Diretora-executiva da Abramed fala ao O Globo sobre a restrição na realização de exames da Covid-19

19 de Março de 2020

Em matéria do jornal O Globo, a diretora-executiva da Abramed, Priscilla Franklim Martins, destaca sobre a importância da restrição na realização de exames a pacientes com quadros sintomáticos graves como uma medida de prevenção para evitar que os exames faltem no país para as pessoas que de fato precisam dele.

“As pessoas têm que entender que é para procurar um médico quando realmente precisar procurar um médico. Estamos pedindo à população para não ir ao hospital. O exame precisa estar disponível para quem precisa. Se a gente não usar racionalmente, obviamente ele vai acabar. Estamos gerenciando estoques”, disse Priscilla ao veículo.

Leia matéria na íntegra acessando o link:

https://bit.ly/34kwege

Exames para Coronavírus no Brasil

18 de Março de 2020

O jornal GloboNews divulgou dia 18 de março uma reportagem sobre o atual cenário dos exames para coronavírus no Brasil.

Para tratar sobre o posicionamento dos laboratórios de diagnóstico da rede privada de saúde, o veículo conversou com o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, que falou sobre a decisão do Ministério da Saúde em priorizar testes em pacientes com sintomas graves e destacou a importância de uma parceria da Associação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para garantir que os insumos importados capazes de realizar os exames cheguem ao país. Confira um trecho da reportagem. Confira um trecho da reportagem.

https://www.facebook.com/abramedoficial/videos/592886031568469/?t=24

Diretora executiva da Abramed fala a Exame sobre diretriz do Ministério da Saúde em restringir os exames de diagnóstico da Covid-19

18 de Março de 2020

Em entrevista para a Exame, Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, falou sobre a diretriz do Ministério da Saúde em restringir os exames de diagnóstico da Covid-19 para os casos mais urgentes.

“A razão é simples: precisamos garantir que o paciente que precisa do exame consiga fazê-lo. Houve no começo do surto a prescrição indiscriminada do exame, e muitos foram feitos em paciente que não precisavam”, disse ao veículo.

Leia matéria na íntegra acessando o link:

https://bit.ly/2xRUlqp

Matéria do Valor Econômico fala sobre estoque baixos de insumos para exames de Covid-19

18 de Março de 2020

No dia 17 de março, o jornal Valor Econômico noticiou que, diante a alta demanda por exames para o diagnóstico da Covid-19, os laboratórios de medicina diagnóstica alertavam estoques baixos de insumos para a realização dos testes.

Na matéria, o veículo destacou nota que a Abramed encaminhou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pedindo a liberação imediata de insumos necessários para exames laboratoriais para diagnóstico da Covid-19.

Leia a matéria na íntegra acessando o link:

https://bit.ly/39OFlXK

Diretora executiva da Abramed fala sobre estoques de exames do Covid-19 em entrevista ao Valor Econômico

12 de Março de 2020

O jornal Valor Econômico publicou matéria que aponta que o número de casos de pacientes contaminados pelo novo coronavírus é pelo menos 30% maior do que o dado oficial, ou seja, são quase 70 pessoas infectadas pelo vírus.

No atual cenário, a demanda pelo exame para diagnóstico do novo coronavírus é crescente nas últimas duas semanas. Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, foi entrevistada para a matéria do jornal e informou que o setor de medicina diagnóstica tem capacidade para atender a forte demanda mesmo com o dólar alto. “Temos estoque para atender a procura e contratos fixos de longo prazo com fornecedores”, disse.

Acesse matéria na versão online pelo link:

https://bit.ly/2yzPI4z

Dados do Painel Abramed 2019 – O DNA do Diagnóstico que mostram que a região Sudeste concentra quase metade dos equipamentos de mamógrafos do Brasil

Dados do Painel Abramed 2019 – O DNA do Diagnóstico que mostram que a região Sudeste concentra quase metade dos equipamentos de mamógrafos do Brasil tiveram grande repercussão em importantes veículos.

O pontapé inicial foi dado pela na coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, que apontou a desigualdade na distribuição dos equipamentos pelo território nacional. Na sequência, o tema emplacou no telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, que entrevistou Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed. O Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan, também evidenciou o tema em sua programação. Já a revista Época, publicou a matéria “Só um em cada cinco municípios do Brasil tem equipamentos de mamografia”, após entrevistar a diretora-executiva da entidade, Priscilla Franklim Martins.

Para ela, é importante divulgar com transparência e eficiência dados relevantes para a população e o mercado de saúde. “O Painel Abramed surgiu como uma resposta da entidade à carência de informações acerca do setor de medicina diagnóstica e visa contribuir para a maior transparência da área. Em sua segunda edição, possui versões em inglês e espanhol, e já se consolidou como referência de dados para todo o setor da saúde”, explica.

Abramed apresenta estudo de impactos da reforma tributária na medicina diagnóstica a presidente da Câmara dos Deputados

Representando a Abramed, Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração; Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva; Fábio Cunha, diretor do Comitê Jurídico; Armando de Queiroz Monteiro Bisneto, assessor parlamentar; e Eduardo Muniz, consultor; estiveram em Brasília, no dia 4 de dezembro, em audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar dos impactos da reforma tributária no setor de medicina diagnóstica. 

Na oportunidade, foi declarado que a entidade apoia a reforma tributária, desde que não haja aumento de encargo tributário, e apresentado o estudo preliminar realizado pelo departamento de inteligência setorial da Associação, que mostra a carga tributária na medicina diagnóstica com as propostas de emendas à Constituição (PECs) da Câmara dos Deputados (PEC n° 45) e do Senado Federal (PEC n° 110). Ambas as PECs preveem a substituição de cinco tributos por um imposto único, chamado de imposto sobre bens e serviços (IBS). O modelo é inspirado em sistemas utilizados em outros países, que reúnem em um único imposto sobre valor adicionado (IVA) toda a tributação sobre o consumo, com uma alíquota uniforme. Ambas propostas simplificam o modelo tributário brasileiro, diminuem o número de tributos, mas apresentam prazos diferentes de transição; e há distinção no tratamento dado à atual zona franca de Manaus, e em relação à distribuição dos tributos entre União, Estados e municípios.

O estudo da Abramed apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados demonstra que a arrecadação federal referente somente às atividades de atenção à saúde cresceu 172% entre 2011 e 2018, enquanto o valor total arrecadado em todos os setores da economia teve aumento de 47% no mesmo período. Ao isolar a medicina diagnóstica, a carga tributária prevista deve aumentar mais de 70%, segundo análise da Abramed. 

Shcolnik alertou que da maneira que estão sendo encaminhadas as propostas para a reforma tributária, os resultados serão o encolhimento do setor e redução de empregabilidade. “O setor da saúde promove mais de 250 mil empregos diretos e isso vai ser reduzido se as PECs tramitarem como estão hoje.” 

Reforma unindo o setor

Os potenciais efeitos drásticos da reforma tributária com as PECs 45 e 110 uniram as entidades da saúde, que estão trabalhando juntas na análise dos impactos da reforma em toda a cadeia da saúde. Em setembro, os presidentes da Abramed, Abramge, Anahp, CNSaúde, FenaSaúde, FBH, Unidas e Unimed foram recebidos pelos relatores de ambas as PECs, para apresentarem os impactos em seus respectivos setores. 

Além disso, Abramed e Anahp criaram um grupo de trabalho para melhor entender os impactos da reforma tributária para os prestadores de serviços de saúde – hospitais e laboratórios. Clique aqui e acesse o comunicado sobre o assunto, ou leia abaixo na íntegra.

COMUNICADO

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) e a Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), unindo propósitos, informam a constituição de um Grupo de Trabalho para monitoramento das propostas de reforma tributária. O foco dos trabalhos está nas repercussões que possam impactar as atividades desempenhadas na área das instituições de saúde privada e de medicina diagnóstica.

Como é de conhecimento público, além das reformas que já tramitam no Congresso Nacional, o Governo Federal trabalha com a perspectiva de instituição gradativa de um novo modelo de tributação, a ser composto por etapas.

Há estudos, inclusive, para que essas alterações sejam conduzidas sem a necessidade de uma ampla alteração constitucional, o que pode tornar mais célere o processo legislativo necessário, tendo como primeira fase a unificação das contribuições ao PIS e a Cofins, com extinção do regime cumulativo e fixação de alíquota entre 11% e 12%.

Essa medida, por si, implicaria impacto significativo e não desejado aos nossos associados, o que gera a necessidade comum de um assessoramento técnico, jurídico e estratégico. É fundamental que sejam adotadas as medidas adequadas a evitar a oneração excessiva na prestação dos serviços, ainda que o equilíbrio das incidências tributárias seja alcançado com o advento das demais etapas da reforma, dentre as quais insere-se a desoneração dos encargos sobre a folha de pagamento, ainda de contornos indefinidos.

Os hospitais privados e as empresas da área de medicina diagnóstica, para além da relevância dos serviços prestados, formam um relevante e imprescindível setor da economia para a geração de empregos, o que confere peso ao papel de suas entidades representativas no debate sobre o recondicionamento do sistema tributário nacional.

Nesse sentido, o Grupo de Trabalho composto por especialistas da ANAHP e da ABRAMED está atuando nas seguintes frentes:

a) estudos aprofundados sobre as propostas já divulgadas;
b) reunião de elementos técnicos e jurídicos relativos ao setor que orientem

o posicionamento construtivo a ser adotado;
c) desenvolvimento de cenários e de proposições que mitiguem ou

compensem eventuais impactos negativos da reforma;
d) construção de canais de interlocução com os Poderes Executivo e Legislativo.

A atuação especializada e direcionada proporcionará o tratamento da questão de forma profissional, pragmática e serena, no sentido de subsidiar as decisões a serem tomadas pelo poder público. Dessa forma, acredita-se na viabilidade de uma reforma sem aumento de carga tributária sobre as atividades dos nossos associados, preservando-se, assim, a capacidade de investimento, expansão e empregabilidade do setor de saúde.

Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica ABRAMED

Associação Nacional de Hospitais Privados ANAHP

Abramed solicita à Anvisa liberação imediata de insumos para exames de diagnóstico do novo coronavírus

A criação de um canal direto de comunicação entre as entidades ajudará com que os materiais cheguem rapidamente aos laboratórios, garantindo o atendimento à população durante o pico da pandemia

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) encaminhou nesta quinta-feira (19) um ofício ao diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, solicitando a liberação imediata de insumos necessários para exames laboratoriais para diagnóstico do COVID-19. As empresas associadas à Abramed representam mais de 50% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no país.

No texto, a Abramed alerta que a alta demanda de exames laboratoriais para o diagnóstico do COVID-19 trouxe ao setor de medicina diagnóstica brasileiro a preocupação com a falta de insumos necessários para a realização desses exames. “Os reagentes usados nos exames laboratoriais para o diagnóstico do coronavírus são importados e enfrentam os trâmites estabelecidos pela Anvisa para entrada no Brasil. Entretanto, diante de um cenário de crise, solicitamos a colaboração da Anvisa para imediata liberação destes insumos ao chegarem ao país”, destacou a Associação em nota.

Os exames laboratoriais e de imagem são responsáveis pelo diagnóstico do novo coronavírus, etapa fundamental não apenas para o tratamento de casos detectados, mas também para o isolamento de pacientes durante o período recomendado pelas autoridades médicas, segundo recomenda o Ministério da Saúde. A finalidade deste ofício é desburocratizar a importação desses materiais a fim de ampliar a capacidade de testes no país e, assim, garantir o atendimento à população durante pico da pandemia. Com esse procedimento, os insumos importados serão enquadrados na categoria prioritária das petições de registro. 

A Abramed também destaca no documento a solicitação da criação de um canal direto de comunicação à Anvisa. O objetivo é que a Associação possa informar a chegada dos insumos importados para a imediata liberação por parte da Agência para que os insumos cheguem rapidamente aos laboratórios que realizam os exames. “Diante da grave situação de saúde pública que atravessa nosso país devido a pandemia do novo coronavírus, a Abramed está empenhada em contribuir e agradece a oportunidade de interlocução com a Anvisa”, diz texto.

Quase 1/5 dos exames têm resultados acessados por meio da internet

Acesso online a exames fortalece o empoderamento do paciente no ciclo de cuidado; entre 50% e 70% das condutas médicas são baseadas em exames de diagnóstico

Quase 1/5 dos exames realizados têm seus resultados acessados por meio da internet. É o que revela a edição do Painel Abramed 2019 – O DNA do Diagnóstico, publicação anual elaborada pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

De acordo com dados do estudo, as empresas associadas à Abramed – que representam 56% do mercado de diagnóstico brasileiro na saúde suplementar – foram responsáveis por 480,8 milhões de exames em 2018. Desse total, 83,4 milhões (17,5%) foram acessados online.

Os acessos online de exames são impulsionados progressivamente pela expansão da internet no país. De acordo com dados publicados em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 79,9% dos brasileiros vivem em lares com internet, fixa ou móvel. Isso quer dizer que 166 milhões de brasileiros já têm algum acesso à rede.

“Os acessos online ainda vão aumentar muito, uma vez que a maioria da população brasileira já está conectada e que recursos e ferramentas para esse tipo de acesso são disponibilizados pela grande maioria das empresas. 100% de nossas associadas oferecem essa conveniência a seus clientes”, conta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed. A executiva destaca ainda que as plataformas online para leitura e retirada de exames são facilitadoras no ciclo do cuidado do paciente e proporcionam, por exemplo, que usuários retirem seus resultados em regiões distantes de centros urbanos, reduzindo custos de locomoção.

O valor da medicina laboratorial no tratamento do paciente é inquestionável. Segundo dados do Painel 2019, entre 50% e 70% das condutas médicas são baseadas em exames de diagnóstico, ou seja, trata-se de um relevante elemento no sistema de saúde que subsidia as decisões clínicas por meio de informações de prevenção, diagnóstico e tratamento.

O Painel informa também que 15,9 milhões de laudos não teriam sido acessados e/ou retirados pelos pacientes em 2018. O número equivale a somente 4% do total de exames de imagem e análises clínicas realizados durante o período. Muitas vezes, a razão do não acesso do laudo acontece devido ao mesmo ser acessado diretamente pelos profissionais de saúde, sem sequer passar pelo paciente.

O acesso de exames online fortalece o empoderamento do paciente, que assume a corresponsabilidade no cuidado com sua saúde. “O processo de diagnóstico tem implicações importantes no ciclo de cuidado com o paciente. Por isso, é importante que ele acompanhe seu estado de saúde e participe de diálogos e decisões sobre as melhores possibilidades de tratamento, minimizando riscos e ampliando resultados positivos”, finaliza Priscilla.

Sudeste concentra quase metade dos mamógrafos do Brasil

Painel Abramed 2019 ressalta desigualdade na oferta de exames nos estados, ocasionando o chamado vazio assistencial; região Norte possui apenas 6% dos equipamentos do país

Não há dúvidas de que os equipamentos de imagem e sua evolução tecnológica são essenciais para a melhoria na qualidade do diagnóstico e maiores chances de cura de algumas doenças. Esse fato é ainda mais significativo quando falamos em mamografia, exame mais indicado pela Sociedade Brasileira de Mastologia para detecção precoce do câncer de mama – que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o câncer que mais acomete as mulheres do país, com um total de novos 59.700 casos previstos para todo o ano de 2019.

“Os casos detectados precocemente têm muito mais chances de cura e melhor tratamento”, explica Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed. “Segundo o relatório de auditoria operacional do Tribunal de Contas da União, uma das principais causas para imprevisibilidade da atenção oncológica é o despreparo da atenção primária para rastrear os casos de câncer, refletindo no diagnóstico avançado da doença”, diz.

O relatório demonstra que 53,9% dos pacientes com câncer de mama no Brasil foram diagnosticados em estadiamento avançado, estágios 3 e 4. Para entendimento: o câncer de mama é classificado em 5 estágios principais (0 a 4), tendo chances melhores de tratamento quando detectado entre os estágios 0 e 2. Mesmo sendo um número relevante e desafiador para o sistema de saúde, existem outros entraves que cercam o câncer de mama no país, como o vazio assistencial.

Dados do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico mostram que dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 1.217 (21,8%) possuem ao menos um equipamento de mamografia. Entre esses, o número aproximado de mamógrafos é de 4,7 por cidade, em média. Do total de 5.723 mamógrafos em uso distribuídos no país em dezembro de 2018, 11,4% concentravam-se nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com um total de 652 unidades.

A região Sudeste concentra quase 47,44% dos aparelhos do país, tanto na esfera pública como na privada. Em seguida vem Nordeste (22,2%); Sul (15,7%), Centro-Oeste (8,5%) e Norte (6%). “Norte e Nordeste, juntos, com todo o seu tamanho de território e população de quase 75 milhões de habitantes, têm um número muito reduzido em relação ao Sudeste, por exemplo”, pontua Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed.

“Nas regiões mais urbanizadas e populosas há maior oferta dos recursos de saúde, além de uma maior presença de hospitais, laboratórios e profissionais da área médica”, comenta Priscilla. “Adicionalmente, os determinantes sociais e outras características individuais ou de grupos da população influenciam a demanda. A consequência desse arranjo é a desigualdade na oferta de bens e serviços de saúde, ocasionando o chamado vazio assistencial”, acrescenta.

MAMOGRAFIA NO BRASIL: VOLUME DE EXAMES ABAIXO DO IDEAL

Considerando a disponibilidade de equipamentos em uso – nas esferas pública e privada –, nota-se que a distribuição geográfica dos equipamentos de mamografia não é homogênea ao longo do território nacional. O resultado dessa discrepância é a cobertura insuficiente de exames de mamografia.

Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia, divulgaram em 2018 um estudo revelando que o percentual das mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos, em 2017, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi o menor dos últimos cinco anos. Para se entender o contexto, eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e realizaram-se apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Por um lado, na saúde suplementar, dados do Painel Abramed mostram que o número de mamografias apresentou ligeira redução, registrando 5 milhões de exames entre 2017 e 2018, queda de 0,4%. Por outro, o número de mamografias em mulheres de 50 a 69 anos alcançou 2,3 milhões e cresceu 1,8%, no mesmo período. “Na saúde suplementar, considerando o número de exames realizados e a quantidade de mulheres com idade entre 50 e 69 anos, a taxa de cobertura para o exame alcançou 48,6% das mulheres, ou seja, 1/3 das mulheres nessa faixa etária não realizou o exame preventivo. Para atender esse público seria necessário a realização de aproximadamente 3,3 milhões de mamografias, ou seja, cerca de 1 milhão acima do observado em 2018, segundo a recomendação da OMS de 70% de cobertura para o grupo de risco”, diz Priscilla

“Mesmo com as campanhas de conscientização, o número de exames de mamografia ainda é abaixo do ideal, tanto no setor público como no setor privado. Confrontando esses dados, é alarmante ver, em algumas áreas críticas da saúde, tanta deficiência em exames para detecção precoce de doenças graves”, finaliza Shcolnik.

Dados destacados (2018):

• Mamógrafos em uso distribuídos no país em dezembro de 2018: 5.723*

• Número de mamógrafos simples: 3.963*

• Número de mamógrafos computadorizados: 889; eram 456 em 2014 (aumento de 95%)*

• 1.217 (21,8%) municípios brasileiros possuem ao menos um equipamento de mamografia*

• Distribuição de mamógrafos por região brasileira: Sudeste (47,44%); Nordeste (22,2%); Sul (15,7%), Centro-Oeste (8,5%) e Norte (6%)*

• Distribuição de mamógrafos na rede privada, por região brasileira: Centro-Oeste (78%), Nordeste (72,90%), Sudeste (70,90%), Sul (67,40%), Norte (58,4%)*

• Distribuição de mamógrafos na rede pública e sem fins lucrativos, por região brasileira: Norte (41,6%), Sul (32,6%), Sudeste (29,1%), Nordeste (27,1%), Centro-Oeste (22%)*

• Número de mamografias apresentou ligeira redução e registrou 5 milhões na saúde suplementar entre 2017 e 2018, com redução de 0,4%**

*Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil (CNES)

**Fonte: Painel Abramed 2019 – O DNA do Diagnóstico