hoje, já podemos contar com as benesses da medicina personalizada.

Trazendo um novo olhar sobre o paciente, a evolução dentro do campo da genética permite um apontamento muito mais preciso sobre cada patologia. Pensemos em um paciente diagnosticado com câncer de pulmão. Pela medicina tradicional, ele seria direcionado a um tratamento padrão adotado para todos os casos da doença.

Já com a medicina personalizada, que está em desenvolvimento no país, painéis genéticos permitem que cada paciente seja tratado em sua individualidade. Levando em conta o histórico desse paciente combinado a influências ambientais e a genética do câncer, o corpo clínico pode indicar melhores caminhos para resultados e tratamentos mais rápidos e precisos.

Segundo o Oncoguia, com a medicina personalizada a sobrevida média de pacientes com câncer de pulmão evoluiu grandiosamente, passando de seis meses em 1995 para algo em torno de 30 a 50 meses após 2015.

Esses são apenas alguns dos caminhos profícuos criados pela medicina diagnóstica junto às expressivas ações de saúde global. Com uma discussão latente sobre excesso de exames e, inclusive, algumas vertentes profissionais apontando que exames com resultados normais são sinônimo de desperdício, é preciso destacar que esses exames tidos como “normais” são justamente os resultados esperados nas diversas situações de rastreamento de doenças. Resultados capazes de refletir a saúde da população e de garantir que aquele cidadão não se tornará um paciente com complicações no curto prazo.

O melhor pensamento para este cenário é o de que cada paciente que deixa de desenvolver uma doença por ter investido em prevenção ou que tem uma patologia diagnosticada rapidamente ganha em qualidade de vida e representa economia para todo o sistema.

* Guilherme Collares é diretor-executivo de Operações no Grupo Hermes Pardini e conselheiro da Abramed

Mudança do mercado pede perfil mais ativo do médico radiologista

Tecnologia, humanização do atendimento e paciente no centro do cuidado transformam as relações na saúde

Junho de 2019

A transformação digital surge para prover diagnósticos muito mais precisos, rápidos e por meio de técnicas cada dia menos invasivas. Paralelamente a isso, o impulsionamento da humanização do atendimento e o retorno do paciente ao centro do cuidado consolidam uma mudança relevante no mercado de saúde. Para estar adequado a esse novo cenário, o médico radiologista passa a desempenhar um papel ainda mais ativo do diagnóstico até os tratamentos terapêutico e cirúrgico.

Para que essas novas necessidades sejam interpretadas de forma global, toda a complexa cadeia de saúde precisa estar alinhada. “É para contribuir com essa mudança de cultura que nos posicionamos como parceiros ao ofertar produtos e ferramentas que auxiliam o médico radiologista na tomada de decisão diagnóstica e terapêutica ao mesmo tempo em que podemos otimizar a administração de contrastes, melhorando a eficiência dos processos e a eficácia para o paciente”, comenta Tommaso Montemurno, Country Manager da Bracco Imaging do Brasil, empresa global e líder em diagnóstico por imagem.

Considerando o impacto da transformação digital no segmento como um todo, a marca monitora a inclusão de novas tecnologias como, por exemplo, inteligência artificial e machine learning na otimização dos processos da prática clínica. “Essas soluções representam uma importante oportunidade e por esse motivo decidimos começar a participar desse novo mercado de inovação que pode contribuir com o melhor atendimento aos nossos clientes”, pontua Montemurno reforçando que essas novas tecnologias ajudam na definição de respostas coerentes à necessidade de eficiência e sustentabilidade econômicas do sistema de saúde.

Investir em parcerias estratégicas é um dos caminhos possíveis de serem trilhados para uma somatória positiva. De acordo com essa vertente, a Bracco expande seu portfólio lançando plataformas e produtos que devem chegar em breve ao Brasil. Entre as novidades, destaque para soluções auxiliares no processo de ablação de tumores que possibilitam melhor visualização da área-alvo, permitindo que somente essa área sofra a intervenção. “Tudo isso sem comprometer o fluxo de trabalho, o tempo de duração do procedimento e com a garantia de um resultado mais preciso”, afirma o executivo.

Outras soluções que estão sendo planejadas pela marca abordam a otimização de processos e a busca por mais agilidade na rotina dos centros de diagnóstico para melhorar a experiência do paciente. “Entendemos que em um mundo onde a tecnologia oferece mais informações e acelera os processos de tomada de decisão, a busca por diagnósticos mais ágeis levará à exploração de modalidades diagnósticas que ofereçam resultados rápidos e em tempo real, valorizando a contribuição do médico radiologia nesses processos”, finaliza Montemurno.

Experiência em compliance ajuda na adequação à nova lei de dados

Grupo de Trabalho da Abramed auxilia no entendimento da legislação

Junho de 2019

Informações sobre orientação sexual, religião, informações genéticas, entre outras. Grande parte dos dados pessoais solicitados pelas empresas de medicina diagnóstica deverão ser classificados como sensíveis de acordo com a lei nº 13.709/2018, a chamada Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrará em vigor em agosto de 2020.

Para entender melhor a nova legislação e estudar soluções que adequem as associadas ao seu cumprimento, a Abramed conta também com o apoio do Grupo de Trabalho (GT) de Governança, Ética e Compliance, instância consultiva do seu Conselho Deliberativo. “O compliance é o atendimento das normas e essa norma é mais uma que deve ser respeitada por todos, inclusive pelo setor da saúde”, disse o advogado Rafael Younis Marques, sócio da Machado Nunes Advogados.

Empenhado em ajudar as associadas à adaptação à nova lei, o GT de Governança, Ética e Compliance tem trabalhado em paralelo com o grupo de trabalho criado especialmente para tratar do tema, o GT Proteção de Dados. “Essa adequação vai mexer com a empresa como um todo, é complexa, envolve sistemas, processos internos e é muito mais custosa que um programa de integridade, que é opcional e cada um faz ao seu tempo, conforme seus recursos. A lei entra em vigor no meio do ano que vem”, destacou ele, lembrando que o trabalho da Abramed envolve conscientizar o associado sobre uma análise profunda nos processos internos das empresas para, por exemplo, avaliar se de fato há a necessidade de se coletar todas informações atualmente solicitadas dos pacientes, que muitas das vezes não são utilizadas e somente geram riscos e obrigações no cumprimento da LGPD.

Marques conta que o trabalho iniciado pela Abramed no segundo semestre do ano passado sobre os impactos da LGPD, juntamente com outras entidades, já colheu frutos. “Parte significativa dos pleitos do setor foi atendida na medida provisória aprovada pelo Senado semana passada”, afirmou o advogado, citando a MP 869/2018, que seguiu para a sanção do Presidente Jair Bolsonaro após aprovação pelo Senado na quarta-feira, 29 de maio.

De acordo com ele, a MP estabelece pontos antes não abordados que preocupavam o setor, como o compartilhamento de informações com finalidade econômica, sem consentimento do paciente: o texto permite, por exemplo, o compartilhamento de dados pelos controladores no limite necessário para a prestação de serviços de saúde e de assistência farmacêutica, incluídos o diagnóstico e a terapia, em benefício dos interesses dos titulares dos dados.

“Outra coisa boa da MP foi que permitiu que os serviços de saúde e auxiliares – que é o caso da medicina diagnóstica – compartilhem dados com as fontes pagadoras, operadoras e planos de saúde, sem o consentimento, o que é essencial para o faturamento”, explicou.

“A lei vai mudar a cabeça dos gestores, pois o excesso de informações põe a empresa em risco sem necessidade. Por exemplo, alguns serviços de saúde perguntam sobre a religião do paciente e esse é um dado sensível pela LGPD. Para um hospital pode ser relevante porque há religiões que não permitem a transfusão de sangue, mas para um laboratório isso talvez não seja relevante para a assistência pretendida”, conclui o membro do GT Governança, Ética e Compliance.

HCFMUSP promove curso sobre Patologia Clínica

Treinamento de férias será realizado entre 1º e 5 de julho em São Paulo

Junho de 2019

A Disciplina de Patologia Clínica da USP, por meio da Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, realizará entre 1º e 5 de julho de 2019 um Curso de Férias sobre Patologia Clínica destinado a alunos do 4º ano da graduação das faculdades de medicina de todo o país.

Com o objetivo de atrair novos especialistas, o curso debaterá a inserção da patologia clínica na prática clínica e demonstrará o uso de tecnologias na prática laboratorial. Considerando que 70% das decisões médicas são embasadas em exames diagnósticos, a intenção do time responsável pela elaboração do treinamento é mostrar o papel do laboratório clínico no diagnóstico de doenças, abordando temas como sistema hematológico, endocrinológico, imunológico, cardiológico e doenças infecciosas.

O programa do curso que é coordenado pelos professores doutores Alberto José da Silva Duarte, Leila Antonangelo, Nairo M. Sumita e pelos médicos assistentes da Divisão de Laboratório Central HCFMUSP, é bastante abrangente. Durante as manhãs serão realizadas discussões de casos clínicos onde os exames laboratoriais, de imagem e de anatomia patológica, serão ressaltados como armamento no diagnóstico preciso das doenças discutidas.

Na sequência os alunos participarão de um workshop onde técnicas e equipamentos empregados na realização de testes na área de patologia clínica serão discutidos. Os participantes também visitarão alguns dos mais importantes laboratórios clínicos da cidade: Grupo Fleury, DASA, Hospital Israelita Albert Einstein e HCOR – Hospital do Coração.

Abramed abre inscrições para o 4º FILIS (Fórum Internacional de Lideranças de Saúde)

Neste ano, evento realizado pela Abramed promoverá discussão sobre inovação e questões regulatórias

Junho de 2019

Discutir o impacto que a transformação digital tem sobre o setor de saúde, o futuro da saúde e o papel da medicina diagnóstica no ciclo de cuidados do paciente. Esse é o objetivo do 4º FILIS – Fórum Internacional de Lideranças de Saúde, promovido pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). O evento acontece em 30 de agosto, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, das 8h30 às 17h30.

Com o tema “Medicina Diagnóstica: mais valor para um sistema de saúde em transformação”, a quarta edição do FILIS será ainda mais inovadora com a oferta de mais conteúdo para o desenvolvimento da cadeia de saúde. O objetivo do evento, além de aproximar os principais agentes e tomadores de decisão, é promover um espaço para debater as transformações do setor de saúde com participação ativa do público.

O FILIS já faz parte da agenda de gestores, especialistas e demais profissionais da saúde. Além de CEOs, presidentes e diretores, o evento contará com a presença de gestores, especialistas e profissionais da área técnica do setor.

Programação

O evento será formado por quatro módulos com uma hora de duração cada. Na parte da manhã, a programação será dividida em dois módulos. O primeiro levantará a questão regulatória do setor a partir das discussões “Órgãos regulatórios: como lidar com as inovações setoriais” e “Quais as mudanças que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trará para o setor de saúde”. O painel “Healthtechs: transformando o acesso à saúde”, integrante do segundo módulo, refletirá sobre o impacto da inovação em saúde ao falar sobre o advento das startups que surgem no setor.

A tarde iniciará com a premiação Dr. Luiz Gastão Rosenfeld, homenagem criada pela Abramed para reconhecer profissionais que fomentam o desenvolvimento e a melhoria da saúde no Brasil. A CEO da Abramed, Priscilla Franklin Martins, fará a entrega do prêmio. Na sequência, o terceiro módulo tratará sobre medicina diagnóstica, seu papel e sua participação no ciclo de cuidados. O evento se encerra com o quarto módulo, que discutirá o futuro da saúde e as formas de preparação para o que vem por aí no setor.

SERVIÇO:

4º FILIS (Fórum Internacional de Lideranças de Saúde)
30 de agosto, das 8h30 às 17h30
Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropé, 88 – Pinheiros