Diagnóstica Cremer lança e-commerce “one stop shop” para simplificar atendimento a laboratórios

Loja virtual disponibiliza para compra rápida e segura todo o portfólio de materiais de coleta, EPIs, acessórios, testes e medicamentos

8 de dezembro de 2020

A Diagnóstica Cremer, unidade de negócio focada em laboratórios e centros diagnósticos do Grupo Mafra, acaba de lançar seu e-commerce.

A loja virtual está alocada no site da própria empresa, no endereço www.diagnosticacremer.com.br, e disponibiliza para compra rápida e segura todo o portfólio de materiais de coleta, EPIs, acessórios, testes e medicamentos.

A plataforma nasceu em linha com o propósito do Grupo Mafra de simplificar o mercado da saúde e fortalece a missão da Diagnóstica Cremer em oferecer proposta de valor aos mais de 12 mil laboratórios brasileiros.

“A loja virtual gera velocidade e autonomia no processo de compra, que dá 100% de controle ao cliente. O meio digital reduz o tempo que o cliente leva para fazer os pedidos, já que não é necessário preencher uma ficha de solicitação e todo processo ocorre na própria página, bastando a identificação eletrônica do laboratório. O pagamento ainda pode ser parcelado e pago por cartão ou outros meios, sem a necessidade de emissão manual de boletos” – explica Thiago Liska, diretor da unidade diagnóstica do Grupo Mafra.

A empresa identificou que o comportamento de demanda de grandes volumes, porém com um fluxo mais rápido de consumo de determinados materiais, acabava gerando ineficiência de estoque dos clientes – com risco de perda de alguns materiais ou de falta deles. Com a compra pelo e-commerce, o laboratório ou centro diagnóstico pode recorrer a compras específicas, de acordo com a sua necessidade.

Além disso, as entregas são realizadas em todo o território brasileiro pela Health Log, que também é uma empresa do Grupo Mafra, e por distribuidoras parceiras a depender da região.

Painel Abramed – Três anos compartilhando informações estratégicas com o mercado

Relatório publicado anualmente compila dados do setor e informações das associadas; edição 2020 lançada em novembro traz seção exclusiva sobre a COVID-19

8 de dezembro de 2020

Há três anos a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) revolucionou o mercado ao compilar, pela primeira vez em um documento único, indicadores setoriais que balizam a percepção acerca do desenvolvimento do diagnóstico no Brasil. O Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico de 2018 foi amplamente divulgado e abasteceu a mídia com dados populacionais e econômicos; informações sobre a inversão da pirâmide etária no país e o impacto do envelhecimento no setor; e as inovações tecnológicas que comandavam as principais tendências do momento.

Além de reunir informações de bancos já consolidados como os da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, a publicação conta com dados das empresas associadas que, hoje, são responsáveis por cerca de 60% dos exames realizados na rede suplementar nacional, uma representatividade alta e relevante.

“Me lembro como o processo de consolidação desses dados exigiu a construção de laços de confiança entre as empresas que, apesar de concorrentes, se beneficiavam com o compartilhamento dessas informações”, diz Fernando Lopes Alberto que hoje é vice-presidente do Conselho de Administração do Fleury e, na ocasião do lançamento do relatório de 2018, integrava o Conselho de Administração da Abramed e teve participação ativa na elaboração do material. “Foi um processo longo, mas muito gratificante. Um marco para a nossa história”, completa.

Evolução reconhecida

O Painel Abramed soma melhorias a cada ano, cumprindo o que profetizou Claudia Cohn, que presidia o Conselho de Administração da Abramed, durante evento para lançamento da primeira edição: “a evolução do nosso painel será contínua”.

O relatório de 2018 ganhou ampla repercussão pelo ineditismo. Em 2019, já contando com a expertise de Álvaro Almeida, economista e analista de inteligência que passou a integrar o time da Associação, o painel apresentou dados que ajudaram a desvendar entraves do diagnóstico no país, entre eles a informação de que somente um em cada cinco municípios brasileiros tem equipamentos de mamografia, o que configura um vazio assistencial para a detecção do câncer de mama, uma das doenças que mais mata mulheres no mundo.

A edição de 2020, lançada em novembro, inovou ao trazer uma seção exclusiva sobre a pandemia de COVID-19 elencando informações sobre o perfil epidemiológico da doença, o diagnóstico, o tratamento e o impacto da crise no setor. Entre os dados apresentados que já ganharam repercussão na grande mídia, estão o fato de que as empresas associadas realizaram, de março a outubro, mais de 6 milhões de testes entre RT-PCR, padrão ouro para diagnóstico da infecção, e sorológicos. Esse montante representa 41% de todos os testes feitos em território nacional.

“Estou muito feliz por testemunhar o nascimento da terceira edição do Painel Abramed não somente pelo seu conteúdo, que está excelente e representa uma fonte completa e confiável do setor de medicina diagnóstica no Brasil, mas por saber que o documento é resultado do esforço e da competência de toda uma cadeia focada em seu desenvolvimento e, também, nos benefícios para o paciente. O Painel Abramed é uma expressão dos nossos valores”, relata Alberto.

Processo construtivo

A elaboração do painel leva, em média, sete meses e envolve diversas atividades de planejamento e execução com atuação multiprofissional. “No último ano criamos o Comitê de Dados Setoriais, uma iniciativa que visa aproximar ainda mais as associadas no processo de desenvolvimento do relatório, visto que essas empresas são essenciais para que os indicadores setoriais possam ser apresentados”, explica Almeida.

Apontada como extremamente importante pelo executivo, a segurança das informações compartilhadas pelas associadas é prioridade. “O processo de coleta é criptografado e os dados são armazenados no exterior em um ambiente cloud robusto. Todos os dados recebem tratamento confidencial e isso é garantido por meio de um termo de confidencialidade assinado pela área de inteligência setorial da Associação”, explica o especialista. As informações são analisadas de forma agrupada e utilizadas exclusivamente para composição do relatório.

Todas as edições do Painel Abramed possuem as versões português, inglês e espanhol e podem ser acessadas no portal www.abramed.org.br clicando na aba “publicações”.

#especial10anos

Fundada por oito empresas, Abramed hoje representa cerca de 60% do volume de exames realizados pela saúde suplementar

Com 27 associados, entidade ganha voz e relevância em um cenário de protagonismo da medicina diagnóstica

8 de dezembro de 2020

Há dez anos, oito instituições privadas que se destacavam no cenário nacional de medicina diagnóstica tiveram a percepção de que, com tantas mudanças e evoluções no sistema de saúde brasileiro somadas ao desenvolvimento de um novo perfil empresarial e ao estabelecimento de regulamentações determinantes para o futuro do segmento, a união se fazia necessária como forma de ampliar a visibilidade do setor e, assim, vencer os desafios que estavam por vir. Nascia, então, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Ao longo da década, o crescimento foi constante e os oito associados iniciais hoje são 27, sendo que o grupo responde por cerca de 60% do volume de exames realizados dentro da saúde suplementar do Brasil. “A Abramed foi um sonho que se tornou realidade. Tudo começou quando vimos que o mercado de medicina diagnóstica estava crescendo e se consolidando como um setor preponderante à saúde de todos”, explica Luis Natel, fundador e primeiro presidente do Conselho de Administração da Abramed, hoje CEO do Grupo Oncoclínicas.

Unir as empresas foi um desafio, como comenta Lídia Abdalla, CEO do Sabin e associado fundador. “Quantas ideias surgem, mas não passam da primeira ou da segunda conversa? Até 2010 éramos apenas concorrentes, mas a história mudou. Hoje somos concorrentes, amigos e associados. Estamos juntos nas dificuldades e na celebração das nossas conquistas”, diz.

A executiva reforça a qualidade da atuação da Abramed ao longo dos anos. “Sabemos o quanto a gente pensa e o quanto a gente sonha. Sabemos, também, que as coisas só têm valor quando são bem executadas. Como Associação, no final do dia temos que apresentar resultados que validam tudo o que planejamos. E continuamos sonhando. Sonhar pequeno ou sonhar grande dá o mesmo trabalho. Então sonhamos grande e vamos realizar”, completa.

A união em prol do setor venceu o espírito de concorrência, como enfatiza Carlos Jader Feldman, que também estava presente na fundação da entidade e é diretor do Sidi – Medicina por Imagem. “A Abramed representa o esforço de um setor fundamental para o progresso da medicina brasileira, além de ter se transformado em uma oportunidade de manutenção do diálogo com colegas que praticam o mesmo tipo de atividade. É um espaço de progresso individual, porém consolidado por todos”, comenta.

Representando a DASA e seu pai, Edson Bueno, figura indispensável à criação da Abramed, Pedro Bueno que é presidente da empresa, diz que a união entre os players, sem favoritismo, foi uma das grandes vitórias. “O setor de medicina diagnóstica melhorou a relação custo-efetividade, resultado da atuação dos associados que privilegiaram a entidade e não questões individuais”, relata. Segundo ele, a Abramed priorizou as necessidades do setor para que as empresas que nele atuam pudessem ser mais sustentáveis dentro da cadeia de saúde, gerando valor ao paciente e contribuindo com o desenvolvimento econômico do país.

O relacionamento intrasetorial era fundamental, mas a possibilidade de ganhar voz junto a outros atores que também atuam na complexa cadeia de saúde surgia como uma necessidade cada vez mais latente. “Precisávamos ter essa participação próxima aos tomadores de decisão. Além de servir de elo entre profissionais da saúde, empresários, fabricantes e distribuidoras de equipamentos, a Abramed nos aproximou de órgãos fiscais e deliberativos”, diz Delfin Gonzales, da Delfin Medicina Diagnóstica, executivo presente na fundação da entidade.

Essa proximidade com poderes executivo e legislativo tem sido importante para a sustentabilidade do segmento, como relata Gilberto Minguetti, diretor do Cetac Diagnóstico por Imagem. “O cenário político-social conturbado dos últimos anos trouxe desequilíbrio econômico para o setor, gerando complexidades técnicas e jurídicas. Em razão disso, muita energia tem sido consumida nesses aspectos”, pontua ao enfatizar que é preciso dedicar ainda mais esforços ao desenvolvimento tecnológico e científico do grupo.

A relação com órgãos reguladores também se faz presente e necessária. “Espero contar com a Abramed nos auxiliando nas discussões junto à Anvisa, a ANS e ao Ministério da Saúde atuando sempre com isenção, de forma transparente e profissionalizada, reforçando seus valores”, comenta Bueno. “Que siga trabalhando por uma medicina baseada em valor, prezando pela qualidade médica e pela eficiência operacional”, completa.

Reconhecimento

A pandemia de COVID-19 trouxe peso às abordagens encabeçadas pela Abramed, visto que o setor de medicina diagnóstica tem sido protagonista no combate ao novo coronavírus. “A atuação frente à pandemia é digna de nota, uma vez que a Abramed foi a principal entidade procurada pelos meios de comunicação para explicar, à sociedade, a importância dos exames laboratoriais, suas principais aplicações e limitações para diagnóstico da infecção”, diz Guilherme Collares, membro do Conselho Fiscal da Abramed e diretor de Operações do Hermes Pardini, instituição também fundadora da Associação.

Pensando no futuro

A entidade tem uma meta muito clara, posta em palavras por Lídia. “Hoje representamos cerca de 60% do volume de exames da saúde suplementar, mas queremos representar 70%, 80%, 90%. Para isso, precisamos reunir mais laboratórios e clínicas, somar mais associados de todos os portes e de todas as regiões do país. Nossa riqueza está na diversidade”, declara chamando as empresas do setor a se unirem aos propósitos da Abramed.

Ao ampliar sua representação, a entidade também amplia sua voz. “Foram anos de muita luta e não será diferente daqui para frente, sobretudo agora nesse momento de tantas incertezas e que não sabemos, ao certo, o que iremos enfrentar. É essencial, então, que a Abramed esteja firme e sempre disposta a lutar pelos interesses comuns do setor”, finaliza Boris Berenstein, também fundador da Associação e da rede de laboratórios que leva seu nome.

#especial10anos

Abramed celebra 10 anos de atuação com evento digital reunindo fundadores e associados

Virtual devido à pandemia de COVID-19, encontro promoveu debate entre ANS e ANVISA; edição 2020 do Painel Abramed foi lançada na ocasião

4 de dezembro de 2020

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) planejou, para o ano de 2020, doze meses de ações comemorativas aos 10 anos da entidade. Porém, com a chegada da pandemia de COVID-19, muitos dos planos tiveram de ser adiados e outros tantos reformulados. Depois de investir em ações de comunicação nas redes sociais compartilhando detalhes sobre sua estrutura organizacional e dando voz a cada um de seus 27 associados, a entidade organizou um evento para lançar a terceira edição Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico; dialogar com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e, por fim, brindar a sua uma década de relevante atuação no setor de saúde.

“O ano de 2020 tem sido desafiador para todos. Um período no qual a saúde exerceu papel fundamental no combate ao novo coronavírus e a medicina diagnóstica contribuiu enormemente com esse enfrentamento à pandemia”, disse Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Associação, ao abrir o encontro virtual.

Com uma programação dividida em três momentos, o evento iniciou com debate moderado por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da entidade, e presenças de Alex Campos Machado, diretor da Anvisa, e Rogério Scarabel, diretor-presidente da ANS, para um bate-papo sobre os desafios regulatórios frente à pandemia.

O painel trouxe as percepções de dois dos principais órgãos reguladores da saúde no nosso país. Mostrando que as agências estão totalmente abertas ao diálogo setorial, ambos os executivos traçaram suas perspectivas a respeito dos entraves e das oportunidades que surgiram nos últimos meses.

“Trabalhamos sempre muito próximos às entidades, entre elas a Abramed, realizando diversos encontros com representantes e mantendo as portas abertas para que tivéssemos informações do mundo real para basear nossas decisões”, comentou Scarabel. Segundo o executivo, a ANS sempre buscou as melhores evidências disponíveis e ouviu os pareceres técnicos para agir diante da crise. “Foi um momento difícil e complexo, no qual nossos servidores estavam em trabalho remoto e mesmo assim nos reuníamos de manhã, a tarde, a noite e de madrugada buscando informações. Complexo, difícil, mas um momento muito importante para a história do nosso país”, complementou.

Na Anvisa, o trabalho também tem sido 24/7. “Estamos de plantão. Não paramos de trabalhar um só dia. E quem nos acessou encontrou, na Agência, servidores públicos parceiros e atentos para facilitar a vida das pessoas e das empresas que se empenhavam no enfrentamento da pandemia”, disse Machado. O diretor também mencionou que a Agência deu respostas rápidas flexibilizando as normas possíveis para facilitar o acesso à insumos e importações sem colocar a saúde da população em risco.

Shcolnik reforçou que a Abramed reconhece todo o empenho dos órgãos reguladores e a disposição em ouvir o setor regulado. “Essa abertura para o diálogo nos anima, pois precisamos estar juntos”, disse.

Lançamento do Painel Abramed 2020

A Associação disponibiliza anualmente ao mercado o Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, um compilado de dados do setor que tem sido utilizado por líderes e gestores para a tomada de decisões estratégicas em seus negócios. A edição 2020, lançada durante o evento digital, traz uma seção exclusiva com informações sobre a pandemia de COVID-19 (clique AQUI para acessar o arquivo).

Apresentado por Leandro Figueira e Álvaro Almeida, respectivamente vice-presidente do Conselho de Administração e economista-chefe responsável pelo departamento de inteligência da entidade, o painel traz um amplo panorama do mercado. Destrincha a conjuntura econômica e a saúde no Brasil; o setor de medicina diagnóstica, seus estabelecimentos e detalhes sobre a produção assistencial e o mercado de trabalho; as principais perspectivas futuras; e a vitrine de associados Abramed que conta, hoje, com 27 empresas representando cerca de 60% de todos os exames realizados na saúde suplementar nacional.

De forma excepcional, essa edição do painel apresenta informações bastante aprofundadas sobre a relevância do setor frente à pandemia, enfatizando que somente até outubro as empresas associadas à entidade tinham realizado mais de 6 milhões de testes para diagnóstico da infecção. “Nossos associados fizeram sua parte demonstrando capacidade na assistência. Realizaram 41% de todos os exames do país, sendo responsáveis por quase metade dos testes de RT-PCR disponíveis à população brasileira”, pontuou Figueira.

>> Clique AQUI e confira uma matéria especial sobre os três anos de Painel Abramed

Fundadores e membros do conselho brindam os 10 anos da Abramed

O terceiro e último momento do encontro, reuniu Luis Natel, primeiro presidente do Conselho de Administração da Abramed (2010-2011); Claudia Cohn, que presidiu a Associação entre 2011 e 2019; e Lidia Abdalla, membro do Conselho de Administração e Associado fundador, para contar um pouco da história da entidade.

“A história da Abramed é a história de todos nós, pois ninguém consegue agir sozinho. A Associação foi um sonho que se tornou realidade quando percebemos que o mercado de medicina diagnóstica crescia e se consolidava assumindo cada vez mais um papel preponderante na saúde de todos”, disse Natel.

A relação amistosa entre essas empresas ditas concorrentes fundamentou o sucesso da entidade na visão de Cláudia. “A gente se dava bem acima de qualquer coisa”, declarou. A executiva falou sobre como foi aprender mais sobre associativismo, termo que ela assume que, à época, não dominava. “Não tínhamos ideia da responsabilidade gigante da Associação. Não é fácil, não há hierarquia como em uma empresa. É preciso agir efetivamente pelo propósito”, completou.

Já Lidia trouxe o ditado “sonhar pequeno ou sonhar grande dá o mesmo trabalho” para enfatizar que a Abramed nunca deixou de acreditar no poder do diagnóstico ser bem representado e ter suas demandas ouvidas e atendidas. “Para conseguir apresentar resultado no final do dia, validando tudo o que pensamos, sonhamos e planejamos, precisamos dos associados representando todos os tamanhos de empresas, de todas as regiões do país. Precisamos de diversidade estrutural”, enfatizou.

Na sequência, a diretora-executiva da Abramed chamou os conselheiros Ademar Paes Junior, Cesar Nomura e Eliezer Silva, que no momento cumprimentaram a Associação, e todos os conselheiros presentes para um brinde final em celebração aos 10 anos. O presidente encerrou o evento ressaltando que 2020 foi um ano muito desafiador, mas repleto de conquistas para a medicina diagnóstica: “saímos vitoriosos e que venham mais 100 anos de Abramed”.

>> Clique AQUI e confira uma matéria especial sobre a história da Abramed

#especial10anos

Relacionamento com poderes executivo e legislativo exige consistência

Pautada pela ética, Abramed conquistou proximidade com governo levando as principais demandas do setor aos tomadores de decisão

3 de dezembro de 2020

A construção de bom relacionamento com o governo é uma atividade indispensável à vida associativa. Criar uma via de diálogo com os principais formuladores de políticas públicas, garante que as demandas do setor que está sendo representado sejam exibidas com clareza e objetividade, além de permitir que os processos decisórios se baseiem na realidade vivida por cada segmento. Em uma década de atuação, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) evoluiu consideravelmente suas relações governamentais vencendo obstáculos e conquistando notoriedade.

O acesso aos poderes executivo e legislativo – no atual cenário vivido no país – é envolto em questionamentos. “Sabemos que nos últimos anos as relações entre o setor público e o setor privado ficaram estigmatizadas no Brasil. No entanto, esse relacionamento somado à troca de informações dele decorrente é fundamental para garantir uma regulação equilibrada”, comenta Armando Monteiro Bisneto, advogado e especialista em Relações Governamentais.

Para ele, a melhor forma de quebrar esse preconceito que leva muitas pessoas a olharem com desconfiança para essa relação está na transparência. “O diálogo deve respeitar a ética, a legalidade e o compliance. A Abramed, bem como seus associados, sempre se pautou por esses valores. Assim, a aproximação com o governo precisou apenas de uma organização de rotinas e de uma ‘tradução’ do peculiar ambiente de Brasília”, completa.

Ao longo de dez anos, foram diversas as conquistas obtidas na conversa direta com o governo e o diálogo segue cada vez mais fortalecido. Atualmente, a Associação tem apresentado estudos e pesquisas para fundamentar seus questionamentos a respeito dos impactos da reforma tributária no setor de saúde. “Acredito que esse tema, que é muito complexo, é a nossa meta mais ambiciosa da atualidade”, relata o advogado.

Com a pandemia – que impactou absolutamente todos os setores sem exceção – houve um impulso a essa aproximação. “Ficou ainda mais clara a relevância da medicina diagnóstica para a saúde da população, o que nos permitiu evoluir muito na relação com nossos stakeholders, especialmente do legislativo”, comenta Fábio Cunha, diretor do Comitê Jurídico da Abramed. Essa vitória se deu, pois, apesar da pandemia, as atividades governamentais seguiram e a entidade se manteve ativa nas discussões junto aos tomadores de decisão, inclusive defendendo os pleitos relativos à reforma.

É importante lembrar que o diálogo não pode ser pontual para suprir uma ou outra necessidade esporádica, como reforça Cunha. “Temos que construir relações duradouras, consistentes e frequentes. Esse é um relacionamento de confiança que tem que ser fortalecido ao longo dos anos tendo em vista a relevância institucional”, diz. O executivo complementa afirmando que a Abramed é encarada como uma associação bastante conceituada e que essa credibilidade deve ser mantida ao longo dos anos.

Mesmo com os avanços, o executivo acredita que ainda há muito a ser feito, já que o setor de saúde, de forma geral, não está no mesmo nível de organização de outros setores que há muito tempo atuam de forma conjunta e estratégica na defesa de seus interesses. “Precisamos cada vez mais unir os diversos atores da complexa cadeia de saúde em agendas positivas para que possamos atuar em bloco defendendo a saúde do Brasil”, afirma.

Para vencer esse desafio, é preciso quebrar uma barreira mencionada por Monteiro Bisneto. “Há, ainda, uma cultura vigente no nosso país onde o agente público ou político é visto como uma autoridade, e não como um servidor”, finaliza.

#especial10anos

De presenciais para virtuais – Pandemia exigiu adaptações, mas Abramed manteve ampla agenda de eventos

Quinta edição do FILIS foi adiada para 2021; crise estimulou a criação da série #DiálogosDigitais Abramed

3 de dezembro de 2020

Devido a pandemia de COVID-19 e ao necessário distanciamento social como estratégia para reduzir a disseminação do novo coronavírus, o Brasil está, desde março, sem os eventos corporativos presenciais que rotineiramente possibilitavam o encontro profissional e a troca de conhecimentos. A solução, adotada por muitos setores, foi converter os encontros físicos em virtuais mantendo, assim, a capacidade dos líderes dialogarem.

Para a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), essa interrupção no calendário de eventos inviabilizou a realização da quinta edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS) – promovido anualmente para debater os desafios da medicina diagnóstica no país junto com as principais lideranças do setor –, assim como de outros eventos organizados pela entidade e sua presença em congressos e feiras de parceiros da saúde.

Porém, o afastamento físico não atravancou a história de sucesso da Associação na promoção de eventos de qualidade. Durante a pandemia, além de os executivos da entidade participarem semanalmente de diversos webinars e congressos on-line, foi ao ar o #DiálogosDigitais Abramed, uma série de oito episódios de debates virtuais reunindo toda a cadeia de saúde.

Confira, abaixo, um pouco do histórico Abramed na promoção de encontros altamente relevantes para o setor.

Fórum Internacional de Lideranças da Saúde – FILIS

A decisão de adiar o encontro para 2021 foi tomada ainda no mês de março, visto que o cenário era de muita incerteza diante da rápida disseminação de um patógeno desconhecido. “Compreendemos, na ocasião, que todos os esforços deveriam estar direcionados ao combate ao novo coronavírus e ao gerenciamento do seu impacto ao longo dos meses e que o segundo semestre deste ano estaria repleto de desafios. Vemos, hoje, que foi uma decisão bastante acertada”, comenta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed.

A não realização este ano não afeta a trajetória de sucesso do evento que reúne mais de 500 participantes a cada edição. “Lá atrás, ao planejar o fórum, fomos ousados, mas o sonho de contribuir e inspirar as lideranças da saúde nos permitiu sonhar alto”, comenta Claudia Cohn que, durante sua gestão como presidente do Conselho de Administração da Abramed (entre 2011 e 2019), foi uma das grandes responsáveis pela idealização e concretização da primeira edição do projeto, em 2016.

Aumentar a qualidade da assistência pela troca de experiências foi o motor propulsor do FILIS. “O fórum nasceu da necessidade de trazer luz a um importante elo que permeia todo o sistema de saúde e que é fundamental para a melhor assistência aos pacientes: a medicina diagnóstica”, diz Guilherme Ferri, consultor de Marketing da Associação na ocasião do lançamento. O executivo relata que, desde a concepção, o FILIS sempre teve, como premissa, a promoção de um debate saudável, construtivo e que envolvesse todo o setor a fim de explorar conceitos e novos modelos tendo a saúde do cidadão brasileiro sempre no centro da conversa.

Quando se pensa em abrir espaço para que todos os atores da complexa cadeia de saúde possam dialogar e se apresentar, o evento não encontra barreiras setoriais tampouco geográficas. “Já trouxemos, para a agenda do FILIS, um procurador do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para comparar nossos conceitos a modelos internacionais, e uma mulher, advogada e negra, referência nos Estados Unidos, para falar sobre compliance e enfatizar os importantes debates que circundavam o segmento na ocasião”, diz Claudia.

Para a executiva, que hoje segue atuante na Abramed, porém agora como membro do Conselho de Administração, o sucesso do evento está na busca do crescimento pela qualidade, e não pela quantidade. “Construímos plateias e debates diferenciados”, relata.

A quinta edição está planejada 2021. “Não realizar o evento em meio à pandemia não fez com que nossas equipes deixassem o planejamento da próxima edição de lado. Seguimos trabalhando para, no próximo ano, entregarmos um fórum ainda mais completo, robusto e especializado. Com tantos acontecimentos que colocaram a medicina diagnóstica como protagonistas da saúde, teremos muito o que debater e não há dúvidas de que o conteúdo terá uma qualidade surpreendente”, diz Priscilla.

Além de uma agenda de alto nível, Ferri acredita que o pensamento coletivo comandará muitas das discussões nas próximas edições. “Teremos debates saudáveis sobre como a união pode levar à uma melhor gestão do setor e falaremos muito sobre inovação, impactos regulatórios setoriais e em como tornar a medicina diagnóstica ainda mais integrada como vetor de solução, prevenção e acesso”, comenta.

Para Claudia, sonhar com uma saúde melhor sempre será uma meta. “O diagnóstico virou protagonista e teve sua importância ainda mais reconhecida durante a pandemia. Assim, a pesquisa e o desenvolvimento, bem como o cuidado incondicional, certamente serão parte das discussões que veremos nas próximas edições do FILIS”, finaliza.

Prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld – Criado pela Abramed em 2018, na terceira edição do FILIS, o Prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld faz uma homenagem ao médico hematologista e patologista clínico que foi membro da Câmara Técnica da Abramed, além de diretor de Relações Institucionais do DASA e conselheiro do Hospital Israelita Albert Einstein. A premiação destaca, anualmente, profissionais que fomentam o desenvolvimento e a melhoria da saúde no Brasil.

“Reconhecer o legado de Rosenfeld é mais do que uma obrigação. Se a Abramed existe e, depois de uma década, comemora sua consolidação, devemos muito a esse profissional que também enxergou a necessidade de o setor de medicina diagnóstica ser uníssono, provocando todos os atores a trabalharem em conjunto”, comenta Priscilla.

#DiálogosDigitais

A série #DiálogosDigitais Abramed nasceu, em 2020, durante a pandemia de COVID-19, como forma de manter, mesmo à distância, o relacionamento entre diversos elos da cadeia de saúde. “2020 seria um ano de comemorações para a Abramed, que completa uma década de atuação no setor. Planejamos doze meses de muitas atividades e encontros presenciais, mas a pandemia nos pegou de calça curta e tivemos de nos reinventar. Por isso decidimos fazer, nesse momento de muitas dificuldades, o que há dez anos fazemos muito bem, que é dialogar com toda a cadeia do nosso setor”, explica Priscilla.

Entre agosto e novembro foram realizados oito episódios que promoveram conversas sobre os impactos e aprendizados da COVID-19, telessaúde, jornada do paciente, futuro dos suprimentos, cuidado inteligente e LGPD. Com milhares de visualizações, todas as edições estão disponíveis no canal do YouTube da entidade. Clique AQUI para acessar.

Bootcamp de Jornalismo em Saúde

Em 2019 a Abramed promoveu, pela primeira vez, o Bootcamp de Jornalismo em Saúde. Na ocasião, grandes líderes do setor estiveram reunidos na sede da entidade em São Paulo a fim de levar informação de qualidade e desmistificar dados falaciosos divulgados a respeito da saúde no Brasil a um grupo de jornalistas das mídias impressa, eletrônica, televisiva e, também, do rádio.

A segunda edição ocorreu em 2020 já em um cenário de pandemia e, portanto, foi realizada virtualmente justamente em um momento em que a medicina diagnóstica estava sob os holofotes da grande mídia. Na ocasião, especialistas da área explicaram as diferenças entre os testes para diagnóstico da COVID-19, falaram sobre o impacto do diagnóstico tardio de outras tantas doenças que não esperam a pandemia passar para se manifestarem, e tiraram dúvidas de profissionais da imprensa que participaram do encontro on-line. Clique aqui para acessar a segunda edição.

Participações em feiras e eventos de parceiros

O calendário de eventos da Abramed sempre considerou a participação da entidade nas principais feiras de negócios e encontros de parceiros realizados anualmente no cenário de saúde nacional. Além de marcar presença na Feira Hospitalar, principal evento do setor nas Américas, com estande e promoção de palestras diversas; a entidade em 2020 tinha confirmado sua presença na primeira edição da Medical Fair Brasil, spin-off da MEDICA, principal feira de saúde do mundo. Devido à pandemia, A MFB foi adiada para 2021, assim como a Feira Hospitalar.

Também estão na agenda anual da Associação a participação em eventos promovidos por parceiros como Aliança Saúde Populacional (ASAP), Alliance for Integrity, Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess), Fórum Healthcare Business, Fórum Inovação Saúde (FIS), Global Summit Telemedicine & Digital Health, Grupo Mídia, Informa Markets, Instituto Coalizão Saúde (ICOS), Instituto Ética Saúde, PwC Brasil, Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp), Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), South America Health Education (SAHE) e Unidas Autogestão em Saúde.

#especial10anos

Com especialistas dedicados, comitês e grupos de trabalho dão corpo às demandas da medicina diagnóstica

Abramed fortalece debates em reuniões que balizam tomadas de decisão estratégicas para assuntos de ampla relevância ao desenvolvimento do setor

3 de dezembro de 2020

Considerando a vastidão de demandas do setor de medicina diagnóstica e levando em conta que a troca de conhecimentos é um caminho profícuo rumo à evolução, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) investiu na criação de comitês e grupos de trabalho totalmente dedicados às principais temáticas que circundam o cenário atual.

Hoje, ao todo, são nove comitês e quatro grupos de trabalho que reúnem especialistas da entidade e de seus associados. “É excelente participar das reuniões desses times pois temos a oportunidade de aprender com profissionais altamente especializados em cada um desses assuntos”, comenta Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

As reuniões – que durante a pandemia de COVID-19 passaram a ser virtuais – são indispensáveis para que haja integração e alinhamento. “Apesar da grande quantidade de informações acessíveis pelos meios digitais, precisamos filtrá-las para que, assim, se transformem em conhecimento”, comenta Alex Galoro, diretor do Comitê Técnico de Análises Clínicas, enfatizando que esses grupos permitem que os profissionais tenham contato com pessoas e informações selecionadas que discutem situações e problemas atuais. “Os encontros vão além, proporcionando acesso a canais para que nossas propostas de melhoria sejam apresentadas”, complementa.

Mas a relevância desses encontros não se resume à troca de experiências, como comenta Walquiria Favero, membro do Comitê de Governança, Ética e Compliance (GEC). “Os comitês e os grupos de trabalho também impulsionam ações setoriais que trazem benefícios para toda a cadeia”, diz. Complementando esse raciocínio, Leonardo Vedolin, que dirige o Comitê Técnico de Radiologia e Diagnóstico, comenta que as reuniões promovidas “permitem a evolução das práticas de gestão e assistenciais, além de garantir a representatividade do segmento”.

São muitas as vitórias identificadas pelos membros ao longo da década. Galoro destaca a elaboração do Código de Conduta e a proximidade da Associação com os órgãos reguladores. Já Walquiria aponta a flexibilização de compartilhamento de dados da saúde para fins de diagnóstico na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a interlocução setorial tratando da Reforma Tributária.

Outro foco de desenvolvimento está na notoriedade que a Abramed ganhou no setor, reflexo, também, do empenho do Comitê de Comunicação que se dedica a filtrar os principais assuntos que devem ser permeados entre associados e público externo. “Nesses 10 anos de trajetória, um dos maiores legados já estabelecidos pela Abramed foi ter conseguido construir pontes de comunicação para demonstrar à sociedade a relevância do diagnóstico como etapa fundamental para auxiliar ao médico na melhor conduta clínica de cuidado preventivo”, comenta o diretor William Malfatti.

Pensando em desafios futuros, despontam assuntos relacionados a finanças, resultados, mudanças na legislação e nas regulações. “A Abramed precisa se manter alerta nas diferentes frentes de atuação e a todos os aspectos que possam impactar o nosso segmento”, comenta Galoro. “É preciso continuar a desenvolver discussões e pautas mais relevantes, contribuindo para a melhoria da cadeia produtiva e para um ambiente mais ético e justo”, completa Walquíria.

Para Vedolin, o maior desafio será alinhar as agendas em um setor que passa por fortes transformações. “As premissas para esse alinhamento possivelmente serão distintas daquelas que todos vivenciamos até agora”, finaliza.

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Essencial e complexa, cadeia da saúde depende do diálogo intersetorial

Proximidade entre as diferentes entidades amplia voz e representatividade; pandemia e pleitos em comum fortaleceram o relacionamento

3 de dezembro de 2020

A gestão de um sistema de saúde altamente complexo como o brasileiro encontra desafios e, nos desafios, oportunidades. A manutenção de um diálogo transparente entre representantes da indústria, dos prestadores de serviços diversos e das operadoras – sempre com base em relações confiáveis e éticas – deve ser vista com prioridade.

Impulsionado pela pandemia de COVID-19 que exigiu, e ainda exige, esforços conjuntos para redução dos tristes impactos ao país e por lutas que convergem as necessidades de inúmeros subsetores, esse diálogo vem se fortalecendo ao longo dos anos mostrando ser possível deixar de lado algumas individualidades para trabalhar pelo bem comum: melhorar a saúde populacional ofertando atendimento de qualidade sem ferir a sustentabilidade dos sistemas. Com esse objetivo compartilhado, a integração torna-se natural.

Não que a busca por maximizar resultados deixa de ser legítima, porém a conscientização sobre a necessidade da união e do trabalho conjunto torna-se mais relevante como comenta Claudio Lottenberg, presidente do Instituto Coalizão Saúde (ICOS). “O entendimento de que todos estão trabalhando para criar valor para o paciente dentro de práticas com qualidade e menor custo tem sido a linguagem que une os diferentes participantes da cadeia produtiva”, diz.

E, de fato, independentemente dos pleitos individuais de cada subsetor, a força maior permanece centrada no paciente. É o que comenta Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp): “cada um em sua área de atuação, mas todos com uma enorme sinergia”.

Para o presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI), Sérgio Rocha, manter esse relacionamento ativo é questão de sobrevivência. “O setor de saúde é único e qualquer solução ou caminho precisa ser comum. Todos devem atuar em sintonia”, comenta. E essa relação é, na opinião de Breno Monteiro, presidente da CNSaúde, o grande carro chefe. “O ponto principal é justamente a interlocução entre as entidades. A Abramed, nessa década, sempre se mostrou aberta ao diálogo representando de forma clara e verdadeira a medicina diagnóstica do Brasil”, declara.

Percepção que também se faz presente na fala de Walban Damasceno, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde (ABIMED). “Sem dúvida alguma o sistema de saúde e seus atores são elos de uma corrente totalmente interdependente”. O executivo enfatiza a necessidade de criação de uma visão sistêmica que entenda os mercados público e privado como complementares para ampliação de acesso e para que o país consiga entregar saúde de qualidade aos seus quase 210 milhões de habitantes.

Apesar de reconhecer que houve muito avanço nos últimos anos, Rocha acredita que o diálogo ainda precisa ganhar corpo e Damasceno enxerga espaço para melhorias principalmente no que tange à elevação da voz setorial junto aos tomadores de decisão. “Quando nos posicionamos, sinto que ainda falta, à nossa voz, o timbre ideal para que sejamos ouvidos e possamos evoluir”, diz. “Temos uma agenda intensa, repleta de desafios, e só conseguiremos avançar quando formos ouvidos na proporção adequada à nossa representatividade, que é o que ocorre, por exemplo, com setores como o agronegócio”, completa.

Luta compartilhada

Esse fortalecimento da voz setorial mencionado por Damasceno pode ser notado ao longo de todo ano de 2020 quando a saúde brasileira se uniu para discutir a Reforma Tributária. Atuando em conjunto para mostrar que uma reforma mal formulada e que não reconhece a essencialidade de setores como a saúde pode ser um enorme retrocesso, entidades elaboraram estudos e dialogaram com membros do legislativo e do executivo a fim de defender a sustentabilidade dos serviços em saúde.

A Abramed, por exemplo, compartilhou com o mercado um relatório intitulado Impactos da Reforma Tributária no Setor de Medicina Diagnóstica que mostra, diante de uma reforma míope, possível aumento de 40,4% na carga tributária do setor. Unindo esforços com diversas outras entidades – e até mesmo extrapolando as barreiras da saúde para encontrar apoio na educação – vem enfatizando, tanto à população quanto à mídia e aos decisores, que aumentar as despesas dos serviços de saúde trará um prejuízo enorme ao povo brasileiro que cada vez menos terá a oportunidade de acessar, via convênios médicos, a rede suplementar ampliando a faixa de pessoas integralmente dependentes do SUS.

“Acreditamos que a essencialidade do segmento saúde deva ser considerada. Já fomos impactados pela COVID-19 e um aumento de tributação seria cruel com o setor. Colocamos em risco o acesso à saúde, a empregabilidade e a expansão do mercado para mais pessoas”, diz Amaro reforçando a percepção de que tanto hospitais, quanto clínicas de imagem e laboratórios têm as mesmas preocupações com relação aos textos da reforma que tramitam no Congresso Nacional.

Impactos pandêmicos

O cenário é triste, mas a pandemia de COVID-19 deixou alguns legados para a saúde. Além do amplo conhecimento que vem se disseminando pelo mundo, no Brasil a comunicação intersetorial cresceu consideravelmente. “A saúde historicamente dialogava pouco, mas esse cenário foi mudado pela crise. Nunca tínhamos visto tantas entidades debatendo assuntos altamente relevantes para o setor como um todo, tomando decisões práticas e ágeis, e batalhando para vencer desafios até então inimagináveis”, diz Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed.

“A saúde é um setor que funciona como uma cadeia de produção e o novo coronavírus; uma situação nova e, para a maioria das pessoas, inesperada; reforçou essa percepção levando os segmentos a buscarem uma atuação ainda mais coesa e homogênea”, complementa João Alceu Amoroso, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). “A iniciativa privada foi muito importante para a testagem atuando, inclusive, na validação dos testes sorológicos para que tivéssemos liberação do maior número possível desses exames sempre com a qualidade que o setor prima”, diz Monteiro, da CNSaúde.

Representando os hospitais privados, Amaro reforça que a pandemia colocou à prova a capacidade de o setor se reorganizar com extrema agilidade. A medicina diagnóstica correu para atender à demanda por testes de COVID-19 e os hospitais se preparam para receber um número elevado de pacientes infectados. “Fomos exitosos e é importante reforçar que os hospitais não conseguiriam combater, sozinhos, a crise. Somos uma orquestra bem afinada”, relata. Vencer a pandemia segue como uma das principais tarefas do setor. “Uma batalha dura, mas que temos enfrentado com competência”, completa Amaro.

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Desafios regulatórios – Complexidade da saúde pede diálogo aberto com órgãos reguladores

Em dez anos, Abramed conquistou proximidade com ANS e com Anvisa e busca manutenção desse relacionamento

3 de dezembro de 2020

Em um setor essencial e com tamanha responsabilidade junto à população, como é o caso da saúde, a regulação – conjunto de medidas que envolvem a criação de normas, o controle e a fiscalização dos segmentos – é atividade indispensável para a garantia do melhor atendimento populacional. Quando fechamos o foco para a medicina diagnóstica, o cenário é extremamente parecido. “Somos um mercado altamente regulado, que segue rígidas diretrizes, e isso é fundamental para que possamos garantir a segurança dos pacientes”, comenta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

A complexidade da cadeia de saúde pode dificultar o diálogo entre todos os players, fundamental para os melhores resultados. Justamente por ser um desafio, conquistar abertura para manter reuniões constantes tanto com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quanto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem sido apontada como uma vitória da Abramed, que em dez anos de atuação vem se aproximando dos órgãos reguladores a fim de manter a dinâmica da medicina diagnóstica do país. “A disposição para o diálogo nos anima. Precisamos estar juntos”, diz Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Associação.

A Abramed está, nesse momento, com dois pleitos paralelos junto às entidades reguladoras. Com a Anvisa, dialoga sobre as Consultas Públicas 911 e 912 que tratam, respectivamente, da regulação de farmácias e drogarias e das diretrizes que regem as atividades dos laboratórios clínicos. Já com a ANS, a conversa gira em torno da Consulta Pública 81 que avalia a inclusão de novos procedimentos no rol de obrigatoriedades dos convênios médicos.

“A Abramed, desde sua constituição, se preocupou em acompanhar as mudanças do mercado, antevendo as mudanças regulatórias e dando o suporte necessário para que as normas expedidas pela administração pública garantam atuação equânime ao mercado de saúde suplementar, sem criar desequilíbrio entre os diversos agentes”, pontua Teresa Gutierrez, sócia da Machado Nunes.

Desafios futuros

Questionado sobre quais os principais desafios da Anvisa para os próximos anos, o diretor Alex Campos Machado citou a alta velocidade das inovações. “Percebemos que nosso grande compromisso está em acompanhar a agilidade da incorporação de novas tecnologias, ampliando nossa capacidade de regular essas incorporações e de nos anteciparmos ao mercado”, disse.

Segundo ele, para esse acompanhamento em tempo real, a entidade visa sempre a construção de normas e balizas que permitam instrumentos regulatórios capazes de tornar os processos mais rápidos. “Esse trabalho vem sendo facilitado pela condição internacional alcançada pela Anvisa que, hoje, tem assento garantido junto a outros órgãos reguladores, harmonizando procedimentos e aproveitando a expertise de outros países que já passaram pela fase em que estamos”, declara. O executivo afirma que a Anvisa regula cerca de 25% do PIB brasileiro devido à infinidade de produtos que estão sob seu chapéu.

Na visão de Rogerio Scarabel, diretor-presidente da ANS, é preciso investir no conceito de um sistema de saúde unificado construído pelos setores público e privado atuando em parceria e como forma de complementação ao atendimento. “Importante reforçarmos para a sociedade a necessidade de o Sistema Único de Saúde ser complementado pela rede privada, ambos trabalhando em harmonia para o bem-estar da população”, afirma.

Paralelamente, Scarabel reforça que é preciso mudar o mindset dos players. “O executivo precisa deixar de ser um gestor financeiro para ser um gestor de saúde. As operadoras precisam assumir esse compromisso, focando nos diversos modelos de remuneração disponíveis”, aponta.

Teresa reforça que a Abramed cresceu e se devolveu muito em dez anos e que tanto ANS quanto Anvisa também progrediram consideravelmente desde a fundação, ocorrida na década de 1990. “Muito da maturidade da Abramed vem, também, da maturidade das agências”, enfatiza.

Telessaúde

Na área de medicina diagnóstica, a telessaúde já é realidade consolidada, visto que a teleradiologia se faz presente no dia a dia dos profissionais há pelo menos dez anos. Mas há, ainda, muito a ser melhorado e regulado, principalmente no âmbito dos diagnósticos laboratoriais. Para isso, a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é indispensável a fim de regular o setor privado.

Com a pandemia de COVID-19, os temas relativos ao atendimento remoto ganharam repercussão. Aprovada em caráter emergencial, a telemedicina permitiu que a população pudesse continuar recebendo assistência sem a necessidade de se expor ao risco de contaminação. Qual a visão da ANS dentro desse novo cenário instalado no país? De acordo com Scarabel, a Agência não enxerga a telessaúde como um novo procedimento, mas sim como uma modalidade de atendimento. “Essa percepção ajuda a garantir a cobertura obrigatória”, explica. O executivo reforça que, por ser um ato médico, a normatização parte primeiro do Conselho Federal de Medicina (CFM) e, somente depois, parte para a entidade reguladora analisar as necessidades relativas àquela atividade.

“Na área de laboratório há a oportunidade inclusive de recebermos amostras biológicas do exterior para serem processadas no Brasil. Porém, para que isso aconteça, precisamos de um canal verde da Anvisa para que essas amostras não fiquem retidas e os pacientes aguardando ansiosamente seus resultados”, comenta Shcolnik.

Totalmente aberta ao diálogo junto ao setor de medicina diagnóstica, a Anvisa vem se mostrando parceira na tomada de decisões. “Estamos próximos ao mercado a fim de entender as necessidades. Para isso, escutamos os regulados e a população. Vemos que esse é um setor pujante que o Brasil precisa explorar melhor para ampliar sua capacidade de trazer novas divisas, visto que temos tecnologia e mão de obra qualificada para prover esses serviços”, finaliza Machado.

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Na Abramed, o contínuo debate sobre ética garante manutenção das boas práticas

Com código de conduta, cartilha de compliance, comitês dedicados e canal próprio de denúncias, Associação enfatiza necessidade de criação de um ambiente transparente

3 de dezembro de 2020

A Lei Anticorrupção, regulamentada pelo Decreto nº 8.420 de 2015, foi um marco brasileiro na busca por comportamentos mais éticos de forma generalizada no país. Apenas dois anos depois, a Abramed lançou seu Código de Conduta – que está em processo de revisão – orientando, incentivando e exigindo de seus associados uma atuação transparente.

Com o repúdio às más práticas ganhando força, a entidade seguiu fortalecendo esse panorama. Instituiu o Comitê de Ética, formado por membros associados e independentes e que atua na apuração de relatos recebidos pelo Canal de Denúncias, de forma sistematizada e sigilosa, avaliando a existência de violação aos princípios do Código de Conduta da Abramed; e o Comitê de Governança, Ética e Compliance (GEC), que trabalha como instância consultiva do Conselho de Administração para assuntos relacionados à essa temática. Além disso,  publicou em 2019, sua Cartilha de Compliance, um documento que reúne boas práticas para o setor de medicina diagnóstica e está acessível a qualquer empresa, seja associada ou não.

“Nos últimos anos a ética empresarial passou a ter muita importância principalmente devido a atitudes que causaram impacto na forma como a sociedade lida com esse assunto”, pontua Maria Regina Navarro, membro independente do Comitê de Ética da Abramed. “Todos os mercados, inclusive o de saúde, estão passando por uma transformação cultural com foco no comportamento ético a fim de preservar a reputação das empresas”, completa.

Para Eliezer Silva, que é membro do Conselho de Administração da Associação, a ética deve ser a base de qualquer relação, independentemente do setor. Porém, na medicina diagnóstica, os princípios a serem seguidos são, prioritariamente, os da confiabilidade e da transparência. “Trata-se de um componente importante no processo assistencial com forte impacto na vida das pessoas. Assim, não há como desvincular, no momento da interação do cidadão com o sistema de saúde, os aspectos éticos envolvidos nessa relação”, declara enfatizando o desejo por um sistema absolutamente justo e que promova a saúde e o bem-estar de todos.

A boa notícia é que, nos últimos dez anos, os avanços são notáveis na percepção de Viviane Miranda, que dirige o Comitê GEC. “Percebo que as empresas de medicina diagnóstica e os hospitais estão implementando seus programas de compliance, muitas delas com profissionais dedicados”, diz.

A executiva enxerga muitos desafios para o futuro, entre eles a consolidação desses programas; a discussão aberta sobre conflitos de interesses; e maior compreensão sobre ética por parte dos profissionais na ponta da assistência e do próprio paciente. Para ela, as dificuldades existem, mas podem ser vencidas. “Estamos em um setor bastante fragmentado e pouco convergente, no qual muitos players interagem diretamente com o paciente. Por isso precisamos chegar a um denominador comum”, declara.

Entre os desafios avaliados pelos membros dos Comitês da Abramed dedicados ao tema, também está a tecnologia, apontada por Maria Regina. “Em um contexto de evolução muito rápida da ciência, os dilemas serão cada vez mais frequentes, o que traz uma necessidade constante de revisão dos códigos de conduta, bem como esforço de todos os atores na orientação de seus colaboradores”, diz.

Há, também, a necessidade de educação continuada citada por Silva. “Creio que o processo de educação contínuo é fundamental, uma vez que essas questões são extremamente dinâmicas e devem ser revistas constantemente. É preciso trazer cada vez mais os associados para discussões abertas baseadas em casos concretos do passado”, comenta ele que acredita que a melhor maneira de disseminar a ética é a utilização de exemplos.

Como forma de manter o assunto sempre aquecido, a newsletter mensal Abramed em Foco traz uma editoria dedicada a temáticas de governança, ética e compliance.

Modelos de remuneração e ética

“Enquanto pagarmos pelo volume, entregarão volume”, comenta Viviane ao mencionar a necessidade de o setor de saúde passar a considerar outros modelos de remuneração além do fee-for-service.

Na opinião da executiva, a definição do formato de pagamento está totalmente atrelada a um comportamento ético. “Para isso há necessidade de uma mudança cultural gigante que envolve, até mesmo, o paciente. Os prestadores devem ser remunerados pela qualidade entregue, não pela quantidade de procedimentos. E o paciente, ao buscar atendimento, também precisa buscar qualidade, e não serviços diversos”, explica a executiva lembrando que o sistema precisa considerar indicadores que envolvem os resultados e que a população brasileira, quando vai a uma consulta médica, ainda se mostra indignada quando sai do consultório sem nenhum pedido de exame ou de intervenção extra.

Canal de denúncias

Exclusivo da Abramed, o canal de denúncias propicia uma comunicação segura e anônima de ações que violam o código de conduta e as boas práticas instituídas pela Associação ou pela legislação vigente no país. Toda informação recebida pela plataforma é tratada por uma empresa independente e especializada que garante sigilo absoluto e o tratamento adequado das situações ali expostas.

As denúncias podem ser feitas pelo telefone 800 377 8040, de segunda a sexta das 09:00 as 17:00 ou pelo e-mail abramed@canaldedenuncias.com.br.

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