Entidade é referência na representação dos interesses do setor de medicina diagnóstica, cujo desempenho tem impacto significativo sobre a saúde da população brasileira
A Abramed tem
um histórico de realizações com repercussão positiva tanto para seus associados
quanto para o setor de diagnóstico como um todo. E nada melhor do que
aproveitar seu aniversário de 12 anos para recordar fatos marcantes, desafios e
conquistas dessa trajetória de tantos avanços na área da saúde.
Fundada em 14
de julho de 2010, como resultado dos esforços conjuntos de empresas de medicina
diagnóstica, a Abramed é formada por instituições com atuação destacada no
mercado que perceberam a importância que uma ação integrada poderia trazer para
a defesa de suas causas comuns.
Para Claudia
Cohn, presidente do Conselho de Administração (2011-2019) e membro da atual
diretoria, o grande salto com a Abramed foi a transformação de um ambiente de isolamento
e concorrência para o de total cooperação. Tempos atrás, cada empresa tentava
sobreviver aos seus desafios e comemorar suas vitórias de maneira individual,
não havia comunicação a respeito das demandas gerais.
“O novo
ambiente, mesmo em um mercado altamente competitivo, não só possibilita
perceber os pleitos do setor de forma abrangente, os desafios em comum e as
possibilidades colaborativas, como também, principalmente, permite a construção
de regulamentações e uma atuação mais efetiva e integrada, por causa dessa
união”, expõe.
“Foi através de uma lista de demandas
gigantesca que descobrimos que a área de medicina diagnóstica precisava se
organizar. Este é um ponto importante: a capacidade que uma associação tem, que
é diferente de uma empresa, de se organizar pelas causas comuns e prioridades,
com cada associada apoiando a outra dentro de sua seara”, acrescenta Claudia.
Nos últimos
12 anos, a Abramed tornou-se referência na representação dos interesses do
setor de medicina diagnóstica, cujo desempenho tem impacto significativo sobre
a saúde da população brasileira.
Pandemia
A pandemia foi um grande
desafio para o setor, pois muitos não estavam preparados para enfrentar a
crise. “Tivemos que organizar nossas infraestruturas e fluxos de atendimento,
bem como buscar insumos pelo país e no mercado internacional, trabalhar a
comunicação com as comunidades médicas e sociedades científicas quanto com a
sociedade, principalmente após a OMS declarar que o melhor caminho para
contenção da covid-19 era a testagem laboratorial em massa”, diz o presidente do Conselho de Administração, Wilson Shcolnik.
No entanto, o setor de
medicina diagnóstica reagiu rapidamente e se adaptou à nova realidade, sendo
pilar essencial para uma resposta eficaz, focada na menor geração possível de
danos. Os laboratórios clínicos ganharam destaque e os testes foram muito
valorizados.
Durante a pandemia, o papel
da Abramed foi fundamental para balizar informações do setor, centrando-se em dados de
qualidade e no cuidado real com as pessoas em relação à validação dos testes.
Em 2020, a
Associação esteve em contato direto com a Anvisa solicitando liberação imediata
de insumos para exames de diagnóstico do novo coronavírus. Além disso,
trabalhou pela desburocratização da importação dos materiais e assinou, ao lado
de outras entidades do setor, um documento denunciando a alta dos preços dos
insumos.
Sua influência, construída
nestes 12 anos de existência junto aos órgãos regulatórios, à Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, à Agência Nacional de Saúde Suplementar e à sociedade
científica, foi fundamental para lidar com o desafio pandêmico. “A dedicação, a
seriedade e o senso de responsabilidade nos permitiram sermos protagonistas de informações
necessárias às autoridades sanitárias brasileiras. Com muito orgulho, a
entidade se colocou à frente sempre com um olhar muito mais colaborativo do que
competitivo, num momento em que o foco era vencer o vírus”, expõe Shcolnik.
A Associação sempre foi a fiel da
balança junto aos órgãos regulatórios para informar os dados corretos,
contribuindo com avaliações epidemiológicas e tomada de decisão.
Código
de Conduta
Norteada pelo seu Código de Conduta,
lançado em 2017, a Abramed orienta, incentiva e exige de seus associados
práticas que inspirem todos os elos da cadeia da saúde. Segundo Milva Pagano,
diretora executiva da entidade, é fundamental ter princípios claros e deixá-los
por escrito e pactuado entre todos. “Cada associação e empresa deste país
precisa acompanhar as mudanças e assumir sua responsabilidade, lutando por uma
sociedade mais ética.”
O objetivo do documento é garantir que
as melhores práticas sejam respeitadas e que as irregularidades sejam apuradas
e devidamente punidas. “E assim, a Abramed vem garantindo práticas
sustentáveis, trabalhando para que os associados atuem de forma consciente e
responsável, alcançando padrões éticos elevados. A aplicação do código oferece
segurança e transparência para a cadeia de saúde, sempre focando no bem-estar
do paciente”, declara Milva.
Câmaras
Jurídica e Técnica
Um
marco importante da trajetória da entidade foi a criação, em 2011, das Câmaras
Jurídica e Técnica, voltadas para pesquisa, análise, orientação e contribuição
direta às instituições reguladoras da saúde suplementar.
“A Abramed é o que é porque tem o apoio
de pessoas que se dedicaram. As
Câmaras Jurídica e Técnica são diretorias que tomam para si assuntos que
seguem o governo, o senado, os ministérios, a sociedade, os órgãos
regulatórios, o judiciário, as confederações, e assim por diante, buscando o
máximo de informações para melhorar o setor”, explica Claudia.
FILIS
Motivo de orgulho a ser lembrado neste
aniversário é o Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), que, como
conta Claudia, nasceu de um sonho. “Nosso objetivo era levar assuntos que
poderiam ser relevantes para todos os participantes da área de saúde e que
passassem pelo tema do diagnóstico. Devido ao alto volume de eventos, ficamos
em dúvida sobre o interesse, porque já existiam vários outros no mercado, tanto
para estudantes quanto para médicos. Mas, desde a primeira edição, o FILIS
atraiu grande público e reuniu figuras destacadas do setor”, descreve.
Claudia também cita o Prêmio Luiz Gastão
Rosenfeld, entregue durante o Fórum, batizado em homenagem a esse profissional,
que contribuiu enormemente para saúde e para a Abramed. Na primeira edição do
prêmio, o homenageado foi Jarbas Barbosa, subdiretor da Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS); em 2019, a bióloga molecular e geneticista
Mayana Zatz; em 2021, Margareth Dalcomo, médica pneumologista e pesquisadora da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em 2020, o evento foi cancelado em virtude da
pandemia de covid-19.
Para Milva Pagano, a cada ano que passa,
o sucesso do evento é maior e sua importância como palco de discussões só
cresce. “Nosso próximo FILIS, que acontece em 24 de agosto, em São Paulo, vai
ser mais especial, porque será híbrido, ou seja, presencial, marcando o
encontro entre as pessoas, e virtual, para quem não pode estar presente ou
prefere participar de maneira remota. De qualquer forma, será um local
fundamental para debate dos temas relevantes para a área”, expõe a
diretora-executiva.
Painel
Abramed
Em 2018, a Abramed revolucionou o
mercado ao compilar, pela primeira vez em um documento único, indicadores
setoriais que balizam a percepção acerca do desenvolvimento do diagnóstico no
Brasil. O Painel Abramed – O DNA do
Diagnóstico abastece a mídia com dados populacionais e econômicos;
informações sobre a inversão da pirâmide etária no país e o impacto, no setor,
do envelhecimento; além das inovações tecnológicas que comandavam as principais
tendências do momento.
Antes dele, o setor não tinha dado
nenhum, as informações vinham de poucas empresas individualmente, sem
padronização, por isso, sem coerência. “Quando publicamos a primeira edição,
foi quase uma transposição gigantesca para que, em primeiro lugar, as empresas
entendessem que tínhamos critérios de sigilo coerentes, pois companhias de
capital aberto e de capital fechado tinham receio de compartilhar seus dados.
Por isso, criamos uma estrutura certificada, a fim de que os associados se
sentissem seguros para dividir as informações. Quando saiu a primeira edição,
foi quase como um filho que veio à luz. É um grande orgulho tê-lo visto nascer
e acompanhar o seu aperfeiçoamento a cada ano. E mais do que isso, é um orgulho
ver vários setores utilizarem o nosso painel como base e o citarem em
reportagens”, declara Claudia.
Diálogos
digitais
Em 2020, momento de grandes desafios
causados pela pandemia de covid-19, a Abramed criou o projeto
#DiálogosDigitais, uma série de eventos digitais que reuniu especialistas para
abordar os mais variados temas que afetam a cadeia da saúde.
“Na pandemia, foi necessário termos conversas importantes,
munindo as pessoas de informações fundamentais para suas atividades. O setor
não parou, e o Diálogos Digitais também não, exatamente para respaldar todos os
desafios que tivemos durante o período. Não há previsão de encerrar o projeto.
O digital veio para ficar”, conta Milva.
LGPD
A proteção de dados na medicina
diagnóstica é um dos debates mais importantes para o setor, por ser um segmento
que lida diariamente com informações sensíveis. Há, portanto, sempre uma grande
preocupação do setor de saúde quanto ao manejo desses dados.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD),
sancionada em agosto de 2018 (Lei nº 13.709), regulamenta o tratamento de dados
pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou jurídica de
direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais
de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da
pessoa natural.
“Para auxiliar as empresas a
compreenderem os desafios da LGPD e enfrentarem as mudanças, a Abramed lançou,
em 2021, o Guia de Boas Práticas em Proteção de Dados para o Setor de Medicina
Diagnóstica, que traz as bases legais para o tratamento de informações
sensíveis, apresenta detalhes sobre como atender aos direitos dos titulares e
aborda o compartilhamento de dados de saúde com as operadoras. Além disso,
contribui diretamente para a gestão corporativa ao abordar a proteção de dados
pessoais no contexto dos recursos humanos e as práticas de marketing”, detalha
Shcolnik.
Outras
discussões
A Abramed participou de discussões
técnicas sobre a resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 30/2015, da Anvisa, que
trata do funcionamento dos laboratórios clínicos no Brasil.
A Associação também contribuiu para a
discussão sobre o Fator de Qualidade ANS para definição do índice de reajuste
anual, aplicado aos contratos entre prestadores de serviços e operadoras de
planos de saúde.
A ANS viu no fator de qualidade uma
forma de balizar o setor para garantir remuneração justa pelos serviços
prestados de modo a assegurar a sua qualidade. “A Abramed demonstrou quais são
os projetos e os programas de que participa e que apoia, bem como o que os players fazem para garantir melhor
qualidade. Para ser associado e chegar mais perto desse padrão, é necessário
ter uma certificação mínima, segundo exige o estatuto. Essa é uma forma de
balizar o setor para cima”, explica Claudia.
Falando de perspectivas, o
vice-presidente do Conselho de Administração da Abramed, Leandro Figueira,
enfatiza que “a entidade, ao longo destes anos, reuniu conhecimento, solidez e
maturidade para se tornar, em definitivo, protagonista dos rumos do Sistema de
Saúde no Brasil. Em um mercado extremamente dinâmico, certamente será uma das
vozes direcionadoras de um futuro ainda em construção”.