Abramed apoia diagnóstico preciso e de qualidade para geração de valor aos pacientes

ema foi debatido por Claudia Cohn, membro do Conselho de Administração da Abramed, em talk show realizado no Congresso Nacional de Hospitais Privados

29 de novembro de 2019

Com uma programação voltada para o conhecimento, inovação e relacionamento, a sétima edição do Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), realizado pela Anahp, entre 26 e 28 de novembro, em São Paulo, trouxe o tema “Saúde Baseada na Entrega de Valor: o papel do hospital como integrador do sistema”, que foi debatido a partir das perspectivas de experiência do paciente, modelos assistenciais, informação e tecnologia.

Representando a Abramed, Claudia Cohn, membro do Conselho de Administração, participou do talk show “Experiência do paciente: muito além do cuidado humanizado e da hotelaria, as diferentes dimensões de atuação para a geração de valor aos pacientes”, no dia 28, e defendeu o diagnóstico preciso e de qualidade para tornar a experiência do paciente mais positiva. “Temos que ter a responsabilidade e a consciência para saber que o diagnóstico interfere no cuidado. E quando o paciente está no hospital ou no ambulatório, todos os pontos de contato são diferentes, por isso precisamos pensar efetivamente de forma multidisciplinar. Levar em consideração a expectativa de quem está sendo cuidado é fator fundamental.”

Marcelo Alvarenga, chief experience office do Hospital Sírio-Libanês e coordenador do painel, provocou os participantes comentando que “o ponto de vista individual do paciente sobre o cuidado está relacionado à expectativa de cada um”. 

Para Lucas Andrade, CEO da Clínica Florence, ao longo de uma jornada de assistência, o paciente pode ter expectativas diferentes, mas existe um elemento que não pode deixar de estar no centro do cuidado. “Não existe experiência positiva se não oferecermos segurança”, ressaltou, lembrando que quando se trata de pacientes no fim da vida o cuidado tem de ser maior. “É preciso olhar esse processo como nossa razão de existir para entendermos que seu sofrimento é intenso e nos colocarmos no lugar de quem está precisando de assistência.”

Outro ponto abordado no debate foi o engajamento da equipe e a importância do treinamento para as lideranças, o que impacta diretamente na experiência de quem é atendido por esses profissionais. Para Vania Rohsig, superintendente assistencial do Hospital Moinhos de Vento, “o colaborador é parte importante da entrega do cuidado e é preciso que haja desenvolvimento das lideranças para esse olhar.  Avançar na satisfação do paciente é evoluir no modelo assistencial. Temos um caminho grande para o desenvolvimento dos líderes para prepará-los para essa entrega de cuidado e esse novo cenário da assistência.”

Florentino Cardoso, diretor-executivo médico do Hospital Care, ressaltou que é preciso debater a educação em saúde. “Há muitos anos defendo não falar apenas de diagnóstico e tratamento. Temos de instruir a população sobre direitos e deveres”. Para ele, o profissional que está na ponta, no atendimento, deve sempre perguntar ao paciente se há dúvidas em relação ao seu cuidado. “É necessário ouvir muito, praticar empatia e buscar a qualidade da assistência.”

Alvarenga comentou ainda a importância de se olhar para o colaborador e dar condições para que ele atue da melhor forma no atendimento ao paciente. “Autocuidado é algo que devemos dar aos nossos colaboradores para que eles possam desenvolver ferramentas de empatia, por exemplo.”

A mudança no comportamento do paciente, na visão de Andrade, também deve ser levada em conta. “Ele não aceita mais o cuidado paternalista, que dita o que fazer. O paciente hoje quer ser ouvido, ter uma participação mais ativa no tratamento.”

Para isso, na opinião de Claudia, é necessária uma nova cultura. “A propaganda induziu o paciente a crer que valor em saúde é contar com alta tecnologia, equipamentos de alto custo. Investir na mudança de hábito desse paciente é uma forma de mudar a visão dele”, disse. E para que ele seja mais saudável, o estímulo à prevenção, fazer exames e tratar as doenças antes que elas se agravem são fundamentais. “O desafio de todos do setor de saúde é a geração de valor para a população, medindo de forma eficiente os desfechos clínicos”, finalizou.

Abramed participa do lançamento dos Resultados Laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde-2013,

26 de novembro de 2019

Nosso presidente do Conselho de Administração, Wilson Shcolnik, participou hoje do lançamento dos Resultados Laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde-2013, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde, no Salão Internacional da Escola Nacional de Saúde Pública, no campus Manguinhos/Fiocruz.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) é o mais amplo inquérito em saúde no Brasil realizada pelo IBGE em parceria com o MS e em colaboração com instituições de ensino e pesquisa. Além de ser um estudo abrangente em relação à população estudada e aos temas abordados, a PNS é inovadora na incorporação da coleta de material biológico (sangue e urina) em uma subamostra, contemplando aproximadamente 9 mil adultos nas cinco grandes regiões do país.

O evento incluiu o lançamento de suplemento temático da Revista Brasileira de Epidemiologia, que contém artigos baseados em resultados inéditos dos exames laboratoriais da PNS, representando seu potencial de produção de conhecimentos sobre características e condições de saúde da população brasileira e de aprimoramento da vigilância das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e dengue no país. Os laboratórios associados da Abramed participaram do estudo auxiliando na coleta e realização de exames.

Os autores dos artigos do suplemento promoveram um debate sobre os resultados encontrados. À tarde, pesquisadores convidados apresentaram trabalhos com proposições de inovações metodológicas em inquéritos de saúde.

O laboratório da PNS constitui um marco para a saúde pública brasileira e fez uma homenagem a Luiz Gastão Mange Rosenfeld, consultor da Câmara Técnica de Análises Clínicas e outros grupos de trabalho da Abramed, falecido em 2018, pelo seu valoroso trabalho e sua luta incansável para a coleta dos dados do laboratório.

Abramed recebe Sindhosp para debate sobre desafios e oportunidades do sindicalismo

Em encontro realizado com os associados, vice-presidente do sindicato falou sobre as mudanças trazidas pela reforma trabalhista ao sistema sindical

20 de novembro de 2019

A reforma trabalhista aprovada em 2017 modificou as obrigações das empresas em relação aos sindicatos. Em função disso, cada empresa tem definidas políticas diferentes de relacionamento com essas entidades. Por esse motivo, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recebeu, no dia 19 de novembro, em sua sede, Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas e Demais Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo (Sindhosp) para falar sobre o trabalho que vem realizando e os benefícios que uma empresa obtém quando se relaciona com um sindicato da categoria.

Ferrari informou que o Sindhosp está buscando ouvir as necessidades dos segmentos da saúde para atender aos anseios do setor. “Somos a entidade sindical mais estruturada da saúde no Brasil, por isso nos coube o papel de nos reinventarmos após a reforma trabalhista, que acabou com as contribuições sindicais. Nossa proposta é ofertar mais serviços para juntos podermos enfrentar os problemas, buscar as soluções e dialogar com o setor.”

A entidade tem sete regionais no interior do estado e com outros cinco sindicatos compõe a Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estados de São Paulo (Fehoesp), que possui assento na Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) para debater assuntos importantes do setor na esfera federal e com as agências nacionais de Saúde Suplementar (ANS) e de Vigilância Sanitária (Anvisa). O sindicato oferece assessoria jurídica e contábil; comitês; comissões de Recursos Humanos, de clínicas, de segurança e saúde ocupacional; além de cursos e treinamentos para aperfeiçoamento e qualificação profissional, visando ao fortalecimento do setor. “Com a reforma, o que prevalece é o negociado sobre o legislado. Por isso, precisamos de segurança nas negociações com mais de 50 categorias profissionais para que tenhamos força no processo negocial, que está cada vez mais difícil. Não podemos enfraquecer”, destacou Ferrari.

Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, comentou que o segmento de medicina diagnóstica tem dificuldades específicas, bem como que o período é de transição e de tomada de decisões. “É necessário clareza nas ações e pontuarmos nossas necessidades ao sindicato. Precisamos de soluções e para isso temos de decidir se queremos um setor forte ou enfraquecido.”

A questão da perda do poder de negociação com os sindicatos de empregados também foi lembrada no encontro. Associados disseram que, como essas entidades estão enfraquecidas, não há apoio nem força para que o negociado sobre o legislado seja satisfatório ao setor. A sugestão de Shcolnik foi que se promovam encontros com os sindicatos das categorias ao longo do ano, e não somente na data-base da negociação coletiva. “Podemos nos aproximar deles mostrando quão difícil está o cenário, contextualizá-los das dificuldades do segmento para termos um bom diálogo no processo negocial. Nesse ponto o Sindhosp pode nos ajudar. Precisamos ser mais unidos.”

Ferrari concluiu dizendo que é preciso também melhorar a troca de informação na saúde suplementar para que a interação entre os atores do setor de saúde seja maior. “Com vontade política é possível fazer acontecer. Estamos no mesmo barco, por isso é importante estarmos coesos num sindicato forte.”

Em summit sobre ética, Abramed defende educação médica e papel das associações no fomento a políticas de integridade

Wilson Shcolnik e Claudia Cohn, respectivamente presidente e membro do Conselho de Administração da Abramed, participaram do encontro realizado dia 7 de novembro

08 de novembro de 2019

Incorporar a ética como uma ação rotineira em todos os elos da complexa cadeia de saúde foi um dos pontos defendidos pela Abramed durante participação no Ética Saúde Summit 2019, evento organizado dia 7 de novembro pelo Instituto Ética Saúde para promover reflexões sobre a sustentabilidade do setor. Representando a Associação, Wilson Shcolnik e Claudia Cohn, respectivamente presidente e membro do Conselho de Administração, reforçaram a importância de investir na educação médica para banir, desde a formação, práticas ilegais e em como as entidades podem contribuir para disseminar a cultura da transparência.

Participando da mesa-redonda “Os desafios das Sociedades Médicas e Operadoras de Planos de Saúde; Sensibilidade, Modelos Comportamentais e Dilemas Éticos do Profissional de Saúde”, Shcolnik, que também preside a SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial), foi incisivo ao mencionar a relevância da ética médica. 

Para o executivo, é fundamental investir na educação dos profissionais. “Os médicos precisam conhecer as questões éticas que envolvem a cadeia, entendendo o custo dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos que prescrevem. Hoje, infelizmente, isso ainda não é uma realidade”, pontuou.

Para Fernando Costa, que é diretor de promoção de saúde cardiovascular da SBC/Funcor (Fundo de Aperfeiçoamento e Pesquisa em Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia) e estava presente no debate, é preciso integrar ética e compliance no currículo das universidades. “Essas deveriam ser matérias obrigatórias em todos os cursos, inclusive em mestrados e doutorados. Quem não pauta a vida inteira em comportamentos éticos está mais propenso a escapar”, declarou.

Corroborando com essa necessidade latente de rever as salas de aula, Myiuki Goto, membro da Comissão de Defesa Profissional da AMB (Associação Médica Brasileira), trouxe dados importantes. Segundo a especialista, nas últimas duas décadas o número de faculdades de medicina no país dobrou. “Em nosso cenário, o aluno já sai da faculdade de medicina com um passivo de financiamento em torno de R$ 700 mil, ou seja, ele já se forma devendo”, mencionou fazendo uma indicação de que a realidade do jovem profissional no país já o encaminha a um teste sobre suas atitudes. 

Além de Shcolnik e dos representantes da AMB e da SBC/Funcor, também participaram da mesa-redonda Simone Parré, da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde); José Rodrigues Laureano Filho, da CBCTBMF (Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial); Diego Falcochio, da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia); e Anderson Mendes, da Unidas Autogestão em Saúde. 

Papel das Associações – Claudia Cohn, membro do Conselho de Administração da Abramed, esteve presente no summit e reforçou o papel das entidades na construção de uma cultura que preza pela transparência. 

Participando da mesa-redonda “Fornecedores de Produtos e Serviços de Saúde; Inovação, Incorporação Tecnológica, Sustentabilidade Sistêmica, Valor ao Paciente e Dilemas Éticos da Atividade Econômica”, Claudia, que também atua como diretora-executiva do Alta Excelência Diagnóstica, afirmou que a ética é a melhor ferramenta para a garantia da sustentabilidade do sistema de saúde.

“A ética está em nosso dia a dia”, disse. Reforçando que desenvolver o assunto de forma unificada é fundamental, pontuou que é preciso dar o exemplo. “Nas empresas e associações, os líderes devem comprar essa causa para, então, apoiar as iniciativas. Somente assim será possível contaminar até as pequenas atitudes rotineiras com a vestimenta da transparência”, completou a executiva.

Falando sobre o papel das associações neste cenário que carece de atitudes mais corretas e justas, Claudia reforçou que é preciso apoiar todo o complexo, dando atenção especial às pequenas empresas que muitas vezes não têm estrutura para investir em comitês e grupos de compliance. 

“Nós, na Abramed, temos como responsabilidade fomentar essa cultura de ética nas empresas. Para isso, é benéfico trabalhar atitudes mais lúdicas, com menos ‘juridiquês’, para torna-las práticas do dia a dia”, disse sobre como tangibilizar as ações pode aproximar os atores dessa nova cultura. A Abramed disponibiliza, aos seus associados, uma cartilha de compliance (clique AQUI para baixar) e conta com um grupo de trabalho dedicado à debater o assunto. Além disso, publica mensalmente na Abramed em Foco uma matéria sobre o tema.

Ao lado de Claudia no debate estavam Fabrizio Signorin, da Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde); Patricia Braile, da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios); Sergio Rocha, da Abraidi (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde); Eduardo Amaro, da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados); Yussif Ali Mere Júnior, da Fehoesp (Federação dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas e Demais Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo); e Marcos Moreto, do Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde).