Claudia Cohn participa do Programa Veja Saúde

19 de Agosto de 2019

Nossa presidente do Conselho de Administração, Claudia Cohn, participou do Programa Veja Saúde, que foi ao ar no dia 14 de agosto. Em entrevista para Natália Cuminale, jornalista especializada em saúde da Revista Veja, Claudia esclareceu sobre o uso racional de exames e falou da importância da medicina diagnóstica na prevenção da saúde. Assista em https://mla.bs/5b14c5e0

NOTA DE FALECIMENTO | Dr. Hermes Pardini, Fundador do Grupo Pardini

Faleceu na noite desta terça-feira, 13 de agosto, aos 85 anos, o médico endocrinologista Dr. Hermes Pardini, fundador do Hermes Pardini, um dos maiores grupos de Medicina Diagnóstica do país. Ele estava internado no Hospital Mater Dei e faleceu devido a complicações de uma pneumonia. Deixa esposa, Carmen Pardini, três filhos e seis netos. O velório será a partir das 10h, no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, com enterro às 16h, restrito a familiares.

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dr. Hermes Pardini fundou o laboratório com seu nome há 60 anos. Antes, ajudou a criar o laboratório da Faculdade de Medicina da UFMG, onde também lecionou.

Com espírito inovador já naquele momento, Dr. Hermes investia seu tempo, estudos e amor ao novo negócio. Observando o movimento de envio de amostras mais complexas dos belo-horizontinos a laboratórios do Rio de Janeiro ou de São Paulo, decidiu adquirir equipamentos para realizar modernos exames, como os de tireoide. E foi desta mesma maneira que ampliou sua atuação para um laboratório geral de patologia clínica.

Em 1975, inaugurou uma nova sede, na Rua Aimorés, no bairro Funcionários, que ainda hoje é uma das principais unidades de atendimento ao paciente. Graças ao conhecimento técnico e à inovação empreendidos, o crescimento exponencial levou a empresa a investir em outras áreas de negócio. Em 1997, a empresa foi pioneira no Brasil a prestar serviço de terceirização de exames, área que atualmente atende a quase 6 mil laboratórios parceiros em todo o Brasil.

Em 2006, Dr. Hermes se afastou do cotidiano da empresa, assumindo o cargo de presidente do Conselho da Família.

Sobre o Grupo Pardini
O Grupo Pardini está entre as maiores empresas de Medicina Diagnóstica do Brasil. Em 2018, realizou mais de 92 milhões de exames em todo o país, por meio das marcas Hermes Pardini, Padrão, Diagnóstika, Progenética, Biocod, Centro de Medicina Nuclear da Guanabara, Ecoar, Humberto Abrão, DLE e Toxicologia Pardini. São 120 unidades próprias, em Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, além de quase 6 mil laboratórios parceiros.

Quarta edição do FILIS, realizado pela Abramed, terá painel sobre a transformação e participação de healthtechs brasileiras

Startups do setor de saúde passam a tomar grande importância na oferta do serviço centrado no paciente

Agosto de 2019

Saúde é um dos principais temas em debate no Brasil, onde cerca de 75% da população tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como única alternativa de atendimento. Embora seja considerado um sistema de referência no mundo, segundo o Banco Mundial, o SUS sofre com problemas de administração e limitações de orçamento e recursos. Além da grande demanda, outro problema sério que aflige a área de atenção básica de saúde, que também sofre com as limitações do SUS.

A tecnologia e, principalmente, as startups têm atuado como grandes aliadas na mudança desse quadro. Atualmente, existem mais de 4.200 startups cadastradas na base de dados da Associação Brasileira de Startups. Destas, 6% são focadas em saúde. Com a introdução de análise de dados, inteligência artificial e aprendizado de máquinas, as chamadas healthtechs desenvolvem dispositivos e soluções para mudar algumas práticas, bem como fortalecer e estimular negócios que possam solucionar os problemas do setor.

Foi pensando nesse contexto de transformação que o Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), realizado pela Abramed traz em sua quarta edição um debate sobre o tema, com a participação de importantes executivos do setor de saúde e a apresentação de três healthtechs que, com suas soluções inovadoras, estão melhorando e contribuindo para o desenvolvimento do setor.

Uma delas é a GlucoGear, startup que criou uma solução de inteligência artificial para controle do diabetes. Segundo seu fundador e CEO, Yuri Matsumoto, a empresa é fruto da vontade de criar inovações disruptivas no setor de saúde. “O objetivo é empoderar pacientes com diabetes, melhorando a qualidade de vida e os resultados clínicos, bem como reduzindo custos para o sistema de saúde, enquanto facilita as análises e decisões clínicas para o médico”, explica.

Segundo Matsumoto, a GlucoGear está desenvolvendo soluções de inteligência artificial para transformar a terapia insulínica no mundo. “A partir de quatro pilares de dados, incluindo histórico de glicemia, alimentação, doses de insulina e atividade física, conseguimos treinar uma inteligência artificial para prever a curva glicêmica futura de um indivíduo, de forma personalizada e sem necessidade de configurações de parâmetros pelo médico ou paciente”, relata.

Para Luiz Felipe Oliveira, CEO da Neoprospecta, segunda startup a se apresentar no FILIS, as healthtechs estão conseguindo acelerar as mudanças tecnológicas e de modelos de negócios no setor de saúde. “Para as empresas tradicionais, questões como tamanho da operação, custo e risco dificultam a oferta de inovação. Historicamente, acredito que nunca esteve tão fácil para uma healthtech colocar sua tecnologia no mercado e fazer parcerias com grandes empresas no setor. Acho que estamos vivendo um momento de mudança e abertura sem precedentes.”

A Neoprospecta tem uma spinoff (quando de uma empresa nasce outra) chamada BiomeHub, cujo principal objetivo é impactar positivamente o setor de diagnóstico por meio da utilização tecnologias de sequenciamento de DNA em larga escala e bioinformática, para análise do microbioma humano e infecções de difícil diagnóstico.

A terceira healthtech é a CUCOhealth, um aplicativo de lembretes de medicamentos com usuários no Brasil, na América Latina e nos Estados Unidos. Filha de médico, Lívia Cunha, CEO da startup, sempre se incomodou com o acompanhamento dos tratamentos médicos e viu uma oportunidade de negócios na melhoria desse serviço. “Constantemente eles sentiam-se sozinhos e não conseguiam seguir as recomendações dos médicos, o que acabava causando problemas que poderiam ser evitados com a adesão correta ao tratamento”, diz a CEO e fundadora da marca.

Depois de entender que o produto resolvia a dor da não adesão aos medicamentos, a CUCOhealth percebeu que, para focar na geração de valor da cadeia de saúde, precisaria envolver outros stakeholders no processo, como hospitais, operadoras, médicos e equipes de saúde responsáveis pelo cuidado do paciente. Foi então realizado um projeto no HCor com pacientes cardiopatas. “A CUCOhealth e a equipe do hospital aumentaram a adesão dos pacientes cardiopatas congênitos de 40% para 79%”, pontua.

Atualmente a empresa fica localizada em São Paulo, possui um modelo de negócios B2B2C e atende a hospitais e farmacêuticas. “Conseguimos entender que, para gerar valor no mercado de saúde, é preciso unir elos distintos e, por meio de uma inovação em processo, construímos um produto que une médicos, pacientes, farmácias e farmacêuticas”, afirma Lívia.

Sobre o FILIS 2019

As healthtechs GlucoGear, CUCOhealth e a BiomeHub participarão do 4º FILIS (Fórum Internacional de Lideranças de Saúde), promovido pela Abramed. O painel “Healthtechs: transformando o acesso à saúde”, que integra o segundo módulo, refletirá sobre o impacto da inovação em saúde ao falar sobre o advento das startups que surgem no setor.

O evento já faz parte da agenda das lideranças da saúde, reunindo, além de CEOs, presidentes e diretores, gestores, especialistas e influenciadores diretos na tomada de decisão.

Neste ano, com o tema “As transformações do setor sob um novo olhar”, o fórum discutirá assuntos que envolvem desde questões regulatórias, passando por inovação, valor da medicina diagnóstica dentro do ciclo de cuidados do paciente até futuro da saúde.

SERVIÇO:
4º FILIS (Fórum Internacional de Lideranças de Saúde)
30 de agosto, das 8h30 às 17h30
Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropé, 88 – Pinheiros

Fórum Abramed de Compliance na Saúde debate ética e integridade durante 13ª Convenção Brasileira de Hospitais

Encontro foi realizado no dia 2 de agosto, em Salvador (BA); Associação apresentou sua atuação na área de compliance e reforçou a importância da integração entre todos os elos da cadeia

05 de Agosto de 2019

m um momento histórico onde a corrupção está diariamente na mídia, fomentar a discussão sobre a importância de programas de compliance dentro do complexo da saúde é indispensável. No dia 2 de agosto, a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) promoveu o Fórum Abramed de Compliance na Saúde. O encontro, realizado na  13ª Convenção Brasileira de Hospitais, reuniu importantes nomes do setor, e apresentou a atuação da Associação na promoção de políticas de ética e integridade, além de debater, a fundo, a relevância da integração entre todos os atores do segmento.

A abertura do fórum foi comandada pela diretora-executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins, que traçou um panorama do setor baseado nos dados publicados pelo Painel Abramed de 2018 (clique AQUI para fazer o download), e que mostram a grande representatividade da medicina diagnóstica dentro do complexo de saúde. A executiva aproveitou a oportunidade para lembrar aos participantes que a versão 2019 do estudo está sendo finalizada e será lançada ainda neste mês de agosto.

Na sequência, o encontro recebeu Matheus Leonel, coordenador do GT de Governança, Ética e Compliance da Abramed, que apresentou a Cartilha de Compliance (clique AQUI para baixar) e a agenda propositiva da Associação. Lembrando que a Abramed é uma entidade jovem – acaba de completar nove anos de atuação –, Leonel apontou como um marco a elaboração do código de conduta em 2017 e a criação de duas estruturas para manter o assunto em pauta: um comitê de ética, com o objetivo de aprovar as políticas e diretrizes de compliance no âmbito da associação, e um grupo de trabalho responsável por recomendar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento de ações que visem a disseminação, capacitação e treinamento sobre códigos, normas e questões éticas no setor de medicina diagnóstica.

“Essas ações surgiram para entendermos o que mais precisávamos fazer na busca por um setor com práticas adequadas e com integridade em suas atitudes”, relatou o coordenador enfatizando que é papel da entidade dedicar esforços para que todas as associadas, juntas, ampliem seu nível de conformidade, independentemente de seu porte ou localização geográfica.

Além disso, Leonel apontou a importância dessas discussões não se limitarem à medicina diagnóstica, sendo necessário romper a barreira do segmento para que os efeitos positivos atinjam o paciente final. “Precisamos ir além, pois esse trabalho não surtirá efeito se ficarmos discutindo estritamente dentro dos nossos limites. Devemos mobilizar novas vertentes”, finalizou.

Convidado pela Abramed para compor o time de especialistas do fórum, Carlos Eduardo Gouvêa, diretor-executivo do Instituto Ética Saúde (IES), apresentou a entidade, seus objetivos e metas, e reforçou que o setor carece de maturidade ética e transparência em suas relações. “Queremos promover melhores práticas por meio de mecanismos de auto-regulamentação. Visamos difundir e consolidar a cultura da honestidade, além de buscar e promover a concorrência justa e leal, ampliar o acesso à saúde e, ao mesmo tempo, reduzir desperdícios e desvios do sistema”, disse, enfatizando a tecnologia como aliada.

Até o momento, o Instituto recebeu 600 denúncias – que totalizaram 1.500 denunciados – sendo que as principais se referem à concessão de incentivos pessoais, prática lesiva à concorrência, pagamento de taxa de comissionamento vinculada a uso de material, relação entre médico e paciente, e doação de equipamentos para obtenção de vantagem indevida.

O diretor também aproveitou a oportunidade para detalhar o QualIES, programa que visa avaliar o nível de maturidade dos sistemas de integridade das empresas, e que está sendo analisado pela Controladoria-Geral da União (CGU) como atalho para a obtenção do selo Pró-Ética, que pretende conjugar esforços entre os setores público e privado para promover no país um ambiente corporativo mais íntegro, ético e transparente.

Debate – Como os diferentes atores podem contribuir na resolução de conflitos do setor?

Após as apresentações, o Fórum Abramed de Compliance na Saúde promoveu um debate bastante motivador sobre a importância da união dos players para a construção de um ambiente mais transparente e sustentável no país.

Mediada por Esther Flesch, da Flesch Advogados, a discussão recebeu, além de Gouvêa e Leonel, Claudia Cohn, presidente do Conselho de Administração da Abramed; José Guimarães, diretor-regional da Comissão Compliance do Instituto Brasileiro de Ética e Direito Empresarial (IBDEE); Luiz Aramicy Pinto, secretário-executivo da Federação Brasileira de Hospitais (FBH); e Renilson Rehem, presidente do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS).

Ao abrir a sessão, Esther reforçou a amplitude do tema. “Quando falamos em compliance, muitas pessoas pensam basicamente em corrupção, mas não vamos nos limitar a falar sobre isso”, disse ao apontar que o Brasil avançou nos últimos anos, e hoje está em uma fase muito mais madura nesta discussão.

A posição do brasileiro na luta contra a crise de ética também foi destacada pelos debatedores. Segundo Guimarães, há três décadas pouco se falava em compliance. “Hoje o Brasil é o segundo país da América Latina no ranking de combate à corrupção. Perde apenas para o Chile, nação onde o estado investe em integridade e contribui com a implementação de programas de conformidade”, relatou.

Para Rehem, esse aculturamento surgiu, inclusive, de forma bastante abrupta. “Vivemos um momento onde todos são culpados até que se prove o contrário quando, na verdade, deveria ser o inverso: todos são inocentes até que se prove que não. Mas isso faz parte do quadro que estamos vivendo e dessa velocidade em fazermos, em cinco anos, o que os Estados Unidos levaram 30 para fazer”, comentou. Para o especialista, essa fase é revolucionária. “É isso que nos levará a um país melhor”, finalizou.

Assumindo posição provocativa em sua mediação, Esther questionou os debatedores sobre como orientar médicos e profissionais de saúde a respeito das melhores práticas nas relações com todos os outros elementos da cadeia.

De forma bastante direta, Gouvêa pontuou que as entidades podem surgir como um norte às classes profissionais. “A partir do momento em que essas instituições representativas impõem condutas junto a seus associados, empresas, fabricantes, importadores e distribuidores, começam a trilhar um novo caminho e, então, o setor médico passa a buscar alternativas”, declarou.

Segundo Aramicy, muitos dos escândalos envolvendo setores de saúde que ganharam repercussão na última década serviram de lição para uma mudança radical e positiva. “Já passamos situações vergonhosas com médicos que utilizavam próteses que não eram necessárias. Mas isso é passado. Agora temos de incentivar os jovens que estão nos bancos das universidades e em breve serão inseridos no mercado de trabalho. Precisamos seguir essa linha para entrarmos em um ciclo de melhorias na sociedade brasileira”, pontuou.

Para Rehem, é impossível separar a figura do médico de todas as decisões do contexto da saúde. “Não podemos pensar em nenhuma mudança sem envolver os médicos”, declarou. Já Guimarães reforçou que conflitos de interesses são desafios diários, e que é preciso tato para abordagens deste tipo. “São processos longos que exigem persistência e percepção, além de empatia para capturar e valorizar esse médico. Essa valorização deve reforçar as qualidades em vez de apontar defeitos. É a cultura de integração”, afirmou.

Falando sobre a definição de protocolos para melhores práticas clínicas como um dos direcionamentos de programas de conformidade, Claudia enfatizou que isso é uma tendência que não precisará ser imposta. “Cada vez mais os médicos terão, à mão, ferramentas que indicarão os melhores caminhos. E tudo isso, leva a uma sequência de conhecimentos e empoderamento. Dentro do hospital, o médico é um grande defensor da saúde e o gestor, ao meu ver, deve auxiliá-lo a utilizar essas ferramentas. Temos todos que trabalhar juntos”, disse.

LGPD – O debate também abordou a relação de programas de compliance com a nova Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor em agosto de 2020. Para Claudia, a legislação é bem-vinda. “A saúde é aberta e temos que aprender que proteger os dados protege, também, pacientes e empresas. O grande ponto está relacionado ao prazo que temos para essa percepção. A Inglaterra levou sete anos aperfeiçoando uma lei deste porte e nós, no Brasil, queremos finalizar em um ano. Entendemos que é preciso estipular um prazo para que não ‘deixemos para amanhã’. Agora, com o prazo mais apertado, todos teremos de correr para amadurecer perante essa novidade”, encerrou.