Abramed prestigia Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo

Reconhecimento é destinado a jornalistas de todo o país que se dedicam a aumentar a qualidade dos serviços de saúde

28 de Novembro de 2018

Uma noite regada de boa música e um grande encontro de líderes do setor saúde do Brasil, além de senadores, deputados e grandes jornalistas. A pauta para a ocasião foi ainda mais especial. O momento foi para coroar os comunicadores de todo o país que venceram a 4ª edição do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo. A premiação é um reconhecimento da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), com patrocínio da HapVida, destinado a jornalistas de todo o país que se dedicam a aumentar a qualidade dos serviços de saúde. A solenidade aconteceu na terça-feira, dia 27 de novembro, no Espaço Unique, em Brasília – DF. A diretora executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins, prestigiou o evento.

O Prêmio Synapsis foi criado em 2015 e vem conquistando cada vez mais visibilidade. “Essa premiação nasceu com o propósito de estender o debate sobre a saúde e reconhecer, valorizar e difundir trabalhos inéditos de jornalismo”, explicou o presidente da FBH, Aramicy Pinto. A 4ª edição contou com mais de 200 trabalhos inscritos, mas apenas quatro jornalistas de cada categoria – Impresso, Internet, Tv e Rádio – foram escolhidos por apontarem as melhores reflexões, soluções e referências que possam ser aplicadas na melhoria do setor.

A cada edição, três jurados da área de comunicação realizam o julgamento dos trabalhos inscritos. Neste ano de 2018, participaram do processo de seleção dos jornalistas vencedores, o professor e pesquisador do curso de Jornalismo da Universidade de Brasília (UnB), Solano Nascimento; a repórter da Rádio CBN e editora chefe da Revista Evoke, Basilia Rodrigues; e a produtora executiva da Tv Câmara em Brasília, Gabriela Pantazopoulos. Após a análise minuciosa de cada reportagem, obedecendo os critérios de avaliação do regulamento, a comissão julgadora participou do ‘Dia dos Jurados’, realizado na FBH, no dia 10 de novembro, e, juntos, definiram os vencedores do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo.

Para Basilia, a experiência de ser jurada do Prêmio Synapsis foi única e gratificante. “Algumas reportagens realmente me emocionaram, outras me fizeram refletir sobre temas novos da saúde, fugindo daquele factual, do imediatismo. Eu notei que vários jornalistas buscaram fontes interessantes, personagens novos para contar histórias para os seus leitores, seus ouvintes, e seus telespectadores. Até mesmo na abordagem de temas comuns na área da saúde, vários inscritos buscaram dar enfoques diferenciados nas suas matérias para poder ganhar essa premiação, que é super importante e está aí para incentivar a produção de conteúdo novo, original, imparcial, seja para tratar dos pontos positivos, como também nas questões negativas da área da saúde”, relatou.

Os jornalistas que se destacaram e venceram o prêmio de 2018 foram: na categoria Impresso, a jornalista Mônica Manir (Rio de Janeiro), da revista Piauí; na categoria Internet, Nayara Felizardo (Piauí), do site The Intercept Brasil; na categoria TV, Suzana Guimarães (Brasília), da Tv Brasil; e na categoria Rádio, José Renato Ribeiro (Rio Grande do Sul), da Rádio Santa Cruz. Os finalistas foram reconhecidos nacionalmente e levaram como premiação um cheque no valor de R$ 10 mil.

Reportagens

Durante a solenidade, a primeira categoria a ser premiada foi a de TV. A reportagem vencedora foi ‘Cicatrizes da Tristeza’, do programa Caminhos da Reportagem da TV Brasil, de Brasília. A matéria abordou a automutilação, tratando a temática com bastante responsabilidade, ouvindo profissionais da área de saúde, pessoas que se automutilam ou já se automutilaram, familiares, psiquiatras, psicólogos, professores e pedagogos. A equipe de reportagem visitou escolas públicas em Recife, Pernambuco, estado em que, segundo pesquisas acadêmicas, a automutilação tem se tornado cada vez mais comum.

De acordo com Suzana Guimarães, o assunto abordado tem um tema delicado, importante e sério. “O tema foi escolhido para que esse assunto venha à tona e seja mais debatido entre educadores, pais, familiares e também pela mídia. Fiquei feliz por nosso trabalho ter sido reconhecido. Essa valorização nos mostra quantos assuntos sobre a Saúde merecem ser debatidos e ampliados cada vez mais. Eu acho muito relevante os meios de comunicação abordarem temas sensíveis com mais amplitude, para que as pessoas identifiquem os problemas, saibam do acesso a questões de saúde. Eu acho que esse prêmio, além de valorizar a mídia, nos incentiva mesmo a produzir mais conteúdo para que a gente leve o conhecimento a sociedade”, afirmou a vencedora da categoria TV.

A reportagem vencedora da categoria Impresso foi ‘Dançando no Escuro’, da Revista Piauí. A matéria conta o drama dos que convivem com o Huntington, doença degenerativa, hereditária e incurável. A repórter Mônica Manir foi a Ervália, em Minas Gerais, um dos enclaves dessa enfermidade, e ao Vaticano, onde o papa Francisco recebeu pacientes, familiares e profissionais que lidam com a doença. “Há muitas dificuldades para fazer esse tipo de cobertura de saúde no Brasil. É uma área muito delicada, muito vulnerável. Acredito que o Prêmio Synapsis foi fundamental, trazendo ainda mais motivação”, declarou.

‘A cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu’ é o tema da matéria do site de notícias The Intercept Brasil, vencedora na categoria Internet. A reportagem destaca como, no interior do Piauí, uma pacata cidade enriquece à base de glifosato e soja. O dinheiro chega para os fazendeiros e a população fica com as doenças. Para a autora Nayara Felizardo, escrever sobre esse assunto foi emocionante e, ainda mais comovente foi saber que foi reconhecido nacionalmente por uma entidade tão importante para a saúde do Brasil.

“O que eu acho mais importante destacar é saber a tamanha importância que a Federação Brasileira de Hospitais tem no setor saúde do país. E, quando ela propõe prêmios como esse voltado para jornalistas, ela se responsabiliza, se solidariza com a pauta. É uma força a mais para que todos enxerguem um problema que trazemos nas matérias que, até então, pouca gente estava olhando. Eu acho todos os assuntos ligados a área da saúde são muito sensíveis, muito importantes, então saber que existem prêmios como esse, estimulam a gente a buscar fazer com que a pauta seja ainda melhor”, disse Nayara.

Já na categoria Rádio, a reportagem vencedora é ‘Comércio de rins’, da Rádio Santa Cruz, do Rio Grande do Sul. “Mostrei um esquema que comercializa ilegalmente órgãos humanos. Por causa dessa matéria que fui reconhecido no Prêmio Synapsis, eu acabei atentando em fazer matérias mais contextualizadas, mergulhar nos fatos e fazer o melhor possível. Com certeza esse foi um prêmio que vai me ajudar bastante a aperfeiçoar ainda mais as minhas pautas daqui pra frente”, comentou José Renato Ribeiro.

Para finalizar a solenidade de premiação, o presidente da FBH destacou o prestígio que o Prêmio Synapsis alcançou nestes últimos quatro anos e agradeceu a participação de todos os inscritos que contribuíram para o aperfeiçoamento do debate propositivo sobre o sistema de saúde brasileiro. “Nesta edição foram 211 jornalistas que se inscreveram. Estamos, mais uma vez, felizes com o resultado. É um reconhecimento a uma categoria que nós passamos a admirar mais ainda depois que passamos a premiar. Um agradecimento especial aos jurados que fizeram o julgamento dos trabalhos de maneira exemplar, com toda a competência e lisura que a organização exige”, concluiu Aramicy Pinto.

Abramed se posiciona sobre revisão da RDC 25/2001 junto à Anvisa

Agência realizou Diálogo com a Sociedade e o Setor Regulado para ouvir as demandas referentes à legislação

27 de Novembro de 2018

No dia 26 de novembro a Anvisa realizou, em sua sede em Brasília (DF), o Diálogo com a Sociedade e o Setor Regulado para debater as principais questões que levam à uma necessidade de revisão da Resolução da Diretoria Colegiada RDC 25/2001 que trata especificamente da importação, comercialização e doação de produtos para saúde usados e recondicionados. Representada por Teresa Gutierrez, do Machado Nunes Advogados, a Abramed manifestou seu posicionamento enfatizando ter como premissa a segurança do paciente e elencando razões pelas quais as restrições atuais impactam negativamente o setor de medicina diagnóstica.

Dentre os principais pontos defendidos pela Associação estão o fato de que a atual legislação encarece a transferência segura e adequada dos equipamentos para saúde, fomentando transferências irregulares; e que a emissão de laudo por profissional habilitado e a notificação ao detentor do registro são mecanismos hábeis para garantir a segurança do equipamento e sua rastreabilidade.

Comandada pela Gerência Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde da Anvisa, a reunião recebeu diversas entidades associativas que concluíram ser indispensável revisar a RDC 25/2001 a fim de desburocratizar o processo de transferência. Além disso, os participantes concordaram com a emissão de um laudo como atestado de segurança do equipamento e, principalmente, do paciente.

Quanto à emissão deste laudo, permanece um questionamento, como explica Teresa. “Como era de se esperar, a indústria defende que o laudo para atestar a segurança do equipamento seja emitido exclusivamente pelo detentor do registro do produto ou por terceiro por ele habilitado. Esse ponto será, certamente, o mais debatido daqui para frente”, comenta enfatizando que o setor de serviços é orientado pelo bom atendimento e pela segurança do paciente e que a falha de fiscalização das autoridades sanitárias não deve ser utilizada como ponto de embasamento para uma regulamentação restritiva da Anvisa.

Wilson Shcolnik, presidente da SBPC/ML, acredita que foi dado um importante primeiro passo. “O assunto não constava na agenda da Anvisa para os próximos anos e a Agência se convenceu da necessidade dessa discussão”, diz reconhecendo que a Agência é muito bem estruturada com relação às boas práticas do mercado e que, assim, a reunião deve se desdobrar em novas discussões, propostas e audiências públicas até chegar, de fato, à uma revisão da norma. “O processo está em curso e a Abramed deve seguir acompanhando e contribuindo com o setor”, complementa.

A Abramed está formando, junto a seus associados, um grupo técnico que elaborará um posicionamento final da Associação para encaminhamento à Anvisa. A agência, então, fará uma análise de impacto regulatório com base no que foi apresentado e discutido a fim de aprimorar a qualidade da regulação.

O Globo comenta sobre a participação da Abramed no 8º Conahp

27 de Novembro de 2018

O jornal O Globo destacou participação da Abramed no 8º Conahp, e ressaltou a afirmação de Claudia Cohn, presidente do Conselho, a respeito das informações da pesquisa realizada pela Anahp, que convidam prestadores de serviço, operadora e população a ampliar a discussão a partir de dados.

“A prevenção é um recurso intangível. Já a incorporação tecnológica tem que ser usada de forma correta, para evitar custos. Temos que buscar a eficiência”, comenta.

É possível mudar toda uma cultura em 18 meses?

(CQH – Compromisso com qualidade Hospitalar – SP)

Novembro de 2018

A área da saúde está em constante questionamento sobre o atropelo da Lei Geral de Proteção de Dados Brasileira, por ser uma das áreas que mais se vale de dados pessoais para oferecer melhores serviços, e a assertividade no tratamento depende basicamente desse fator. Sancionada em agosto pelo presidente Michel Temer, é a primeira legislação específica sobre o tema no Brasil.

A maior questão é que a lei traz grandes incertezas a todos os setores, inclusive às gestões de saúde do nosso país. Inspirada amplamente na diretriz europeia (GDPR – general data protection regulation), a lei não passou por tropicalização para ser totalmente adaptada à realidade brasileira. Em um primeiro momento, aparenta ser benéfica e, do ponto de vista do cidadão comum, pode até parecer simples e pouco impactante. Porém, analisando todo o contexto e envolvendo os círculos sociais a que ela se aplica, o caminho a ser percorrido é muito complexo. Direcionada a qualquer pessoa física, jurídica ou órgão público que trate dados, impacta vários setores das instituições de saúde.

A primeira das inúmeras dúvidas está na quantidade de colisões da lei com outros dispositivos legais, como o Código Civil e as regulamentações do CFM (Conselho Federal de Medicina). Por exemplo, temos uma norma do CFM que determina que os prontuários devem ser mantidos por pelo menos 20 anos. A Lei Geral de Proteção de Dados Brasileira permite que qualquer pessoa física solicite a exclusão de todos os seus dados – inclusive de saúde – do ambiente público.

Se os dados de saúde são considerados sensíveis, pode-se imaginar o impacto de os deletarmos quando uma pessoa for atendida em um hospital, desacordada, vítima de um acidente. Ela não terá mais seu histórico, os profissionais não saberão se é alérgica ou mesmo se possui alguma doença de base. Faltarão informações para que o diagnóstico seja relevante.

E as dúvidas seguem. Como se dará a portabilidade de dados? Em que momento, ou com que periodicidade, devemos rever os consentimentos que passam a ser específicos e devem ser livres, informados e inequívocos? Como faremos a gestão dos consentimentos que forem revogados?

É importante destacarmos que a nova legislação brasileira assegura, aos titulares, que no nosso caso são pacientes e usuários, fácil acesso e informações sobre o tratamento dos dados coletados; anonimização, bloqueio ou eliminação de dados; revogação do consentimento prévio; correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados; e portabilidade a outro fornecedor de serviços ou produtos.

O texto sofreu alguns vetos, como, por exemplo, a constituição da Autoridade Nacional de Proteção de Dados e do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade, que deverá ser uma iniciativa do poder executivo realizada por medida provisória ou por um novo projeto de lei. Quando criada, essa autoridade regulará, fiscalizará e aplicará as penalidades que já estão definidas como uma advertência seguida de multa que pode atingir o limite de 2% do faturamento bruto da empresa ou R$ 50 milhões.

Porém, será que o nosso país, que ainda sofre com as mazelas da corrupção e da falta de ética e transparência em diversos setores, tem maturidade para trabalhar sob a vigência dessa lei? Será que todo o mercado está preparado para entender sua grandiosidade, treinar seus times e seguir, à risca, tudo o que está sendo solicitado?

Estamos falando sobre mudar toda uma cultura em apenas 18 meses. Em menos de dois anos, toda a sociedade civil, os setores privado e público, instalados dentro ou fora do nosso país, estarão prontos para colocar em prática a Lei Geral de Proteção de Dados da forma como ela se apresenta hoje? Acreditamos ser uma missão impossível.

Na Europa a criação desta diretriz foi debatida durante anos e, quando aprovada, todos os países tiveram mais dois anos para se adequar. E estamos falando de nações com maturidade superior à nossa. Pensando em nossos vizinhos fronteiriços, temos apenas um país que aplica uma lei similar a essa: o Uruguai. Por lá, embora a legislação seja parecida com a brasileira, há como objetivo principal o poder fiscalizatório remuneratório. A lei uruguaia não está preocupada em oferecer ações reparadoras, em corrigir os erros e minimizar os problemas. Se está, não é o que percebe a sociedade local, a qual argumenta que o interesse principal é a arrecadação.

Até mesmo nosso ambiente virtual – que não é seguro – não tem preparo para suportar todas as consolidações propostas pela nova lei. Não investimos em segurança eletrônica e não temos profissionais preparados para criar esse ambiente sem gerar uma bolha de demanda no mercado seguida de uma elevação excessiva de preços e do oferecimento de soluções ainda pouco testadas e aprovadas. Não temos sequer uma linguagem padrão para a troca dessas informações. As empresas desenvolvem suas linguagens de forma individual. Como faremos para que essas informações sejam decifráveis em qualquer sistema que esteja sendo utilizado?

Falta comunicação sobre a lei, falta debate e falta o entendimento de todos os que serão impactados para que o texto seja realmente compreendido. A ausência de análise de todas as questões pode criar gargalos no setor difíceis de serem equacionados, expondo as instituições a multas elevadas. Precisamos de uma legislação que aborde esse tema? Com certeza, mas ela deve ser boa para proteger os dados dos cidadãos dentro e fora do nosso país, não lhes criando prejuízos não percebidos num primeiro momento.

E falta, sobretudo, entendimento de que os brasileiros precisarão se adaptar a essa nova realidade. Para isso, defendo que o prazo de 18 meses é insuficiente para uma mudança de cultura. A percepção é de que precisaríamos de no mínimo 30 meses para compreender a importância de cada um dos artigos da lei, que entrará em vigor em fevereiro de 2020, e suas consequências em caso de descumprimento.

Assim, destacamos a importância dessa legislação lembrando que hoje o Ministério Público vem atuando fortemente nos escândalos de tratamento indevido de dados pessoais. Portanto, precisamos nos preparar para novos investimentos em controles, capacitação de profissionais, treinamento e criação de políticas e discussões sobre os impactos da legislação na área da saúde.

Rogéria Leoni Cruz é coordenadora do grupo de trabalho de Proteção de Dados da Abramed e diretora jurídica do Albert Einstein

(https://www.hospitalar.com/pt/editorias/saude/1572-e-possivel-mudar-toda-uma-cultura-em-18-meses)

Com patrocínio da Abramed, FIS debate os desafios da saúde

Organizado pelo CBEXs, evento recebeu palestrantes nacionais e internacionais dia 12 de novembro no Rio de Janeiro

13 de Novembro de 2018

A segunda edição do Fórum Inovação Saúde (FIS) reuniu cerca de 400 profissionais com perfil de liderança e alto poder de decisão no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ), para debater “O diálogo na Saúde – Dilemas, Paradoxos e Desafios”. Organizado pelo Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs), o encontro foi realizado dia 12 de novembro e contou com a presença de Cláudia Cohn e Priscilla Franklim Martins, respectivamente presidente do conselho e diretora-executiva da Abramed, que patrocina o evento.

“O FIS promoveu um excelente diálogo entre importantes lideranças da saúde. Com um olhar dedicado à inovação, elencou os principais caminhos para o desenvolvimento do nosso setor apresentando, inclusive, experiências europeias de sucesso. E é por isso que a Abramed, como parceira do CBEXs e do fórum, parabeniza a organização do evento e espera ansiosamente a realização da terceira edição em 2019”, comenta Priscilla a respeito do encontro que promoveu mais de 10 horas de conteúdo apresentado por 30 palestrantes, debatedores e comentaristas nacionais e internacionais.

Comandada por Francisco Balestrin, presidente do International Hospital Federation (IHF) e presidente do Conselho de Administração do CBEXs, a solenidade de abertura também recebeu o presidente do fórum, Josier Vilar. Ao longo do dia foram destacados alguns dos principais temas que impactam diretamente os sistemas de saúde do país.

A primeira apresentação, ainda pela manhã, recebeu Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras, e a professora do Coppead UFRJ, Heloisa Leite, para debater “Uma ética permanente para o diálogo”, apresentação que reforçou a importância da troca de informações de forma ética dentro do setor de saúde. Na sequência, o fórum abriu espaço para o debate “O complexo econômico-industrial da saúde – Uma oportunidade para o Rio de Janeiro, um desafio nacional”. A temática reuniu Carlos Gadelha, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o embaixador Eduardo Prisco, chefe do Itamaraty-RJ.

Também foi realizado o painel “É possível existir um sistema de saúde sustentável?”, apresentado por Ligia Bahia, professora do IESC, da UFRJ; e Januário Mantone, sócio da Monitor Saúde; com moderação de Gonzalo Vecina, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ary Ribeiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp).

Inovação em saúde – A segunda edição do FIS promoveu um talk-show com grandes nomes do setor de saúde brasileiro para debater inovação. Na ocasião, participaram Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein; Patrícia Ellen, presidente da Optum; Jorge Matos, presidente do ETALENT; e Renata Aranha, cofundadora da Entropia.

O encontro apresentou ideias sobre como humanizar a saúde por meio da tecnologia e garantir um bom retorno sobre a experiência de quem utiliza os sistemas, além de abordar as novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas a fim de otimizar todos os processos da cadeia. Após a apresentação dos quatro convidados foi realizado um debate moderado por Alfredo Cardoso, diretor executivo da Gama Saúde, e Martha Oliveira, CEO da Anahp.

Conferências do FIS – O período da tarde da segunda edição do Fórum Inovação Saúde foi dedicado a quatro conferências. A primeira delas, intitulada “Como chegamos até aqui: os caminhos, as conquistas e as dificuldades do sistema de saúde brasileiro”, recebeu Luiz Antonio Santini, consultor internacional de políticas de câncer; e Remilson Rehem, presidente do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), para discussão sobre os dilemas da saúde atual.

Internacionalizando a programação, o fórum recebeu Oscar Gaspar, presidente executivo da Associação Portuguesa dos Hospitais Privados; e Josier Vilar, presidente do IBKL e sócio diretor da Pronep para debater “A experiência do relacionamento público-privado no sistema de saúde português”. Na sequência, os participantes ouviram Manel Jovells Cases, diretor geral da Fundação Althaia e ex-presidente da União Catalã de Hospitais; Solange Beatriz, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde); e José Ricardo Agliardi Silveira, diretor do Grupo Hospitalar Conceição, abordando a institucionalização da qualidade da saúde catalã na conferência “A experiência da Catalunha na Gestão da Saúde”.

Encerrando o rol de conferências, o encontro tratou da “Importância da construção de uma relação de confiança entre o público e o privado – Um desafio de todos nós”. Na ocasião subiram ao palco Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, e Francisco Balestrin. A segunda edição do FIS ainda realizou o Prêmio Edson de Godoy Bueno de Inovação – Desafio das Startups para premiar iniciativas inovadoras da saúde.

Abramed apresenta novos conselheiros fiscais

Dois novos nomes acabam de ser eleitos para o Conselho Fiscal da Abramed: Cícero de Lima e Costa Neto e Guilherme Collares.

Novembro de 2018

Cícero de Lima e Costa Neto é gerente executivo administrativo do HCor Diagnóstico, primeira unidade avançada de diagnóstico do Hospital do Coração. Teve sua carreira construída ao longo de 26 anos em gestão comercial e administrativa no setor de Saúde

em indústrias multinacionais e hospitais, com sólido histórico de sucesso comprovado.

É responsável pela condução da implantação do departamento de Oncologia do HCor, que inclui departamentos de Radioterapia, Quimioterapia e Radiocirurgia. Para ele, assumir esse cargo na Abramed é uma grande honra e lhe traz muita responsabilidade. “Com isso, meu objetivo é contribuir para a manutenção da nossa transparência financeira e proporcionar condições para que a entidade continue crescendo ainda mais em defesa dos interesses dos associados, do mercado de diagnóstico e da nossa sociedade”, comenta.

Com mestrado em Microbiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e MBA Executivo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-BH), Guilherme Collares é diretor executivo de operações no Grupo Hermes Pardini. Atuou como professor da cadeira de Patologia Clínica nas Faculdades de Medicina da UFMG e Unifenas (campus BH) e também como gestor de laboratório no Hospital das Clínicas da UFMG e Lab Rede. Foi ainda presidente do Departamento de Patologia Clínica da Associação Médica de Minas Gerais por oito anos.

Segundo Collares, é de grande satisfação poder dar sua contribuição para a Abramed na sua missão de auxiliar o desenvolvimento do mercado brasileiro de medicina diagnóstica. “Com certeza será um grande aprendizado e daremos continuidade ao já bem-sucedido trabalho realizado.”

Em novo grupo de trabalho, Abramed debate questões relativas aos Recursos Humanos

Membros se encontram mensalmente para troca de conhecimentos

Novembro de 2018

A Abramed conta em sua estrutura com grupos de trabalho (GTs) específicos, que tem por objetivo dissecar assuntos relativos aos mais diversos assuntos que impactam o setor da saúde e as empresas atuantes no setor de medicina diagnóstica. Montado em outubro, o GT de Recursos Humanos reúne associados para a troca de informações, práticas e dificuldades, além da busca conjunta por melhores soluções.

Para a diretora executiva da Associação, Priscilla Franklim Martins, os grupos de trabalho promovem a integração do setor. “A criação do GT de RH é mais um avanço da Abramed, já que este é um departamento que envolve questões estratégicas para o negócio, além de zelar pelos colaboradores”, declara.

O grupo, que se reúne mensalmente, deve investir também em pautas conjuntas com outros grupos de trabalho da entidade como, por exemplo, a Câmara Jurídica. “A formação de um grupo de trabalho para a área de recursos humanos dentro da Abramed é de extrema relevância por promover a discussão de temas e situações comuns às empresas participantes e possibilitar que, em conjunto, tenhamos força para buscar soluções junto aos órgãos públicos e sindicatos”, comenta Angélica Dente, gerente de remuneração, benefícios e RT do Grupo Fleury e responsável pela coordenação do GT de RH.

Os primeiros temas que estão sendo debatidos dizem respeito às principais dificuldades referentes às negociações sindicais de 2018; as propostas e perspectivas para as negociações em 2019; questões relacionadas à escala de trabalho aos domingos e feriados em laboratórios de análises clínicas, tratada pelo decreto nº 27.048/49; e o dimensionamento do SESMET e os impactos no eSocial.

Confira a composição do GT de Recursos Humanos:

Coordenadora
Angélica Dente (Grupo Fleury)

Membros
Alex Galloro (Sabin)
Ernesto Hideki (Dasa)
Fabiana Carbonari (Cetac)
Gabriela Dias (Alliar)
Gabriellla Senne (Senne Liquor)
Gloria Maria (Boris)
Gustavo Amorim (Hermes Pardini)
Izaura Picolo (Albert Einstein)
José Carlos Zampier (Cedi)
Leidimar Ribeiro (Clínica Imagem Tocantins)
Mariana Bittar (Sabin)
Roberto Carlos Furtado (BP)
Rúbia Spíndola (Hermes Pardini)
Sérgio Pestana da Silva (Sírio-Libanês)
Tatiana Carbonari (Sírio-Libanês)

Seminário Sustentabilidade Valor: a mentalidade de saúde em xeque

Abramed participa de painel durante evento promovido por Dasa e Jornal Valor Econômico

07 de Novembro de 2018

Não é de hoje que se discute um novo modelo de saúde para o Brasil no qual a prevenção é mais importante que a doença. Porém, chegamos a um ponto em que a insustentabilidade do setor caminha para prejudicar os agentes desse ecossistema, principalmente da saúde suplementar. Por isso, é necessária a promoção de uma nova mentalidade de saúde. Para ajudar na divulgação dessa iniciativa, a presidente do Conselho da Abramed, Claudia Cohn, participou do seminário A Sustentabilidade da Saúde pela Inovação, promovido pelo Dasa e pelo jornal Valor Econômico, dia 6/11, em São Paulo.

No painel “A nova mentalidade da saúde”, Claudia discutiu com representantes de associações do setor a necessidade urgente dessa mudança. A tendência mundial privilegia um modelo de prevenção, o que evita desperdício de procedimentos e possibilita maior acesso à saúde, além de melhorar a remuneração dos envolvidos na cadeia. Para ela, a informação é um dos pontos centrais da discussão.

“O diagnóstico em si passa por todas as cadeias, mas sempre precisa do dado, da informação. No momento em que falamos de nova mentalidade, não podemos nos ater a legados de sistemas que todos na saúde temos. Os sistemas vão continuar a existir e gerenciar a saúde como um todo. É preciso evoluir dessa visão para a de interoperabilidade, de integração de dados”, destacou.

Citado por outros profissionais como uma saída para a integração, o cadastro único também é uma opção na visão de Claudia. “Para chegar ao ponto de ter um sistema único, precisamos trabalhar no engajamento médico. O incentivo deve ser diferente para esse profissional, não só em reajuste, mas principalmente em como ele lida com o desfecho e a educação”, pontuou.

Confiança

Vista como um avanço, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) pode contribuir para acelerar o processo de criação de um cadastro único de informações de pacientes. “Falamos muito em confiança entre os players do setor, mas muitas vezes o paciente tem temor de o dado dele ser compartilhado por questões de segurança. A transparência e o engajamento é o que pode trazer a confiança desse paciente”, afirmou.

Segundo Claudia, todas as provocações para promover essa nova mentalidade são pautas frequentes da Abramed. “Transformamos tudo em açãona Abramed.Faremos em fevereiro um grande evento para continuar a discussão de adaptabilidade de todo o setor para que todos estejam adequados à lei. Essa adaptação é um passo importante para trazer a segurança e a transparência ao paciente.”

Para Fernando Torelly, conselheiro da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), a questão da confiança é primordial. “É preciso que haja uma alternativa radical para o nosso modelo. Entre as alternativas, a principal é uma relação de confiança maior entre todas as partes do sistema.”Torelly exemplificou a sua argumentação ao citar o projeto de atenção primária implantado no Sírio-Libanês, o Médico da Família. Desenvolvido a princípio para todos os colaboradores e dependentes do hospital, ele foi ampliado para a população. “O impacto foi tão positivo que vamosoferecer para a sociedade. Abrimos um hospital no Banco Votorantim em fevereiro deste ano. Agora estamos com nove e até março de 2019 serão 25 unidades de saúde corporativa.”

Para Carlos Alfredo Lobo Jasmim, diretor de defesa profissional da Associação Médica Brasileira (AMB), o cadastro único é a única forma de evitar o custo sobreposto de exames, de novas consultas e novos tratamentos. “Nosso sistema é duplo para financiamento e único para utilização. Toda vez que dividimos o sistema, criamos um conflito financeiro. Os interesses são conflitantes. Precisamos ter um cadastro único de saúde com toda a informação na nuvem”, afirmou.

Solange Beatriz Carneiro Mendes, presidente da FenaSaúde, pontuou que o consumidor deve estar no centro da estratégia de interoperabilidade. “É preciso mostrar valor a ele na atenção primária em saúde. São dois desafios para a implementação: tem que convencer o usuário que existe valor nesse modelo e a segunda é a questão dos profissionais da saúde. Hoje os médicos generalistas são 1% dos especialistas. Carecemos também dessa formação profissional. Na atenção primária, é preciso olhar para esses dois pontos.”

Tendências point of care

A população brasileira está envelhecendo e é preciso ter um olhar atento ao cuidado ao paciente. Embora concorde que não há necessidade de pedidos indiscriminados de exames, Claudia cita uma tendência que está crescendo no país: os exames em farmácias.

“Quando falamos em exames em farmácias, é uma tendência, não só em farmácia, mas em outros locais como point ofcare. A RDC 302 para laboratórios fala sobre como tem que ser um posto de coleta, onde se pode colher, seja sangue ou outros materiais biológicos.Não dá para falar que será assim em farmácias ou que elas virarão hospitais em breve. As farmácias estão em consultas na Anvisapara que também tenham essas regras.”

Na abertura do evento, o CEO do Dasa, Pedro de Godoy Bueno, frisou que o motor da inovação é a necessidade. “Estamos começando a entrar em um momento no nosso setor de muita oportunidade, um momento único, porque a necessidade vai fazer a gente andar.Temos que mudar não só a forma de tratar o paciente. A gente nunca teve tantas ferramentas à disposição para viabilizar que isso seja feito de forma escalável, eficiente, com inteligência artificial e todas as tecnologias que estão surgindo. Acho que 2019 vai ser um ano decisivo para o nosso setor para realmente transformar tudo.”

Abramed participa de debate sobre prestadores na ANS

Encontro, que reuniu as principais lideranças do setor para abrir a discussão sobre assuntos do setor

Contribuir para melhorar a proximidade de todos os entes do ecossistema da cadeia de saúde. Esse é o objetivo da reunião realizada no dia 29 de outubro, na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no Rio de Janeiro. A Abramed, na presença de sua presidente, Claudia Cohn, participou do encontro, que reuniu as principais lideranças do setor para abrir a discussão sobre assuntos do setor. A principal decisão tomada pelo grupo inclui a criação de um Grupo Técnico de prestadores de serviços.

Este comitê, segundo pontuou Claudia, tem como objetivo discutir pautas prioritárias de cada setor que compõe o ecossistema de saúde, como a contratualização, por exemplo. Entre os destaques, a presidente da Abramed pontua a necessidade dessa discussão e proximidade entre os agentes envolvidos. “Na cadeia de saúde tudo o que eles fazem ligados às operadoras, acabam impactando positiva ou negativamente a cadeia inteira de saúde, porque a operadora de saúde é uma administradora do recurso da empresa”, explicou.

Claudia ainda chamou a atenção para o papel da ANS nesse comitê. “Ficou claro pelo Rodrigo Aguiar, que ele reitera que a ANS não pode e não vai regular prestadores. Ele já tinha se posicionado anteriormente sobre isso e ele reiterou”. A próxima reunião para definição da agenda de discussões no âmbito da ANS foi marcada para o dia 12 de dezembro.

Participaram do encontro Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp); Federação Brasileira de Hospitais (FBH); Confederação Nacional de Saúde (CNSaude); Associação de Médica Brasileira (AMB); Associação Paulista de Medicina (APM); Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ); Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Conahp 2018: Abramed participa de discussão sobre custos no sistema de saúde

Em estudo apresentado no Conahp, Anahp revela que frequência é principal componente de aumento de custo na saúde complementar. Para Abramed, interoperabilidade somada a um esforço para a educação no setor é a solução

Novembro de 2018

A ineficiência do sistema provocou um aumento de 70% na utilização dos serviços da saúde privada entre 2012 e 2017. Segundo estudo encomendado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o gasto do setor teve um acréscimo de R$49 bilhões no mesmo período e a frequência de uso dos serviços disponíveis foi a principal responsável por esse crescimento. O tema esteve em pauta em uma discussão ocorrida no último dia do Conahp 2018 e contou com a participação da presidente do Conselho da Abramed, Claudia Cohn, além de outros especialistas do setor.

Em sua reflexão, Claudia pontuou que a tecnologia não deveria influenciar no aumento de custo ao defender uma participação efetiva de todos os agentes da cadeia de saúde para mudar esse quadro. “Se todos cruzarem os braços, teremos uma frequência ainda maior. A incorporação da tecnologia vai existir e tem que ser usada da maneira correta, de forma a evitar o custo maior na frente.” Segundo ela, a solução para esse problema é a interoperabilidade somada a um esforço para a educação no setor. “Podemos trabalhar na busca de protocolos para que diminuam os pedidos de exames desnecessários. A responsabilidade também é nossa”, frisou.

Na abertura do painel, Martha Oliveira, diretora executiva da Anahp, detalhou os dados do estudo encomendado pela Associação, que revelou dados importantes sobre o custo do sistema de saúde suplementar no Brasil. O panorama mostrou que o número de beneficiários não cresceu muito de 2012 a 2017 (variação de 0,7%). Por outro lado, o número de eventos por beneficiário passou de 21 para 28 por ano, o que elevou a frequência de uso dos serviços disponíveis para 70%. “Neste cenário, o grande impacto é o da frequência. Ela é multifatorial e mostra um momento especial da situação da saúde do Brasil”, concluiu Martha.

Além de Claudia Cohn, participaram do debate sobre o tema Maurício Lopes (SulAmérica), Leandro Reis (Rede D’Or) e José Henrique Salvador (Hospital Mater Dei).Para Leandro Reis, da Rede D’Or, o estudo aponta para a necessidade de discutir a frequência e o desafio pode ser enfrentado por todos os entes do setor. “Quando a inflação repousa na frequência, retoma-se a necessidade de falar sobre algo muito debatido na saúde pública e pouco na privada, que é a gestão populacional. É preciso deixar de fazer gestão individual e evitar usar o risco como estratégia.Ferramentas de gestão eletrônica do paciente trazem luz para esse caminho.”

Representando as operadoras nessa discussão, Maurício Lopes, da SulAmérica,vê a crise como um fator que ajudou a traçar o caminho para acabar com esse ciclo ruim pelo qual o setor passa. “Crise é sempre oportunidade. Começo a enxergar uma capacidade de interlocução mais racional, mais sólida e mais próxima de todos os agentes da cadeia.” Segundo ele, uma solução seria propor meios de pagamentos diferentes.

Embora a frequência tenha sido a principal vilã dessa discussão, todos concordam que o período exige a união dos agentes do ecossistema de saúde no sentido de reformular o atual sistema. “Temos esse sistema que preparamos há 40 anos atrás. Para atualizá-lo, é preciso pelo menos quatro anos. A culpa da frequência não é do paciente, que fica no meio do sistema sendo jogado de lá para cá, sofrendo efeitos disso”, refletiu Martha.