Com sucesso, Abramed realiza 1º Bootcamp de Jornalismo em Saúde

Grandes líderes do setor apresentaram dados de mercado para jornalistas das mídias impressa, eletrônica, televisiva e, também, do rádio

15 de Março de 2019

Na sexta-feira, 15 de março, a Abramed realizou a primeira edição do Bootcamp de Jornalismo
em Saúde e reuniu, em sua sede em São Paulo, grandes líderes do setor a fim de levar
informação de qualidade e desmistificar dados falaciosos que são divulgados sobre a saúde
brasileira. Na plateia estiveram jornalistas das mídias impressa, eletrônica, televisiva e,
também, do rádio.

“Nos profissionalizamos e, ao perceber que tanto a sociedade quanto a mídia utilizavam dados
de terceiros, nos mobilizamos e trabalhamos muito para publicar nosso primeiro Painel com o
DNA do Diagnóstico no Brasil”, comentou a presidente do Conselho da Abramed, Cláudia
Cohn, a respeito da publicação lançada em meados de 2018 pela Abramed que, de forma
inédita, consolidou dados da medicina diagnóstica no país.

Após a apresentação de Cláudia, parceiros e representantes de algumas das associadas fizeram
suas apresentações trazendo números relevantes e tirando as dúvidas de todos os
influenciadores presentes. William Malfatti, do Grupo Fleury e que atua como diretor do
Comitê de Comunicação Abramed, fez uma introdução reforçando a importância do combate
às fake news. “Vivemos em uma era de desinformação e epidemia de fake news. Temos, hoje,
o intuito de nos aproximarmos de vocês para divulgação das informações mais adequadas. A
gente trata da saúde e vocês cuidam da comunicação”, disse.

Abrindo a agenda de palestras, Patrícia Holland, diretora-executiva da BP Medicina
Diagnóstica, falou sobre a importância do bom relacionamento dos formadores de opinião
com stakeholders de saúde; Lídia Abdalla, CEO do Sabin e membro do Conselho Deliberativo
da Abramed, fez uma apresentação sobre o impacto e a interação do diagnóstico no apoio à
conduta médica; e Leandro Figueira e Eliezer Silva, respectivamente diretor de relacionamento
da Alliar Médicos à Frente e diretor de medicina diagnóstica do Hospital Israelita Albert
Einstein, apresentaram a responsabilidade do diagnóstico para equilíbrio econômico do
sistema. “Temos, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas trabalhando na área de saúde sendo
que 15% delas estão no setor de medicina diagnóstica”, pontuou Silva.

A programação contou ainda com uma apresentação bastante completa de Wilson Shcolnik,
presidente da SBPC/ML e diretor da Câmara Técnica da Abramed, sobre mitos e verdades no
que tange ao desperdício e à subutilização no segmento de medicina diagnóstica. Na
sequência, Emerson Gasparetto, vice-presidente médico do Dasa, e Gustavo Meirelles, gestor
médico em Radiologia com ênfase em Estratégia e Inovação do Grupo Fleury falaram sobre
inovação em diagnósticos e benefícios aos pacientes.

Encerrando a manhã, o vice-presidente do Conselho da Abramed, Conrado Cavalcanti, fez uma
apresentação bastante valiosa sobre as tendências do setor. Na ocasião, apresentou números
do segmento. “Em 2017 as empresas associadas à Abramed atenderam 30 milhões de
pacientes”, disse ao relembrar que vivemos em uma época de mudança de perfil na qual o
paciente está a cada dia mais empoderado, exigente e engajado.

Devido ao sucesso da primeira edição do Bootcamp de Jornalismo em Saúde, a Abramed
planeja realizar novas edições em um futuro próximo. O intuito é criar um bom canal de
comunicação com a mídia a fim de que todas as informações por ela divulgadas sejam validadas pela Associação que hoje representa 50,2% no volume de exames realizados na saúde suplementar brasileira.

Cláudia Cohn e executivos das associadas Abramed estão entre os 100 Mais Influentes da Saúde

Premiação foi realizada no encerramento da SAHE 2019 para homenagear líderes da saúde no país

15 de Março de 2019

A sétima edição da premiação 100 Mais Influentes da Saúde, que reconhece o desempenho e a dedicação de líderes do segmento, foi realizada pelo Grupo Mídia na noite de 14 de março. A cerimônia, que encerrou a edição 2019 da SAHE (South America Health Exhibition), nomeou Cláudia Cohn, presidente do Conselho da Abramed, na categoria Entidades Setoriais. Além de Cláudia, diversas empresas associadas tiveram seus executivos subindo ao palco para receber prêmios em outras cinco categorias.

“Agradeço toda a diretoria do Grupo Mídia pelo reconhecimento do nosso trabalho. Seguiremos engajados em influenciar a melhoria da saúde no Brasil usando o modelo de empresas éticas, sustentáveis e inovadoras no setor de serviços diagnósticos”, disse Cláudia.

O prêmio 100 Mais Influentes da Saúde homenageia dez personalidades do setor em cada uma das dez categorias: Arquitetura, Infraestrutura e Facilities; Autoridade Pública; Empresário; Entidade Setorial; Gestor na Saúde; Indústria; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Referência; Saúde Suplementar e Tecnologia.

Confira, abaixo, a lista de associados Abramed que foram premiados.

Entidades Setoriais
Claudia Cohn, presidente da Abramed

Empresários
Tobias Thabet Martins, diretor comercial do Diagnósticos do Brasil
Pedro de Godoy Bueno, presidente da Dasa

Gestor da saúde
Fernando Andreatta Torelly, diretor executivo no Hospital Sírio-Libanês
Henrique Neves, Diretor Geral da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Pesquisa, desenvolvimento e inovação
José Claudio Terra, diretor-executivo de Inovação e Gestão do Conhecimento do Hospital Albert Einstein

Referência
Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein
Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio Libanês
Denise Santos, CEO da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

Tecnologia
Ailton Brandao, CIO do Hospital Sírio-Libanês
Ricardo Orlando, CIO da Dasa

Em apresentação na SAHE, Abramed destaca valor que a medicina diagnóstica traz para a saúde

Segundo o vice-presidente do Conselho da Abramed, Conrado Cavalcanti, setor de medicina diagnóstica tem papel fundamental no tratamento do paciente e vem passando por profundas transformações, incentivadas pelo novo momento de mercado e advento de novas tecnologias

14 de Março de 2019

As fake news que propagam mensagens erradas sobre o setor de medicina diagnóstica e o uso de novas tecnologias para melhorar a experiência do paciente são os principais desafios que o setor de medicina diagnóstica enfrenta. O tema foi discutido no painel liderado pelo vice-presidente do Conselho da Abramed, Conrado Cavalcanti, na SAHE (South America Health Exhibition), que aconteceu em São Paulo no dia 13 de março.

No painel “Medicina Diagnóstica: evolução e perspectivas de um mercado que movimenta mais de 35 bilhões por ano”, Conrado apresentou os dados atualizados do setor e mostrou como a propagação de mensagens falsas pode prejudicar a imagem da medicina diagnóstica. “Uma mentira falada repetidamente pode virar verdade”, disse ele, exemplificando com a questão do desperdício de exames. “A imprensa constantemente divulga que o índice de desperdício de exames é de 30%. Fizemos um levantamento na Abramed que mostra que, na verdade, o percentual é de 3,5%. Outra teoria propaga que a realização de exames seria um desperdício”.

Para Cavalcanti, a medicina diagnóstica tem papel fundamental no tratamento do paciente e vem passando por profundas transformações, incentivadas pelo novo momento de mercado e advento de novas tecnologias, para proporcionar uma experiência de excelência ao paciente. O objetivo é passar a oferecer uma medicina baseada em valor. “Podemos potencializar o contato com o paciente além de laudo e exames. Mapeamos todas as vezes que interagimos com o nosso paciente desde sua vinda ao hospital até o momento em que ele vem retirar o exame e constatamos que são 20 a 30 oportunidades de interagir com ele para promover uma melhor experiência”, pontuou.

Em sua apresentação, Cavalcanti  destacou ainda que o mercado de saúde passa por um momento de consolidação. Esse movimento de fusões e aquisições, potencializado pelo interesse de fundos estrangeiros no setor, mostra as oportunidades de crescimento do segmento. “Os fundos de private equity têm interesse porque o nosso mercado é pulverizado, a população está envelhecendo, o que provoca aumento do mercado no futuro. Além disso, o setor tem margens positivas e muito espaço para melhoria em gestão, sinergia e escala. Tem bastante espaço para crescer”, afirmou.

A tecnologia e a inovação ajudarão a resolver um velho problema de custos. A evolução que trazem ao setor pode contribuir para aumentar os ganhos em novos procedimentos. “Talvez seja a solução para aumentar o acesso à saúde para as pessoas e gerar estabilidade no setor.”

Debate

Para discutir os pontos de sua apresentação, Conrado promoveu um uma mesa-redonda que contou com a participação de Leonardo Vedolin, diretor médico RDI do Dasa; Patricia Holland, superintendente executiva de SADT da Beneficência Portuguesa (BP); e William Malfatti, diretor de comunicação, relações institucionais e relacionamento com clientes do Grupo Fleury.

Para Patrícia, da BP, a questão do desperdício de exames pode ser resolvida com um maior engajamento do médico, que tem um papel fundamental no processo. “Vimos nos últimos anos que fazer uma gestão da carteira permite aumentar o número de consultas e exames, no entanto o tratamento fica com custo menor, o que diminui gastos com internação.” Para ela, é preciso estimular uma mudança de mindset. “A BP se posiciona hoje como um polo de saúde, e não mais um hospital. Atendemos desde a prevenção, com vários centros médicos, e a medicina diagnóstica tem um papel fundamental na nossa estratégia do tratamento à reabilitação. Como polo de saúde, você se diferencia pela experiência do cliente.”

A percepção de que exames normais seriam desperdício foi contraposta por Vedolin, do Dasa. Segundo ele, o exame normal está longe de ser underused. “Ele é o primeiro passo da cadeia de investigação diagnóstica e, se exclui uma doença, tem grande valor em diversas situações. Por exemplo, uma mamografia normal em uma paciente de mais de 50 anos nos dá um indicativo de risco negativo de câncer no futuro muito alto.”

A era das fake news pode trazer consequências drásticas para a área de saúde. Usando o exemplo do movimento antivacina, que surgiu por conta de um estudo que depois foi desmentido, Malfatti, do Grupo Fleury, falou sobre as iniciativas que a Abramed vem adotando para combater a propagação de informações enganosas.

“Precisamos demostrar o fator de contribuição que a medicina diagnóstica tem para a saúde das pessoas e para o equilíbrio dos sistemas. Ela não é inimiga do sistema e não põe em risco a sustentabilidade dele. A Abramed tem levado para fora as boas práticas do nosso setor visando propagar o valor gerado para as pessoas, a prática da medicina e a sustentabilidade.”

Abramed participa do Saúde Business Fórum 2019

A 17ª edição do Saúde Business Fórum 2019 reuniu mais de 140 executivos entre CEOs e presidentes dos principais hospitais, operadoras, laboratórios e farmacêuticas do país, com o objetivo de acelerar e estruturar as mudanças da Saúde

25 de Fevereiro de 2019

É fato e consenso que tecnologia contribui muito para melhorar a experiência no paciente e seus familiares. Mas como aprimorar o engajamento e fazer com que as melhorias que a tecnologia traga vantagens na perspectiva do usuário da saúde? Para contribuir com essa discussão, a Abramed participou da 17ª edição do Saúde Business Fórum 2019, evento que reuniu os principais líderes de saúde do mercado brasileiro na ilha de Comandatuba, Bahia, entre os dias 21 e 24 de fevereiro.

Na edição deste ano, o evento teve como tema central o “Engajamento e Experiência do Paciente: uma Abordagem de Negócio”, que permeou discussões sobre novos modelos de negócio da cadeia de saúde e o novo papel do paciente frente às suas questões de saúde.

A presidente do Conselho da Abramed, Claudia Cohn, e o vice-presidente, Conrado Cavalcanti, participaram do debate “Experiência e engajamento: Medicina Diagnóstica”, junto com Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Armando Fonseca, diretor médico do Grupo Pardini, Lidia Abdalla, presidente executiva do Sabin, Fernando Terni, CEO da Alliar, e Rogério Ramires, CEO do Femme.

Ao abrir o painel, Claudia destacou a importância do setor de medicina diagnóstica no processo de engajamento com o paciente. “O setor tem um protagonismo no dia a dia, não só nos problemas. O diagnóstico permeia desde o pré-natal até o cuidado paliativo, ou seja, está presente em muitos momentos da vida do nosso paciente, que tem que estar no centro das atenções”.

Depois de mostrar importância em números, Conrado Cavalcanti desmistificou a questão do desperdício de exames feitos e não retirados por pacientes. “No mercado circula que 30% das pessoas não retiram os exames. Fizemos uma pesquisa e constatamos que o percentual real é de 3,5%. Isso é importante quando falamos de engajamento porque queremos que esse número fique sempre perto de zero”.

Na sequência, Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, falou sobre as iniciativas envolvendo a adoção de tecnologias disruptivas como inteligência artificial e analytics para prover um atendimento melhor e mais assertivo. Além de aplicativos para melhorar a eficiência, Klajner contou sobre os planos do hospital em adotar o smart scheduling para o agendamento cirúrgico e, posteriormente, para o agendamento da medicina diagnóstica.

Lidia Abdalla, presidente executiva do Sabin, ressaltou o papel das pessoas no atendimento ao paciente e a importância que o acolhimento tem nessa hora. “Engajamento é se sentir responsável pelo paciente que está ali. Falamos de ética e compliance, mas valores vem com as pessoas. Nosso maior desafio é atrair talentos que tragam essa vontade de acolher nossos pacientes”. Armando Fonseca, diretor médico do Grupo Pardini, concordou com Lídia. “Não interessa o exame, proposito é acolher a família que muitas vezes passou por dezenas de laboratórios já”, completou.

Dinâmica de grupo

O evento teve como objetivo proporcionar não só a imersão em conteúdos como também incentivar o relacionamento entre os participantes, com a realização de dinâmicas em grupo. A Abramed participou de uma dinâmica que abordou a experiência do paciente. Depois, junto de Felipe Rizzo, Head of Innovation and Service Lines da Optum, Katia Galvane, Diretora de Saúde da Everis, e Rafael Gomes de Castro, Presidente da Unimed Petrópolis, Claudia Cohn participou da discussão sobre as propostas elaboradas durante a dinâmica.

O consenso entre os participantes era de que a prestação do serviço melhora substancialmente com a tecnologia, mas a jornada do paciente ainda precisa de melhor entendimento por parte de todos os agentes, inclusive do corpo médico. Claudia citou como exemplo a atual regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM), que facilitou o uso da telemedicina no Brasil.

“O paciente não foi ouvido, e mais, todas as emendas apresentadas, contra ou a favor, foram de interesses de comissões representativas de instituições. Existem resoluções que foram colocadas 30, 40 emendas. Porém, se você perguntar para o paciente, ele nem sabe disso. O próprio instituto de defesa do consumidor não ouviu o paciente”, afirmou.

Para ela, é preciso olhar exemplos de como outros setores se adaptaram a essa mudança. “Na saúde somos egocêntricos, achamos que sabemos tudo. A colaboração entre nós ajuda, mas temos que ser mais humildes e ir além. O universo é muito maior e o engajamento envolve muito mais do que tecnologia. Isso não vai tirar o brilho de ninguém, vai otimizar o acesso e a qualidade. Nós não somos uma ilha”, disse.

SBF

A 17ª edição do Saúde Business Fórum 2019 reuniu mais de 140 executivos entre CEOs e presidentes dos principais hospitais, operadoras, laboratórios e farmacêuticas do país, com o objetivo de acelerar e estruturar as mudanças da Saúde. Além de Claudia e Conrado, a Abramed foi representada pelos conselheiros Leandro Figueira e Lídia Abdalla e pela diretora executiva, Priscilla Franklim Martins.

Secretário da Saúde em São Paulo destaca gestão, qualidade e excelência

José Henrique Germann participou de bate-papo sobre desafios e perspectivas do setor; encontro contou com apoio da Abramed

22 de Fevereiro de 2019

José Henrique Germann, secretário da Saúde do estado de São Paulo, participou de um bate-papo no dia 21 de fevereiro para abordar os desafios e as perspectivas do setor. Promovido pela Compass Health Hub, agência de eventos e estratégias da área da saúde, o encontro contou com apoio da Abramed e elencou quais serão as áreas que receberão ainda mais atenção ao longo dos próximos quatro anos.

Com uma visão bastante objetiva, Germann afirmou que o foco está em melhorar o atendimento da atenção básica na rede estadual e no aprimoramento do atendimento especializado. “Temos de enfrentar a questão da saúde pública com parcerias, investimento em práticas de qualidade no atendimento e responsabilidade sobre os pacientes que temos no SUS”, comentou ao enfatizar que para isso é preciso conhecimento científico.

Ao tratar da gestão estadual, o secretário mencionou um projeto piloto iniciado em março em São Bernardo do Campo para testar os acessos digitalizados da educação digital. “A partir desse ponto, falando em práticas de gestão, precisamos ter uma integração organizacional. E é um ponto delicado devido ao número de diretorias que trabalham hoje individualmente. Precisamos ter o mapa geral de como a saúde do estado trabalha na prática”, disse.

Com um orçamento de R$ 23 bilhões formado em parte pelo Tesouro Nacional e no qual 40% são provenientes da prestação de serviços ao Governo Federal, a Secretaria Estadual de Saúde tem na federação seu principal cliente. “Hoje a rede estadual tem 100 hospitais e precisamos de hegemonia nos recursos pois não dá para uma unidade ser boa e a outra não”, comentou Germann afirmando que a rede está “apagando incêndios todo dia”.

“Precisamos ter uma equiparação de serviços. Não podemos ter um atendimento com 90% de aprovação e outro com zero na avaliação. É necessário um investimento, um olhar e uma correção para igualar a qualidade de atendimento oferecida em todos os setores. Estamos cientes dos desafios e abertos para focar nessa qualidade de gestão, essencial para a excelência dos serviços oferecidos como um todo”, pontuou afirmando que outra preocupação de sua gestão está na redução das filas para atendimentos. “Temos de combater a falta de oferta, trabalhar também nessa frente de atuação”.

Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEX) e atual presidente da International Hospital Federation (IHF), foi o responsável pela mediação do bate-papo. Para Balestrin, o que pode melhorar o setor de saúde no estado de São Paulo é uma gestão corajosa. “Olhar a questão da saúde na rede pública com coragem de enfrentar as questões essenciais faz a diferença para termos uma nova gestão com muito mais resultado”, declarou.

Sócio-diretor da Compass Health Hub e um dos responsáveis pela organização do encontro, Felipe Balestrin declarou: “promover um encontro como esse nos permite criar uma ponte entre os setores público e privado e, assim, promover políticas que impactem de forma positiva a vida da população brasileira”.

O bate-papo recebeu grandes líderes da saúde que tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e apresentar suas observações diretamente ao secretário Germann.

“O Brasil precisa escalonar suas prioridades”, diz Cláudia Cohn

Presidente do Conselho da Abramed esteve em debate sobre o futuro do setor no Welcome Saúde, evento realizado dia 29 de janeiro em São Paulo

30 de Janeiro de 2019

A presidente do Conselho da Abramed, Cláudia Cohn, foi uma das convidadas pelo Grupo Mídia para participar da mesa redonda “Construindo o futuro da saúde: O papel dos protagonistas do setor diante dos novos tempos da política brasileira”, debate realizado durante o Welcome Saúde dia 29 de janeiro em São Paulo.

Na ocasião, um dos pontos defendidos por Cláudia foi a necessidade do Brasil olhar para seus próprios desafios definindo quais são os mais imprescindíveis para o momento em que estamos vivendo. “Precisamos entender, por exemplo, que algumas regiões brasileiras precisam de missionários, e não de grandes estruturas hospitalares. O Brasil tem a obrigação de escalonar suas prioridades”, apontou relembrando que é papel dos gestores de saúde trabalhar nessa definição de metas e objetivos.

Quando questionada por Alceu Alves, vice-presidente da MV, que moderava o debate sobre o que conversaria com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, caso o encontrasse em um elevador, Cláudia mais uma vez reforçou a necessidade da priorização. “Além de pedir a ele para ouvir todos os setores de forma rápida e prática, pediria que soubesse priorizar, pois não será capaz de resolver de imediato 50 anos de problemas. E priorizar o paciente e o que traz reais benefícios à população como, por exemplo, a promoção da saúde no âmbito da educação”, complementou.

Debatendo a necessidade de investir em gestão e novos modelos de remuneração, a presidente da Abramed elogiou o SUS e destacou que devemos preservar o que foi construído de positivo. “A iniciativa público-privada já é um consenso e o que precisamos é formatá-la para que possa ser trabalhada sem afetar a inteligência do SUS que é, talvez, o sistema mais inteligente para uma territorialidade tão grande no Brasil, capaz de abranger desde a atenção primária até a alta complexidade”, pontuou.

Citando publicação do Instituto Coalisão Saúde (ICOS) sobre modelos de pagamento baseados em valor como uma fonte de sugestões, Cláudia falou sobre a dinâmica de remuneração que afeta negativamente o sistema. “O Estado precisa lucrar para economizar e prover resultados ao mesmo tempo em que as empresas precisam do lucro para sobreviver ao capitalismo. A grande questão é que todos temos que ganhar com a saúde, mas não às custas de não atender e sim por atender melhor”, definiu.

Para ela, é importante apostarmos no modelo de remuneração por resultados tanto no setor público quanto no setor privado. O que envolve, inclusive, as entidades filantrópicas que devem ser cobradas também para oferecer sempre um atendimento de qualidade.

Ao lado de Cláudia e de Alceu na mesa de debates estiveram Luiz Aramicy, presidente da FBH (Federação Brasileira de Hospitais); Franco Pallamolla, presidente da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios); Mauro Junqueira, do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde); e Rodrigo Lopes, CEO do Hospital Leforte.

Associados Abramed recebem representante do Ministério da Saúde

Tecnologia, financiamento, informação e parcerias foram pauta da reunião que ocorreu na sede da entidade dia 12 de fevereiro

14 de fevereiro de 2019

A Abramed recebeu na manhã do dia 12 de fevereiro o secretário de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde (MS), Francisco de Assis Figueiredo. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Figueiredo é especialista em Administração Hospitalar e tem MBA Executivo em Gestão de Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde. Atua há mais de 20 anos no setor e tem larga experiência em Gestão Hospitalar.

Recebido pela presidente do Conselho da Abramed, Cláudia Cohn; pelo vice-presidente, Conrado Cavalcanti; e por representantes das empresas associadas, o secretário compareceu à Associação com o intuito de ouvir sobre a atuação da entidade e de apresentar suas perspectivas para a área da medicina diagnóstica.

“Essa foi a nossa primeira reunião do ano e queríamos fazer dela um momento muito especial, de conhecimento e troca de informações”, afirmou Cláudia na abertura, frisando que além dos membros das empresas, estavam ali presentes representantes das sociedades médicas como Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC) e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), nas pessoas de Wilson Shcolnik, Conrado Cavalcanti e Ademar Paes Junior.

A importância dessa interação com o Ministério, segundo a presidente, está em todos os presentes compreenderem que não se deve falar em saúde pública e em saúde privada de forma separada: “Principalmente porque precisamos entender em que podemos contribuir para a melhoria do atendimento como um todo”.

De fato, Francisco afirmou que considera a medicina diagnóstica fundamental dentro de qualquer política de governo e que o diálogo estabelecido com o setor privado é um marco importante, ressaltando, inclusive, a necessidade de ampliação desse diálogo com as agências reguladoras, pois toda a cadeia está interligada e é afetada pela regulação.

O representante do Ministério da Saúde falou a respeito de sua trajetória e da atual situação da pasta. Este ano, dos 130 bilhões do orçamento da Saúde, 72 bilhões passam pela sua secretaria, sendo por volta de 50 milhões destinados à média e alta complexidade e 20 milhões à atenção primária. O secretário explicou que quando assumiu, em 2016, o seu maior desafio era a falta de pagamento por parte do Ministério aos seus prestadores e que resgatar a credibilidade junto ao mercado e com todos os segmentos do sistema público foi sua meta.

“Naqueles primeiros seis meses economizamos um bilhão de reais”, disse explicando que o segundo passo foi regularizar as habilitações de serviços. “Nossas ações fizeram com que o segmento desse uma resposta importante e os indicadores mostram hoje melhoria da assistência em todos os sentidos no tocante à esfera Federal”, afirmou lembrando que a Constituição determina que as três esferas de governo – federal, estadual e municipal – gerem a receita necessária para custear as despesas do SUS. “Mas temos estados e municípios em situações sustentáveis e isso causa o problema”, continuou Figueiredo.

Atenção básica

Há algum tempo o Ministério da Saúde reforça a importância da atenção básica e, dentro desse tema, Cláudia Cohn enfatizou a medicina diagnóstica de qualidade como aliada: “A prevenção de doenças mais graves passa por exames diagnósticos feitos de forma correta, no tempo correto, para evitar a alta complexidade”, opinou. Francisco concorda. Para ele há um hiato muito grande entre o pedido médico e a efetividade dos exames.

Nesse sentido, o representante do Ministério da Saúde convocou a Abramed a colaborar com a otimização do sistema: “Quero pegar uma região e fazer um desenho dela para que nós pensemos juntos nos principais problemas e definamos os melhores caminhos”.

A questão das PPPs e da baixa remuneração

Entrando na temática da parceria público-privada (PPP), Francisco considera que existem poucas PPPs no país e que o Brasil precisa de uma saúde descentralizada.

“O Ministério deve ampliar as suas parcerias com a rede privada, com aqueles que praticam a boa medicina, e com auditorias para não haver falhas ou fraudes. Não vejo um caminho melhor para atender a população que tanto necessita”, acredita Juliano Esteves Viana, sócio proprietário da Omnimagem, de Fortaleza. “O Ministério não teria que gastar com toda a estrutura. Nós já temos a estrutura e podemos atender”, completa.

Ficou claro que há intenção da pasta em ter cada vez mais o setor privado de medicina diagnóstica como parceiro, porém, essa operacionalização cabe aos municípios e aos estados, sendo regulados pelas PPPs editadas em âmbito Federal. “É de competência do gestor municipal ou estadual definir qual é o melhor parceiro que permitirá a entrega ideal”, salientou.

Nesse sentido, Cláudia reforçou que o setor pode colaborar com o Ministério na orientação tanto da criação do fluxo quanto da formação das parcerias, garantido, entre outros ganhos, mais acesso e mais desfechos de qualidade. “Não podemos dar um tomógrafo para um município de 50 mil habitantes, mas podemos contratar alguém que possa contribuir com essa realização na região”, afirmou.

A remuneração, porém, é o principal gargalo para que isso efetivamente funcione para todos os elos da cadeia. O baixo repasse e a não atualização da tabela SUS foram temas amplamente discutidos. Nesse momento, Francisco reiterou que o SUS remunera uma parte da tabela e que existem os incentivos estaduais e municipais. E foi categórico ao afirmar que o Ministério nunca conseguirá custear 100% dos procedimentos. “Não estou dizendo que remunera bem”, afirmou. “Mas é preciso atuar com eficiência e escala.”

Os problemas resultantes dessa questão foram expressados pelos presentes. Viana, da Omnimagem, explicou que atender ao SUS nos parâmetros atuais faz com que as operadoras queiram regular para baixo os seus valores.

A falta de reajuste, segundo Wilson, reflete até mesmo na qualidade do serviço: “No mundo real os insumos aumentam, usamos materiais importados em muitos exames, então é simples de entender que a qualidade vai ser afetada”, ressaltou. “E isso também tem a ver com desperdício porque o exame que saiu errado por conta de um insumo com baixa qualidade vai ser repetido.”

A questão do desperdício

Por falar em desperdício, o representante do Ministério da Saúde elencou esse como um grande gargalo causado principalmente por duplicidade de consultas, exames e até mesmo de medicamentos entregues. Nesse momento coube falar da importância do Painel Abramed na desmistificação do fato amplamente disseminado de que cerca de 30% dos exames não são retirados pelos pacientes. O estudo da Associação comprova que o desperdício em exames realizados (3,5%) é bem menor do que se falava.

A importância da informação e da tecnologia

Ponto passivo em toda a reunião foi a importância da integração das informações na saúde brasileira. Francisco afirmou que o Ministério da Saúde tem dificuldade na obtenção de dados, ainda que em sua gestão tenha havido grande progresso nesse sentido graças a implementação de uma Sala de Comando de onde ele consegue enxergar o Brasil de forma online, com número de leitos e de cirurgias filtrados por região desde 2012. Mas, ainda existem gargalos, principalmente na área diagnóstica. O Ministério não sabe, por exemplo, quantos exames são feitos ambulatoriamente no país. “Sem ter informação como é que eu decido políticas? Como eu penso no futuro?”, questiona.

Falando de conectividade e da necessidade da interoperabilidade total de dados na saúde, foi levada à mesa a importância da elaboração de regras para compartilhamento nacional de dados – citando a Lei Geral de Proteção de Dados recentemente aprovada – e também do uso da telemedicina – recentemente aprovada – como fatos que não devem mais ser contestados e sim discutidos e regularizados. “Essa é uma tendência que deve ser seguida, ainda que com algumas melhorias”, comentou Claudia. A Abramed promoverá junto a parceiros um workshop sobre o tema.

Especialidades médicas

Foi abordada ainda a qualificação da formação médica nas universidades com foco na importância do diagnóstico e orientando ao uso racional de procedimentos. Representantes da Abramed citaram que a falta de anatomopatologistas e de patologistas clínicos tem aumentado e esse vai ser um problema para a saúde como um todo no futuro, caso não seja trabalhado. “Uma nova especialidade deve ser criada, mas isso depende do Ministério da Educação”, explicou o vice-presidente da Abramed, Conrado Cavalcanti. “Entrará a figura do especialista em diagnóstico, que vai saber direcionar se devem ser feitos mais exames, por exemplo.”

O último assunto colocado foi referente a Lei da Enfermagem, que para a Abramed atinge tanto o setor público quanto o privado por se tratar de uma alteração insustentável na carga horária dos profissionais de enfermagem. Em ambos os temas, Figueiredo pediu que a entidade produzisse um posicionamento, mas afirmou que concorda que as mudanças não devem levar em conta apenas uma categoria e que todos os impactos na cadeia devem ser medidos.

Lição de casa e agenda positiva

A visita de Francisco a Abramed foi considerada extremamente profícua pelos presentes. Temos de longa data uma ideia de que Brasília é uma celeuma onde nada se resolve”, disse Alberto Duarte, responsável pelo laboratório de medicina diagnóstica do hospital HCOr, de São Paulo. “Foi muito bom para nós entendermos que temos no Ministério uma pessoa com a visão que ele colocou.”

Para Cláudia, o encontro foi extremamente rico e gerou muita lição de casa para fazer, com pautas para serem trabalhadas e direcionadas ao Ministério. “A representatividade tem que vir da união e da maturidade para podermos chegar ao Ministério de forma efetiva, para buscar resultados práticos”, disse ela. “Estamos claramente tomando atitudes e promovendo atividades nesse sentido”, comemorou.

Claudia Cohn questiona se o cidadão está bem informado de seus direitos durante evento da CBDL

Apresentando perspectivas para a saúde em 2019, encontro foi promovido na sede do Grupo Fleury em São Paulo

07 de Dezembro de 2018

Com o final de 2018 próximo, as principais entidades de saúde no Brasil estão traçando análises e perspectivas sobre o que o setor deve esperar do próximo ano sob o comando de um novo governo. Foi com esse intuito que a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) promoveu, no dia 6 de dezembro na sede do Grupo Fleury, em São Paulo, o evento “Brasil 2019 – Os Ajustes do novo Governo e seus Impactos na Saúde”. Na ocasião, Claudia Cohn, presidente do Conselho da Abramed, participou do debate final levantando questões sobre a importância de o cidadão estar bem informado sobre seus direitos e deveres dentro da rede de saúde suplementar.

Com Gonzalo Vecina e Renato Porto, respectivamente ex-presidente e atual diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), compondo a mesa de debates ao lado de Simone Freire e Rodrigo Aguiar, diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Claudia aproveitou a oportunidade para falar sobre uma questão civilizatória que impacta, de forma direta, os processos da saúde no país.

“O beneficiário, que é o centro da atenção na saúde, está ciente de sua capacidade de reclamar? Ou o cidadão muitas vezes está pouco informado sobre o que ele pode exigir dos hospitais e dos centros de diagnóstico?”, perguntou relembrando que não se trata apenas do cenário de São Paulo, mas sim do Brasil e das cerca de 47 milhões de pessoas que contratam a saúde suplementar. “Como esse cidadão pode ter um melhor acesso à informação para que não seja prejudicado durante sua jornada de atendimento?”, completou.

Para Simone, que representa a ANS, esse é um dos pontos mais importantes da sua gestão até 2020, quando ela deve se desligar da agência. “O paciente mantém, na verdade, um relacionamento com a operadora de saúde e outra relação, absolutamente diferente, com os prestadores de serviços como, por exemplo, os hospitais. O vínculo entre beneficiário e plano de saúde é um, entre beneficiário e prestador é outro, e entre plano e prestador um terceiro vínculo. E no meio de tudo isso há a ANS tentando equilibrar o jogo”, declarou.

Para a diretora, garantir a transparência das informações é uma meta para o próximo período. “Esse é o meu projeto pessoal de trabalho para 2019: reduzir a assimetria de informação para que o beneficiário, que hoje não tem a menor ideia do que está acontecendo, possa entender qual o tipo de plano que contratou, por quais motivos há reajuste, com quem ele deve falar e o que pode fazer”, disse.

Trazendo um posicionamento da Anvisa sobre essa relação com o cidadão, Porto vê uma maior clareza entre a população e a agência. “Acreditamos que o cidadão sabe bem quando levantar a mão e se posicionar. Como ocorreu recentemente, por exemplo, com a norma de regulação de alergênicos quando um grupo de mães conseguiu intervir para modificar uma regulação impactando todas as embalagens de alimentos e bebidas no Brasil”, mencionou relembrando o caso da Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 26/2015 que declara que os rótulos devem destacar a presença ou o risco da presença de substâncias que podem gerar alergia alimentar.

Perspectivas para 2019 – O futuro da economia brasileira e os impactos no sistema de saúde também foram tema do encontro promovido pela CBDL. Com apresentação de Rubens Sardenberg, economista chefe da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), os participantes assistiram a uma breve explicação histórica sobre a crise que assolou o país nos últimos anos. “Estamos em uma trajetória de retomada da economia”, comentou após apresentar estatísticas e comparativos sobre inflação, juros e desemprego da última década.

Para o especialista é possível trabalhar com otimismo. “Acredito que o governo tem uma série de sinalizações na direção correta e deve atacar as questões fiscal e previdenciária. Por isso estou otimista com relação ao que vai acontecer pois temos uma boa chance de o novo governo endereçar a reforma da previdência”, declarou.

Com apoio da Abramed e de outras entidades do setor o evento reuniu grandes lideranças da saúde para elencar quais serão os principais desafios do segmento em 2019. Carlos Gouvea, presidente executivo da CBDL, foi o mestre de cerimônia e a abertura contou com apresentações de Carlos Marinelli, presidente do Grupo Fleury, e Fábio Arcuri, presidente da CBDL.

Abramed prestigia Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo

Reconhecimento é destinado a jornalistas de todo o país que se dedicam a aumentar a qualidade dos serviços de saúde

28 de Novembro de 2018

Uma noite regada de boa música e um grande encontro de líderes do setor saúde do Brasil, além de senadores, deputados e grandes jornalistas. A pauta para a ocasião foi ainda mais especial. O momento foi para coroar os comunicadores de todo o país que venceram a 4ª edição do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo. A premiação é um reconhecimento da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), com patrocínio da HapVida, destinado a jornalistas de todo o país que se dedicam a aumentar a qualidade dos serviços de saúde. A solenidade aconteceu na terça-feira, dia 27 de novembro, no Espaço Unique, em Brasília – DF. A diretora executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins, prestigiou o evento.

O Prêmio Synapsis foi criado em 2015 e vem conquistando cada vez mais visibilidade. “Essa premiação nasceu com o propósito de estender o debate sobre a saúde e reconhecer, valorizar e difundir trabalhos inéditos de jornalismo”, explicou o presidente da FBH, Aramicy Pinto. A 4ª edição contou com mais de 200 trabalhos inscritos, mas apenas quatro jornalistas de cada categoria – Impresso, Internet, Tv e Rádio – foram escolhidos por apontarem as melhores reflexões, soluções e referências que possam ser aplicadas na melhoria do setor.

A cada edição, três jurados da área de comunicação realizam o julgamento dos trabalhos inscritos. Neste ano de 2018, participaram do processo de seleção dos jornalistas vencedores, o professor e pesquisador do curso de Jornalismo da Universidade de Brasília (UnB), Solano Nascimento; a repórter da Rádio CBN e editora chefe da Revista Evoke, Basilia Rodrigues; e a produtora executiva da Tv Câmara em Brasília, Gabriela Pantazopoulos. Após a análise minuciosa de cada reportagem, obedecendo os critérios de avaliação do regulamento, a comissão julgadora participou do ‘Dia dos Jurados’, realizado na FBH, no dia 10 de novembro, e, juntos, definiram os vencedores do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo.

Para Basilia, a experiência de ser jurada do Prêmio Synapsis foi única e gratificante. “Algumas reportagens realmente me emocionaram, outras me fizeram refletir sobre temas novos da saúde, fugindo daquele factual, do imediatismo. Eu notei que vários jornalistas buscaram fontes interessantes, personagens novos para contar histórias para os seus leitores, seus ouvintes, e seus telespectadores. Até mesmo na abordagem de temas comuns na área da saúde, vários inscritos buscaram dar enfoques diferenciados nas suas matérias para poder ganhar essa premiação, que é super importante e está aí para incentivar a produção de conteúdo novo, original, imparcial, seja para tratar dos pontos positivos, como também nas questões negativas da área da saúde”, relatou.

Os jornalistas que se destacaram e venceram o prêmio de 2018 foram: na categoria Impresso, a jornalista Mônica Manir (Rio de Janeiro), da revista Piauí; na categoria Internet, Nayara Felizardo (Piauí), do site The Intercept Brasil; na categoria TV, Suzana Guimarães (Brasília), da Tv Brasil; e na categoria Rádio, José Renato Ribeiro (Rio Grande do Sul), da Rádio Santa Cruz. Os finalistas foram reconhecidos nacionalmente e levaram como premiação um cheque no valor de R$ 10 mil.

Reportagens

Durante a solenidade, a primeira categoria a ser premiada foi a de TV. A reportagem vencedora foi ‘Cicatrizes da Tristeza’, do programa Caminhos da Reportagem da TV Brasil, de Brasília. A matéria abordou a automutilação, tratando a temática com bastante responsabilidade, ouvindo profissionais da área de saúde, pessoas que se automutilam ou já se automutilaram, familiares, psiquiatras, psicólogos, professores e pedagogos. A equipe de reportagem visitou escolas públicas em Recife, Pernambuco, estado em que, segundo pesquisas acadêmicas, a automutilação tem se tornado cada vez mais comum.

De acordo com Suzana Guimarães, o assunto abordado tem um tema delicado, importante e sério. “O tema foi escolhido para que esse assunto venha à tona e seja mais debatido entre educadores, pais, familiares e também pela mídia. Fiquei feliz por nosso trabalho ter sido reconhecido. Essa valorização nos mostra quantos assuntos sobre a Saúde merecem ser debatidos e ampliados cada vez mais. Eu acho muito relevante os meios de comunicação abordarem temas sensíveis com mais amplitude, para que as pessoas identifiquem os problemas, saibam do acesso a questões de saúde. Eu acho que esse prêmio, além de valorizar a mídia, nos incentiva mesmo a produzir mais conteúdo para que a gente leve o conhecimento a sociedade”, afirmou a vencedora da categoria TV.

A reportagem vencedora da categoria Impresso foi ‘Dançando no Escuro’, da Revista Piauí. A matéria conta o drama dos que convivem com o Huntington, doença degenerativa, hereditária e incurável. A repórter Mônica Manir foi a Ervália, em Minas Gerais, um dos enclaves dessa enfermidade, e ao Vaticano, onde o papa Francisco recebeu pacientes, familiares e profissionais que lidam com a doença. “Há muitas dificuldades para fazer esse tipo de cobertura de saúde no Brasil. É uma área muito delicada, muito vulnerável. Acredito que o Prêmio Synapsis foi fundamental, trazendo ainda mais motivação”, declarou.

‘A cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu’ é o tema da matéria do site de notícias The Intercept Brasil, vencedora na categoria Internet. A reportagem destaca como, no interior do Piauí, uma pacata cidade enriquece à base de glifosato e soja. O dinheiro chega para os fazendeiros e a população fica com as doenças. Para a autora Nayara Felizardo, escrever sobre esse assunto foi emocionante e, ainda mais comovente foi saber que foi reconhecido nacionalmente por uma entidade tão importante para a saúde do Brasil.

“O que eu acho mais importante destacar é saber a tamanha importância que a Federação Brasileira de Hospitais tem no setor saúde do país. E, quando ela propõe prêmios como esse voltado para jornalistas, ela se responsabiliza, se solidariza com a pauta. É uma força a mais para que todos enxerguem um problema que trazemos nas matérias que, até então, pouca gente estava olhando. Eu acho todos os assuntos ligados a área da saúde são muito sensíveis, muito importantes, então saber que existem prêmios como esse, estimulam a gente a buscar fazer com que a pauta seja ainda melhor”, disse Nayara.

Já na categoria Rádio, a reportagem vencedora é ‘Comércio de rins’, da Rádio Santa Cruz, do Rio Grande do Sul. “Mostrei um esquema que comercializa ilegalmente órgãos humanos. Por causa dessa matéria que fui reconhecido no Prêmio Synapsis, eu acabei atentando em fazer matérias mais contextualizadas, mergulhar nos fatos e fazer o melhor possível. Com certeza esse foi um prêmio que vai me ajudar bastante a aperfeiçoar ainda mais as minhas pautas daqui pra frente”, comentou José Renato Ribeiro.

Para finalizar a solenidade de premiação, o presidente da FBH destacou o prestígio que o Prêmio Synapsis alcançou nestes últimos quatro anos e agradeceu a participação de todos os inscritos que contribuíram para o aperfeiçoamento do debate propositivo sobre o sistema de saúde brasileiro. “Nesta edição foram 211 jornalistas que se inscreveram. Estamos, mais uma vez, felizes com o resultado. É um reconhecimento a uma categoria que nós passamos a admirar mais ainda depois que passamos a premiar. Um agradecimento especial aos jurados que fizeram o julgamento dos trabalhos de maneira exemplar, com toda a competência e lisura que a organização exige”, concluiu Aramicy Pinto.

Abramed se posiciona sobre revisão da RDC 25/2001 junto à Anvisa

Agência realizou Diálogo com a Sociedade e o Setor Regulado para ouvir as demandas referentes à legislação

27 de Novembro de 2018

No dia 26 de novembro a Anvisa realizou, em sua sede em Brasília (DF), o Diálogo com a Sociedade e o Setor Regulado para debater as principais questões que levam à uma necessidade de revisão da Resolução da Diretoria Colegiada RDC 25/2001 que trata especificamente da importação, comercialização e doação de produtos para saúde usados e recondicionados. Representada por Teresa Gutierrez, do Machado Nunes Advogados, a Abramed manifestou seu posicionamento enfatizando ter como premissa a segurança do paciente e elencando razões pelas quais as restrições atuais impactam negativamente o setor de medicina diagnóstica.

Dentre os principais pontos defendidos pela Associação estão o fato de que a atual legislação encarece a transferência segura e adequada dos equipamentos para saúde, fomentando transferências irregulares; e que a emissão de laudo por profissional habilitado e a notificação ao detentor do registro são mecanismos hábeis para garantir a segurança do equipamento e sua rastreabilidade.

Comandada pela Gerência Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde da Anvisa, a reunião recebeu diversas entidades associativas que concluíram ser indispensável revisar a RDC 25/2001 a fim de desburocratizar o processo de transferência. Além disso, os participantes concordaram com a emissão de um laudo como atestado de segurança do equipamento e, principalmente, do paciente.

Quanto à emissão deste laudo, permanece um questionamento, como explica Teresa. “Como era de se esperar, a indústria defende que o laudo para atestar a segurança do equipamento seja emitido exclusivamente pelo detentor do registro do produto ou por terceiro por ele habilitado. Esse ponto será, certamente, o mais debatido daqui para frente”, comenta enfatizando que o setor de serviços é orientado pelo bom atendimento e pela segurança do paciente e que a falha de fiscalização das autoridades sanitárias não deve ser utilizada como ponto de embasamento para uma regulamentação restritiva da Anvisa.

Wilson Shcolnik, presidente da SBPC/ML, acredita que foi dado um importante primeiro passo. “O assunto não constava na agenda da Anvisa para os próximos anos e a Agência se convenceu da necessidade dessa discussão”, diz reconhecendo que a Agência é muito bem estruturada com relação às boas práticas do mercado e que, assim, a reunião deve se desdobrar em novas discussões, propostas e audiências públicas até chegar, de fato, à uma revisão da norma. “O processo está em curso e a Abramed deve seguir acompanhando e contribuindo com o setor”, complementa.

A Abramed está formando, junto a seus associados, um grupo técnico que elaborará um posicionamento final da Associação para encaminhamento à Anvisa. A agência, então, fará uma análise de impacto regulatório com base no que foi apresentado e discutido a fim de aprimorar a qualidade da regulação.