Em reportagem do Jornal Nacional sobre testagem de covid-19 no Brasil, Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed falou sobre a questão dos reagentes utilizados para a identificação da existência do material genético do coronavírus nos exames não serem produzidos no país.
“Hoje os laboratórios privados já têm uma capacidade de produção maior, mas são emperrados por uma dificuldade de obter os reagentes para extração do RNA. A gente é dependente da indústria internacional”, explicou.
A entrevista da executiva também foi veiculada no Jornal Hoje.
A diretora-executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins,
teve seu artigo “É preciso vencer a pandemia sem negligenciar outras doenças”
publicado no Estadão nessa segunda-feira (29/06).
Confira o texto na íntegra:
É preciso vencer a pandemia sem
negligenciar outras doenças
Viver um momento histórico é desafiador. A pandemia de
COVID-19 estremeceu sistemas de saúde e gerou um medo generalizado que fez os
cidadãos passarem a se preocupar apenas em evitar a infecção pelo novo
coronavírus, deixando de lado outros tantos aspectos de saúde fundamentais para
uma vida com qualidade.
Os hospitais viram os atendimentos eletivos caírem
vertiginosamente; laboratórios clínicos e clínicas de diagnóstico por imagem – serviços
também essenciais – registraram redução expressiva de demanda; a imunização da
população, em diferentes faixas etárias, teve queda em todo o mundo. Então qual
será o reflexo disso no futuro, já que outras doenças não esperam a pandemia
passar para se manifestarem?
Teremos uma avalanche de problemas de saúde relacionados ao
agravamento de doenças que deveriam ter sido diagnosticadas, monitoradas e
tratadas oportunamente. Poderemos enfrentar outra enxurrada de óbitos que
poderiam ter sido evitados com diagnóstico precoce e manutenção dos
atendimentos.
Estudo inglês recentemente publicado pelo The British Medical Journal
sugere que a mortalidade por câncer pode aumentar até 20% por conta da pandemia
de COVID-19. Obviamente que uma parcela desses óbitos estará ligada a pessoas
em tratamento oncológico e, portanto, com deficiências imunológicas, infectadas
pelo novo coronavírus. Mas outra parcela significativa diz respeito a pessoas
que terão seus diagnósticos atrasados ou paralisaram seus tratamentos por conta
de todas as atenções em saúde estarem voltadas aos casos de COVID-19.
Outro estudo, desta vez divulgado no British
Journal of Surgery, diz que mais de 28 milhões de cirurgias eletivas serão
canceladas em todo o mundo devido à pandemia. Mesmo que a maioria desses
procedimentos esteja relacionada a especialidades que não a oncologia, qual será
o impacto disso para pacientes que terão suas condições deterioradas devido à
paralisação? Como enfrentar uma pandemia sem deixar rastros tão sombrios?
Nos Estados Unidos, os sistemas de emergência identificaram
um aumento gigantesco de mortes por infarto em casa. Com medo do novo
coronavírus, as pessoas deixaram até mesmo de procurar a emergência médica ao
sentir sintomas já tão conhecidos como dor no peito, formigamento do braço
esquerdo e náuseas. No Brasil, ainda não temos dados para afirmar que houve
aumento no número de óbitos por doenças cardiovasculares, mas os hospitais já
mostram que o número de atendimentos caiu, o que gera essa percepção de que
estamos seguindo o mesmo caminho negativo trilhado pelos norte-americanos.
O que precisamos, de fato, é reforçar para a população que,
sim, o novo coronavírus é altamente contagioso, que ficar em casa e evitar o
contato com outras pessoas é o melhor caminho para combater a disseminação e
achatar a curva. Porém, devemos também educá-las no sentido de que outras
situações de saúde não devem ser negligenciadas.
O ficar em casa não é válido quando há um tratamento em
curso, não é válido quando existem sintomas consideráveis que devem ser
analisados por profissionais de saúde. Não é válido, tampouco, quando o
paciente está em uma investigação e tem, em mãos, pedidos de exames que podem
auxiliar no entendimento do seu estado de saúde e na tomada de decisões
terapêuticas.
Os equipamentos de saúde estão trabalhando para garantir a
segurança da população. Assim, tanto hospitais quanto redes de laboratórios
criaram estratégias para separar casos suspeitos de infecção pelo novo
coronavírus de pacientes com outras queixas e patologias.
Com a telemedicina aprovada e já instituída para diversos
atendimentos, os pacientes não devem temer. Em caso de sintomas mais simples,
podem recorrer aos atendimentos virtuais e, assim, o médico do outro lado da
tela saberá instruir se essa pessoa deve ou não procurar ajuda presencial. E
para casos que desde os primeiros sintomas soam mais sérios, não deve haver
hesitação. Buscar ajuda é primordial.
Mesmo em uma pandemia, as pessoas precisam monitorar suas
condições de saúde e sentirem-se seguras para intervir quando for preciso. Aqui
o medo em nada ajuda, apenas atrapalha.
* Priscilla Franklim Martins é diretora-executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed)
A CBN Londrina noticiou levantamento da Abramed sobre redução
na busca de exames diagnósticos no país durante a pandemia de coronavírus. Laboratórios
e clínicas de diagnóstico por imagem estão com queda de até 90% na busca por atendimentos.
De acordo com a diretora executiva da Abramed, Priscilla Martins, as empresas de diagnóstico são de pequeno porte e tendem a não suportar esse período de pandemia e recesso.
Em entrevista à Rádio, Priscilla Martins ressaltou que as clínicas estão preparadas para receber os pacientes com todos os cuidados preventivos à transmissão do novo Coronavírus.
Posicionamento da Abramed
sobre irregularidades na realização de testes para COVID-19 fecha reportagem do
Jornal Nacional no último sábado (13). O telejornal destacou que a associação
já alertou as autoridades e órgãos competentes sobre os testes que estão sendo
realizados em locais inadequados.
Laboratórios, hospitais e operadoras de planos de saúde estão
em condições de atender procedimentos eletivos. Esse é o tema de matéria
publicada na edição impressa de hoje (11) do Jornal O Globo. O veículo
conversou com a diretora-executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins,
sobre o setor de medicina diagnóstica nesse cenário.
“O movimento laboratorial caiu 70%, isso porque podem atender
a domicílio. Em exames de imagem, a quantidade foi maior. A medida é oportuna,
nosso setor foi muito bem impactado pela crise”, disse a executiva em
entrevista.
Confiabilidade dos exames para
diagnóstico de Covid-19 é tema de matéria publicada na Época nesta sexta-feira
(5). A equipe de jornalismo do veículo conversou com a diretora-executiva da
Abramed, Priscilla Franklim Martins, que falou sobre a expansão da oferta dos
testes.
À Época, a Abramed destacou a recomendação de que as empresas que optam pelos sorológicos para seus funcionários busquem parcerias com laboratórios e profissionais qualificados para uma utilização segura. O mesmo vale para o público em geral. “A melhor pessoa para definir o teste a fazer é o médico. É ele quem tem autonomia para prescrever o exame a partir da conversa com o paciente, do entendimento dos sintomas e do tempo de contato”, disse Priscilla.
A matéria também destacou o Programa
de Avaliações de Kits para Coronavírus, desenvolvido por meio de parceria
entre Abramed, CBDL, SBAC e SBPC/ML.
Leia a matéria na íntegra: https://bityli.com/C1Qju
Segundo matéria publicada na
edição impressa do jornal O Globo no dia 21/5, o BNDES estuda criar uma linha
de crédito específica para hospitais e laboratórios privados que enfrentam
dificuldades financeiras durante pandemia do novo coronavírus.
Priscilla Franklim Martins,
diretora-executiva da Abramed, falou ao veículo sobre ociosidade dos
laboratórios e clínicas de imagem, que varia de 70% a 90%, no decorrer da
crise. “Acreditamos que, para manter o setor hoje, precisaríamos de uma linha
de crédito entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões”, destacou a executiva em
entrevista.
No dia 14 de maio, a Rádio CBN transmitiu reportagem destacando que apenas 200 dos 8 mil estabelecimentos filiados à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias já disponibilizam testes rápidos para Covid-19. De acordo com o veículo, a preocupação das empresas é com o índice de confiabilidade, que determina as chances dos exames darem um resultado errado.
Para falar sobre o tema, a CBN conversou com Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, que durante a entrevista enfatizou que “além dos resultados confiáveis, é preciso garantir que em qualquer tipo de teste realizado para o diagnóstico da Covid-19 seja feito por profissionais laboratoriais”.
Em matéria sobre a realização de exames para diagnóstico de Covid-19 no Brasil, a Veja noticiou reunião por videoconferência comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate ao coronavírus. O encontro on-line aconteceu em maio e contou com a participação do presidente do Conselho de Administração, Wilson Shcolnik.
Na ocasião, o executivo destacou que cerca de 15 laboratórios privados realizam testes moleculares (RT-PCR) e estima que 20 a 25 mil exames estejam sendo analisados por dia nesses laboratórios. Ele também ressaltou o gargalo do compartilhamento de informações com as secretarias estaduais e municipais de saúde, e disse que os laboratórios iniciaram contato com o Datasus para enviar dados para as redes.
Durante a pandemia do novo coronavírus, muitos brasileiros estão deixando de se prevenir de outras doenças comuns no país, como hipertensão, diabetes e câncer. Os exames de rotina são fundamentais no diagnóstico e permitem que o organismo fique melhor monitorado e protegido de uma série de condições.
Diante da relevância do tema, o Band Cidade, da Band Bahia, abordou a queda da procura por exames tradicionais. Para entender como esses procedimentos são realizados durante a pandemia, o telejornal conversou com a diretora-executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins. “Todos os requisitos de segurança foram redobrados. Existem fluxos diferenciados para pacientes com Covid-19, que não ficam em contato com outros pacientes”, garantiu.