Para Boris Berenstein, inovação tecnológica é desafio e oportunidade

Confira a entrevista exclusiva da Abramed em Foco com Boris Berenstein, fundador do Boris Berenstein Medicina Diagnóstica

Julho de 2019

Para o doutor Boris Berenstein, fundador da rede de laboratórios que carrega o seu nome e oferta serviços de medicina diagnóstica em Pernambuco, o maior desafio do setor está em acompanhar os inúmeros avanços tecnológicos que são responsáveis tanto pelo fortalecimento do mercado quanto pela capacitação dos diferentes players nele envolvido. Em entrevista para a Abramed em Foco, o doutor, que preside a instituição, fala sobre os benefícios de atuar fora do eixo Rio-São Paulo, a importância da união e a busca constante pela humanização do atendimento.

Veja a entrevista completa.

Abramed em foco: Com toda sua experiência na área de medicina diagnóstica no país, qual é, a seu ver, o maior desafio do setor na atualidade?

Boris Berenstein – O maior desafio é acompanhar os avanços tecnológicos que a inteligência artificial está trazendo para o nosso setor, sobretudo para as empresas de pequeno e médio porte. Além disso, será preciso saber como se relacionar cada vez melhor com as redes pagadoras. Para grandes grupos, isso já não causa tanto impacto, pois possuem melhores condições de recursos.

Abramed em foco: Acredita que o fortalecimento do setor de diagnósticos está diretamente atrelado à inovação tecnológica?

Boris Berenstein – Com certeza. Até o século passado as inovações eram mais lentas. Mas hoje, com o advento da tecnologia, tudo é muito mais dinâmico e rápido. E não é só o fortalecimento que está ligado às inovações como também a capacitação de todo o setor, empresas e colaboradores, para se adaptar a essa nova realidade.

Abramed em foco: O atendimento humanizado é um dos valores da marca Boris Berenstein. Qual é a importância de termos esse foco em um mercado que busca recolocar o paciente no centro do cuidado?

Boris Berenstein – Desde o início da existência do Boris Berenstein Medicina Diagnóstica sempre tivemos essa preocupação e buscamos valorizar a capacitação da equipe para cada vez mais humanizar o atendimento. O que reflete, inclusive, no slogan da nossa marca que é “Boris sempre perto de você”. E isso não se refere apenas geograficamente; queremos, sobretudo, estar sempre perto do lado humano dos nossos clientes e pacientes.

Abramed em foco: O que pode dizer sobre atuar fora do eixo Rio-São Paulo? Isso traz mais dificuldades ou oportunidades?

Boris Berenstein – Sempre procuramos acompanhar o desenvolvimento do setor, não apenas do eixo Rio-São Paulo. Nossa equipe está sempre atenta participando de eventos e adquirindo conhecimentos, seja in loco ou por meio da leitura dos principais meios de comunicação. Com certeza traz mais oportunidades. Hoje os grandes players não querem se concentrar apenas no eixo Rio-São Paulo, buscando uma abrangência nacional.

Abramed em foco: A seu ver, qual a importância de a Abramed ser uma associação que reúne todos os players do setor, desde grandes hospitais até pequenos laboratórios?

Boris Berenstein – A Abramed é uma entidade que reúne esses players para criar unicidade nas políticas de regulação, por isso ficamos fortalecidos. Com sua presença em nível nacional, podemos discutir e ter melhores condições de negociação com os órgãos reguladores do nosso segmento.

Abramed em foco: O que o Boris Berenstein Medicina Diagnóstica espera da Abramed?

Boris Berenstein – Que ela continue com essa missão e propósito de trabalhar em prol de interesses e melhorias do setor de diagnósticos brasileiro. Que trabalhe sempre buscando defender os anseios e necessidades dos seus associados.

Ambiente hospitalar evidencia transformação da medicina diagnóstica

* Por Marcelo B. G. Funari

Julho de 2019

A estrutura hospitalar é complexa e multidisciplinar. Ela consolida, em um único ambiente físico, muitas das transformações que são vividas no cenário da saúde. Diferentemente do que muitos imaginam, quando falamos em medicina diagnóstica – segmento de extrema relevância dentro dos hospitais –, estamos nos referindo a uma área composta por diversas especialidades médicas.

Dentro da expressão “médico diagnosticista” estão incluídos patologistas clínicos (responsáveis pelos exames laboratoriais), radiologistas (responsáveis pelos exames de imagem obtidos por raio-X, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética), médicos nucleares (responsáveis pelos exames de PET-CT e cintilografias), endoscopistas e outros médicos que, oriundos de diversas especialidades clínicas, passaram a se dedicar a exames diagnósticos dentro de suas áreas de atuação, como eletrocardiograma, eletroneuromiografia, estudo do sono e ecocardiografia, entre outros.

Todo o conhecimento gerado dentro desse setor contribui de forma direta para o diagnóstico e, por consequência, para a definição do melhor tratamento em cada caso.

Porém, o papel do médico diagnosticista – que desde sempre foi altamente indispensável na medicina – vem mudando em alta velocidade. Se há algum tempo esse profissional era coadjuvante, atuando na execução de exames solicitados pela prática clínica, hoje ele assume posição de maior protagonismo, principalmente dentro da estrutura hospitalar.

Isso ocorre, em primeiro lugar, pela importância dos métodos diagnósticos na saúde e qualidade de vida da população moderna. Hoje exames são obrigatoriamente (ou quase obrigatoriamente) indicados em praticamente todo cenário clínico minimamente complexo. Esse fato, por si só, já é responsável por ampliar as necessidades logísticas dentro dos hospitais devido à intensa movimentação dos pacientes entre espera, consultório e salas de exames.

Esse é um cenário crítico no ambiente hospitalar, onde o espaço deve sempre ser compartilhado com as demais exigências da unidade e no qual os serviços diagnósticos funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, atendendo tanto às urgências dos pacientes internados como as demandas do pronto-socorro. Somado a isso, todos os procedimentos diagnósticos exigem controle de qualidade e segurança, o que traz para esse ambiente uma série de outros profissionais como físicos médicos, analistas de qualidade e analistas de dados que monitoram toda essa complexa operação.

Outro fator de extrema relevância está na liderança da medicina diagnóstica mediante a transformação digital, inclusive no ambiente hospitalar. Hoje, com o avanço da tecnologia e a medicina entrando na era do big data e da inteligência artificial, esses profissionais se viram impactados por uma quantidade cada vez mais expressiva de dados provenientes dos cerca de 2 bilhões[1] de exames realizados anualmente no país. Esses exames, ao lado de sistemas de monitoramento e prontuários eletrônicos, consolidam-se como as principais fontes de informação em saúde levantadas diariamente pelas unidades de atendimento. Uma sequência moderna de genoma, por exemplo, é capaz de gerar até 1 terabyte[2] de dados brutos por dia.

Ainda dentro dessa transformação, porém do ponto de vista do paciente, não podemos ignorar a mudança de cultura proposta pela profusão de aplicativos que facilitam o agendamento de procedimentos e o acesso aos resultados desses exames, o que torna cada vez mais obsoleta a prática de retirar os laudos e levar para avaliação dos médicos. Dentro do ambiente hospitalar, muitos exames já têm seus laudos inseridos diretamente no prontuário eletrônico do paciente, que tende – em um futuro próximo – a se tornar a única fonte de informações.

Os impactos dessa transformação tecnológica são sentidos na pele todos os dias por quem atua no segmento de medicina diagnóstica. Com as informações extraídas dos exames sendo cada vez mais abundantes e complexas, torna-se mais difícil fazer caber todo esse montante de dados em único laudo. Assim, esse médico diagnosticista acaba por se tornar uma espécie de consultor dos médicos clínicos, sendo responsável por consolidar todas essas informações correlacionando-as com os sintomas dos pacientes e, em conjunto com a equipe, formular as melhores hipóteses diagnósticas bem como possibilidades de tratamentos para cada caso.

Esse panorama é particularmente premente dentro da estrutura hospitalar, onde diagnosticista e clínico já dividem o mesmo espaço físico. Hoje os bons hospitais promovem reuniões clínicas periódicas em diversas especialidades médicas para debater casos. Nessas reuniões, o médico diagnosticista é figura obrigatória.

Ultrapassando o ambiente de atendimento, a ampliação do papel do diagnosticista na saúde chega ao ensino e à academia. Algumas faculdades de medicina já incluíram em seu corpo docente médicos radiologistas para ministrar aulas de anatomia. Com a melhoria significativa da qualidade dos exames de imagem que revelam os mais ínfimos detalhes da anatomia humana, o médico radiologista vem se tornando o profissional com melhor conhecimento, substituindo, em sala de aula, a figura do professor de anatomia tradicional.

* Marcelo B. G Funari é diretor do departamento de imagem do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Câmara de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Abramed.

[1] Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico

[2] HIMSS – Good Informatics Practices (GIP) Module: Data Management

Radiologia intervencionista melhora qualidade de vida de pacientes oncológicos

Tecnologia otimiza processos, produtos e beneficia desfecho de pacientes com câncer de fíg

10 de julho de 2019

A evolução da medicina diagnóstica quebra as barreiras e chega ao tratamento de diferentes patologias. É o que vem acontecendo na radiologia intervencionista, subespecialidade médica que utiliza características e conhecimentos da medicina diagnóstica – mais precisamente da radiologia – para tratamento de doenças diversas.

Hoje, hospitais de referência já investem em uma combinação que possibilita novas chances de tratamento a pacientes com enfermidades graves como, por exemplo, o câncer de fígado. Ao unir a competência de equipamentos de radiologia, ultrassonografia e tomografia computadorizada com a instrumentação cirúrgica, esses profissionais chegam à realização de procedimentos bastante eficazes como a quimioembolização transarterial, também conhecida como TACE.

Técnica minimamente invasiva, a quimioembolização convencional (cTACE) é a combinação da embolização – procedimento no qual o médico acessa e obstrui a artéria hepática nutridora do tumor, através da inserção de um cateter feita por um pequeno corte no interior da coxa do paciente – com a quimioterapia, injeção de um ou mais agentes quimioterápicos (anticancerígenos) junto com um carreador viscoso, como o Lipiodol®UF (óleo etiodizado usado como agente de contraste).

É uma intervenção que busca, além de ampliar o efeito do tratamento por permitir que o remédio quimioterápico seja aplicado diretamente no tumor, promover aumento do tempo de exposição local do fármaco pela presença do carreador viscoso. E, pelo processo de embolização em si, a técnica também impede a chegada do sangue que alimenta as células tumorais.

O procedimento, considerado de alta tecnologia, ganha ainda mais benefícios por conta dos investimentos em inovação feitos pelas indústrias de saúde. A Guerbet, empresa de origem francesa, pioneira no campo de meios de contraste e com mais de 90 anos de atuação no setor, conta agora em seu portfólio com o Vectorio®, um kit inovador de seringas e adaptadores que permite uma mistura segura e eficaz de fármacos em cTACE e a aplicação do produto que visa aumentar a sobrevida de portadores de câncer no fígado.

Figurando como uma das líderes neste mercado, a marca desenvolveu este kit que representa um importante avanço entre os descartáveis disponíveis no Brasil, pois as seringas são resistentes quando em contato com o Lipiodol®UF, o que confere um tratamento mais eficaz e sem perda de ativos do produto que realça as imagens.

Projetado com a colaboração de radiologistas intervencionistas de todo o mundo, o Vectorio® é dedicado à mistura e à administração de medicamentos anticancerígenos com o carreador viscoso Lipiodol®UF durante o procedimento da quimioembolização transarterial em pacientes adultos com carcinoma hepatocelular, tumor maligno primário que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o mais frequente câncer de fígado ocorrendo em mais de 80% dos casos.

Solução precisa, amigável e segura, o Vectorio® é uma tecnologia que otimiza a realização de procedimentos guiados por imagem atuando, diretamente, na melhoria do prognóstico e da qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de uma representação direta da utilização do conhecimento diagnóstico somado à alta tecnologia para melhoria dos tratamentos oncológicos.

Paralelamente, a quimioembolização transarterial vem sendo pauta de estudos científicos que afirmam se tratar de um método terapêutico minimamente invasivo, seguro e eficaz no tratamento paliativo do câncer primário de fígado, em estágio intermediário, em pacientes que não são candidatos à abordagem cirúrgica.

FILIS receberá healthtechs que mais se destacam no mercado

CEOs de empresas de medicina diagnóstica e da indústria debaterão como startups vêm transformando o acesso à saúde

10 de julho de 2019

As healthtechs – empresas com propostas inovadoras e disruptivas na área da saúde – têm mudado a maneira de pacientes do mundo todo interagirem com os serviços de saúde. Diversos números e pesquisas nacionais e internacionais apontam que o setor das “startups da saúde” tem atraído investimentos por serem a esperança de diagnósticos melhores e mais precisos, possibilitando o exercício da medicina de maneira coordenada, integrada e multidisciplinar.

Esse será o pano de fundo para a discussão “Healthtechs: transformando o acesso à saúde”, que ocorrerá na quarta edição do Fórum de Lideranças em Saúde (FILIS), evento promovido pela quarta vez pela Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica). O painel receberá três healthtechs – selecionadas através de curadoria entre as lideranças em inovação das empresas associadas –  que apresentação seus modelos de negócios, e trará ainda CEOs de empresas de medicina diagnóstica e da indústria para debater esse novo meio de gerar acesso a saúde, informação e empoderamento do paciente. Carlos Marineli, do Grupo Fleury e Pedro Bueno, do DASA já estão confirmados.

SERVIÇO:

Fórum de Lideranças em Saúde (FILIS)

Data: 30 de agosto de 2019

Horário: Das 8h às 17h30

Local: Instituto Tomie Ohtake – Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Rua Coropé, 88 – Pinheiros, São Paulo – SP

Como lidar com as inovações setoriais no âmbito regulatório será um dos temas debatidos no FILIS 2019

Sob o macrotema “Medicina Diagnóstica: mais valor para um sistema de saúde em transformação”, evento acontecerá dia 30 de agosto, em São Paulo

10 de julho de 2019

A inovação é uma temática imprescindível a um setor como o de saúde, que está todos os dias em busca de melhorias, tanto para garantir a total segurança dos pacientes quanto para prover uma gestão mais eficiente e sua sustentabilidade.

É nesse segmento que os avanços tecnológicos acontecem cada vez mais rapidamente. Na edição de 2018 um dos painéis do Fórum de Lideranças em Saúde (FILIS), evento promovido pela ABRAMED, mostrou diversas inovações em medicina diagnóstica e seus benefícios, tanto para os pacientes quanto para os profissionais da saúde.

Essas tecnologias já são realidade e instigam, cada vez mais, a mudança no perfil de atuação dos profissionais. Mas será que essas inovações chegam na maior velocidade possível – e necessária – ou ainda esbarram em barreiras regulatórias? Como as empresas do setor estão lidando com esse viés?

É isso que o painel “Órgãos regulatórios: como lidar com as inovações setoriais” abordará na quarta edição do evento, que acontece em São Paulo, no dia 30 de agosto. “A ideia é colocar em pauta quanto os critérios regulatórios – que são absolutamente necessários para proteger a saúde – podem inibir o desenvolvimento das inovações, e como as instituições de saúde do Brasil lidam com as questões inerentes a esse tema”, explica a CEO da Abramed, Priscilla Franklim Martins.

“Regulações envelhecem e, se não atualizadas, podem ser amarras que nos prendem ao passado”, afirma o CEO do Hospital Israelita Albert Einstein, Sidney Klajner, moderador do painel, que já tem confirmados nomes como Lídia Abdala, CEO do Sabin; Leandro Fonseca, diretor presidente da ANS; e Giovanni Guido Cerri, vice-presidente do Conselho de Administração do Icos.

“É necessário racionalizar a regulação, simplificar e agilizar os processos e permitir que aqueles que atuam no setor possam cumprir suas vocações de cuidar bem da saúde das pessoas”, frisa Cerri.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a nova Agenda Regulatória para o triênio 2019-2021, estabelecendo os temas prioritários que serão analisados no período. A proposta final contempla 16 temas regulatórios distribuídos nos quatro eixos do Mapa Estratégico. A maior concentração dos temas está nos eixos Equilíbrio da Saúde Suplementar e Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório.

“Com a colaboração dos vários atores que integram a saúde suplementar e da sociedade de maneira geral, é possível melhorar a qualidade da regulação. A Agenda Regulatória é um instrumento eficaz para o amadurecimento de ações que podem resultar em novas regras para o setor e contribuir para ampliar os avanços na gestão regulatória”, afirmou o diretor-presidente da ANS, Leandro Fonseca.

Ele relembra que a Agência recebeu contribuições de toda a sociedade para a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e que as propostas serão analisadas levando em consideração os avanços tecnológicos e o equilíbrio entre as necessidades em saúde e o custo proveniente das incorporações. “No meu ponto de vista demos um salto qualitativo muito importante na forma como a ANS analisa as novas tecnologias”, diz.

“Nosso setor passa por um ciclo virtuoso, e não podemos deixar a inovação tecnológica de fora desse movimento”, sentencia Lídia Abdala, do Sabin, ratificando a importância do tema.

O Painel “Órgãos regulatórios: como lidar com as inovações setoriais?” do FILIS acontece a partir das 9h30, logo após a solenidade de abertura. Na sequência serão abordadas as mudanças a LGPD trará para o setor da saúde, healthtechs, o papel da Medicina Diagnóstica e a sua participação no ciclo de cuidados e o futuro da saúde.

SERVIÇO:

Fórum de Lideranças em Saúde (FILIS)

Data: 30 de agosto de 2019

Horário: Das 8h às 17h30

Local: Instituto Tomie Ohtake – Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Rua Coropé, 88 – Pinheiros, São Paulo – SP

Abramed em matéria especial da Revista Setorial Saúde do Jornal Valor Econômico

28 de junho de 2019

O setor de medicina diagnóstica foi destaque mais uma vez na Revista Setorial Saúde do Jornal Valor Econômico. Nossos dados do Painel Abramed 2019 – O DNA do Diagnóstico foram importantes para a construção da pauta, que conta ainda com a participação de associados.

Acesse a publicação em https://mla.bs/848ebf65 (apenas para assinantes do Valor).

Dasa lança maior Centro de Diagnóstico em Genômica da América Latina

Líder brasileira em diagnósticos reforça sua atuação em Medicina de Precisão com investimento de mais de R$ 60 milhões na criação de parque tecnológico pioneiro

26 de junho de 2019

 A Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica, apresenta seu Centro de Diagnóstico em Genômica, maior parque tecnológico especializado em sequenciamento genético da América Latina, que recebeu investimentos de mais de R$ 60 milhões. O local processará exames genéticos e genômicos de mais de 700 unidades de laboratórios Dasa em todo o País, como Delboni (SP), Sergio Franco (RJ), Exame (DF) etc. O Centro de Diagnóstico em Genômica é formado pelo GeneOne, laboratório de genômica que integra a Dasa e oferece Medicina Personalizada em áreas como Oncogenética, Cardiogenética, Doenças Raras, Neurogenética, Reprodução Humana, entre outras.

Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa, explica o foco da companhia para a criação do Centro. “Em 2003, a conclusão do sequenciamento do DNA humano marcou a evolução da saúde. Isso possibilitou individualizar cuidados por meio da medicina de precisão. O Centro de Diagnóstico em Genômica da Dasa reforça nossa atuação em medicina personalizada, com testes genômicos e exames genéticos preditivos”, reforça.

Formado por equipe multidisciplinar, com 34 profissionais mestres e doutores que têm parcerias com instituições de ensino e produção de estudos de ciência básica, clínica e translacional, como biólogos especialistas em genética molecular, bioinformatas, patologistas e geneticistas, o Centro de Diagnóstico em Genômica oferece o maior corpo clínico em genética do Brasil.

Sequenciadores NGS como o NovaSeq 6000, o mais moderno equipamento para sequenciamento do genoma humano, compõem o arsenal tecnológico. Também estarão disponíveis equipamentos como NextSeq/NextSeq550, MiSeq (Illumina) e S5 System (ThermoFisher), a plataforma para SNP-array iScan (Illumina) e PCR digital (BioRad). A automação de procedimentos técnicos, como extração de DNA e preparo de biblioteca de NGS, ampliam a capacidade de escala, garantindo alto padrão de qualidade e reprodução de exames com acurácia e precisão.

Os espaços do Centro são integrados por paredes transparentes de vidro. Do hall de entrada, a área técnica já pode ser visualizada pelos visitantes. Isso possibilita, de forma inédita no mercado diagnóstico, proximidade do corpo clínico com os pacientes e seus médicos. Favorece também trocas de conhecimento entre as áreas técnica, médica e de bioinformática para validações de novas metodologias em tempo real, sem prejudicar agilidade do processo. “Intensificaremos encontros científicos sobre genética e atenderemos os pacientes que desejarem ter mais informações sobre genômica. Hoje, com o empoderamento do paciente, essa disponibilidade é fundamental”, aponta o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.

Outro conceito inovador é o peer learning (aprendizagem entre pares). Todos os laudos processados serão vistos por, pelo menos, dois profissionais (peer review) e os casos mais complexos serão discutidos pelo grupo de especialistas em genética. Para Campana, esta interação permite que os resultados da rotina diagnóstica e as validações de novas metodologias sejam otimizados. “Criamos um núcleo de discussão e aprendizagem, em tempo real, que conta inclusive com médicos e parceiros internacionais. Isso possibilita a criação de um banco de dados de genética e em razão da ampla presença dos laboratórios da Dasa no País, atendidos com exames do GeneOne é um grande diferencial para a saúde dos brasileiros”, explica.

Associado ao novo espaço, a Dasa mantém parcerias com empresas internacionais que são referência na área para transferência de tecnologia, como Natera (Reprodução Humana), Health in Code (Cardiogenética), Quest Diagnostics (Neurogenética), Sophia Genetics (Doenças Raras e Oncogenética), Strand e Myriad (Oncogenética).

Exames

O Centro de Diagnóstico em Genômica tem capacidade para realizar exames de alta complexidade como sequenciamento de nova geração (NGS), análise cromossômica por microarray (SNP-array) e outras metodologias complementares, como MLPA, Sequenciamento Sanger, PCR digital e PCR em tempo real.

Os processos embrionários, como a fertilização in vitro (FIV), estão mais frequentes no país. Segundo o IBGE, o grupo de mães que tem entre 30 e 39 anos passou de 22,5% em 2005 para 30,8% em 2015. Dados da Anvisa apontam que mulheres acima de 35 anos são as que mais recorrem ao método FIV e têm os exames genéticos de Reprodução Humana como grandes aliados, já que a partir de 30 anos, a fertilidade feminina inicia a redução de produção de óvulos e aumenta o risco de problemas durante a gestação e de o bebê apresentar falhas genéticas. Por isso, o Centro de Diagnóstico em Genômica oferece os mais modernos exames com esta finalidade, como o NIPT, teste pré-natal não invasivo para identificar síndromes, como Down).

Outro exame com foco em Reprodução Humana é a Triagem Genética Pré-Implantação, PGD e PGS, que amplia as chances de a FIV ser bem-sucedida. O processo analisa o material genético do embrião antes da implantação no útero, permitindo detectar possíveis comorbidades e, assim, implantar apenas embriões saudáveis, sem riscos genéticos hereditários.

“Trouxemos a tecnologia utilizada para análise das amostras para São Paulo e enviamos a nossa equipe para um treinamento com os maiores especialistas em medicina fetal do mundo, em São Francisco, na Califórnia. Com isso, garantimos autonomia para processar exames de Reprodução Humana aqui, com o nosso corpo clínico”, destaca Campana.

Os exames de medicina genética e genômica da Dasa são oferecidos pela GeneOne, que integra a Dasa, nos mais de 40 laboratórios que compõem a rede diagnóstica em todo o País, em 11 Estados e no DF. Os testes também estão disponíveis em www.geneone.store

Abramed participa da 46° edição do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas

Estande institucional recebeu associados e parceiros durante o evento

20 de Junho de 2019

 A Abramed marcou presença no Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) entre 16 e 19 de junho. Na ocasião, a Associação recebeu parceiros e associados em seu estande. O evento aconteceu no pavilhão do ExpoMinas, em Belo Horizonte (MG), e contou com a participação de mais de 3 mil pessoas.

Na solenidade de abertura, após o discurso do presidente da entidade, Luiz Fernando Barcelos, foram entregues homenagens a grandes nomes do setor. O doutor José Carlos Barbério, presidente do IEPAS, foi homenageado por sua atuação na área de Análises Clínicas desde 1957. Já o nome do doutor Hermes Pardini, bem como o de sua instituição que há 60 anos atua no crescimento mercadológico das Análises Clínicas no Estado de Minas Gerais, também foram lembrados. Receberam as homenagens do instituto o presidente do Conselho de Administração do grupo, Victor Pardini, e o CEO da empresa, Roberto Santoro.

Programação científica – A qualidade da agenda e dos debates promovidos foi um dos pontos altos da 46° edição do Congresso. Ao longo dos quatro dias, foram produzidas cerca de 100 atividades científicas entre cursos, palestras, fóruns e mesas-redondas.

Duas palestras se destacaram trazendo grandes personalidades midiáticas para plateias com mais de 600 participantes. O filósofo Leandro Karnal, convidado pelo Lab Rede, associado Abramed, falou sobre ética, mudanças e oportunidades como o tripé da sociedade contemporânea. Reforçando que as empresas já percebem que ludibriar o consumidor leva a um caminho de insucessos, afirmou que a opinião pública está muito mais atenta. “Podem até conseguir enganar o cliente por algum tempo, mas não vão conseguir fazer isso por todo o tempo, nem com todas as pessoas. Uma hora a verdade vem à tona e pode ser impossível reverter o estrago. Leva-se muito tempo para construir e pouquíssimo tempo para destruir”, pontuou.

Já o jornalista Marcelo Tas, que se apresentou em um encontro promovido pelo Hermes Pardini, também associado Abramed, abordou o tema “Inspiration Time – Comunicação na aceleração digital”. A apresentação incentivou uma análise do cenário digital para um desenho estratégico dos negócios e das atividades laboratoriais em acompanhamento às mudanças do mercado. “Hoje, tudo o que se faz vai parar no mesmo lugar: a Internet. Essa é uma nova realidade muito poderosa e o poder está nas mãos do cliente. Todas as transformações se dão no meio digital. A Internet não é uma rede mundial de computadores, é uma rede mundial de pessoas”, disse.

Além das palestras magnas, foram apresentados temas altamente relevantes em diferentes áreas do conhecimento das ciências dos laboratórios clínicos como, por exemplo, gestão do laboratório e qualidade analítica e organizacional. O evento também contemplou especialidades técnicas como biologia molecular, bioquímica, coagulação, genética, hematologia, imunologia, microbiologia, micologia, parasitologia, toxicologia e uroanálise.

Além de Lab Rede e Hermes Pardini, o DB – Grupo Diagnósticos do Brasil, outro associado Abramed, também esteve envolvido nas atividades do evento. A edição 2020 do Congresso Brasileiro de Análises Clínicas já foi marcada e será realizada em junho em Fortaleza, capital do Ceará.

SantéCorp amplia coordenação de cuidado em saúde corporativa com plataforma digital e capilaridade nacional

Depois de ser adquirida pelo Grupo Fleury em 2018, SantéCorp amplia serviços para saúde corporativa por meio de soluções digitais que integram o cuidado de saúde e bem-estar de forma personalizada somada a uma rede de atenção primária nacional

Junho de 2019

Para reforçar a jornada de promoção e criação de soluções cada vez mais completas e integradas para a gestão da saúde e bem-estar das pessoas, a SantéCorp amplia portfólio ao unir sua expertise de coordenação de cuidado em saúde corporativa com a estrutura, qualidade técnica e presença nacional do Grupo Fleury. A aquisição da companhia pelo Fleury, realizada em dezembro de 2018, representa importante avanço na prestação de serviços à demanda crescentede empresas, corretoras e planos de saúde por soluções que garantam a sustentabilidade do sistema.

Com o objetivo de gerenciar recursos médicos para melhores desfechos clínicos com menores custos, a jornada de cuidado proposta pela SantéCorp – que contempla serviços de promoção e prevenção à saúde, atenção à saúde primária, atenção secundária e gestão da atenção terciária -, passa a integrar uma plataforma digital que monitora e gerencia as frentes de serviços oferecidos. Dentre eles estão medicina ocupacional; telemedicina; gestão de crônicos e de alta complexidade; segunda opinião médica; atendimento 24 horas; ambulatórios de atenção primária dentro de empresas e, agora, também em unidades das marcas a+ Medicina Diagnóstica e Fleury Medicina e Saúde nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e também no Distrito Federal.

“Com o Fleury, temos potencial de levar atenção primária para muitas regiões do Brasil, pois nem todas as empresas têm estrutura para montar um ambulatório para seus colaboradores e dependentes”, explica Dr. Eduardo Reis de Oliveira, CEO da SantéCorp. As unidades a+ Medicina Diagnóstica e Fleury Medicina e Saúde contempladas em contrato terão médico da família para atendimento assistencial com suporte de equipe multidisciplinar, inclusive com acompanhamento da saúde dos clientes à distância.

De acordo com Dr. Oliveira, os atendimentos da SantéCorp seguem diretrizes de agilidade, resolutividade e personalização.  Além de promover conforto e agilidade com a capilaridade nacional do Grupo Fleury, a SantéCorp incorporou os seus serviços e prontuários médicos a uma plataforma digital e, com isso, é capaz depredizer os potenciais agravamentos de quadro de saúde de forma cada vez mais precoce e, assim, atuar na coordenação do cuidado integrado, evitando desperdícios e garantindo a qualidade da atenção em saúde ao colaborador. “A partir da gestão de saúde de carteira de uma empresa cliente com 1.135 casos mapeados de usuários com alto grau de utilização do plano de saúde, a atuação do nosso modelo de abordagem a high users otimizou a realização de 2.161 consultas e gerou uma economia de aproximadamente R$ 700 mil”, destaca Dr. Oliveira.

Para o Fleury, a atuação da SantéCorp enfatiza a estratégia de negócios da empresa de oferecer soluções pautadas na sustentabilidade do sistema de saúde. “A plataforma terá papel estratégico para a integração de informações e, assim, gerar mais eficiência na cadeia de saúde. Ao ofertar uma solução que proporciona melhor qualidade de vida ao paciente e auxilia o médico na gestão clínica de cada caso, é possível otimizar a utilização dos recursos nas empresas e contribuir para a gestão de saúde realizada pelas fontes pagadoras”, avalia a diretora executiva de Negócios da marca Fleury Medicina e Saúde, Dra. Jeane Tsutsui.

Mudar para vencer – Medicina diagnóstica está em transformação

Confira a entrevista exclusiva da Abramed em Foco com Wilson Pedreira Júnior, presidente do Cura Imagem e Diagnóstico

Junho de 2019

Integrado ao sistema de saúde e parte indispensável dele, o setor de medicina diagnóstica tem diversos desafios a serem vencidos. Para trilhar um caminho de sucesso, é preciso investir em mudanças estruturais. Modificar o atual modelo de remuneração, investir em qualidade para combater o desperdício e dar importância às acreditações como forma de consolidação dessa qualidade são algumas das necessidades pontuais para a busca do desenvolvimento.

Wilson Pedreira Júnior, presidente do Cura Imagem e Diagnóstica, fala sobre esses desafios e sobre a importância de o setor estar unido. Confira a entrevista completa do executivo para a Abramed em Foco.

Abramed em foco: O Cura Imagem e Diagnóstico investe em certificações para comprovação da qualidade de seus serviços. Qual a importância da acreditação dentro do segmento de medicina diagnóstica?

Wilson Pedreira Jr.: É extremamente importante, pois a acreditação ao mesmo tempo que é uma ferramenta de excelência, é uma comprovação independente dessa excelência. Apesar de o mercado de saúde brasileiro ainda não estar em um nível de maturidade que premia e valoriza suficientemente a qualidade, acreditamos que essa é a saída para fazermos uma medicina melhor e mais eficiente. Então o que procuramos foi nos cercarmos de todas as linhas de acreditação, tanto as gerenciais e coletivas – como a ONA – quanto as específicas das nossas linhas técnicas – como a Palc. Realmente passamos todos os nossos processos pelo crivo dessas acreditações.

Abramed em foco: Eficiência e redução de custos são os principais desafios da medicina diagnóstica brasileira na atualidade?

Wilson Pedreira Jr.: Esses são os principais desafios do mercado de saúde, que está baseado em uma premissa – e isso não é uma característica exclusiva do Brasil – que remunera a utilização. Eventualmente, isso pode dar margem ao desperdício e, na verdade, não existe desperdício maior do que uma medicina feita sem qualidade.

Abramed em foco: Realmente há forte discussão no mercado sobre o papel da medicina diagnóstica nos desperdícios do sistema. Considerando que o diagnóstico é um dos principais mecanismos de prevenção e também de identificação precoce de patologias – gerando melhores chances de tratamento –, qual é a sua opinião sobre esse tema?

Wilson Pedreira Jr.: Costumo dizer que o desperdício muitas vezes está em exames com baixa qualidade que precisam ser repetidos; feitos com técnicas inadequadas; que não são resolutivos e acarretam a necessidade de novos exames ou, ainda, que levam à demora no diagnóstico e, consequentemente, a tratamentos muito mais complexos e com mais complicações. Tudo isso representa um foco importante no desperdício e, para combatê-lo, precisamos caminhar no sentido da remuneração pela qualidade, resolutividade e desfecho mesmo dentro do setor de medicina diagnóstica.

Abramed em foco: Além da mudança no modelo de remuneração, deveríamos também investir na educação dos profissionais de medicina responsáveis pelas solicitações de exames?

Wilson Pedreira Jr.: Há a necessidade de homogeneizar a educação médica para que eles também tenham formação em medicina diagnóstica. Mas minha impressão é que, com a evolução tecnológica e a ampliação de conhecimentos na medicina, temos uma possibilidade muito interessante de especializar os elos da cadeia de valor da saúde. Os centros de medicina diagnóstica poderiam se responsabilizar pela condução diagnóstica, e não apenas pela realização de exames. Assim, esses centros teriam a prerrogativa de oferecer soluções diagnósticas integradas, realizadas com algoritmos e especialistas adequados. Com a quantidade de dados e informações que temos hoje, o melhor médico para avaliar, por exemplo, uma tomografia de tórax é, sem dúvidas, um especialista nessa metodologia. Esse profissional, então, faria a ponte com o médico que conduz o caso. Essa é uma linha que precisa andar lado a lado com a melhoria do ensino nas escolas de medicina.

Abramed em foco: Acredita que o fortalecimento do setor de diagnósticos está diretamente atrelado à inovação tecnológica?

Wilson Pedreira Jr.: Sem dúvida nenhuma. E essa é uma das características do Grupo Cura, que, recentemente, adquiriu outro grupo que tem um viés direcionado à inovação tecnológica. O que imagino é que migraremos de um mercado exclusivamente de excelência técnica e médica para um mercado de excelência tecnológica. Já somos dependentes de tecnologia e essa dependência vai aumentar exponencialmente. Teremos que estar muito bem desenvolvidos junto a essas tecnologias, que, além de estarem embarcadas nos equipamentos, existirão para analisar dados. É o momento em que entramos na inteligência artificial e nas ferramentas de apoio à decisão médica.

Abramed em foco: Como o Cura Imagem e Diagnóstico atua para melhorar a experiência do paciente e para tornar o atendimento ainda mais humanizado?

Wilson Pedreira Jr.: Grande parte das acreditações avalia a experiência do paciente. Então, somente pelos modelos de acreditação já temos referendada essa atenção. Além disso, temos uma série de processos que são continuamente aperfeiçoados visando melhorar a qualidade de todos os pontos de contato com o paciente, desde o call center até a entrega de resultados – que pode ser presencial ou digital.

Outro ponto tão importante quanto esse é o DNA da empresa, e essa é uma característica que me surpreendeu de forma bem positiva quando assumi a presidência do Cura. O cuidado com a qualidade da experiência do paciente, do atendimento e da prestação de serviços está dentro da cultura da marca. E, como reflexo, temos um indicador interessante que é o baixo turnover dos colaboradores. A equipe está engajada com a organização, refletindo a satisfação em prover uma boa experiência ao nosso cliente.

Abramed em foco: Por que é tão importante que o setor esteja unido?

Wilson Pedreira Jr.: Essa união das empresas da medicina diagnóstica é fundamental, principalmente podendo contar com uma associação que garanta representatividade desse elo da cadeia da saúde perante todo o mercado, incluindo os setores público, privado, legislador e fiscalizador. Somos um segmento que muitas vezes está isolado dentro da cadeia de saúde. Recebemos as requisições dos médicos e, posteriormente, não temos controle sobre o que é feito com os resultados dos exames que entregamos. Muitas vezes o processo passa por nós, mas nós não o conduzimos. Então essa é uma fragilidade que pode ser compensada com uma associação que nos represente, fazendo com que possamos evoluir como prestadores de serviço. Acho, então, que a Abramed consegue atender a todos esses pontos de maneira exemplar ao desenvolver comitês e câmaras que privilegiam as melhores técnicas e a troca de boas experiências.

Abramed em foco: Ao seu ver, qual a importância de a Abramed ser uma associação que reúne todos os players do setor, desde grandes hospitais até pequenos laboratórios?

Wilson Pedreira Jr.: Já tive outras experiências empresariais e sempre fui entusiasta da Abramed, desde o início. Acho que contar com representações de todos os tipos de grupos da medicina diagnóstica vindos de todas as regiões do Brasil é uma das características mais importantes da associação. E essa característica precisa ser privilegiada e mantida.