No mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, a Abramed reforça o papel da Medicina Diagnóstica na detecção precoce da doença — um avanço que depende tanto de políticas públicas inclusivas quanto do acesso a tecnologias de imagem de alta precisão.
Um estudo conduzido pelo Instituto Karolinska, na Suécia, e publicado no JAMA Network Open, demonstrou que mulheres que deixaram de realizar mamografias anteriores apresentaram tumores maiores, maior envolvimento linfonodal e menor sobrevida específica. A pesquisa analisou mais de 8,6 mil mulheres e mostrou que aquelas que não compareceram ao rastreamento anterior tinham 1,5 vez mais chance de tumores acima de 20 mm e quase cinco vezes mais risco de metástase à distância. O estudo reforça a importância da regularidade dos exames para evitar atrasos no diagnóstico e aumentar as chances de cura.
No Brasil, o câncer de mama segue como o de maior incidência entre as mulheres, com 73,6 mil novos casos estimados em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o INCA. Apesar de o SUS ter realizado 4 milhões de mamografias em 2024, a cobertura nacional ainda é de apenas 24% das mulheres elegíveis — bem abaixo da meta de 70% recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Para reverter esse cenário, o Ministério da Saúde ampliou o acesso à mamografia no SUS para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas da doença. Essa faixa etária representa 23% dos casos de câncer de mama e agora poderá realizar o exame sob demanda, em decisão compartilhada com o profissional de saúde. A medida integra o programa Agora Tem Especialistas, que prevê unidades móveis em 22 estados, aquisição de equipamentos de biópsia e imagem de última geração e a incorporação de novos medicamentos para o tratamento do câncer de mama avançado.
“Garantir o acesso regular aos exames de imagem e investir nas tecnologias mais avançadas é essencial para que o diagnóstico precoce deixe de ser exceção e se torne regra no cuidado à saúde da mulher”, afirma Milva Pagano, Diretora Executiva da Abramed.
O diagnóstico por imagem — especialmente por meio da mamografia digital e da tomossíntese 3D — é decisivo para identificar lesões em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz e menos invasivo. Para a Abramed, ampliar o rastreamento e investir em inovação diagnóstica são passos complementares para transformar o Outubro Rosa em um movimento permanente de cuidado e prevenção.