Quantificar a resposta vacinal para a Covid-19 é o próximo passo no combate à pandemia

Identificar tipo e quantidade de anticorpos produzidos contra Covid-19 será eficiente estratégia para controle da pandemia

26 de janeiro de 2021

Os testes sorológicos convencionais usados para diagnosticar a Covid-19 ajudaram a traçar o perfil epidemiológico da doença no Brasil até agora. Porém, com o avanço da ciência e a evolução da pandemia, é necessária a utilização de testes quantitativos para SARS-CoV-2, que podem ser utilizados tanto para acompanhar a evolução de pacientes que tiveram uma infecção natural quanto para conferir se a resposta vacinal foi eficiente.

Em ambos os casos, é importante detectar a quantidade de anticorpos IgG direcionados ao domínio S1 da proteína Spike do vírus, onde está localizada a região RBD. Este é o principal sítio que permite a ligação do vírus na célula do hospedeiro, especificamente na região ACE2. Portanto, todo anticorpo direcionado para essa região provavelmente apresenta uma capacidade de neutralização maior.

“O kit diagnóstico anti-SARS-CoV-2 QuantiVac foi desenvolvido pelo método ELISA e usa um antígeno altamente específico, baseado no domínio S1 viral para quantificar os anticorpos da classe IgG, apresentando alta correlação com a detecção de anticorpos neutralizantes. Uma grande vantagem dos testes pelo método ELISA é que qualquer departamento de imunologia pode realizá-los, ao contrário da PRNT, padrão ouro para identificação de anticorpos neutralizantes que necessita de uma estrutura de biossegurança de nível 3, muito rara no Brasil”, explica Michel Soane, gerente de pesquisa e desenvolvimento do Eurohub, hub de geração e disseminação de conhecimento da EUROIMMUN Brasil.

Soane ressalta que estudos demonstraram que entre os indivíduos que positivaram em testes S-RBD, 86% possuíam anticorpos neutralizantes. Por outro lado, com os testes direcionados ao nucleocapsídeo, esse percentual foi de apenas 74% (McAndrews et al, 2020). Esses números demonstram a importância da quantificação dos anticorpos anti-S1. É fundamental destacar que nenhuma vacina possui eficácia de 100%, portanto, ser imunizado contra SARS-CoV-2 não garante que o indivíduo está totalmente protegido. Para confirmar, é necessária a realização do teste sorológico para a quantificação de anticorpos após tomar todas as doses recomendadas.

Presidente da Abramed fala ao Bom Dia SP sobre testes para Covid-19 no estado de São Paulo

O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Wilson Shcolnik, concedeu entrevista para o telejornal Bom Dia São Paulo na quinta-feira (21/01). A reportagem foi sobre os exames para diagnóstico da Covid-19 no estado de São Paulo.

Segundo levantamento realizado pela equipe de jornalismo da emissora Globo, a rede privada foi responsável por mais de 70% dos testes RT-PCR aplicados no estado entre março e novembro de 2020.

 Em entrevista, Shcolnik destacou que as empresas associadas à Abramed, que representam 56,4% do total de exames realizados na saúde suplementar, foram responsáveis pela realização de 7 milhões de testes para diagnóstico da Covid-19 no país durante o último ano.

Confira a matéria completa: http://bit.ly/2Nrbiji

CBR tem nova diretoria

A posse aconteceu em cerimônia on-line e será para o biênio 2021-2022

20 de janeiro de 2020

A nova Diretoria do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), biênio 2021-2022, agora presidida pelo Dr. Valdair Muglia, tomou posse essa semana, durante evento on-line que contou com a presença de diversos ex-presidentes, presidentes de sociedades estaduais e de instituições parceiras.

O Dr. Aldemir Humberto Soares, ex-presidente do CBR, iniciou a cerimônia destacando os desafios que vivemos atualmente, os quais fizeram com que o evento ocorresse de forma virtual. “Apesar das dificuldades, a pandemia incentivou um importante crescimento tecnológico necessário para a execução de atividades, que eram encaradas com naturalidade quando realizadas presencialmente. A radiologia sempre foi protagonista na aceitação e incorporação de tecnologia, assim, não poderia deixar de mostrar toda a sua capacidade realizando atividades on-line, como mostra o expressivo resultado do Congresso CBR20.”

Em seu discurso, o Dr. Alair Sarmet Santos, ex-presidente do biênio 2019-2020, reforçou os agradecimentos, destacando os principais desafios e aprendizados da sua gestão. “Antes de mais nada, agradeço a Deus e à minha família o apoio para que eu tivesse a oportunidade de prestar esse serviço ao CBR. Agradeço também a cada membro da nossa diretoria que esteve do meu lado, me orientou, me ajudou em todos os momentos.” O médico reforçou ainda os seus agradecimentos ao Conselho Consultivo, aos colaboradores e parceiros do CBR durante a sua gestão, especificamente, no ano de 2020, que foi desafiador e de muitas dificuldades em razão da pandemia da Covid-19.

O novo presidente do CBR, Dr. Valdair Muglia, enfatizou no seu discurso os agradecimentos aos colegas que estarão com ele nos próximos dois anos pela confiança depositada. Além disso, destacou os esforços que a instituição vem fazendo ao longo dos anos para cada vez mais atender e apoiar o seu maior patrimônio, que são os seus associados.

“É claro que a nossa tarefa é continuar o que já vem sendo feito, promovendo as ações necessárias, e que tenhamos como perspectiva atender a cada membro, cada associado, de maneira muito específica, para que ele se sinta acolhido em todas as suas demandas. Gostaria de reiterar uma visão que não é só minha: o maior patrimônio do CBR são os seus membros. Para continuar o que vem sendo feito, daremos seguimento, nestes próximos dois anos, a todo esse trabalho em prol da radiologia brasileira, que legitimamente é representada pelo colégio. De uma perspectiva pessoal, eu gostaria que fosse possível transpor para as instituições o ensinamento de um grande médico de almas, que diz que aquele que olha para dentro cresce. Espero que isto também sirva para esse processo do CBR: olhar para dentro para poder despertar e crescer”, finalizou.

Mantida a isenção de ICMS para equipamentos e insumos da saúde no estado de São Paulo

Liminar pleiteada pela Abramed teve parecer favorável em 13 de janeiro

20 de janeiro de 2021

Com o pacote de ajuste fiscal do Estado de São Paulo, que envolvia os decretos nº 65.254/2020 e nº 65.255/2020, o setor de saúde sofreria a revogação da isenção do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) que, prevista no Convênio 01/99, beneficiava a aquisição de medicamentos, insumos e equipamentos médico-hospitalares. Porém, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), bem como outras entidades representativas do segmento, conseguiu, em 13 de janeiro, decisão judicial favorável para afastar essa revogação.

A liminar, assinada pela juíza Laís Helena Bresser Lang, da 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, reforça que “a respectiva revogação, via decreto, é ilícita e causa ainda prejuízo direto à população pela consequente e provável oneração dos serviços de saúde prestados”. A alegação da magistrada é de que essa modificação cabe à lei complementar, visto que o ICMS é um tributo de natureza remuneratória.

“Conseguimos a liminar favorável e os associados à Abramed seguem com isenção do tributo para a compra de produtos diversos como chapas e filmes para raio-X, drenos para sucção, cateteres e eletrodos”, pontua Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed. O executivo reforça, no entanto, que a lista completa de produtos beneficiados infelizmente não contempla insumos laboratoriais.

A Abramed requereu o aditamento da decisão judicial, no último dia 15 de janeiro, e os fornecedores foram abrangidos pela liminar e devem manter a isenção de ICMS nas operações com destino aos associados da Abramed.

Diante desse cenário, a Associação sugere às empresas de medicina diagnóstica que comuniquem seus fornecedores para negociar a aplicação da isenção de ICMS nas compras dos produtos e insumos listados pela legislação. Clique AQUI para acessar a lista completa dos itens que seguem com isenção.

Abramed tem nova diretora-executiva

Milva Pagano é advogada e assumiu o cargo em 18 de janeiro

19 de janeiro de 2021

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) tem uma nova diretora-executiva. Profissional com vasta experiência no segmento da saúde, Milva Pagano é advogada e tem MBA em direito da economia e da empresa pela Fundação Getúlio Vargas.

Com destacado perfil de liderança, Milva reúne as características ideais para a posição por ter atuado com reestruturação organizacional e institucional e por sua vivência significativa no segmento de gestão de saúde, inclusive no âmbito da saúde suplementar.

“Minha trajetória no complexo segmento de gestão da saúde suplementar e corporativa e minha atuação junto às associações fortaleceram meu olhar para a construção social. Acredito que, na Abramed, poderei agregar valor aos desafios da medicina diagnóstica, um importante elo do ecossistema da saúde”, pontua.

Com expertise na área de consultoria, Milva também auxiliou a construção de experiências oferecendo apoio às ações estratégicas devido à sua habilidade de converter dados em inteligência. Além disso, a executiva construiu bons caminhos de contato com públicos estratégicos, poder executivo, órgãos de proteção e defesa do consumidor e, também, com a imprensa, característica indispensável a quem está na direção de uma entidade como a Abramed.

Idealizadora, coordenadora e coautora do livro “Boas práticas de gestão em saúde corporativa”, lançado com a Editora Leader, Milva coordena o curso de extensão em Gestão de Saúde Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e já assumiu desafios diversos presidindo, ao longo de sua jornada, entidades como a Associação Brasileira dos Profissionais de Recursos Humanos (ABPRH) e a Aliança para Saúde Populacional (ASAP).

Consolidando nossa evolução

Assinado por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, artigo destaca desenvolvimento da medicina diagnóstica

15 de janeiro de 2021

*Por Wilson Shcolnik

Qual o limite da nossa evolução? Na medicina diagnóstica, a pandemia de COVID-19 veio para mostrar que não há um ponto final quando o assunto é o desenvolvimento de novas tecnologias e novas formas de atendimento para otimizar testes e exames indispensáveis à saúde humana e às necessidades de isolamento e distanciamento social recomendadas pelas autoridades sanitárias.

Quando o novo coronavírus começou a se disseminar rapidamente pelo mundo, nosso segmento assumiu posição de protagonista. Precisávamos de uma quantidade suficiente de kits para detectar os infectados e, assim, tentar conter a transmissão desse patógeno que há um ano aflige o globo. Cumprimos essa etapa e seguimos contribuindo. Vencemos as barreiras que uma crise dessa proporção nos impôs, a indústria aumentou a produção dos insumos necessários e os especialistas mergulharam na necessidade de desenvolver novas metodologias tanto no âmbito laboratorial quanto em novas aplicações para o diagnóstico por imagem.

Além do teste molecular RT-PCR, considerado padrão ouro para esse diagnóstico, aqui no Brasil os laboratórios privados rapidamente passaram a oferecer alternativas como o teste por proteômica, que detecta a proteína do novo coronavírus em amostras nasofaríngeas; o RT-LAMP, capaz de identificar material genético do vírus em amostras de saliva; e o sequenciamento genético de nova geração.

Importante lembrar, também, dos testes sorológicos. Diferentemente dos testes rápidos, quando realizados em ambientes controlados dos laboratórios, são bastante confiáveis para identificar anticorpos e, assim, auxiliar no diagnóstico tardio e em inquéritos epidemiológicos. Esses exames, inclusive, serão muito importantes agora nessa nova fase da pandemia, quando as populações começam a ser vacinadas. Para isso, os laboratórios já estão se preparando para oferecer a pesquisa de anticorpos neutralizantes. O exame consegue comprovar a eficácia do imunizante.

O suporte do segmento de imagem para a comprovação do diagnóstico de COVID-19 também foi muito relevante. Projetos de automatização auxiliaram as equipes quanto aos principais achados tomográficos originados da infecção pelo novo coronavírus – como as opacidades em vidro fosco – e há estudos internacionais sugerindo a utilização da ultrassonografia point-of-care (PoCUS) para análise de aspectos respiratórios, cardiovasculares e tromboembólicos da COVID-19 como alternativa eficiente a outros exames de imagem. Com todo esse empenho, hoje a demanda mundial pelo melhor diagnóstico e monitoramento de pacientes com a COVID-19 está sendo plenamente atendida.

É inegável que a pandemia acendeu um holofote ainda maior sobre nossas atividades. Mas importante frisar que o setor não se debruçou unicamente sobre a COVID-19. Todos os segmentos seguiram seus cursos evolutivos trazendo possibilidades fantásticas para o nosso futuro.

Entre esses avanços, podemos destacar a genômica que evolui de forma impressionante desde o Projeto Genoma Humano, iniciado no começo da década de 1990 e que contribuiu para a redução dos custos para realização desses exames. Essas conquistas possibilitaram a ampliação do acesso para que cada vez mais gente tenha a oportunidade de realizar testes capazes de detectar doenças raras antecipadamente e direcionar tratamentos mais assertivos, entre eles as terapias genéticas personalizadas e extremamente eficientes.

Na outra ponta da cadeia está o paciente, que também se mostra interessado em tecnologias focadas em otimizar seus cuidados com a saúde. Os smartwatches, capazes de fazer eletrocardiogramas (ECG), registrando o tempo e a intensidade dos sinais elétricos das batidas do coração, já estão sendo popularizados e provam que muitas pessoas querem aderir a dispositivos vestíveis para monitoramentos diversos. É o diagnóstico chegando à casa das pessoas por meio da integração da tecnologia e do conhecimento. Tudo isso nos traz esperança e a certeza de que ainda podemos vislumbrar evoluções incríveis para os próximos anos.

* Wilson Shcolnik é presidente do Conselho de Administração da Abramed

“A saúde não pode pagar essa conta” – Campanha apresenta os impactos da Reforma Tributária no setor de saúde brasileiro

Entidades se unem para alertar população dos prejuízos que virão com a aprovação da proposta que tramita no Congresso Nacional

15 de janeiro de 2021

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) segue atuante nas questões relativas à Reforma Tributária, buscando divulgar tanto para decisores quanto para a população geral, quais os impactos que uma reforma míope pode gerar para o setor de saúde. Para isso, uniu-se a outras entidades representativas do segmento e investiu na idealização da campanha “A saúde não pode pagar essa conta”.

Com o slogan “Reforma Tributária, Sim. Aumentar os impostos da Saúde, Não”, a ação traz luz para as mazelas que podem afligir o país caso seja aprovada a proposta que segue correndo no Congresso Nacional. Assinam a campanha, além da própria Abramed, a Associação Paulista de Medicina (APM), a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (Sindhosp).

“Para nós tornou-se indispensável conscientizar todos os brasileiros e sensibilizar os parlamentares e membros do executivo sobre os prejuízos que a saúde nacional sofrerá com a Reforma Tributária que está sendo proposta”, declara Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, enfatizando que a entidade é a favor de uma reforma tributária que enxergue a essencialidade de setores como saúde e educação aplicando cenários de neutralidade para garantir essas atividades.

No âmbito da medicina diagnóstica, com R$ 3,6 bilhões de impostos a mais no ano, laboratórios e clínicas de imagem preveem que os preços ao consumidor final podem aumentar até 10%. “Todos serão impactados negativamente e precisamos evitar que um setor essencial como a saúde sofra dessa maneira, principalmente após um ano tão difícil como o de 2020”, complementa o presidente relembrando que ainda vivenciamos a pandemia de COVID-19.

Os prejuízos seguem avançando em outras vertentes. “Os planos de saúde, que já estão sofrendo reajustes consideráveis, ficarão ainda mais inacessíveis, levando milhares de pessoas para o já sobrecarregado sistema público. Isso sem falar na queda de investimentos, que nos tornará ainda mais dependentes de tecnologias importadas”, diz Shcolnik.

A CNSaúde tem a mesma percepção de que uma reforma se faz necessária, desde que garanta neutralidade para os impactos que trará para o segmento. “Saúde é um serviço essencial, de relevância pública e, por isso, defendemos uma reforma que não aumente a nossa carga tributária. Caso contrário, os consumidores finais – o paciente e a sociedade como um todo –, sofrerão as consequências”, detalha Breno Monteiro, presidente da Confederação.

Outro segmento que está receoso com a aprovação da reforma é o hospitalar. Para Francisco Balestrin, presidente Sindhosp, o Brasil está indo na contramão do que é visto mundo afora. “Países como Portugal, Suécia, Uruguai, Inglaterra, Suíça e Canadá aplicam uma carga tributária baixa para tornar a saúde mais acessível à população”, menciona. Para o executivo, a campanha surge no momento ideal para que todos consigam visualizar os impactos sobre um setor tão vital inclusive para o desenvolvimento econômico do país.

Na visão da FBH, é preciso fortalecer o bem coletivo, que envolve o acesso à saúde, mas também a empregabilidade e uma economia mais saudável. “A saúde é essencial e estratégica, além de ser um dos setores que mais pagam impostos, gerando emprego e renda. A reforma que está sendo proposta coloca em risco o funcionamento de centenas de estabelecimentos de saúde. Estamos falando sobre perder hospitais e sobre desemprego. É importante que a população brasileira tome ciência da real situação e se envolva no debate”, esclarece o presidente da Federação, Adelvânio Francisco Morato.

Representando a classe médica, Marun Davi Curi, diretor de Defesa Profissional da APM, reforça que a Associação também contesta a reforma tributária nos moldes em que se apresenta e que é fundamental explicar, também para os profissionais da saúde, os impactos desse projeto. “É importante que o médico se una aos outros segmentos, visto que ele também integra a sociedade como um elemento que consome e que é consumido. Assim, é preciso que esses profissionais estejam integrados a esses movimentos para que possam lutar pelos seus direitos. Quem trabalha com tanto afinco o ano inteiro não pode ser penalizado por uma carga tributária elevada”, finaliza.

A campanha pode ser vista e acompanhada nas redes sociais das entidades participantes. Entre as abordagens apresentadas na ação estão frases de impacto como “Se aumentarem os impostos da saúde os exames em laboratórios ficarão mais caros”; “Mais impostos da saúde aumentariam a fila dos hospitais públicos”; “Aumentar os impostos da saúde vai gerar desemprego”, entre outros. Além disso, conta também com um vídeo que traz os principais destaques desse pleito e já tem mais de 30 mil visualizações somente no canal da Abramed no YouTube (clique AQUI para assistir).

Canal de Denúncias é importante ferramenta de gestão e compliance

Ação é fundamental para o fortalecimento de uma cultura ética e transparente nas organizações

14 de janeiro de 2021

O Canal de Denúncias no setor da saúde é uma das ferramentas essenciais para o fortalecimento de uma cultura ética e transparente na gestão, no relacionamento com pacientes, funcionários, médicos, indústria, governo, operadoras de planos de saúde e demais stakeholders.

Por meio desse instrumento de gestão, é possível que as instituições de saúde sejam comunicadas sobre eventuais irregularidades, fraude, corrupção, vazamento de informações, condutas inadequadas, conflito de interesse e possam adotar as medidas corretivas necessárias.

Nesse sentido, o Canal de Denúncias funciona como um dos principais meios de detecção de violações às leis, políticas e normas internas, assim como de prevenção, pois permite, depois de investigada e confirmada eventual procedência da denúncia, que a instituição adote ações corretivas e mitigatórias, aprimore controles e implemente outras medidas preventivas, como, por exemplo, a elaboração de novas políticas, treinamentos e comunicação.

“Por meio da denúncia, é possível encontrar os problemas na fonte, nomeando os envolvidos e conseguindo sanar a questão antes de gerar prejuízos graves para o negócio”, comenta Ana Luísa Bernardes de Sousa Broch Pinheiro, coordenadora de Compliance do Hospital Sírio-Libanês (HSL) e membro do Comitê de Governança, Ética e Compliance (GEC) da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

A presença de um canal de denúncias na empresa traz uma série de vantagens, como a melhoria da gestão de conflitos; aumento da confiança dos colaboradores e outras partes que se relacionam com a instituição; auxilia no fortalecimento de uma cultura mais ética; possibilita a tratativa de várias questões internamente, evitando possível vazamento; prevenção contra crises de imagem; adoção de medidas disciplinares, demostrando que a instituição não tolera descumprimento de suas normas internas e leis; redução de prejuízos gerados com possíveis fraudes e atos ilícitos; minimiza ou até mesmo evita discussões judiciais que possam acarretar multas e outras sanções, alinha a organização com as políticas de compliance e com a Lei Anticorrupção (lei nº 12.846/2013); possibilita a redução de multas e sanções; entre outros benefícios.

Também um pilar fundamental para a efetividade de programas de integridade em instituições de qualquer porte ou localização, o Canal de Denúncias é, segundo Ana Luísa, um instrumento essencial à governança das organizações, não só na manutenção da transparência como ainda na diminuição de riscos. “Em tempos de Covid-19, por exemplo, essa ferramenta tem sido um importante aliado das instituições de saúde no que tange ao monitoramento, controle e mitigação de riscos atrelados aos novos desafios impostos pela pandemia e na tomada de decisões para o enfrentamento desse momento de crise”, explica.

Além disso, é importante ter em mente que ao estabelecer um Canal de Denúncia, a instituição de saúde não está criando simplesmente uma ferramenta de coleta de dúvidas, queixas e reclamações, ou um mecanismo para estar em conformidade com as leis e diretrizes de compliance. “Trata-se da adoção de uma posição estratégica que a organização decide carregar consigo, à medida que fortalece a disseminação da cultura de integridade e reforça a transparência e sustentabilidade de seu negócio”, destaca a especialista.  

Confiança e efetividade

A coordenadora de Compliance do HSL menciona que algumas ações são fundamentais para que as instituições lancem seus canais de denúncias. Entre os tópicos listados pela especialista está a comunicação eficiente, que é indispensável para que essa ferramenta de gestão seja vista como uma boa iniciativa. “Auxilia, também, no reforço do profissionalismo do canal e de que todas as denúncias serão apuradas, sempre filtrando àquelas inconsistentes, incompletas ou que sirvam apenas para prejudicar gestores, colegas de trabalho e/ou terceiros”, complementa.

Com o aumento da integração das cadeias de suprimentos, maior interdependência de fornecedores, terceirizados e parceiros, além do uso intensivo de tecnologia nos negócios, a empresa deve avaliar a necessidade de adotar diferentes meios para facilitar o recebimento das denúncias, como telefone, site, endereço de e-mail etc. É importante também que os canais de denúncias sejam acessíveis a terceiros e ao público externo (fornecedores, clientes e parceiros).

Para garantir a efetividade da ferramenta de gestão, é necessário que a instituição preveja regras de confidencialidade para assegurar o anonimato ao denunciante que não deseja se identificar, bem como a proibição de retaliação, prevista em política interna ou no próprio Código de Conduta, e que o Canal de Denúncias seja independente dos domínios internos das organizações. Essas ações são essenciais para a conquista da confiança daqueles que tenham algo a reportar. Além disso, segundo Ana Luísa, é desejável que a organização tenha meios para que quem fez a denúncia possa acompanhar seu andamento, por meio de protocolo, por exemplo, para conferir transparência ao processo e maior credibilidade aos procedimentos. “O objetivo do Canal de Denúncias deve ser garantir que as melhores práticas sejam respeitadas, que as irregularidades sejam apuradas e que haja a adoção de medidas adequadas para cada caso”, finaliza.

Abramed aborda múltiplos assuntos setoriais em webinars no último bimestre de 2020

Entre os temas debatidos estão reforma tributária, pandemia de COVID-19 e telediagnóstico

12 de janeiro de 2021

Com a disseminação mundial do novo coronavírus e as rígidas recomendações globais para distanciamento social, os eventos presenciais foram bloqueados e muitas atividades passaram a ser realizadas virtualmente. Ao longo de 2020, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) esteve presente em dezenas de debates on-line para tratar sobre inúmeros assuntos inerentes ao setor de diagnóstico.

Nos meses de novembro e dezembro, a entidade marcou presença em quatro discussões virtuais sobre assuntos de grande relevância para o atual cenário nacional. As conversas envolveram desde apontamentos sobre os impactos da reforma tributária até as benesses do telediagnóstico e a utilização da tecnologia para melhor manejo da pandemia de COVID-19. Confira as coberturas completas:

Gigantes da saúde, corrupção e o papel das associações são temas de debate virtual
Wilson Shcolnik participou de encontro no FHCB 2020 e enfatizou o empoderamento da Abramed no diálogo setorial [Leia mais]

Representante do Ministério da Economia dialoga com executivos da saúde sobre ‘Projeto Custo Brasil’
Reforma tributária foi tema de webinar com participação de Lídia Abdalla, membro do Conselho de Administração da Abramed [Leia mais]

Saúde 4.0 – Com ampla geração de dados, medicina diagnóstica depende de tecnologia
Debate virtual promovido pelo Sebrae-PB também abordou os aprendizados da pandemia [Leia mais]

Painel Abramed no Global Summit apresenta as benesses do telediagnóstico
Com o tema ‘O telediagnóstico dentro do ciclo de cuidados’, encontro virtual trouxe casos de sucesso e dados que validam a necessidade da telessaúde [Leia mais]

Após vencer meses de pandemia com crescimento e sem demissões, IACS encara novos desafios para expansão

Confira a entrevista com Arthur Ferreira, diretor-executivo do Instituto de Análises Clínicas de Santos

08 de janeiro de 2021

Diante de uma crise de grandes proporções gerada pela disseminação do novo coronavírus, a prioridade do Instituto de Análises Clínicas de Santos (IACS) sempre foi preservar seu capital humano e trabalhar pela sustentabilidade dos negócios. Para isso, lideranças de todas as 14 unidades da rede se uniram em um comitê de crise focado em respostas estratégicas. Após muitas mudanças ao longo dos últimos meses, o IACS está fortalecido com atendimento 20% superior ao anotado na pré-pandemia.

Para entender como a empresa está vencendo as mazelas da COVID-19 e quais os desafios que vislumbra para o futuro, a Abramed em Foco conversa com o diretor-executivo, Arthur Ferreira, que detalha as ações adotadas pela companhia nos últimos dez meses e abre as expectativas para o primeiro semestre de 2021.

Confira a entrevista completa!

Abramed em Foco – O ano de 2020 foi atípico. A pandemia de COVID-19 impactou drasticamente todos os setores e exigiu, da medicina diagnóstica, mudanças rápidas e drásticas para a manutenção dos serviços. Como o IACS reagiu às necessidades geradas pelo novo coronavírus?

Arthur Ferreira – Em meados de março nos deparamos com a necessidade urgente de uma tomada de ação estratégica. Quando os serviços começaram a fechar, tentamos nos preparar para enfrentar tudo isso. Reunimos as lideranças estratégicas e táticas das nossas 14 unidades em um comitê de crise que apontou, como prioridades, a proteção de todo o nosso capital humano e a sustentabilidade da nossa rede.

Abramed em Foco – E quais foram as principais medidas desse plano estratégico?

Arthur Ferreira – A primeira atitude foi afastar todos os nossos colaboradores do grupo de risco. Era fundamental, na nossa visão, preservar a saúde do nosso pessoal. Física e mental. Para isso, criamos programas de monitorização dos colaboradores infectados e investimos na contratação de apoio psicológico para todos os profissionais afastados, deixando o atendimento à disposição de quem necessitasse. Assim, conseguimos manter todo nosso corpo de trabalho. Não aderimos a nenhum programa de demissão ou redução de salários. Paralelamente, fechamos 10 das nossas 14 unidades pois sabíamos que, em um primeiro momento, teríamos uma debandada de pacientes. A partir daí, foram tomadas atitudes estratégicas para gestão dos estoques pela maior aquisição de insumos como álcool em gel, luvas e seringas – pois fatalmente haveria uma supervalorização desses produtos e possível escassez; alterações de infraestrutura para instalação de proteção em acrílico nos guichês e implementação de EPIs como o face shield para os profissionais responsáveis pelo atendimento no front; e a corrida para aquisição dos kits de testes para diagnóstico da COVID-19.

Abramed em Foco – Essa disputa pelos kits foi uma das demandas mais estratégicas dentro do IACS?

Arthur Ferreira – Talvez tenha sido a tarefa mais árdua que enfrentamos, pois essa ação não se limitava à compra dos kits. Era necessário cuidar da qualidade desses kits. Para isso foi criado um braço no nosso comitê de crise que se responsabilizou pela aquisição. No começo da pandemia vimos até mesmo fornecedores que antes não comercializavam reagentes vendendo testes rápidos sem comprovação de eficácia. E a posição do IACS foi de não adotar testes rápidos de anticorpos devido à incerteza de resultados confiáveis. Nunca colocamos nossa credibilidade em jogo e fazer essa aposta não era interessante nem para nós nem para a segurança dos pacientes. Portanto optamos por testes já consagrados. Como já contávamos com um setor de biologia molecular, passamos a fazer o RT-PCR [padrão ouro para diagnóstico da COVID-19] dentro de um protocolo validado pelo Instituto Adolfo Lutz que não exigia a contraprova, o que nos deu força e agilidade na entrega dos laudos.

Abramed em Foco – O IACS também ampliou a forma de atendimento para garantir acesso seguro aos pacientes?

Arthur Ferreira – Aos poucos fomos adequando nosso atendimento. Precisávamos encontrar um caminho para chegar até as pessoas, então montamos um centro avançado para coleta de exames de COVID-19 fora das nossas unidades, em sistema drive-thru, permitindo aos pacientes a realização do teste sem risco de contaminação. Além disso, melhoramos e ampliamos nossa coleta domiciliar que cresceu 200%.

Abramed em Foco – Acredita que essas modalidades de atendimento vieram para ficar?

Arthur Ferreira – A médio prazo, nossa expectativa é de que o volume por esse atendimento permaneça o mesmo. Considerando que uma imunidade pela vacina deve começar entre março e abril, pelo menos nos próximos seis meses devemos manter o ritmo atual. Creio que depois, no segundo semestre, o ritmo deve diminuir, mas não voltará ao basal do ano de 2019. Ainda permaneceremos com um volume aumentado de coleta domiciliar, tanto para os exames de COVID-19 quanto para outros testes, visto que muitas pessoas “descobriram” esta comodidade.

Abramed em Foco – As unidades fechadas já foram reabertas? Quais os novos desafios do IACS a partir de agora?

Arthur Ferreira – Fomos reabrindo nossas unidades de acordo com a demanda. Estamos presentes em seis cidades do litoral paulista. Quando víamos que os pacientes de uma cidade estavam buscando atendimento em unidades de outros municípios, começamos a reabrir nossa rede. Dessa forma, em 15 semanas estávamos com todas as nossas unidades funcionando novamente. Dentro desse cenário, percebemos que em pouco mais de três meses conseguimos contornar a queda de movimento que ocorreu em função do novo coronavírus. Hoje, então, já estamos trabalhando com um número de pacientes que supera em 20% o ritmo pré-pandemia. Notamos que as pessoas, além de terem tido sua atenção despertada para o auto cuidado, tiveram de retomar seus exames que estavam represados.

Infelizmente o planejamento de 2020 não pode ser plenamente executado. Mas mesmo diante de uma situação totalmente adversa, pensamos estrategicamente e positivamente para agir. Esse foi nosso intuito dentro da pandemia. Agora miramos, claro, na COVID-19, mas não deixamos de lado os outros braços do IACS. Assim, pretendemos expandir nossos setores de cardiologia e de diagnóstico por imagem, bem como investir na medicina ocupacional. Temos metas arrojadas para 2021.

Abramed em Foco – Evolução e inovação são termos que comandam o setor de medicina diagnóstica. O que, na sua opinião, balizará as demandas do futuro nesse segmento?

Arthur Ferreira – Acredito no poder da comunicação como ferramenta para incentivar o autocuidado. Mensagens que levem a população a melhorar seu estilo de vida, não com foco em comercialização de saúde, mas com o intuito do fortalecimento da prevenção. Para isso, teremos de encarar o desafio do tratamento de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigor e interfere diretamente nessa abordagem. Acho que essa será nossa grande balança: como tratar os dados, investir em comunicação sem ferir a privacidade dos pacientes.

Abramed em Foco – Como enxerga a atuação da Abramed e o que espera da entidade para esse ano desafiador?

Arthur Ferreira – Somos caçulas dentro da Abramed, pois nos associamos recentemente, porém acompanhamos a atividade da entidade há bastante tempo, participando, inclusive, de reuniões como convidados. E nos associamos justamente por conta do trabalho exemplar que a Associação vem fazendo junto aos órgãos reguladores da saúde, especialmente junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além claro, de engrossar o grupo bastante qualificado dos maiores players do mercado. Vemos, também, como essencial, o envolvimento dos comitês técnicos e dos grupos de trabalho nos nossos principais pleitos setoriais, atividades que agregam muito valor tanto ao nosso trabalho regional quanto à medicina diagnóstica nacional. Contar com o suporte de uma entidade que direciona tantas ações pertinentes é uma boa oportunidade para todos nós.