Casos de covid-19 na rede privada disparam 46% entre Carnavais de 2023 e 2024, segundo Abramed

Neste ano, apesar da menor quantidade de exames realizados em relação a 2023, a positividade foi maior, chegando a 34%.

21/02/2024 – O número de exames positivos de covid-19 realizados na rede privada cresceu 46% na comparação entre os Carnavais de 2023 e 2024. Os dados são das empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representam cerca de 65% do volume total de exames realizados na saúde suplementar no Brasil.

Considerando duas semanas (a que antecede o Carnaval e a do feriado em si), em 2023 foram realizados 44.352 exames, com 8.948 positivos, o que representa 20% do total. Já em 2024, apesar da menor quantidade de exames realizados, 38.544, o número de positivos foi bem maior, chegando a 13.046, ou seja, 34% do total de exames realizados.

Dados semanais 2024

Comparando as semanas de 4 a 10 de fevereiro e de 11 a 17 de fevereiro, a taxa de positividade se manteve estável, em 34%, a maior das últimas 6 semanas, embora o número de pessoas com a doença cresceu 10%, de 6.210 para 6.836. Em termos de quantidade de exames, houve um aumento de cerca de 12%, de 18.172 para 20.372.

Nas últimas 6 semanas, de 7 de janeiro a 17 de fevereiro, foram realizados 74.729 exames de covid-19, com 22.329 positivos (29,9% de positividade na média).

“Importante lembrar que as associadas à Abramed enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde. Essas informações são essenciais para avaliar a situação da doença e orientar as medidas de saúde pública. Defendemos que os exames sejam feitos em laboratórios clínicos, que oferecem precisão, testes mais abrangentes e conformidade com padrões de qualidade”, declara Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Vale ressaltar, ainda, que a pesquisa realizada pela entidade não apresenta dados separados por regiões do país, ou seja, todos os números estão disponíveis apenas ao nível Brasil, sem qualquer recorte local.

Veja abaixo as tabelas

ABRAMED – Exames e positividade – Covid-19 (Carnaval 2023 e 2024)

  ExamesVar. %Positivos Var. %Taxa
Carnaval 2023Semana 1        21.618 –         3.995 – 18%
Semana 2        22.734 –         4.953 – 22%
Total        44.352          8.948  20%
Carnaval 2024Semana 1         18.172 -16%        6.210 55%34%
Semana 2        20.372 -10%        6.836 38%34%
Total        38.544 -13%      13.046 46%34%

ABRAMED – Exames e positividade – Covid-19

 Semana
 14/01 a 20/0121/01 a 27/0121/01 a 27/0128/01 a 03/0204/02 a 10/0211/02 a 17/02Total 6 semanas*
Nº de exames realizados            7.638            8.143          8.143            12.129                18.172                    20.372                  74.729
Taxa de positividade24%26%26%30%34%34%29,9%
Número positivos1.7992.1422.1423.6766.2106.836                  22.329

* a taxa de positividade total é a média ponderada do período

Aumento número de exames na última semana: 12%

Aumento número de positivos na última semana: 10%

Em uma semana, cresce 21% o número de exames de dengue realizados na rede privada, segundo Abramed

A comparação é entre a semana de 14 a 20 de janeiro e a semana de 21 a 27 de janeiro. A positividade pode ser considerada estável: foi de 25% para 24%.

O número de exames de dengue realizados na rede privada aumentou 21% em uma semana, de acordo com as associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representam cerca de 65% do volume de exames realizados na saúde suplementar no Brasil. A comparação é entre a semana de 14 a 20 de janeiro e a semana de 21 a 27 de janeiro de 2024 (última atualização dos dados). A positividade pode ser considerada estável: foi de 25% para 24%.

Comparando a semana de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024 (10.916) e a semana de 21 a 27 de janeiro de 2024 (21.984), o aumento é de mais de 101% na quantidade de exames realizados no período de quatro semanas. Apesar do crescimento, a positividade é a mesma: 24%. 

Desde a semana de 23 a 30 de dezembro de 2023, o número de exames de dengue vem subindo, enquanto a positividade tem variado entre 22% e 25%. Esses números mostram que as pessoas estão buscando a confirmação do diagnóstico ao sentirem sintomas associados à doença, como febre alta, dores musculares, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

“Se o risco de uma epidemia de dengue se concretizar, o papel do laboratório clínico para avaliar o risco de hemorragias será fundamental para evitar mortes”, explica Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Exames

O exame laboratorial é crucial para diferenciar doenças que têm os mesmos sintomas, como a dengue, a zika e a Chikungunya. Shcolnik explica que, nos estágios iniciais da dengue, até o quinto dia após o início dos sintomas, é feita a pesquisa de antígeno do vírus. E entre o décimo e o décimo quarto dia, é possível identificar a presença de anticorpos.

Como há quatro sorotipos de vírus da dengue circulando no Brasil (um, dois, três e quatro), há reagentes que possibilitam identificar todos juntos, não um de cada vez, o que facilita o processo de diagnóstico. 

Os profissionais de saúde utilizam vários métodos laboratoriais, sendo o ELISA (enzimaimunoensaio) um dos mais comuns, por ser muito sensível e específico para detectar a presença de antígenos ou anticorpos em uma amostra biológica, como o sangue.

No caso da dengue, o ELISA é usado para detectar o NS1 (antígeno do vírus) ou os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico em resposta à infecção pelo vírus. O NS1 é uma proteína viral produzida durante a infecção aguda e sua presença no sangue indica uma infecção ativa. 

No entanto, Shcolnik alertou que a identificação do sorotipo responsável pela infecção requer testes mais sofisticados, geralmente realizados em estudos epidemiológicos. “Além do teste específico para dengue, é fundamental também realizar a contagem de plaquetas e avaliar o estado de hidratação do paciente. Abaixo de 40 mil plaquetas há risco de sangramento, identificando dengue hemorrágica”, alerta Shcolnik.

Importante lembrar que com a chegada das altas temperaturas e da temporada de chuvas, aumenta a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, gerando uma grande preocupação, especialmente após o recorde histórico de 1.017 mortes em 2022 e um continuado aumento de casos em 2023. 

Além disso, as mudanças climáticas, incluindo fenômenos como o El Niño, têm contribuído para a expansão do vetor em regiões antes consideradas menos propensas à disseminação da dengue, como Centro-Oeste e Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Vale ressaltar que os laboratórios clínicos associados à Abramed enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde. Essas informações são essenciais para avaliar a situação da doença e orientar as medidas de saúde pública. 

Quantidade de exames de Covid-19 realizados na rede privada cresce 12,8%, segundo Abramed

Na comparação entre as últimas duas semanas, o número de exames subiu de 6.714 para 7.580; já a taxa de positividade foi de 19% para 22%

O número de exames de Covid-19 realizados na rede privada registrou aumento de 12,8% na comparação entre a semana de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024 e a semana de 7 a 13 de janeiro de 2024, segundo os associados à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representam cerca de 65% do volume de exames realizados na saúde suplementar no Brasil.

Na comparação entre as semanas, a quantidade de exames de Covid-19 subiu de 6.714 para 7.580. Já a taxa de positividade foi de 19% para 22%. Mesmo com esse aumento, os dados sofreram uma variação leve, revelando certa estabilidade no período.

No total das últimas seis semanas (de 2 de dezembro de 2023 a 13 de janeiro de 2024), foram realizados 43.135 exames, com taxa de positividade média de 21,7%. Na comparação entre essas seis semanas, o número de exames atingiu o pico de 9 a 15 de dezembro de 2023, com 13.012 exames realizados e 23% positivos, também a maior positividade do período. 

Já a menor quantidade de exames e a menor taxa de positividade nas últimas seis semanas aconteceram justamente na semana de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024. Foram 6.714 exames e 19% positivos.

Com relação às expectativas para o Carnaval, que acontecerá entre 10 e 13 de fevereiro, o número de exames de Covid-19 realizados deve cair, devido aos festejos e ao feriado, acompanhando o movimento de 2022 e 2023. Também nesses anos não se observou nenhum crescimento imediatamente após o Carnaval.

Vale lembrar que a Abramed desempenha um papel fundamental na compilação e no registro de dados relacionados à evolução da Covid-19. Os laboratórios clínicos associados enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde.

Essas informações são essenciais para avaliar a situação da pandemia e orientar as medidas de saúde pública. A entidade também enfatiza a importância de seguir as diretrizes de prevenção e cuidados para combater a propagação do vírus e proteger a saúde de todos.

Abramed chama atenção para uma possível epidemia de dengue no Brasil

O número de exames realizados pelas empresas associadas cresceu mais de 77% em quatro semanas, segundo dados preliminares

Com o período de altas temperaturas e a temporada de chuvas, na maior parte do Brasil, aumenta a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, gerando uma grande preocupação, especialmente após o recorde histórico de 1.017 mortes em 2022 e um continuado aumento de casos em 2023. 

Além disso, as mudanças climáticas, incluindo fenômenos como o El Niño, têm contribuído para a expansão do vetor em regiões antes consideradas menos propensas à disseminação da dengue, como Centro-Oeste e Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) destaca a gravidade do risco de uma epidemia de dengue, a importância da conscientização da população sobre as medidas preventivas e a relevância dos serviços de diagnóstico médico na identificação e tratamento da doença. “Caso esse cenário se concretize, os laboratórios clínicos terão papel fundamental na avaliação do risco de hemorragias, o que é crucial para evitar mortes”, declara Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da entidade.

De acordo com dados preliminares fornecidos pelas associadas à Abramed, observou-se um alarmante aumento de mais de 77% no número de exames de dengue realizados na rede privada em um período de quatro semanas, compreendido entre 16 de dezembro de 2023 e 13 de janeiro de 2024.

Na semana de 16 a 22 de dezembro de 2023, foram realizados 8.606 exames de dengue, sendo 18% positivos, enquanto de 7 a 13 de janeiro de 2024 foram 15.246 exames, com 22% positivos. Em relação à positividade, a porcentagem variou entre 18% e 24% nas quatro semanas em questão, atingindo o maior valor na semana de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro de 2024 (24%). 

Os números mostram que as pessoas estão buscando a confirmação do diagnóstico ao sentirem sintomas associados à doença, como febre alta, dores musculares, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

A associação reitera seu compromisso em colaborar com as autoridades de saúde, profissionais do setor e a sociedade em geral, visando a implementação de estratégias eficazes para enfrentar essa questão de saúde pública e minimizar os impactos sobre a população brasileira.

Comparação anual

Comparando as duas primeiras semanas epidemiológicas de 2023 e 2024, o número de exames registrou crescimento, mas o número de infectados se manteve praticamente constante. Na primeira semana epidemiológica de 2023, foram realizados 9.744 exames, com 2.583 positivos, enquanto na primeira semana epidemiológica de 2024 foram 10.916 exames, com 2.666 positivos. A variação em exames realizados foi de 12%, enquanto na positividade foi de 3%.

Na segunda semana epidemiológica de 2023, foram realizados 11.002 exames, com 3.418 positivos, enquanto na segunda semana epidemiológica de 2024 foram 15.246 exames, com 3.365 positivos. A variação em exames realizados foi de 39%, enquanto na positividade foi de -2%.

Vale ressaltar que os laboratórios clínicos associados à Abramed enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde. Essas informações são essenciais para avaliar a situação da doença e orientar as medidas de saúde pública. 

Entidades se unem em campanha de valorização dos laboratórios clínicos em prol da segurança dos pacientes

SBPC/ML, Abramed, SBAC, CBDL e APBM criaram a campanha #EuConfioNoLaboratório após publicação de norma que autoriza a realização de exames de análises clínicas em farmácias e consultórios

Para evidenciar a expertise e a precisão diagnóstica dos laboratórios clínicos e esclarecer a população, auxiliando nas melhores decisões com relação à saúde, as cinco principais entidades médicas do setor se juntaram para criar a campanha nacional #EuConfioNoLaboratório. A ação conjunta envolve a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e a Associação Paulista de Biomedicina (APBM).

A motivação foi a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 786/2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que entrou em vigor no dia 1 de agosto, permitindo a realização de exames de análises clínicas, em caráter de triagem, em farmácias e consultórios, os chamados testes rápidos. 

As entidades entendem que a nova norma é importante, mas chamam atenção para a garantia de rigorosos procedimentos de qualidade, que ofereçam precisão e confiabilidade aos resultados dos exames. Segundo elas, há um risco de a população fazer uso de exames por curiosidade ou conveniência.

“A nova RDC gerou muitas dúvidas, tanto nos profissionais da área, quanto nos cidadãos. Os laboratórios já têm a expertise de triagem e diagnóstico […] e é essa qualidade que traz segurança aos pacientes”, afirma o presidente da SBPC/ML, Fábio Brazão, que continua: “A busca contínua por qualidade do serviço é o que norteia nosso trabalho. Vamos seguir em frente acreditando nos laboratórios e oferecendo o melhor para a saúde da população”, diz.

Para o diretor de relações institucionais da SBPC/ML, Wilson Shcolnik, é histórica a junção de tantas sociedades científicas trabalhando em prol de um único objetivo: evidenciar a importância do trabalho laboratorial. “É estranho que esta nova diretriz na RDC apareça justo nesse momento, quando o laboratório ganha relevância e visibilidade em tempos de pandemia”, questiona ele.

Shcolnik, que também é presidente do Conselho de Administração da Abramed, declara que o desafio agora é mostrar o valor dos exames de laboratório, desde a promoção e prevenção de doenças até o diagnóstico, pela sua precocidade, possibilitando tratamentos que vão beneficiar os pacientes e trazer desfechos favoráveis, além de cura ou reabilitação. “Muitos nos acusam de realizar muitos exames ou de que os resultados não são acessados. Agora, iniciaremos uma campanha para dar voz aos representantes do setor, de modo que o laboratório tenha o seu valor bem declarado para toda a sociedade”, reforça.

Por sua vez, o presidente da CBDL, Carlos Eduardo Gouvêa, ressalta que o laboratório é o ponto de encontro entre pacientes e a medicina para diagnósticos mais precisos. “Depois da pandemia da Covid-19, o valor do diagnóstico ficou mais claro que nunca. Precisamos valorizar ainda mais o serviço que alicerça esses dados e, dessa forma, ter acesso a terapias cada vez mais precisas. É o laboratório que traz o cidadão lá da ponta da cadeia da saúde para ter visibilidade de fato, possibilitando-lhe um diagnóstico”, diz.

De acordo com a presidente da SBAC, Dra Maria Elizabeth Menezes, é muito importante disseminar a informação correta à população e que todos fiquem cientes da diferença entre Exames de Análises Clínicas – EAC realizados fora do laboratório (farmácia e consultório isolado) os chamados “teste de triagem” e exames realizados no laboratório (RDC786/2023). “Os exames realizados em laboratório precisam cumprir uma série de exigências sanitárias para a segurança do paciente. Sendo assim, fica nítida a importância da  campanha de valorização dos laboratórios uma vez que o resultado do exame laboratorial norteia a conduta clínica e o manejo do paciente”.

No vídeo abaixo, os presidentes das cinco maiores entidades do mercado de análises clínicas compartilham informações sobre o que torna os laboratórios tão essenciais para a saúde e o bem-estar de todos nós.

[Acesse o vídeo oficial da campanha]

Para orientar a população em geral, a campanha “Eu Confio no Laboratório” conta com um site próprio (www.euconfionolaboratorio.com.br), cujo propósito é fornecer informações transparentes e acessíveis sobre a realização de exames laboratoriais. A ideia é esclarecer dúvidas e ajudar as pessoas a tomarem decisões mais acertadas para cuidar de sua saúde.

No dia 4 de agosto, foi divulgado um vídeo de posicionamento, dando início à campanha. O engajamento inicial alcançou 331 mil contas, com mais de 12 mil interações e mais de 11 mil likes. O vídeo também pode ser acessado através do site. 

Número de exames de covid-19 realizados na rede privada e taxa de positividade se mantêm estável

Segundo dados da Abramed, a taxa de positividade na semana de 25 de novembro a 1 de dezembro chegou a 19,2%

Na semana de 25 de novembro a 1 de dezembro de 2023, foram realizados pelas empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) 11.716 exames de covid-19, com taxa de positividade de 19,2%. Os associados à Abramed representam cerca de 65% do volume de exames realizados na saúde suplementar no Brasil.

Esse resultado demonstra um ligeiro aumento no número de exames realizados em comparação à semana anterior e uma estabilidade na quantidade de positivos. De 18 a 24 de novembro, foram realizados 11.159 exames, com taxa de positividade de 19,5%. Essa pequena diferença pode ser considerada uma flutuação normal.

A última vez que a taxa de positividade ficou acima dos 30% foi na semana de 21 a 27 de outubro. Desde então, vem diminuindo e está abaixo de 20%.

Vale lembrar que a entidade desempenha um papel fundamental na compilação e no registro de dados relacionados à evolução da Covid-19. Os laboratórios clínicos associados enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde.

Essas informações são essenciais para avaliar a situação da pandemia e orientar as medidas de saúde pública. A entidade também enfatiza a importância de seguir as diretrizes de prevenção e cuidados para combater a propagação do vírus e proteger a saúde de todos.

Abramed destaca a importância de nova lista de exames para diagnósticos essenciais publicada pela OMS

Foram incluídos três novos testes para o vírus da Hepatite E e a recomendação de dispositivos de monitoramento de glicose

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a Lista de Diagnósticos Essenciais (EDL) de 2023, com exames laboratoriais considerados essenciais para identificar e diagnosticar diversas condições de saúde, baseados em evidências científicas. A recomendação é que ela seja usada como um guia para os países escolherem os melhores testes de diagnósticos in vitro (DIV). O objetivo é garantir que os sistemas de saúde em todo o mundo tenham acesso aos exames mais eficazes e atualizados para melhorar o diagnóstico precoce e o tratamento de várias doenças.

Este ano, a lista apresenta duas novidades. Uma delas é a inclusão de três novos testes para o Vírus da Hepatite E (HEV), incluindo um teste rápido, visando facilitar o diagnóstico e a vigilância da infecção por HEV. A hepatite E, que ocorre globalmente em casos esporádicos, pode levar a complicações graves, sendo a inclusão vital para a gestão eficaz de surtos, especialmente dada à subnotificação dessa infecção. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil.

A segunda é a recomendação para incluir dispositivos de monitoramento de glicose de uso pessoal juntamente com as orientações médicas existentes para diabetes. Esta sugestão visa aprimorar o gerenciamento da doença e reduzir resultados negativos, considerando que a diabetes é uma doença crônica que causou 1,5 milhão de mortes no mundo em 2019, segundo a OMS, com maior impacto nos países de rendimento médio-baixo. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem, no Brasil, mais de 16,8 milhões de adultos (20 a 79 anos) com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. O país ocupa a quinta colocação em número de casos no mundo.

Além dessas atualizações, o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Diagnóstico In Vitro da OMS (SAGE IVD) revisou 12 solicitações para a EDL de 2023, recomendando a inclusão de oito novos DIVs e modificações em testes já listados, abrangendo condições como tuberculose, HIV e diabetes melito.

Outros testes recentemente incorporados à lista abrangem distúrbios endócrinos, saúde reprodutiva, materna e neonatal, e saúde cardiovascular, proporcionando uma abordagem abrangente para diagnósticos in vitro.

“Essa publicação da OMS evidencia o reconhecimento do valor dos exames laboratoriais para os sistemas de saúde, seja para o diagnóstico precoce, seja para o gerenciamento de doenças crônicas”, salienta Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Segundo ele, a inclusão de novos testes na lista não apenas reflete a evolução constante da medicina diagnóstica, mas também reforça a importância de fornecer ferramentas atualizadas e eficazes para a identificação precoce e o manejo adequado de condições de saúde críticas. “A Abramed está atenta a esses avanços e continuará colaborando ativamente com os órgãos reguladores e instituições do setor para garantir que as inovações em diagnóstico beneficiem a população brasileira”, completa.

Orientação 

A Lista de Diagnósticos Essenciais, atualizada a cada dois anos, não impõe prescrições, mas visa apoiar os países na melhoria do acesso aos diagnósticos in vitro, fornecendo um quadro político para decisões informadas nas Listas de Diagnósticos Essenciais nacionais. Com a recente resolução 76.5 da Assembleia Mundial da Saúde (WHA) incentivando o fortalecimento da capacidade de diagnóstico, os Estados-Membros são instados a considerar estratégias nacionais de diagnóstico, alinhadas com a lista modelo da OMS.

A OMS aconselha e apoia países em todo o mundo na elaboração de suas Listas de Diagnósticos Essenciais, através de webinars, workshops e assistência direta. A lista, além de orientar as políticas nacionais de diagnóstico, fornece diretrizes para priorizar os DIVs em diferentes níveis do sistema de saúde, informando também agências da ONU, organizações não governamentais e setores privados sobre as necessidades prioritárias para enfrentar desafios globais de saúde.

Cresce 30,68% número de exames de Covid-19 realizados pelos associados da Abramed

As empresas privadas realizaram 19.447 exames de Covid-19 na semana de 21 a 27 de outubro, com positividade de 30,6%

De 21 a 27 de outubro, foram realizados pelas empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) 19.447 exames de Covid-19, contra 14.881 registrados na semana anterior, de 14 a 20 de outubro, representando um aumento de 30,68%. O número de exames de Covid-19 feitos de 21 a 27 de outubro é o mais alto das últimas seis semanas.

Já a positividade de 21 a 27 de outubro chegou a 5.948, o que significa 30,6% do total de exames realizados. Na semana de 14 a 20 de outubro foram 4.769 positivos, representando 32% do total. Mesmo com o crescimento de mais de 30% no número de exames na comparação entre as semanas, a taxa de positividade se manteve constante, ao redor de 30%. 

“O aumento no número total de testes de Covid-19 e do número absoluto de testes positivos, mesmo com a manutenção no índice de positividade, mostra o crescimento da circulação do vírus no país. A positividade em 30% é bastante alta, só mais baixa em comparação às épocas de maior incidência dos casos, na segunda e terceira ondas da pandemia”, comenta Alex Galoro, líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed.

Segundo ele, estes dados destacam a necessidade de reforçar as medidas de proteção e prevenção à infecção, incluindo, prioritariamente, a vacinação. “O Brasil ainda mantém baixa cobertura vacinal, deixando a população mais exposta à doença e a casos de maior gravidade”, completa Galoro.

Analisando o ano de 2023, a taxa de positividade mais baixa foi registrada na semana de 24 a 30 de junho: 3,5%. De lá para cá, foi aumentando gradativamente, enquanto o número de exames realizados sofreu variações a cada semana. Desde a semana de 30 de setembro a 6 de outubro, a taxa de positividade vem ficando na casa dos 30%.

Vale lembrar que os associados da Abramed são responsáveis por 65% do volume total de exames realizados na saúde suplementar no Brasil.

A Abramed desempenha um papel fundamental na compilação e no registro de dados relacionados à evolução da Covid-19. Os laboratórios clínicos associados enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde.

Essas informações são essenciais para avaliar a situação da pandemia e orientar as medidas de saúde pública. A entidade também enfatiza a importância de seguir as diretrizes de prevenção e cuidados para combater a propagação do vírus e proteger a saúde de todos.

Inflação impacta mercado de fusões e aquisições em saúde

Análise faz parte da 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação anual da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, que traz o panorama do setor e seus desdobramentos

Nos três anos anteriores à pandemia, as fusões e aquisições no setor de saúde movimentaram R$ 15 bilhões por ano. No entanto, a crise sanitária causada pela Covid-19 trouxe impactos importantes para a economia, como gargalos produtivos, inflação e o aumento do custo de capital, afetando o ritmo e a viabilidade dessas transações.

As fusões e aquisições têm sido uma tendência, envolvendo desde grandes operadoras até clínicas regionais, em busca dos benefícios de escala e produtividade que operações maiores costumam proporcionar no setor de saúde como um todo.

Ao longo de 2021 e 2022, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) analisou uma série de movimentos empresariais no setor de saúde. Dentre as operações anunciadas nesse período, destacam-se as aquisições do Grupo Leforte, Grupo Carmo, Centron (RJ) e Hospital Paraná (Maringá/PR) pela Dasa. Já o Fleury adquiriu o Saha, o CIP e o Grupo Pardini, enquanto a Rede D’Or adquiriu a Sul América Saúde.

Esses e outros dados referentes à conjuntura econômica e sua influência na área de saúde estão reunidos na 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação anual da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, que traz o panorama do setor no país com responsabilidade, transparência e abrangência.

“Estamos enfrentando um cenário de incertezas e desafios no âmbito da saúde suplementar. Para vencê-lo, precisamos reconhecer a importância da medicina diagnóstica, tanto na geração de receitas quanto na geração de despesas, e a necessidade de serviços de qualidade, que mantenham o acesso e o desfecho positivo para os pacientes. Assim, torna-se fundamental termos acesso a dados consistentes e confiáveis para decisões de expansão, seja orgânica ou por fusões e aquisições”, salienta Ademar Paes Junior, membro do Conselho de Administração da Abramed.

A contribuição do painel é única, pois ele se baseia em informações primárias provenientes das empresas associadas, cujo volume de exames corresponde a 65% do total realizado na saúde suplementar brasileira. “A tomada de decisões fundamentada em dados representa o primeiro passo para o sucesso na execução de estratégias corporativas e para superar o cenário de crise que enfrentamos”, acrescenta Paes Junior.

O painel tem ao todo cinco capítulos e 274 páginas, incluindo gráficos e análises sobre desempenho econômico-financeiro, produção assistencial, metodologia de trabalho, iniciativas de ESG, entre outros indicadores referentes a 2022. Tem também informações sobre demografia e conjuntura econômica, panorama do setor de saúde no Brasil e sistemas de saúde no mundo. A publicação pode ser baixada gratuitamente aqui.

Associadas à Abramed realizaram 1,4 milhão de exames de mamografia em 2022

Como representante do setor de medicina diagnóstica privada no Brasil, a Abramed reforça a importância dos exames na prevenção e no combate ao câncer de mama e incentiva as mulheres a conversarem com seus médicos sobre manter a saúde em dia

As empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) realizaram 1,4 milhão de exames de mamografia em 2022, o que equivale a 29% de todos os exames de mamografia feitos pela Saúde Suplementar no Brasil no ano. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizados 4,2 milhões de exames de mamografia.

Considerando o panorama nacional, ou seja, Saúde Suplementar mais SUS, o total de mamografias no Brasil atingiu 9,1 milhões, com a Abramed contribuindo com 16%. Suas associadas representam 65% do volume total de exames realizados pelo setor privado no país.

“Quando as mulheres realizam regularmente os exames de diagnóstico, têm a oportunidade de identificar o câncer em estágios iniciais, o que geralmente leva a tratamentos menos agressivos e a maiores taxas de sobrevivência”, ressalta Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed.

Tanto na campanha Outubro Rosa quanto ao longo de todo o ano, a entidade incentiva as mulheres a conversarem com seus médicos sobre manter os exames em dia. “Eles são uma ferramenta poderosa na promoção da saúde, no aumento da conscientização e na luta contra o câncer de mama”, acrescenta.

A mamografia é um procedimento de imagem que utiliza um mamógrafo para obter radiografias detalhadas da mama. Durante o exame, a mama é cuidadosamente comprimida, o que permite uma distribuição uniforme do tecido mamário e facilita a detecção de possíveis sinais precoces de câncer, como nódulos e microcalcificações.

Este exame é usado tanto como ferramenta de diagnóstico, quando há sinais ou sintomas físicos que levantam suspeitas de câncer de mama e a necessidade de investigação, quanto como uma ferramenta de rastreamento para diagnóstico precoce.

Como representante do setor de medicina diagnóstica privada no Brasil, a Abramed reforça a importância dos exames na prevenção no combate ao câncer de mama, tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer, segundo o World Health Statistics 2007, o “Guia Estatístico em Saúde 2007”. Nessa estratégia, destaca-se a importância da educação da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como do acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde.

O Ministério da Saúde/INCA recomenda que todas as mulheres com idade entre 50 e 69 anos realizem a mamografia de rastreamento uma vez a cada dois anos. Já a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) recomenda a realização anualmente a partir dos 40 anos.