Clínicas e laboratórios investem em espaços lúdicos para crianças

Os ambientes dedicados exclusivamente a esses pacientes contribuem para uma melhor experiência e tranquilidade de toda a família

A conscientização sobre a importância do bem-estar infantil em clínicas e laboratórios vem crescendo e muitos estabelecimentos perceberam a necessidade de criar ambientes mais acolhedores e amigáveis. Investir no conforto e na segurança das crianças tornou-se uma prioridade, pois isso pode melhorar significativamente a experiência das famílias que buscam cuidados de saúde. 

Atualmente, as prestadoras de serviços de diagnóstico contam com espaços dedicados exclusivamente a esse público, com brinquedos, jogos educativos e decorações alegres. Além disso, as equipes de saúde passaram a receber treinamento especializado em lidar com pacientes pediátricos, o que contribui para uma abordagem mais sensível e empática.

Acolhimento

Uma dessas clínicas é a CDPI Criança, do Rio de Janeiro, que surgiu no começo dos anos 2000 justamente para fazer essa diferenciação. “Passamos a ter um espaço exclusivo para atendimento aos pequenos pacientes. Na recepção já tínhamos uma área de lazer com brinquedos, além de um espaço mais lúdico para entreter as crianças e deixá-las mais tranquilas”, explica Tatiana Fazecas, radiologista pediátrica da CDPI Criança, que faz parte da Dasa.

Segundo ela, o espaço infantil é a melhor forma de acolher a criança. “Também temos um cuidado especial com os pais, que muitas vezes estão estressados com a saúde dos filhos e precisam de um atendimento mais cuidadoso”, complementa.

A equipe da CDPI Criança é formada por especialistas em pediatria, ou seja, todos os profissionais e equipes multidisciplinares, incluindo radiologistas pediátricos, equipes de enfermagem, apoio ao diagnóstico e técnicos, têm formação geral em suas áreas e especialização em cuidado infantil. “Isso traz inúmeras vantagens, como o conhecimento mais aprofundado em como lidar com a criança, desde o acolhimento na sala de espera até o momento da realização do exame, diagnóstico diferenciado e preciso das patologias pediátricas e exames mais direcionados com menor tempo de execução”, destaca Tatiana.

No contexto da realização de tomografias computadorizadas em pacientes pediátricos, a equipe especializada demonstra uma atenção extra à dose de radiação necessária e à condução do exame. A expertise em patologias pediátricas permite programar exames com doses de radiação reduzidas e protocolos adaptados à faixa etária, garantindo a segurança e a qualidade do diagnóstico.

Além disso, na CDPI Criança, a utilização da sedação em pacientes pediátricos durante tomografias é minimizada devido à eficiência dos aparelhos e ao foco nas necessidades das crianças. Em relação à ressonância magnética, quando necessária, são adotadas abordagens para evitar a sedação, como a comunicação clara com o paciente para reduzir ansiedade e a possibilidade de acompanhamento dos pais durante o procedimento.

Humanização

Goiânia está prestes a contar com uma unidade infantil totalmente lúdica do Laboratório Padrão, marca que passou a integrar o Grupo Fleury este ano. No novo laboratório a criança encontra um castelo com personagens logo ao entrar. Na recepção, uma linda paisagem transmite calma, causando a sensação de imersão em uma floresta. 

As portas dos elevadores dão continuidade ao interior da floresta. Elas se abrem como um distanciamento entre as árvores e trazem os animais. A sala de espera é uma brinquedoteca dentro do castelo, com brinquedos, mobiliários e desenhos para colorir alinhados à temática.

Para coletas de exames e vacinas há várias salas: do Castelo, dos Dragões, das Princesas, dos Animais, dos Unicórnios, da Floresta e dos Guerreiros. O colchonete das camas, os jalecos dos atendentes e até os curativos são personalizados com o tema. Ao final do atendimento, a criança leva um brinde e o certificado de coragem. 

“Além do ambiente lúdico e do espaço preparado para a comodidade das famílias, nossa equipe está treinada para oferecer o manejo e os cuidados adequados ao realizar a coleta dos pequenos clientes. O objetivo é proporcionar uma melhor experiência para todos na hora de cuidar da saúde”, diz a coordenadora de operações da rede de Laboratórios Padrão, Mariana Rodrigues.

Ela reforça ainda que a unidade também realiza o atendimento para adultos. Sendo assim, enquanto os pais fazem alguma coleta ou exame, os filhos podem aguardar em um ambiente acolhedor. 

Ambientação

No laboratório do Lab Imagem, do CURA grupo, em Londrina, também há um espaço kids dedicado ao acolhimento de crianças em processo de coleta de exames. A ambientação é completamente adequada a elas, com salas lúdicas decoradas com desenhos e cores que são familiares ao seu mundo. Na sala de brinquedos, podem se distrair enquanto aguardam atendimento.

Além disso, há um certificado de coragem e um painel com bichinhos disponíveis. O jaleco usado também possui uma cor diferenciada, ocasionalmente colorido, de forma que a criança não associe ao branco típico de hospitais. Todas essas medidas visam tornar o processo de coleta menos impactante.

Ela conta que os melhores técnicos de enfermagem, especialmente aqueles com maior empatia no cuidado com as crianças, foram selecionados para treinamentos de coleta no Hospital do Câncer de Londrina, uma vez que as veias das crianças são tão finas quanto as dos pacientes em tratamento quimioterápico.

Dessa forma, os técnicos receberam capacitação para aperfeiçoar a punção durante a coleta com maior cuidado. “Atualmente, o nosso Espaço Kids, que agora está mais estabelecido, conta com uma equipe inteiramente dedicada não apenas às crianças, mas também aos recém-nascidos”, explica Katlin Marçal, gerente de operações do Lab Imagem.

Tudo isso prova que um ambiente acolhedor e apropriado pode fazer uma diferença significativa na jornada de tratamento e na construção de uma relação de confiança com os pacientes mais jovens. O laboratório não precisa ser um ambiente frio e pouco amigável.

Dados da Abramed sobre crescimento no número de exames de hepatite são publicados na grande mídia

Dados das empresas associadas à Abramed divulgados em julho foram utilizados em matérias do jornal O Globo e do Portal G1 sobre o aumento dos casos de hepatite A no Brasil. Segundo a entidade, de janeiro a junho deste ano, os casos positivos aumentaram 56,2% em comparação com o mesmo período de 2022.

Jornal O Povo publica artigo de Wilson Shcolnik sobre inovação em saúde

Um artigo exclusivo de Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, foi publicado no jornal O Povo, do Ceará. Com o tema “Tecnologias na saúde: novos caminhos”, o texto aborda as considerações de um relatório da OMS sobre as inovações mais promissoras em ciência e tecnologia capazes de impactar a saúde mundial.

Veja aqui a página completa do jornal. E aqui a imagem destacada do artigo

Associadas à Abramed realizaram 1,4 milhão de exames de mamografia em 2022

Como representante do setor de medicina diagnóstica privada no Brasil, a Abramed reforça a importância dos exames na prevenção e no combate ao câncer de mama e incentiva as mulheres a conversarem com seus médicos sobre manter a saúde em dia

As empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) realizaram 1,4 milhão de exames de mamografia em 2022, o que equivale a 29% de todos os exames de mamografia feitos pela Saúde Suplementar no Brasil no ano. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizados 4,2 milhões de exames de mamografia.

Considerando o panorama nacional, ou seja, Saúde Suplementar mais SUS, o total de mamografias no Brasil atingiu 9,1 milhões, com a Abramed contribuindo com 16%. Suas associadas representam 65% do volume total de exames realizados pelo setor privado no país.

“Quando as mulheres realizam regularmente os exames de diagnóstico, têm a oportunidade de identificar o câncer em estágios iniciais, o que geralmente leva a tratamentos menos agressivos e a maiores taxas de sobrevivência”, ressalta Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed.

Tanto na campanha Outubro Rosa quanto ao longo de todo o ano, a entidade incentiva as mulheres a conversarem com seus médicos sobre manter os exames em dia. “Eles são uma ferramenta poderosa na promoção da saúde, no aumento da conscientização e na luta contra o câncer de mama”, acrescenta.

A mamografia é um procedimento de imagem que utiliza um mamógrafo para obter radiografias detalhadas da mama. Durante o exame, a mama é cuidadosamente comprimida, o que permite uma distribuição uniforme do tecido mamário e facilita a detecção de possíveis sinais precoces de câncer, como nódulos e microcalcificações.

Este exame é usado tanto como ferramenta de diagnóstico, quando há sinais ou sintomas físicos que levantam suspeitas de câncer de mama e a necessidade de investigação, quanto como uma ferramenta de rastreamento para diagnóstico precoce.

Como representante do setor de medicina diagnóstica privada no Brasil, a Abramed reforça a importância dos exames na prevenção no combate ao câncer de mama, tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer, segundo o World Health Statistics 2007, o “Guia Estatístico em Saúde 2007”. Nessa estratégia, destaca-se a importância da educação da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como do acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde.

O Ministério da Saúde/INCA recomenda que todas as mulheres com idade entre 50 e 69 anos realizem a mamografia de rastreamento uma vez a cada dois anos. Já a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) recomenda a realização anualmente a partir dos 40 anos.

Abramed registra aumento de 73,2% no número de exames de Covid-19 realizados em setembro

Os dados são em comparação a agosto e também mostram crescimento de 12 pontos percentuais na taxa de positividade, indicando nova onda

Uma onda de Covid-19 – mais amena que as anteriores – começou em agosto e pode ter atingido o pico em setembro, segundo dados compilados pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), cujos associados representam cerca de 65% dos exames realizados na Saúde Suplementar no Brasil.

Em agosto de 2023, foram realizados 26.530 exames de Covid-19, com 11% de positividade (2.870). Já em setembro, os números saltaram para 45.957 exames e 23% de positividade (10.518). Isso significa um aumento de 73,2% no número de exames e de 12 pontos percentuais na taxa de positividade.

Analisando o mês de junho, quando foram realizados 45.204 exames de Covid-19, quantidade parecida com setembro, a taxa de positividade foi bem menor, de 5%. Vale ressaltar que os exames que mostram esses resultados foram feitos nos laboratórios clínicos, não incluindo testes feitos em outros locais.

Segundo a entidade, a quantidade de exames identificada ainda é muito menor em comparação ao pico da doença, mas o comportamento da taxa de positividade é similar ao de outras ondas.

A Abramed desempenha um papel fundamental na compilação e no registro de dados relacionados à evolução da Covid-19. Os laboratórios clínicos associados enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico pelo Ministério da Saúde.

Essas informações são essenciais para avaliar a situação da pandemia e orientar as medidas de saúde pública. A entidade também enfatiza a importância de seguir as diretrizes de prevenção e cuidados para combater a propagação do vírus e proteger a saúde de todos.

Abramed foi entrevistada por programa da Globo sobre a “moda” do check-up geral

No dia 3 de outubro, o programa “Encontro com Patrícia Poeta”, da Rede Globo, apresentou uma entrevista com a Abramed sobre exames de rotina. César Nomura, radiologista e vice-presidente do Conselho de Administração da entidade, falou sobre a importância do pedido médico para realização de ressonância magnética. “Ela não é indicada como check-up, principalmente de corpo inteiro. Realizar esse exame tão moderno e valioso sem qualquer indicação é um desperdício de recursos”, ressaltou. 

A pauta foi motivada por recentes publicações de celebridades e influencers, como Kim Kardashian, que foram fotografadas em frente a aparelhos de ressonância magnética, apontando que este é um importante exame de check-up.

Veja aqui a matéria completa.

Demografia, economia e medicina diagnóstica: o Brasil em transformação

O primeiro capítulo da 5ª edição do Painel Abramed oferece uma análise profunda das mudanças demográficas e econômicas no país

Conhecer dados demográficos e econômicos do Brasil é fundamental para o planejamento estratégico e a adaptação de serviços de medicina diagnóstica às necessidades e às condições do mercado. O acesso a informações precisas e atualizadas nessas áreas ajuda as empresas a ofertarem serviços mais eficazes e atenderem melhor a população.

Com gráficos claros e análises profundas, esses dados são expostos no primeiro capítulo do 5º Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico. Com o título “Demografia e Conjuntura Econômica”, o conteúdo que abre a publicação oferece uma visão completa sobre as transformações significativas ocorridas no Brasil em 2022 e seu impacto na saúde da população.

O primeiro aspecto relevante diz respeito à demografia. No ano passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o Censo, revelando uma população menor do que aquela estimada pelo IBGE ao longo dos anos entre a realização de Censos. “Esse fenômeno indica que o envelhecimento está ocorrendo em um ritmo mais acelerado do que se previa, e isso repercute significativamente não apenas no sistema de saúde, mas também no sistema educacional e previdenciário”, comenta Bruno Santos, Coordenador de Inteligência de Mercado da Abramed.

Outro ponto de grande relevância é a transição demográfica que o Brasil está vivenciando, um fenômeno intimamente relacionado ao envelhecimento da população. O país está transitando de um estado em que predominava uma população jovem para uma nação mais madura do ponto de vista etário. Além disso, esse processo de transição demográfica tem correlação com uma mudança paralela chamada transição epidemiológica.

A transição epidemiológica é um fenômeno no qual o principal causador de mortes deixa de ser as doenças infecto-contagiosas e passa a ser as doenças crônicas não-transmissíveis. Países de baixa renda, geralmente mais carentes, tendem a apresentar maior incidência de mortes decorrentes de infecções, enquanto países mais desenvolvidos e com uma população mais madura tendem a registrar predominância de mortes causadas por doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes. “No caso do Brasil, isso já é evidente, uma vez que a maioria das mortes no país é atribuída a doenças não transmissíveis, refletindo o impacto do envelhecimento populacional”, comenta Santos.

Um aspecto particularmente interessante é que, em 2021, houve uma reversão temporária dessa transição epidemiológica devido à pandemia. Naquele ano, a maior causa de morte no Brasil foram as doenças infecciosas, com a covid-19 se destacando como principal responsável por esse cenário. “Isso mostra como eventos extraordinários, a exemplo da pandemia, podem temporariamente alterar as tendências epidemiológicas em uma população que já está em processo de transição demográfica e epidemiológica”, acrescenta.

Uma informação adicional relevante trazida pelo Censo é a mudança na distribuição geográfica da população brasileira. Historicamente, o Brasil tem sido um país com uma concentração populacional significativa nas regiões litorâneas. No entanto, observou-se que essa tendência não é uniforme e varia de acordo com os estados. No geral, notou-se que a população está crescendo de forma mais lenta ou, em alguns casos, até mesmo diminuindo em estados situados no litoral, enquanto o aumento populacional tem sido mais rápido em estados do oeste, no interior do país, particularmente nas regiões do Centro-Oeste e Norte.

“Essa mudança na distribuição geográfica da população merece destaque, pois indica uma possível reconfiguração das dinâmicas populacionais e socioeconômicas no país. Ela pode estar relacionada a fatores como migração interna, desenvolvimento econômico regional e oportunidades de emprego, representando um importante aspecto a ser considerado ao analisar o panorama demográfico e socioeconômico do Brasil”, analisa o Coordenador de Inteligência de Mercado da Abramed.

Além disso, o capítulo ressalta a importância dos exames de diagnóstico para doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes. A detecção precoce dessas condições é fundamental para o gerenciamento e tratamento eficazes, e estima-se que a demanda por exames diagnósticos deverá crescer 96% até 2050.

O capítulo também discute o cenário econômico brasileiro em 2022, destacando a recuperação do crescimento após a pandemia e os desafios inflacionários. A alta inflação e o aumento da taxa básica de juros têm impactos significativos nos custos de capital, afetando particularmente o setor de medicina diagnóstica e as operadoras de planos de saúde.

Este material é um convite para explorar mais a fundo as implicações dessas transformações e os caminhos a serem seguidos para enfrentar os desafios futuros. Baixe gratuitamente a 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico e leia o conteúdo completo. São cinco capítulos, em 274 páginas, repletos de informações valiosas para o setor de saúde.

Brasil vive cenário desafiador na saúde, marcado por quedas nas receitas e alta sinistralidade

Segundo capítulo do 5º Painel Abramed destaca o papel estratégico da medicina diagnóstica e os desafios da Saúde Suplementar

As despesas com saúde no Brasil alcançaram entre R$ 912 bilhões e R$ 951 bilhões em 2022, representando um aumento real de aproximadamente 10% em relação a 2019, segundo projeção da Abramed. Esse crescimento é uma tendência mundial.

Dentro do contexto da saúde, o setor de medicina diagnóstica desempenha um papel estratégico, pois os serviços oferecidos são a fonte mais econômica e menos invasiva de se obter informações objetivas sobre o estado de saúde do paciente.

Essas e outras informações são detalhadas no segundo capítulo do 5º Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, intitulado “Panorama do Setor de Saúde no Brasil”, que oferece uma visão abrangente do contexto da saúde no país, com foco especial no setor de medicina diagnóstica.

“Esses dados foram cuidadosamente organizados para ajudar os leitores a entenderem a dinâmica do sistema, revelando não apenas os investimentos, mas também evidenciando os desafios enfrentados pelo setor e as oportunidades para aprimorar a qualidade e efetividade dos serviços prestados no país”, comenta Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed.

Em termos de infraestrutura de serviços, o capítulo aborda os maiores desafios, como a desigualdade regional na disponibilidade de hospitais. As regiões Sudeste e Centro-Oeste possuem maior proporção de hospitais em relação ao tamanho de suas populações, enquanto a região Nordeste apresenta menos hospitais nesta comparação.

Sobre o número de equipamentos de diagnóstico por imagem, os gráficos mostram aumento geral na quantidade em uso no Brasil entre 2021 e 2022. O maior crescimento registrado foi de tomógrafos computadorizados (14%), seguido do ultrassom (12%). O material também revela o aumento no número de equipamentos por métodos gráficos e ópticos no país.

Com relação à mão de obra médica, o Brasil viu um crescimento de mais de 80% no número de médicos, de 2010 ao final de 2022. Isso contribui para melhorar o acesso aos serviços de saúde, embora o país ainda esteja atrás da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em termos de proporção de médicos para a população.

O capítulo aborda, ainda, o cenário da Saúde Suplementar pós-pandemia. Houve uma queda de 3,3% nas receitas, passando de R$ 239 bilhões em 2021 para R$ 231 bilhões em 2022, o que compromete a estabilidade financeira do setor, afetando a qualidade dos serviços.

As despesas assistenciais, principalmente internações hospitalares, permaneceram estáveis, em torno de R$ 206 bilhões, indicando um cenário inédito de estabilidade. Já os exames complementares representaram um grupo crescente de despesas, com uma participação de 20,2% nos custos totais.

A sinistralidade, que mede a proporção entre despesas e receitas das operadoras, atingiu níveis preocupantes em várias modalidades, com destaque para a Autogestão (94%) e Seguradora Especializada em Saúde (93%). A persistente alta pode ser atribuída a diversos fatores, como aumento da demanda por serviços de saúde, inflação médica e custos mais altos de procedimentos.

Além disso, o prazo médio de pagamento por parte das operadoras aos prestadores de serviços de saúde variou consideravelmente, chegando a até dois meses em alguns casos. Isso pode impactar a qualidade e a continuidade dos serviços prestados.

Em relação ao total de beneficiários da Saúde Suplementar, o número ultrapassou 81 milhões em 2022, com cerca de 50 milhões na assistência médico-hospitalar e aproximadamente 31 milhões no setor odontológico. Isso representou um aumento de aproximadamente 3,8% em comparação a 2021. 

“A Saúde Suplementar no Brasil enfrenta um cenário desafiador, marcado por quedas nas receitas, alta sinistralidade, ampliação dos prazos de pagamento. O crescimento no número de beneficiários reflete uma recuperação econômica, mas também observamos uma mudança no perfil destes beneficiários, com uma maior conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde, exigindo ainda mais a busca por soluções sustentáveis e parcerias estratégicas para garantir a estabilidade e a qualidade do setor”, analisa Milva.

Convidamos você a aprofundar a compreensão das implicações dessas mudanças e a descobrir as estratégias necessárias para enfrentar os desafios que o futuro reserva. Faça o download gratuito do 5º Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico e tenha acesso ao conteúdo completo. São cinco capítulos, abrangendo 274 páginas com importantes informações para ajudar no desenvolvimento sustentável e integrado do setor de saúde.

Associados à Abramed realizaram mais de 720 milhões de exames em 2022

Terceiro capítulo da quinta edição do Painel Abramed explora dados sobre recursos humanos, produção assistencial e desempenho econômico

Em 2022, as associadas à Abramed realizaram mais de 720 milhões de exames de diagnóstico, um crescimento de 10% em relação a 2021. Esse aumento foi ainda mais significativo, considerando que o setor já havia se recuperado da queda de exames em 2020 devido à pandemia de Covid-19.

O segmento de análises clínicas lidera o volume de exames, com 677 milhões realizados em 2022, enquanto a área de diagnósticos por imagem atingiu 25 milhões. É importante destacar que os exames realizados pelas associadas à Abramed correspondem a mais de 65% do total feito na saúde suplementar no Brasil, mostrando sua representatividade e importância para o desenvolvimento do setor.

Todos os indicadores setoriais referentes a 2022 estão descritos no terceiro capítulo do recém-lançado Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico. Nele são explorados dados relacionados a recursos humanos, produção assistencial, avaliação dos serviços, desempenho econômico-financeiro e governança corporativa das associadas à Abramed. Estas informações são de extrema importância para uma visão abrangente do funcionamento desse setor em constante evolução.

Os gráficos mostram que as associadas atuam em diversos segmentos, incluindo análises clínicas, anatomia patológica e diagnóstico por imagem. Com a fusão de empresas e a integração de novas associadas, o perfil de atuação tem evoluído ao longo dos anos. Em 2022, a maioria (74%) estava focada em diagnóstico por imagem, análises clínicas e anatomia patológica. Menos de 30% atuaram em telerradiologia e telemedicina. 

Essas empresas têm se destacado por investir em tecnologia, tornando os serviços mais acessíveis e eficientes. Tecnologias como telessaúde, telepatologia e telerradiologia estão sendo amplamente adotadas. Além disso, muitas estão aderindo a modelos de atendimento móvel, levando a medicina diagnóstica diretamente aos pacientes.

Com mais de 290 mil colaboradores em 2022, o setor emprega uma força de trabalho multidisciplinar, incluindo profissionais médicos e técnicos. Há um foco crescente na formação técnica, com 42% dos colaboradores atuando nessa área. Além disso, a remuneração variável é o modelo predominante para médicos (46,7%).

De acordo com o painel, os pacientes demonstraram alto nível de satisfação com o serviço de diagnóstico recebido, com um Net Promoter Score (NPS) de 73,20 em 2022. As empresas também se esforçam para manter altos padrões de governança corporativa, com controles internos, transparência e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

“A ênfase na governança corporativa é evidente nos dados, com todas as empresas associadas se comprometendo com elevados padrões de transparência e controle interno. Isso é essencial para garantir a qualidade dos serviços e a confiabilidade das informações em nosso setor”, salienta Ademar Paes Junior, membro do Conselho de Administração da Abramed.

Apesar dos desafios econômicos, a área de medicina diagnóstica mostrou resiliência, com uma receita operacional bruta de cerca de R$ 24 bilhões em 2022. Os investimentos se concentraram em aquisição de equipamentos de imagem, expansão de unidades de atendimento e tecnologias de informação. No entanto, o setor enfrenta desafios relacionados ao prazo médio de recebimento e às glosas indevidas.

“Com um prazo médio de 52 dias em 2022, a longa espera por pagamentos afeta significativamente os fluxos de caixa das empresas. Além disso, a glosa inicial correspondeu a 3,35% das receitas do setor. Isso pode prejudicar a capacidade de investimento, o pagamento de salários e a expansão de serviços de diagnóstico de alta qualidade. A colaboração com as operadoras de planos de saúde é essencial para otimizar esse aspecto”, comenta Paes Junior.

E isso se torna ainda mais uma necessidade, pois as empresas ligadas à Abramed obtêm sua principal fonte de receita dos planos e seguros de saúde privados. Em 2022, essa parcela correspondeu a 60,7% da receita total do setor. Os pagamentos derivados de acordos comerciais com laboratórios, na modalidade B2B, representaram aproximadamente 27,52% da receita, enquanto os pagamentos diretos feitos por pacientes particulares compuseram 9,52%. As fontes de financiamento públicas, por outro lado, contribuíram apenas com 0,66% da receita.Faça o download gratuito da 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico e tenha acesso ao conteúdo completo, repleto de gráficos e análises aprofundadas. São cinco capítulos, abrangendo 274 páginas com informações para ajudar no desenvolvimento sustentável e integrado do setor de saúde brasileiro.

Sistemas de saúde globais: a análise de dez países e a importância da medicina diagnóstica

O quarto capítulo do 5º Painel Abramed mostra os principais sistemas de saúde no mundo, sua organização e influência.

O debate sobre os desafios enfrentados pelos sistemas de saúde ao redor do mundo é uma questão de interesse global. Cada país enfrenta seus próprios dilemas e adota abordagens únicas para superá-los. A Abramed reconhece a importância dessa discussão e incluiu um capítulo dedicado a esse tema na 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico.

Os sistemas de saúde são cruciais para a qualidade de vida. Uma estrutura bem organizada resulta em custos mais baixos, maior cobertura da população, melhor qualidade de atendimento e estímulo à inovação na área da saúde. Os principais atores são: beneficiários, prestadores e financiadores, e a tipologia mais utilizada é a RW1, que identifica 27 maneiras de organizar esses sistemas, considerando serviços, financiamento e regulamentação.

Apesar das muitas possibilidades teóricas, apenas cinco sistemas são viáveis na prática, conforme análise da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A regulação desempenha um papel vital na definição das regras e pode ser governamental, autorregulação ou privada. Em nenhum país da OCDE o mercado detém controle total na regulação, com o governo ou entidades não governamentais atuando em pelo menos uma das seis áreas-chave.

Os sistemas de saúde também variaram historicamente, indo desde o financiamento por famílias e caridade até sistemas organizados. Os três modelos principais de financiamento são público, privado e misto. Quanto à prestação de serviços, diferentes tipos: públicos, privados sem fins lucrativos e com fins lucrativos podem atender em sistemas variados.

Os modelos de atenção à saúde desempenham papel fundamental na produção de cuidados de saúde, influenciando como os serviços são entregues e acessados. A atenção coordenada à saúde prioriza prevenção e cuidados contínuos, reduzindo a fragmentação dos serviços e envolvendo protocolos e encaminhamentos. Essa abordagem é adotada em sistemas de saúde em vários países.

Sistemas de saúde pelo mundo

Os sistemas de saúde ao redor do mundo são diversos em sua organização e funcionamento. Este capítulo do Painel Abramed analisa dez países, entre eles, a Alemanha, que possui um sistema composto por seguro de saúde compulsório (SSC) e seguro de saúde privado (SSP). O SSC abrange a maioria da população, com contribuições divididas entre empregado e empregador. Os beneficiários têm liberdade de escolha de médicos e provedores de serviços. A regulação é supervisionada pelo Ministério da Saúde Federal, e o planejamento hospitalar é responsabilidade dos governos locais.

Na Argentina, o sistema de saúde inclui obras sociais, que cobrem cerca de 55% da população, além do sistema público, para aproximadamente 35%. As obras sociais são financiadas pelas contribuições de trabalhadores e empregadores, já o sistema público é administrado pelas províncias e utilizado por pessoas de menor renda. O seguro de saúde privado cobre 8% da população, e médicos trabalham em consultórios próprios.

Os Estados Unidos possuem um sistema de saúde complexo, com um grande setor privado e público. O Medicare e o Medicaid são programas públicos que atendem populações específicas. O setor privado desempenha um papel significativo, com a maioria dos americanos em planos privados. A regulamentação do governo nos EUA incide principalmente sobre medicamentos e produtos médicos.

Já o sistema de saúde francês é financiado por meio de impostos e um tributo específico. O governo central da França desempenha papel central na supervisão e organização do sistema. A prestação de serviços de saúde é mista, com médicos geralmente em consultórios privados. A remuneração dos médicos e hospitais é determinada pelo governo.

O Reino Unido possui o National Health Service (NHS), financiado por meio de impostos, fornecendo serviços de saúde gratuitos. O governo desempenha um papel central na regulação, no financiamento e na prestação de serviços.

Por sua vez, o Brasil possui dois subsistemas distintos de saúde: o SUS (Sistema Único de Saúde) e a Saúde Suplementar. O SUS é financiado por taxas e impostos e oferece cobertura universal, com prestação de serviços pública e privada. A Saúde Suplementar é financiada por recursos privados e regulamentada pelo Estado, mas a relação entre financiadores e prestadores é principalmente privada.

Confira no Painel outros detalhes desses países e também de Canadá, China, Dinamarca e Israel.

A medicina diagnóstica e os sistemas de saúde

Nos últimos anos, a relação entre medicina diagnóstica e sistemas de saúde se tornou crítica, especialmente no Brasil, devido a desafios complexos que afetam a eficiência e a qualidade do sistema. Fatores como o envelhecimento da população, a queda na natalidade e a transição epidemiológica têm aumentado a pressão sobre os sistemas de saúde, levando a uma demanda crescente por cuidados médicos, sobretudo para doenças crônicas e degenerativas, resultando em custos mais elevados.

“A moderação no uso dos recursos é necessária, enfocando a pertinência dos procedimentos diagnósticos, visto que estudos indicam tanto a subutilização quanto a sobreutilização desses procedimentos, destacando a importância de uma abordagem baseada em evidências científicas”, salienta Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração.

Segundo ele, é essencial que políticas de saúde sejam orientadas por informações precisas e atualizadas, garantindo que a medicina diagnóstica desempenhe um papel fundamental na promoção da saúde, gerenciamento das doenças e no controle de custos, dentro de um sistema de saúde equitativo e de qualidade.

“A análise das despesas per capita e do desempenho em medicina diagnóstica em diferentes países nos lembra que o modelo do sistema de saúde é apenas uma peça do quebra-cabeça. Outros fatores, como políticas de saúde, práticas clínicas e incorporação da inovação, também desempenham um papel fundamental”, finaliza.Faça o download gratuito da 5ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico e explore todo o conteúdo que aborda os desafios e as oportunidades do setor de saúde. Com cinco capítulos e 274 páginas repletas de informações, este recurso é uma fonte valiosa para profissionais de saúde, pesquisadores e formuladores de políticas interessados em promover o desenvolvimento sustentável e integrado do setor de saúde no Brasil e em todo o mundo.