Abramed se posiciona sobre Projeto de Lei que define piso da enfermagem

A entidade é favorável à valorização do profissional, mas entende que o caminho deve ser percorrido com sustentabilidade

O Projeto de Lei (PL 2564/2020), que fixa o piso salarial dos profissionais de enfermagem, foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 4 de maio e agora depende de sanção presidencial.

Foi fixado o piso do enfermeiro em R$ 4.750; 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem (R$ 3.325); e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras (R$ 2.375). A decisão é válida para os contratos regidos pelos setores público e privado nas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

É prevista também a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegurada a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) é favorável à valorização do profissional de enfermagem, mas entende que esse caminho deve ser percorrido com sustentabilidade. “É complexo estabelecer um piso nacional de salários, pois implica em nivelar realidades muito distintas. Os fortes impactos ocorrem, primeiramente, na região Sudeste, pela grande quantidade de profissionais concentrados. Nas regiões Norte e Nordeste, o maior problema é o gap na diferença de salários”, comenta Milva Pagano, diretora executiva da instituição.

Com a aprovação do PL, a estimativa de aumento dos custos com medicina é de 9,5%. Segundo Armando Monteiro, assessor parlamentar da Abramed, os impactos são enormes, tanto para o setor público quanto para o privado. “A grande dificuldade que o setor público enfrenta hoje é encontrar orçamento para custear esse aumento. Já o privado vive um momento de custos sem precedentes. Ou seja, a população será afetada. O ideal seria que o governo desonerasse a folha de pagamento da área de saúde, mas, por enquanto, essa medida não está sendo discutida de forma concreta”, expõe.

Entenda

A aprovação do PL ainda depende de acordo sobre fontes de financiamento. Há diversas propostas que ampliam receitas ou desoneram encargos; além da ampliação de recursos a serem repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para reforçar as transferências aos entes federados.

Segundo o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), o governo está empenhado em buscar fontes de financiamento para o piso salarial. Uma opção pode ser a legalização dos jogos de azar no país.

Tendo em vista a Câmara não ter alterado o texto aprovado no Senado, o projeto deveria seguir para sanção presidencial. A praxe no Congresso é enviar propostas para sanção depois de aprovadas, mas não há prazo para isso ser feito. Enquanto isso, a situação atual dos enfermeiros e hospitais não se altera.

Portanto, o envio para sanção será retardado, pois dependerá do resultado da votação da PEC 122/15 no Senado, que proíbe a União de criar despesas aos demais entes federativos sem prever a transferência de recursos para o custeio.

Segundo o Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados sobre Piso de Enfermagem, R$ 16,3 bilhões é o impacto anual do piso salarial da enfermagem (PL 2564/20), com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2020. No setor privado, são R$ 10,5 bilhões e, no público, R$ 5,8 bilhões. Há 1,07 milhão de enfermeiros, técnicos e auxiliares no Brasil, de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) baseada na Rais 2019.

Abramed discute com seus associados novo posicionamento estratégico

Objetivo da entidade é tornar-se um agente de transformação no setor da saúde

Como resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2021, a Abramed apresentou em sua última reunião de associados seu novo posicionamento estratégico. O projeto, que conduzirá as ações da entidade nos próximos cinco anos, teve como foco a dinâmica setorial que tem mudado bastante nos últimos anos, a visão dos associados com relação à entidade, bem como os desafios e oportunidades para a medicina diagnóstica. Entre os objetivos estão o fortalecimento, aumento da representatividade, pluralidade e oferta de valor da entidade para seus associados.

“Queremos ter um olhar para o futuro, à medida que acreditamos que podemos influenciar os caminhos da saúde no Brasil. Queremos ser um agente influenciador, determinante de uma mudança setorial que envolva maior compartilhamento e maior integração dos elos da cadeia. Mas, para isso, precisamos crescer e ter uma proposta de valor diferente”, ressalta Sérgio Rebêlo, diretor da The Kline Group, consultoria internacional, especialista em estratégias de mercado que apoiou a Abramed neste projeto.

Entre os objetivos previstos neste planejamento estratégico estão dobrar o número de associados nos próximos três anos, com foco em empresas de médio porte, acreditadas. Apesar da carência de números consolidados do setor, estimam-se que atualmente existam entre 15 mil e 20 mil organizações do setor de medicina diagnóstica, cerca de 270 com o perfil selecionado pela Abramed. Desta forma, fazem parte dos planos trazer para o quadro associativo um número maior de médias empresas, passando a refletir de uma forma um pouco mais clara o perfil do que é o mercado de fato de medicina diagnóstica.

“Em médio e longo prazo queremos ajudar a derrubar os muros que separam a medicina diagnóstica de outros elos da cadeia e sermos um agente transformador da cadeia”, complementa Rebêlo.

Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed, ressalta que a associação se tornou a voz do setor de medicina diagnóstica com instituições públicas, governamentais e regulatórias, expressando a visão e os anseios do setor.  A ideia de ampliar seu quadro associativo tornará a entidade mais plural e mais diversa, com mais elementos de representação.

“Acreditamos no nosso papel de influenciar o mercado na defesa de comportamentos éticos e transparentes, vitais para a evolução e a sustentabilidade do sistema de saúde e em benefício da população que busca os serviços essenciais que o setor fornece. Neste sentido, com a criação de uma nova categoria de associados, pretendemos atrair empresas com esta filosofia e interessadas nos benefícios que oferecemos que agregam valor e impulsionam o desenvolvimento contínuo e sustentável, reforça a diretora-executiva. 

Telerradiologia se desenvolve cada vez mais no Brasil e gera valor para toda a cadeia da saúde

Com especialistas avaliando determinados exames, o paciente pode ter um diagnóstico precoce e um melhor desfecho

Há anos a telerradiologia vem se desenvolvendo no Brasil, país que foi, inclusive, um dos pioneiros em sua adoção. A telerradiologia consiste na elaboração remota de laudos de exames de imagem, possibilitando que médicos radiologistas possam atuar à distância na análise e interpretação de exames médicos, utilizando a conectividade por meio de uma rede dedicada ou mesmo compartilhada de internet.

Muitas vezes adotada de forma interna, em grandes redes, hospitais ou centros de medicina diagnóstica, a telerradiologia traz vários benefícios para essas instituições, como a possibilidade de contar com especialistas em assuntos determinados, já que eles não precisam estar disponíveis presencialmente, além da maior uniformidade nos relatórios e na adoção de protocolos, tanto de realização quanto de leitura desses exames.   

“No caso de clínicas pequenas, a telerradiologia oferece apoio ao permitir relatórios de exames mais complexos. Para clínicas e hospitais maiores, auxilia ao cobrir férias de profissionais e em casos de grande aumento da demanda”, explica Gustavo Meirelles, médico radiologista, executivo do setor de saúde e diretor do Comitê de Radiologia  e Diagnóstico por Imagem da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Além disso, a telerradiologia pode ajudar a evitar desperdícios e a gerar valor para a cadeia de saúde como um todo, oferecendo mais qualidade no atendimento à população. “Com especialistas avaliando determinados exames, muitas vezes o paciente tem um diagnóstico precoce e um melhor desfecho”, ressalta Meirelles.

Isso sem falar que a repetição de exames ou até mesmo a adoção de dois exames complementares que não seriam necessários gera custos para a cadeia de saúde, para a operadora e para o próprio paciente. “No entanto, a telerradiologia não deve ser encarada como uma commodity nem como uma forma de redução de custos, mas sim como algo que veio agregar valor para o médico que solicita um exame, para o médico radiologista e, principalmente, para o paciente”, reforça.  

E os benefícios para os pacientes não param por aí. Por exemplo, uma pessoa que mora em uma cidade pequena, com acesso ao equipamento para a realização do exame, mas sem um profissional especialista disponível, pode ter o exame laudado remotamente por meio da telerradiologia. Através dela, o paciente ganha mobilidade, pois as grandes redes de hospitais ou os centros de medicina diagnóstica têm unidades espalhadas por diversos locais nas grandes cidades, fazendo com que o paciente possa realizar o exame perto da sua casa.

Desafios 

Segundo Meirelles, um grande desafio ao desenvolvimento da telerradiologia no Brasil é a infraestrutura. Por mais que atualmente haja redes melhores de internet, essa é uma realidade apenas nas grandes cidades. “O 5G, que irá atender de forma muito mais ágil do que as redes wi-fi de grande velocidade, vai ampliar esse desafio, pois precisa chegar rapidamente em cidades pequenas”, expõe.

Quando houver uma infraestrutura adequada para fazer o transporte de dados em tempo real, o que é esperado com o 5G, será possível avaliar os exames sem a necessidade de enviar o arquivo por upload e download, mas por streaming, como os filmes e músicas disponíveis em plataformas digitais. 

Para resolver esse gargalo, é preciso uma política governamental forte de implementação de redes mais rápidas, além do auxílio da iniciativa privada para que as redes de 5G cheguem de forma mais ágil em locais menores, ou até mesmo na periferia das grandes cidades. “É importante lembrar, ainda, do auxílio das redes universitárias, de alta velocidade, porque a telerradiologia não ajuda apenas no relatório, mas também na troca de informações entre médicos. Grande parte das reuniões científicas atualmente são feitas de modo on-line, e a telerradiologia permite a transmissão de exames de um local para o outro”, complementa o diretor do Comitê de Radiologia da Abramed.

Outro desafio citado por Meirelles é o desconhecimento dos próprios profissionais de saúde sobre os benefícios e a regulamentação da telerradiologia, que existe há alguns anos e é bastante sólida, fruto dos esforços do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR).

Mais um ponto de atenção diz respeito ao ferramental utilizado, principalmente os monitores, que devem ter resolução adequada e compatível com as regras da Anvisa.

Além dos monitores com as especificações corretas, o profissional precisa ter uma conexão de internet rápida e estável e estar em um local calmo, com luminosidade adequada. Outro item muito relevante é a obrigatoriedade de haver um radiologista local, responsável pela clínica, para que esta possa enviar os exames a serem relatados por telerradiologia. 

Já com relação à segurança dos dados pessoais, é preciso adotar ferramentas e canais seguros de transmissão, armazenamento, visualização e, posteriormente, de disponibilização dos relatórios e das imagens. “Não se deve utilizar ferramentas caseiras e não adequadas para a atividade médica, mas sim, aquelas que foram desenvolvidas para esse fim e que atendam à regulamentação do Brasil para a telerradiologia”, orienta Meirelles.

Volume de exames de Covid-19 realizados por associados da Abramed caiu 80% em fevereiro

Taxa de positividade dos testes caiu de 60% para 17% em um mês

O número de exames de Covid-19 realizados pelos laboratórios de medicina diagnóstica associados da Abramed – que respondem por cerca de 60% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no país – terminou o mês de fevereiro em queda. Na última semana, foram realizados 80 mil testes, volume 23% menor ao da semana anterior e 80% inferior ao registrado na última semana de janeiro – quando haviam sido realizados mais de 390 mil exames.

No primeiro mês de 2022, os laboratórios do Brasil somaram mais de 1,3 milhão de testes de Covid. Já no mês seguinte, a quantidade de exames realizados caiu para 626 mil. Isso significa uma redução de 53% na quantidade de testes em um intervalo de 30 dias.

A taxa de positividade também regrediu, passando de 60% (semana de 24 a 30/01) e 30% (semana de 14 a 20/02), para 17% na semana encerrada no dia 27 de fevereiro.

Segundo a diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano, há uma tendência de redução de casos tanto pelo volume de exames quanto pela taxa de positividade. Isso está em linha com a redução de casos observada pelo Ministério da Saúde, indicando um arrefecimento da pandemia.

De acordo com ela, o país deve ter uma redução da média diária de casos, o que se reflete nas testagens negativas: “Não se pode falar ainda em fim da terceira onda, visto que a média móvel de casos observados pelo Ministério da Saúde ainda está acima do observado antes desta onda, no final do ano passado. Mas a tendência hoje é a de que a terceira onda acabe nas próximas semanas”, declara Milva.

Desde 20 dezembro de 2021, quando se notou um novo aumento no número de casos de Covid-19 no Brasil, mais 2 milhões de exames foram realizados pelos associados à Abramed e a taxa de positividade acumulada no período é de 49%.

O período de maior procura por testes ocorreu de 24 a 30 de janeiro, com 390 mil exames, dos quais 60% deram positivos. Isso quer dizer que um a cada seis testes PCR ou antígenos feitos deram positivos. Os dados coincidiram com a semana que o Brasil registrou seu maior número de casos desde março de 2020, com mais de 1,3 milhão de registros. Especialistas afirmaram que a variante ômicron – descoberta em novembro no sul do continente africano e mais contagiosa do que outras cepas do vírus – foi responsável por mais de 90% dos novos casos no Brasil.

A Abramed segue acompanhando o cenário e informará a respeito de atualizações.

Abramed, SBAC e SBPC solicitam ao Ministério da Saúde a participação dos laboratórios na realização dos autotestes de Covid-19

As entidades revelam preocupação com a qualidade desses dispositivos e com possíveis falhas em sua execução

No dia 28 de janeiro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que estabelece os requisitos e os procedimentos para a solicitação de registro, distribuição, comercialização e utilização de autotestes para detecção do antígeno de Sars-CoV-2.

Com isso, será permitida a venda de autotestes diretamente ao consumidor por farmácias e estabelecimentos de saúde licenciados para comercializar dispositivos médicos.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) apoia a utilização desta modalidade de testagem, pois reconhece sua utilidade como triagem neste momento da pandemia, e aguarda a inclusão das orientações sobre o uso dos autotestes em uma atualização do “Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19” (PNE Teste). 

“Entretanto, alertamos e reforçamos nossa preocupação com a qualidade desses dispositivos e possíveis falhas na execução dos autotestes que, embora tenham uma aparente facilidade de aplicação, têm complexidade tecnológica e exigem que todas as etapas sejam realizadas com muito cuidado”, declara Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Imperfeições nessas etapas levam à obtenção de falso-negativos, o que, do ponto de vista epidemiológico, é extremamente grave por trazer falsa sensação de segurança em relação a não transmissibilidade da Covid-19.

Em razão dessas preocupações, a Abramed, junto a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina laboratorial (SBPC/ML), enviou ofício ao Ministério da Saúde, solicitando que os Laboratórios Clínicos participem da realização dos autotestes, em caráter temporário e excepcional, disponibilizando seu ambiente controlado para que os pacientes realizem o procedimento com a orientação e supervisão de profissionais capacitados, bem como para terem seus resultados comunicados aos órgãos sanitários competentes, como já é prática nesses estabelecimentos.

As entidades visam a segurança do paciente, o cuidado na utilização e descarte do material, a interpretação correta do resultado do teste, além da notificação compulsória adequada. “Também reafirmamos que o autoteste trata-se de um teste de triagem e requer confirmação para diagnóstico. Ou seja, seu caráter é orientativo”, reforça Shcolnik.

Tecnologia traz boas perspectivas para o futuro da Medicina Diagnóstica

Mesmo diante dos desafios econômicos, regulatórios e legislativos, o panorama para o setor no Brasil é promissor

Mesmo com o panorama desafiador enfrentado nos últimos dois anos, o setor de Medicina Diagnóstica continuou investindo em novas tecnologias e formas de atendimento para ofertar soluções de diagnóstico laboratorial e de imagem, acelerar ainda mais a transformação digital, a automação de processos, a utilização das tecnologias de inteligência artificial, internet das coisas, entre tantas outras, sempre visando fornecer serviços de excelência que contribuem para o melhor cuidado da saúde.

Desde o início da pandemia, o setor atuou no desenvolvimento de testes moleculares recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os exames de imagem, como as tomografias computadorizadas, também foram essenciais para diagnosticar e monitorar casos mais graves que implicaram insuficiência respiratória, com outros exames laboratoriais. Continuamente, inúmeras ações foram realizadas para aprimorar os métodos diagnósticos e facilitar o acesso à população brasileira. A cooperação dos diversos agentes foi essencial para o avanço e a consolidação das medidas necessárias ao enfrentamento da crise.

Falando das perspectivas para 2022, Leandro Figueira, vice-presidente do Conselho de Administração da Abramed – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, acredita que aqueles que deixaram de cuidar da saúde durante a pandemia vão voltar de forma gradativa às consultas e colocarão seus exames em dia.

Segundo o Painel Abramed 2021 – o DNA do Diagnóstico, cerca de 177 milhões de exames complementares deixaram de ser realizados na saúde suplementar em 2020 em decorrência da pandemia. “Percebemos que muitas pessoas que acabaram não resistindo à covid-19 eram portadoras de doenças crônicas não tratadas. Com isso, acreditamos que a população aprendeu a importância de se cuidar, para estar mais segura sobre a própria saúde”, diz Figueira.

O cenário é bastante desafiador, afinal de contas, é preciso assistir essa população. “Mas estamos otimistas, a vacinação trouxe benefícios e vamos conseguir implantar um ritmo para que a saúde seja uma pauta para todos os brasileiros”, comenta o vice-presidente.

Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, acrescenta que com o envelhecimento da população estão surgindo novos movimentos para valorizar a prevenção e a promoção à saúde, como a medicina personalizada. Vale lembrar que a quantidade de pessoas com 60 anos ou mais aumenta a cada ano e de forma acelerada, principalmente nos países menos desenvolvidos. “Há movimentos empresariais acontecendo, como novas incorporações, aquisições, fusões. A área de Medicina Diagnóstica no Brasil vem acompanhando o movimento mundial e acredito que ela possa dar as respostas que o sistema de saúde precisa”, expõe.

Sem dúvida, o futuro da saúde está diretamente ligado à prevenção e à promoção da saúde e também à saúde populacional. “Através da tecnologia, conseguimos identificar segmentos de pessoas propensas a algumas doenças, possibilitando programar e planejar intervenções para evitar que se instalem ou se descontrolem”, acrescenta o presidente.

Também é preciso cuidar das pessoas que já têm doenças identificadas, sobretudo crônicas, que exigem tratamentos prolongados. Os exames de diagnóstico por imagem e laboratoriais possibilitam ao médico gerenciar tratamentos, identificando mudanças de rumo terapêutico, às vezes tão necessárias.

Outro tema, que já está presente na área de saúde e Medicina Diagnóstica e ganha cada vez mais espaço, é o ESG (Environmental, social and corporate governance), sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa. Esse conceito amplia o olhar da sustentabilidade para eixos diferentes, extrapolando as questões relacionadas ao meio ambiente, e envolvendo ações que impactem positivamente a vida das pessoas de diversas maneiras e com diversas frentes. A geração de resíduos na realização dos exames é um dos assuntos que merecem atenção dentro desse conceito.

Vários laboratórios associados à Abramed já vêm adotando práticas de sustentabilidade há alguns anos.  A Abramed, inclusive, criou um comitê para começar a abordar o tema. O Comitê de ESG atuará em três pilares: benchmarking para trazer para os associados as melhores práticas; geração de conteúdo; e projetos aplicados, que consistem nas iniciativas que serão abraçadas pela entidade em ESG.

Mais um destaque quando se fala em perspectivas no setor é o diagnóstico assistido por inteligência artificial, que pode considerar todas as evidências médicas disponíveis, identificar patologias com exatidão e fornecer atendimento personalizado, melhorando os resultados do tratamento frente à existência de inúmeros dados em saúde, ainda pouco explorados.

Os softwares de inteligência artificial são capazes de incorporar o histórico familiar, fatores de risco e resultados de diversos exames para auxiliar no diagnóstico de inúmeras doenças.

“Há inúmeras oportunidades com a inteligência artificial, que, aplicada na área de Medicina Diagnóstica, como já vem acontecendo, vai ampliar a participação dos associados no sistema de saúde”, comenta Shcolnik.

Telemedicina

A telemedicina, mais do que tendência, é uma realidade necessária na assistência à saúde da população mundial. Ela é impulsionada pela necessidade de superar barreiras em regiões com infraestrutura limitada no acesso dos serviços de saúde e restrições orçamentárias enfrentadas, principalmente, por países em desenvolvimento.

De modo geral, a expectativa é que os procedimentos online sejam mais baratos que os presenciais, o que pode resultar na redução dos custos em saúde e evitar os desperdícios. Nesse sentido, diversas tecnologias estão em desenvolvimento para atender às necessidades de pacientes, médicos e outros profissionais de saúde.

Com a chegada do 5G e o avanço da tecnologia, o país vai ter mais condição de, por meio de telemedicina, fazer a medicina chegar a locais mais distantes. “A telerradiologia já é uma tecnologia regulamentada consagrada no país. Através dela, é possível operar equipamentos de tomografia computadorizada ou ressonância magnética a partir de centros tecnológicos em São Paulo ou em outros lugares. O Brasil é pioneiro nisso”, diz Figueira.

Mesmo diante desse cenário, ainda há desafios para se alcançar o pleno potencial da telemedicina. Entre eles, a necessidade de integração de dados entre os atores do sistema de saúde, uma integração mais adequada das atividades virtuais e rotinas de trabalho dos médicos no cotidiano, com o objetivo de possibilitar modelos de atendimento híbridos e o alinhamento dos incentivos para o trabalho virtual baseado em valor.

Durante a pandemia, a plataforma de telemedicina desempenhou um papel relevante no controle de disseminação e na ampliação do conhecimento sobre a doença. Mas a manutenção do seu uso em grande escala é incerta. No entanto, várias lições foram aprendidas neste período com objetivo de evitar o uso inadequado dos serviços médicos, estabelecendo processos de triagem mais eficientes.

Abramed lança quarta edição de painel dedicado ao setor de medicina diagnóstica

Publicação traz conteúdo inédito e indicadores setoriais que destacam a relevância do diagnóstico na saúde

A Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) lança o Painel Abramed 2021 – O DNA do Diagnóstico, com dados e as análises de temas essenciais que permearam o mercado da saúde no último ano e traça um panorama exclusivo do setor de medicina diagnóstica no Brasil. 

“A cada edição apresentamos conteúdo único e indicadores setoriais que cooperam para destacar ainda mais a relevância do setor de medicina diagnóstica no ciclo de cuidados ao paciente”, comemora Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Este ano, a entidade preparou uma bate-papo virtual exclusivo, moderado pela jornalista especializada em saúde, Natalia Cuminale, que recebeu Shcolnik  e o vice-presidente da entidade, Leandro Figueira, para discutir os principais temas trazidos pela edição 2021 do painel e seus impactos em todo o setor. A gravação do encontro está disponível na íntegra no canal do Youtube da Abramed.

Como nos anos anteriores, a publicação é dividida em capítulos específicos, sendo os dois primeiros mais amplos, dedicados a dados de população e demografia, que abordam desde o envelhecimento populacional até informações de mercado de trabalho e conjuntura econômica. Todo o mercado de saúde suplementar no Brasil também é esmiuçado, e o Painel aborda tanto os desempenhos econômicos das operadoras de saúde, quanto a despesa assistencial com exames complementares, distribuição por região e porte populacional, taxa de cobertura, incorporação de procedimentos diagnósticos, etc.

As tendências e desafios do mercado de medicina diagnóstica também têm espaço e, assim como em 2020, há um capítulo especial para uma radiografia da pandemia da Covid-19, bem como seus impactos no setor de medicina diagnóstica.

“Superando todos os desafios trazidos pela pandemia, com essa publicação a Abramed reforça importância da medicina diagnóstica, que a cada dia se profissionaliza, se moderniza e cumpre seu papel oferecendo serviços que contribuem para o cuidado qualificado da saúde dos brasileiros”, finaliza Shcolnik.

O Painel Abramed 2021 – O DNA do Diagnóstico também pode ser acessado no site da Abramed

Outubro Rosa e Novembro Azul – Prevenção sempre será o caminho

O calendário de saúde nacional dedica dois meses inteiros à prevenção de duas das doenças que mais matam no mundo: câncer de mama e câncer de próstata. Com campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o país fortalece a cultura da prevenção, atitude que é sempre  o melhor caminho para garantir a saúde e a qualidade de vida populacional.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a prevenção está ligada a duas abordagens distintas. A primeira é impedir que o câncer se desenvolva, ou seja, evitar a exposição aos fatores de risco adotando estilos de vida mais saudáveis. A segunda está em detectar e tratar doenças pré-malignas ou cânceres ainda quando são assintomáticos e estão sem seus estágios iniciais. E nesse momento a medicina diagnóstica assume papel extremamente relevante.

O INCA estima que em 2021 tenhamos cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama no país, doença que mais causa a morte das brasileiras. Após investir em uma vida mais saudável, cortando hábitos ruins como o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas e o sedentarismo, as mulheres precisam se lembrar de manter os seus exames preventivos em dia.

A mamografia – radiografia capaz de detectar alterações mamárias – é um exame de rotina que contribui com o rastreamento do câncer de mama e permite a identificação da doença antes do surgimento de qualquer sintoma. No Brasil, a recomendação das autoridades é que mulheres de 50 a 69 anos realizem uma mamografia a cada dois anos. 

São inúmeros os desafios que o país enfrenta para garantir acesso à mamografia a todas as suas mulheres. Além do fato de que somente um em cada cinco municípios brasileiros tem um mamógrafo, o que nos leva a um vazio assistencial regionalizado, a pandemia tornou-se um novo empecilho para a prevenção do câncer de mama.

Muitas mulheres que estão na faixa etária para o rastreamento da doença deixaram de realizar o exame. Segundo dados do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, somente nas empresas que integram a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) – que em 2019 representaram 56,4% do total de exames realizados na saúde suplementar – entre março e novembro de 2020 houve diminuição de 53,1% na quantidade de mamografias quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

Com o maior conhecimento acerca da disseminação do novo coronavírus, bem como com o avanço da testagem e o início da vacinação, o panorama começou a melhorar e as mulheres gradualmente voltaram às consultas, laboratórios e clínicas de imagem. Porém, a campanha segue sendo ainda mais necessária para lembrar a todos que mesmo diante de uma doença infecciosa como a covid-19, as outras doenças não deixam de existir.

No âmbito do câncer de próstata, o cenário não é muito diferente. Segundo tipo de câncer mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma) tendo matado, segundo o INCA, quase 16 mil brasileiros em 2019, a doença também carece de detecção precoce. Ao diagnosticar nos estágios iniciais, as chances de sucesso no tratamento aumentam consideravelmente.

Para essa detecção precoce estão disponíveis exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos e o rastreamento de homens assintomáticos é feito pelo toque retal e pelo exame de sangue para avaliação da dosagem de PSA (antígeno prostático específico).

Durante a pandemia, os homens também se afastaram dos cuidados com a saúde e deixaram de realizar seus exames. Dados levantados pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) analisando relatórios do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS do Ministério da Saúde referentes aos procedimentos realizados entre janeiro e agosto de 2020 e comparando-os com as quantidades de testes no mesmo período de 2019, apontou queda média de 34,4% no número de exames de PSA.

Outros dois exames de imagem também relacionados ao diagnóstico da patologia, ultrassonografia de próstata por via abdominal e por via transretal, apresentaram queda de 37,8% e 35,7% respectivamente. Já a biópsia reduziu 22,7% no período.

Os números nos levam à percepção de que a pandemia de covid-19 fez o país dar um passo atrás na cultura da prevenção dessas doenças. O momento é de reforçar a importância do autocuidado, dos exames preventivos, e dos benefícios do diagnóstico precoce junto à população.

Margareth Dalcolmo, médica pneumologista da Fiocruz, é premiada durante 5º FILIS

A especialista foi agraciada com a terceira edição do prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld, reconhecimento da Abramed pela sua atuação durante a pandemia de covid-19

Há três anos a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) instituiu o prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld durante a realização anual do FILIS (Fórum Internacional de Lideranças da Saúde) a fim de homenagear profissionais que fomentam o desenvolvimento e a melhoria da saúde no Brasil. Nesta edição de 2021, a homenageada foi Margareth Dalcolmo, médica pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“Neste ano a Abramed conferiu o prêmio à doutora Margareth reconhecendo sua inestimável contribuição ao combate da pandemia especialmente pelo compartilhamento de informações científicas corretas e confiáveis com toda a população tanto sobre as características da doença quanto sobre as mais seguras formas de proteção”, disse Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed ao entregar o prêmio.

Participando ao vivo da cerimônia, Margareth agradeceu a homenagem. “Esse troféu me deu honra e um enorme sentimento afetivo de pertencimento lembrando, mais uma vez, que a união entre clínica e laboratório nunca esteve tão presente”, disse. 

A especialista aproveitou a oportunidade para vangloriar a atuação de todos os profissionais de saúde que se mostraram prontos e disponíveis para gerir a crise no Brasil. “Esse não é um reconhecimento somente a mim, mas a todos os médicos que mais do que eu estiveram na linha de frente, no SUS e na rede suplementar, e foram exigidos exaustivamente em uma realidade tão adversa como a que enfrentamos há vinte meses”, pontuou agradecendo à Abramed.

Margareth Dalcolmo tem sido uma das grandes porta-vozes da ciência durante todo o período da pandemia, visto que, segundo a Fiocruz, tem mais de 100 artigos científicos publicados nacional e internacionalmente. 

Graduada em medicina pela Santa Casa de Misericórdia de Vitória, tem especialização em Pneumologia Sanitária pela Fiocruz e doutorado em medicina pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Com ampla experiência na condução e participação de protocolos de pesquisa clínica e tratamento da tuberculose e outras microbacterioses, é presidente eleita para a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o biênio 2022-2024.

Prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld

Ao criar o Prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld, a Abramed buscou prestar uma homenagem a este renomado profissional do setor que, por décadas, esteve empenhado em tornar o segmento de diagnóstico mais unido. Médico hematologista e patologista clínico, Luiz Gastão Rosenfeld foi membro da Câmara Técnica da Abramed, além de diretor de Relações Institucionais do DASA e conselheiro do Hospital Israelita Albert Einstein.

Comitê de Proteção de Dados lança Guia de Boas Práticas

Documento está disponível para download e busca auxiliar o processo de adequação à LGPD nas empresas de medicina diagnóstica

6 de outubro de 2021

Visando sempre enfatizar a importância de comportamentos éticos, transparentes e vitais para a evolução da sustentabilidade do sistema de saúde, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) acaba de lançar, por meio do Grupo de Trabalho (GT) de Proteção de Dados, o Guia de Boas Práticas em Proteção de Dados para o Setor de Medicina Diagnóstica.

O documento – que está disponível para download AQUI – traz as bases legais para o tratamento de dados sensíveis, apresenta detalhes sobre como atender aos direitos dos titulares, e aborda o compartilhamento de dados de saúde com as operadoras. Além disso, contribui diretamente com a gestão corporativa ao abordar a proteção de dados pessoais no contexto dos recursos humanos e as práticas comerciais em marketing.

“Para garantir a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas devem criar estratégias administrativas, mecanismos jurídicos e tecnológicos e identificar responsabilidades, prevenindo e antecipando riscos. Para apoiar nossos associados e demais empresas do setor no processo de adequação à lei, preparamos esse guia com uma linguagem simples e exemplos práticos. Trata-se de uma ferramenta consultiva para diferentes áreas das corporações”, pontua Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Devido à relevância do tema, em reunião realizada dia 23 de setembro, Milva Pagano, diretora-executiva da Associação, mencionou o interesse da entidade em transformar o GT de Proteção de Dados em um Comitê permanente na entidade. “Os grupos de trabalho têm ação específica e tempo pré-determinado de atuação. E o GT de Proteção de Dados foi iniciado com essa perspectiva. Porém, agora, a proposta é que ele evolua para um Comitê permanente envolvendo não somente membros dos departamentos jurídicos dos nossos associados, mas profissionais das áreas de tecnologia e segurança da informação. Assim poderemos ampliar as discussões”, disse.

Cibersegurança

A fim de promover conhecimento sobre a criação de um ambiente virtual seguro, a reunião de 23 de setembro contou com a participação de Domingo Montanaro, perito em TI e cofundador da Ventura Enterprise Risk. O especialista apresentou a palestra “Riscos e prevenção no uso de dados no setor de medicina diagnóstica”.

“Precisamos tratar desse assunto que é recorrente e não se refere apenas à segurança do dado em si. Temos acompanhado, na Europa, que as instituições de saúde muitas vezes são as mais atingidas com a interrupção dos serviços e o sequestro de dados”, disse Rogéria Leoni Cruz, diretora jurídica e Data Protection Officer do Hospital Israelita Albert Einstein, ao iniciar a reunião e apresentar Montanaro.

Explicando em detalhes as ameaças do ransomware – software de extorsão utilizado por quadrilhas digitais para sequestrar sistemas e exigir um resgate para a liberação em ataques cada vez mais recorrentes – o especialista fez alguns apontamentos bastante interessantes.

“Tratávamos de dois a três casos de ransomware por ano. Hoje estamos tratando dez ou doze. Essas gangues que executam os ataques estão conseguindo bilhões de dólares em pagamentos e se antes eles apenas interrompiam as operações, hoje conseguem também copiar uma grande massa de dados das corporações”, declarou. 

Algumas empresas, a fim de se precaver desse tipo de incidente, podem dedicar muitos esforços na criação e atualização constante de um backup, mas nem sempre isso é suficiente. O especialista exemplificou com o caso de uma companhia que tinha um backup ideal, porém a restauração poderia demorar 21 dias. “Nesse caso a empresa pagou o resgate não porque não tinha os dados, mas porque não podia aguardar três semanas para retomar sua operação. Então é importante analisar o tempo da restauração do backup”, declarou.

Outro ponto que foi abordado por Montanaro é que atualmente essas quadrilhas não planejam quem vão atacar, ficam escaneando a rede em busca de uma oportunidade. “Cerca de 80% dos casos de ransomware a quadrilha não escolheu o alvo”, pontuou. São tantos ataques nos Estados Unidos gerando bilhões de dólares em pagamentos de resgate que o Tesouro Nacional resolveu se posicionar quanto a essas ações.

O que as empresas precisam fazer para prevenir esses ataques?

O primeiro passo, na opinião do especialista, é reconhecer os erros. “Estamos colocando motores cada vez mais potentes sem melhorar os pneus, a suspensão, o câmbio e sem instalar airbag, extintor e cinto de segurança”, disse. Além disso, é preciso entender que o risco cibernético é intransferível e que a responsabilidade não é apenas das áreas de TI e segurança da informação.

Na sequência, existem algumas perguntas que precisam ser feitas olhando para o ambiente interno:

  • Quem está preocupado com o tema?
  • Quais são os ativos mais importantes da empresa?
  • Quem são os adversários?
  • Quais são as ameaças?
  • Qual a estratégia de combate a ameaças cibernéticas?

E o interessante é que esses questionamentos sejam debatidos junto ao conselho que, inclusive, segundo Montanaro, deve sempre ter pelo menos um membro bastante familiarizado com o assunto. “Além disso, é preciso ter um comitê com uma linha direta ao conselho”, disse.

Em sua apresentação, o especialista mencionou uma palestra de Ronald Sugar, que atuou como presidente do Conselho e CEO da Northrop Grumman até 2010, sobre todo esse cenário de cibersegurança, sugerindo que todas as pessoas que estão inseridas nesses projetos assistissem. Essa palestra está disponível no YouTube e você pode vê-la clicando AQUI.