Abramed participará do 56º CBPCML, em Salvador, e convida todos a visitarem seu estande

O evento será de 10 a 13 de setembro e abordará o papel da medicina laboratorial na sustentabilidade do setor de saúde

15 de agosto de 2024 – De 10 a 13 de setembro, a Abramed estará no 56º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica Medicina Laboratorial (CBPCML), realizado no Centro de Convenções Salvador, BA, pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial (SBPC/ML). O tema desta edição será “O Papel da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Sustentabilidade dos Sistemas de Saúde”.

Durante os quatro dias, a Abramed receberá em seu estande institucional associados, parceiros e profissionais interessados em conhecer e acompanhar as iniciativas da entidade em prol do desenvolvimento da saúde no Brasil. Este espaço será uma oportunidade para estreitar relacionamentos, apresentar projetos e discutir temas relevantes que envolvem o presente e o futuro da medicina diagnóstica.

Para a Abramed, participar de eventos como este é de extrema importância, pois faz parte de sua missão contribuir ativamente para a evolução do setor. Ao estar presente em congressos e eventos científicos, a entidade fortalece sua rede de parceiros, troca experiências e compartilha conhecimentos que impactam diretamente a qualidade dos serviços prestados.

“Nosso papel vai além de representar o setor de medicina diagnóstica, pois buscamos promover a inovação, a qualidade e a sustentabilidade em toda a cadeia, o que vai, justamente, ao encontro do tema deste ano. Convidamos todos os profissionais a visitarem nosso estande, onde estaremos à disposição para discutir como podemos, juntos, continuar avançando em direção a uma saúde de excelência para o Brasil”, declara Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed.

Com mais de 4.000 metros de exposição e 90 expositores, o evento promete quatro dias de imersão, incluindo uma programação científica diversificada, com mais de 100 atividades, que abrangem desde conferências, mesas-redondas, cursos e workshops até encontros com especialistas e apresentações de casos clínicos. A edição 2023 do CBPC reuniu, em São Paulo, quase sete mil pessoas, além de 250 palestrantes nacionais e 70 internacionais. 

Clique aqui para mais informações sobre o 56º CBPC.

FILIS 2024 trará palestras e debate abordando os impactos das mudanças ambientais e climáticas na saúde brasileira

As atividades do setor de saúde influenciam no aquecimento global e isso afeta negativamente o próprio sistema

15 de agosto de 2024 – “Os Impactos das Mudanças Ambientais e Climáticas na Saúde Brasileira” será discutido no 8º FILIS – Fórum Internacional de Lideranças da Saúde, organizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que acontecerá no dia 29 de agosto de 2024, das 8h00 às 18h00, no Teatro B32, em São Paulo.

Carlos Nobre, cientista destacado principalmente na área dos estudos sobre o aquecimento global; Ricardo Assumpção, Líder de ESG e Sustentabilidade para América Latina e Chief Sustainability Officer Brasil da EY; e Cesar Higa Nomura, Diretor de Medicina Diagnóstica no Hospital Sírio-Libanês e Presidente do Conselho de Administração da Abramed, vão abordar o tema, sob moderação de Claudia Cohn, Diretora de negócios nacionais na Dasa, CEO do Alta Diagnósticos e Membro do Conselho de Administração da Abramed.

O tema é de extrema importância, afinal, hospitais e laboratórios são responsáveis por mais de 4% das emissões globais de CO2, sendo que em muitos países desenvolvidos, esse número chega a 10% das emissões nacionais​​. Além disso, são responsáveis ​​por mais de 5 milhões de toneladas de resíduos a cada ano. Os dados são do relatório da Health Care Without Harm.

Os hospitais são algumas das instalações públicas com maior intensidade energética, emitindo 2,5 vezes mais gases de efeito estufa do que prédios comerciais, também de acordo com o relatório citado. A pegada ambiental inclui o uso intensivo de energia, bem como as emissões indiretas resultantes da eletricidade, vapor, refrigeração e aquecimento, segundo informações da Federação Internacional de Hospitais (IHF). ​

Isso quer dizer que as atividades do setor de saúde influenciam no aquecimento global, e isso cria um ciclo que afeta negativamente o próprio sistema. À medida que a temperatura do planeta aumenta, a demanda por serviços de saúde também cresce, especialmente em relação a doenças relacionadas ao calor, como desidratação, insolação e doenças cardiovasculares. 

Além disso, o aquecimento global está criando condições ideais para a proliferação de mosquitos que transmitem doenças. De acordo com o World Mosquito Program, temperaturas mais quentes e maiores níveis de umidade permitem que esses insetos sobrevivam e se multipliquem em regiões antes consideradas frias demais para suportá-los​. Por exemplo, doenças como dengue e chikungunya estão agora se espalhando além de suas zonas geográficas tradicionais, colocando em risco metade da população mundial​.

As mudanças climáticas também estão facilitando a propagação de bactérias em águas mais quentes, como a bactéria Vibrio vulnificus, que pode causar infecções graves​. Um estudo publicado na Nature Climate Change mostrou que mais de 58% das doenças infecciosas conhecidas são exacerbadas pelas mudanças climáticas.

“Isso mostra que o impacto das mudanças climáticas na saúde global é um desafio crescente, exigindo maior preparação e adaptação por parte das instituições públicas e privadas para mitigar os riscos associados. Durante o debate, vamos apresentar como a medicina diagnóstica pode ajudar a enfrentar esses desafios, fornecendo insights críticos e soluções inovadoras, além de desenvolver estratégias para reduzir o próprio impacto no meio ambiente”, declara Claudia Cohn.

Segundo a 6ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, metade das empresas associadas à Abramed realizaram, em 2023, análises para identificar os riscos associados à mudança climática e mantêm um inventário de emissões de gases do efeito estufa. Além disso, 71% implementaram medidas para compensar a emissão de gases do efeito estufa, como projetos de reflorestamento. E, ainda, 50% ofereceram treinamentos para sensibilizar os funcionários acerca dos efeitos da mudança climática.

Outro assunto relacionado ao tema que pode figurar no debate é a necessidade de adaptação dos sistemas de saúde para lidar com o aumento da demanda por serviços médicos, além da importância de integrar estratégias de sustentabilidade e resiliência nas empresas que atuam na área.

O papel da inovação tecnológica e da análise de dados na identificação e resposta a riscos emergentes; a importância da governança corporativa na promoção de práticas sustentáveis e na proteção da saúde pública; e a necessidade de colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil para abordar os desafios de saúde decorrentes das mudanças climáticas são outros tópicos importantes.

As inscrições para o 8º FILIS estão abertas e as vagas são limitadas. Faça parte dessa jornada de transformação!

Serviço

8ª edição do FILIS – Fórum Internacional de Lideranças da Saúde

Tema: “Saúde Inovadora: Oportunidades para um setor sustentável”

Quando: 29 de agosto de 2024

Horário: Das 9h00 às 18h00

Onde: Teatro B32, São Paulo

Garanta já sua participação: http://www.abramed.org.br/filis 

Sustentabilidade e capitalismo consciente: a gestão orientada por propósito

Por Daniela Garcia*

Empresas de todos os setores, incluindo a saúde, são cada vez mais desafiadas a exercitarem sua pauta de sustentabilidade. Isso significa olhar para o negócio com foco em impacto socioambiental a longo prazo. Adotar essas iniciativas também significa alinhar-se ao conceito de capitalismo consciente, que propõe uma gestão orientada por propósito, tratando todos os stakeholders de forma equânime e cultivando uma cultura organizacional voltada para o impacto positivo.

Na prática, isso se traduz em ações alinhadas aos parâmetros ESG, promovendo ética, transparência de dados, acesso e oportunidades para todos. Esse alinhamento é fundamental para a evolução da saúde, tornando-a mais inteligente, tecnológica, rápida e precisa, permitindo que mais pessoas se beneficiem do progresso da medicina. 

A sociedade 5.0, que coloca a tecnologia a serviço do bem-estar humano, está profundamente interligada com a saúde e a longevidade. Acessibilidade, precisão nos diagnósticos, melhoria nos padrões de apuração de dados e ferramentas que proporcionam respostas rápidas são alguns dos benefícios que essa integração oferece.

Gosto de lembrar que as práticas ESG sempre estão ligadas a empresas que se preocupam em melhorar padrões e resultados de impacto. Tudo o que for feito para deixar os processos mais transparentes, éticos, íntegros e seguros, promovendo a acessibilidade e a sustentabilidade, deve ser mantido ou implementado. 

E para isso funcionar, é imprescindível ter uma visão sistêmica, afinal, somos um sistema, nada funciona sozinho. Empresas, sociedade e mercado financeiro precisam andar juntos e integrados. Sabemos que o que atinge um alvo hoje, certamente gerará resultados positivos ou negativos em outro lugar. 

Importante lembrar que a abordagem ESG requer uma análise abrangente dos impactos em todos os stakeholders e a antecipação de riscos de negócio, ampliando a responsabilidade para além dos limites da empresa. Organizações que adotam tais práticas podem esperar diversos benefícios, como transparência, ética, integridade, cumprimento de regulamentações, uma cultura organizacional consciente, diversidade, inclusão e inovação.

Depois que esses assuntos estiverem completamente introjetados, é preciso expandir as ações, se autorregular, buscar novos parâmetros de crescimento e impacto. Iniciativas que atingem demais atores da cadeia da saúde fazem toda a diferença: cuidado com fornecedores, construção de relações de valor, relacionamentos saudáveis, educação e conscientização de clientes, bem como iniciativas socialmente responsáveis. 

Para iniciar a jornada ESG, as organizações devem mapear e entender seus parceiros, identificar riscos de negócio, criar uma matriz de materialidade e definir temas prioritários. É essencial traçar planos e metas de curto, médio e longo prazo e colocar toda a energia para que as ações sejam efetivas. Em meio a tudo isso, é preciso ter lideranças patrocinadoras do processo e embaixadores internos que ajudem a amplificar a temática. Afinal, ESG é cultura!

E agora falando de tendências no setor de saúde, posso citar a análise de dados para diagnósticos futuros, o uso de tecnologia e da inteligência artificial para ampliar o acesso, a gestão de resíduos e a educação sobre o descarte de materiais, como chapas de raios-x e medicamentos. Além disso, todos que atuam no setor tem o papel de colaborar com informações sobre prevenção de doenças crônicas.

Empresas de medicina diagnóstica podem educar melhor seus clientes e parceiros sobre a importância da sustentabilidade e da governança, explicando como fazer mais e melhor. A começar pelo descarte correto de todos os materiais e resíduos de exames e tratamentos. Por exemplo, poucas pessoas sabem onde descartar chapas de raios-x. Por que não colocar coletores nos laboratórios? Este pode ser um caminho muito útil para que o consumidor brasileiro intensifique o foco da empresa em sustentabilidade e reconheça a marca como educadora.

Nesse ponto, o Capitalismo Consciente Brasil, organização que promove o movimento no país, tem desempenhado um papel significativo ao ajudar companhias de diversos setores a adotar práticas sustentáveis, com programas de certificação, capacitação e plataformas de educação. Estamos no Brasil para ajudar na transformação cultural corporativa a fim de garantir que mais líderes conscientes estejam à frente das empresas. 

Para os profissionais de medicina diagnóstica que estão iniciando a implementação de práticas sustentáveis e responsáveis, a mensagem é clara: sigam em frente, não desistam. Fazer o que gera impacto positivo no médio e longo prazo é uma jornada de resiliência e foco. Estimulem seus pares e seus colegas a estarem juntos, contaminem o ambiente de boas ideias. Usem a diversidade e a inclusão como fontes de criatividade, conhecimento e boa convivência. Liderem com amor e respeito. E lembre-se de que sua consciência muda o mundo.

*Daniela Garcia, CEO do Capitalismo Consciente Brasil, estrategista focada em Customer Experience e ESG. Primeira mulher CEO do Capitalismo Consciente no Brasil, articuladora de negócios entre segundo e terceiro setor, especializada em desenho de projetos de impacto socioambiental.

Publicada em 15/08/2024

Abramed promoverá painel sobre inovação na radiologia durante CBR24, em Salvador

Realizada em 20 de setembro, discussão irá explorar como a tecnologia está transformando a prática médica

15 de agosto de 2024 – “Inovação na Radiologia: Explorando o poder da tecnologia na prática médica” é o tema do painel que a Abramed promoverá no dia 20 de setembro durante o 3º Simpósio de Qualidade e Gestão de Clínicas, realizado no CBR24, no Centro de Convenções de Salvador, BA.

O evento faz parte do 53º Congresso Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, o CBR24, que será realizado entre os dias 19 e 21 de setembro. Promovido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), o tradicional encontro tem como tema deste ano “A radiologia do futuro, agora”.

O Painel terá início às 10h30, com uma apresentação institucional, conduzida por Milva Pagano, diretora-executiva da entidade. Na sequência, Ademar Paes Jr., founder da LifesHub, sócio da Clínica Imagem e membro do Conselho de Administração da Abramed, apresentará indicadores setoriais da 6ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, anuário que traz os dados mais recentes e relevantes sobre a medicina diagnóstica no país.

O debate com o tema “Inovação na Radiologia: Explorando o poder da tecnologia na prática médica” terá participação de Cesar Higa Nomura, diretor de Medicina Diagnóstica no Hospital Sírio-Libanês e presidente do Conselho de Administração da Abramed; Felipe Basso, CEO da Philips Medical System; Gilberto Szarf, radiologista e gerente médico de Inovação no Departamento de Imagem do Hospital Israelita Albert Einstein; e Gustavo Meirelles, médico radiologista, empreendedor e inovador em Saúde. A moderação ficará a cargo de Marcos Queiroz, diretor de Medicina Diagnóstica no Hospital Israelita Albert Einstein e líder do Comitê de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Abramed.

O debate abordará como as inovações tecnológicas estão revolucionando a prática da radiologia e como essas ferramentas podem ser utilizadas pelos radiologistas para aprimorar a precisão diagnóstica, proporcionando cuidados mais eficazes e personalizados aos pacientes. A discussão também irá explorar o impacto dessas inovações na prática médica como um todo, destacando a importância de integrar a tecnologia ao cotidiano clínico. O painel se encerra às 17h.

Segundo Milva Pagano, o CBR24 é uma plataforma essencial para discutir os avanços e desafios do setor de radiologia e diagnóstico por imagem, e o painel Abramed é uma oportunidade única para explorar como a inovação tecnológica está transformando a prática médica. “Acreditamos que a integração de novas tecnologias não apenas aprimora a precisão dos diagnósticos, mas também eleva a qualidade do cuidado prestado aos pacientes, colaborando para o desenvolvimento e a sustentabilidade de toda a cadeia de saúde no Brasil”, salienta Milva. 

Ela aproveita para convidar todos para esse momento importante de integração. “Será um painel enriquecedor, com palestrantes e debatedores que são referência na área, trazendo insights valiosos sobre o tema. Nosso papel é garantir que a medicina diagnóstica esteja preparada para as mudanças e que possamos, juntos, construir um futuro no qual a inovação se traduz em benefícios concretos para a saúde da população”, afirma.

Durante os três dias de congresso, a Abramed também estará presente com um estande, onde os participantes poderão conhecer mais sobre as iniciativas da entidade e interagir com especialistas do setor. O local será um ponto de encontro para a troca de experiências e a integração dos profissionais. 

Sobre o CBR24

O 53º Congresso Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem engloba um programa completo e de alto nível científico, com debates para explorar novas ideias e perspectivas nas cinco arenas: Inovação, Cultura e Humanidades, Radiologistas do Futuro, Ultrassonográfica e a inédita Defesa Profissional, além das atividades esportivas e sociais. A programação inclui cursos de atualização, cursos intensivos com demonstrações práticas, hot topics, casos desafiadores, Maratona e mais.

De acordo com Cibele Carvalho, presidente do CBR, o congresso visa unir profissionais de todo o país para compartilhar conhecimento, experiências e promover a defesa e o desenvolvimento contínuo da área. “A cidade de Salvador, este ano, será a oportunidade de não apenas adquirir novos conhecimentos, mas também estabelecer conexões valiosas, fortalecer o networking e celebrar os avanços da radiologia no Brasil.”

Mais informações: https://congresso.cbr.org.br/ 

Abramed publica relatório sobre boas práticas em canais de denúncias no setor de medicina diagnóstica

Desvio de comportamento e assédio moral lideram entre temas mais denunciados em 2023, com tempo médio de apuração de 30 dias

O Comitê de Governança, Ética e Compliance (GEC) da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) acaba de lançar o relatório técnico sobre boas práticas de canais de denúncias em laboratórios de análises clínicas, clínicas de radiologia e diagnóstico por imagem e hospitais. A publicação objetiva difundir boas práticas e promover a implementação e gestão eficazes desses canais.

As informações foram apuradas com 10 empresas associadas à Abramed, que responderam questionários estruturados com perguntas quantitativas e qualitativas. Os participantes representam um setor com receita de 24 bilhões de reais e são responsáveis por mais de 65% do total de exames realizados na saúde suplementar no Brasil.

O modelo de terceirização do canal de denúncias é o adotado por 70% das empresas ouvidas. Embora 60% dos participantes possuam políticas sobre o processo de apuração, a publicação avalia que há espaço para melhorias na definição de políticas de consequências. Desvio de comportamento e assédio moral lideram entre temas mais denunciados em 2023, com tempo médio de apuração de 30 dias.

O relatório revela também que a maior parte das denúncias não é tratada pela própria área de Compliance, sendo 60% encaminhadas para outras áreas ou consultoria externa. O material destaca ainda a importância dos canais de denúncias como instrumentos para garantir conformidade regulatória, segurança do paciente, proteção contra fraudes e corrupção, melhoria da qualidade do serviço e promoção de uma cultura de transparência e responsabilidade.

“Os canais de denúncia são ferramentas essenciais para empresas de todos os setores, em especial, o de saúde, que é feito de pessoas para pessoas. Dar aos colaboradores a possibilidade de relatar, de forma segura e com apuração independente, eventuais desvios de conduta e não conformidades, ajuda a criar uma cultura justa, proteger a integridade da organização e beneficiar o paciente”, explica Rafael Pedro Salustiano, membro do Comitê GEC da Abramed e coordenador de Compliance na Dasa.

Segundo ele, o objetivo da Abramed com o material foi trocar informações de forma segura e criar um documento de alta qualidade, de fácil leitura, que possa servir de guia para empresas que ainda não possuam um setor de compliance ativo. “O relatório pretende fornecer um caminho prático para a criação desses canais, abordando de maneira macro os critérios e diretrizes essenciais”, explica.

Neste processo, Salustiano faz questão de lembrar a importância da cultura organizacional, que influencia diretamente a qualidade das denúncias recebidas. “Ações de letramento, sensibilização e reforço contínuo dos valores de cultura ajudam a criar ambientes seguros onde as pessoas se sintam livres para expor seus relatos de forma precisa e eficaz, ajudando a manter altos padrões éticos e de conduta nas instituições.”

O coordenador de Compliance na Dasa destaca também que uma política de apuração bem definida é fundamental para conduzir investigações imparciais e evitar conflitos de interesse. “A política de consequências deve observar os termos do código de conduta da empresa para determinar as medidas apropriadas para cada situação, desde abordagens que promovam atitudes alinhadas aos valores de cultura da companhia, até punições amparadas pela legislação.”, expõe Salustiano.

Em um setor altamente regulado, como o da saúde, o Compliance ganha ainda mais relevância. Para a Abramed, a evolução dos canais de conduta ainda está em curso, mas já mostra um avanço positivo na experiência dos colaboradores, dos pacientes e na qualidade dos serviços. Importante destacar que canal de denúncias e canal de conduta são sinônimos, assim como Compliance e integridade.

Acompanhamento de indicadores

A definição de indicadores é essencial para um monitoramento eficaz dos canais de denúncias, para acompanhamento da qualidade, rapidez das apurações e identificação de melhorias. Eles fornecem dados importantes para auditorias internas, administração e stakeholders, ajudando a identificar problemas, como o tempo de resposta a diferentes tipos de denúncias, a qualidade das apurações e o respeito à governança. “Esses indicadores tornam o canal mais robusto e direcionam melhorias necessárias para alcançar padrões de excelência”, conta Salustiano.

Exemplos de indicadores utilizados pelos associados da Abramed incluem o volume de acessos ao canal para entendimento da quantidade de denúncias realizadas; triagem da qualidade dos relatos para avaliação de procedência com o processo de investigação; planos de ação criados para avaliar se o direcionamento das medidas está focado em recuperação, aculturamento ou desligamento dos denunciados e envolvidos; tempo médio de apuração, que monitora quanto tempo correu para findar as investigações, principalmente em casos que necessitam de celeridade, como fraude, corrupção e violência no trabalho; e denúncias finalizadas com sua procedência para assegurar que a governança foi respeitada.

“Esta publicação da Abramed é fundamental para orientar os associados, ajudando-os a entenderem se estão no caminho certo para estabelecer padrões de excelência. Sendo um setor ainda em desenvolvimento, com desafios e práticas novas, vejo a entidade na vanguarda da criação de um modelo padronizado e eficiente que ajude a construir o futuro do Compliance”, conclui Salustiano.

O relatório Canal de Denúncias: Boas Práticas em organizações de saúde está disponível na área de publicações do site da Abramed ou clicando neste link.

Abramed completa 14 anos e reafirma protagonismo no setor de medicina diagnóstica no Brasil

A entidade representa mais de 65% do volume total de exames realizados na saúde suplementar no país

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) celebra, em julho de 2024, seus 14 anos de história, marcados por um trabalho sério, ético e transparente, que originou inúmeras conquistas. Fundada em 2010, a entidade foi criada com o objetivo de unir forças em prol da medicina diagnóstica no Brasil. Desde então, se consolidou como protagonista no setor, representando hoje mais que 65% do volume total de exames realizados na saúde suplementar no país.

Ao longo dos anos, a associação tem se posicionado como uma voz ativa em diversas frentes, promovendo a sustentabilidade e a ética. Em 2017, lançou seu Código de Conduta, estabelecendo padrões de comportamento que norteiam as ações dos associados. “Nosso compromisso é sempre agir de forma correta, garantindo a segurança do paciente e a qualidade dos serviços diagnósticos”, afirma Milva Pagano, diretora-executiva​.

A inovação e a interoperabilidade são temas centrais na agenda da Abramed. No último ano, a entidade implantou um comitê dedicado à interoperabilidade, buscando melhorar a comunicação entre diferentes sistemas de informação na saúde. “Adotar padrões de codificação de exames laboratoriais e de imagem é crucial para a interoperabilidade e estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde para acelerar esse processo”, explica Milva​.

Também no último ano, a associação esteve envolvida em diversos assuntos de grande relevância para o setor, participando fortemente das discussões sobre a reforma tributária, buscando um tratamento diferenciado para o segmento de saúde. Além disso, esteve na linha de frente na revisão da RDC 302/2005, da Anvisa, que culminou na RDC 786/2023, responsável por estabelecer os requisitos técnico-sanitários para laboratórios clínicos.

A Abramed continua desempenhando um papel fundamental na divulgação de dados relativos aos exames de Covid-19 e dengue realizados na rede privada, auxiliando o Ministério da Saúde no monitoramento epidemiológico e na tomada de decisões informadas. Essas informações também balizam a imprensa e fornecem à sociedade dados precisos e atualizados sobre a evolução dessas doenças.

Vale lembrar que a associação tem participado de discussões com órgãos governamentais, como ANVISA, ANS e o Ministério da Saúde, buscando sempre garantir que as políticas públicas e regulatórias estejam alinhadas com as melhores práticas e inovações do setor. “Nosso protagonismo se reflete em diversas frentes: na defesa da qualidade e segurança dos serviços, na promoção de tecnologias inovadoras, na sustentabilidade do setor e na participação ativa em discussões sobre telessaúde e inteligência artificial”, acrescenta Milva.

Faz parte da missão da Abramed promover eventos que fortaleçam a medicina diagnóstica no Brasil. A entidade marca presença em importantes encontros do setor, como a Jornada Paulista de Radiologia (JPR) e a Feira Hospitalar, que servem de palco para suas iniciativas. Nessas ocasiões, sempre promove debates valiosos, destacando-se como uma voz influente na discussão de inovações, boas práticas e regulamentações.

Em termos de produção de materiais, a Abramed lançou no último ano a pesquisa “O uso da IA na medicina diagnóstica brasileira”, que aborda a aplicação de inteligência artificial em 30 laboratórios privados, além da Cartilha de Boas Práticas sobre os impactos da RDC 786 na assinatura eletrônica. Sem falar do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação anual que oferece um panorama abrangente do setor no Brasil. “Trata-se de uma ferramenta essencial para profissionais e empresas da área, fornecendo dados e insights que ajudam na tomada de decisões e no desenvolvimento de novas estratégias para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades no mercado de medicina diagnóstica”, ressalta Milva.

Vale destacar, ainda, a newsletter Abramed em Foco, que traz, mensalmente, os principais temas que envolvem o setor, incluindo artigos, notícias e matérias com grandes especialistas da áreas, sobre atualidades, tecnologia, inovações e tendências, colaborando para a disseminação de informações relevantes para todo o mercado.

Outra iniciativa relevante da entidade que merece destaque é o Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), um evento emblemático que promove a integração de toda a cadeia do setor. Este fórum reúne líderes para discutir tendências, inovações e desafios, fortalecendo a colaboração entre diversos stakeholders da saúde​. Desde sua primeira edição, em 2016, tornou-se uma referência para a troca de experiências e conhecimento entre profissionais, gestores, autoridades e especialistas do setor.

“Em nome da Abramed, gostaria de expressar minha profunda gratidão aos nossos associados e parceiros pelo comprometimento e colaboração ao longo desses 14 anos. Sem o apoio e a participação ativa de cada um de vocês, não teríamos alcançado tantas conquistas e superado tantos desafios. Juntos, continuaremos a promover a inovação e a excelência na medicina diagnóstica, em prol de todo o sistema de saúde e, principalmente, dos pacientes”, finaliza Milva.

Muito além do compliance: medicina diagnóstica incorpora conceito de Integridade às operações

Por Sara Cepillo e Vasconcelos*

Cada vez mais, as empresas do setor de medicina diagnóstica têm se dedicado a garantir a qualidade, a segurança e a confiabilidade dos seus serviços introduzindo iniciativas que envolvem governança, ética e compliance. Como resultado, nos últimos anos, temos observado um avanço significativo na forma como elas se estruturam e operam, evoluindo do compliance para a integridade.

Embora muitas vezes usados como sinônimos, esses conceitos têm distinções importantes. O compliance foca no cumprimento de leis e regulamentações, enquanto a integridade vai além, incorporando princípios éticos nas operações diárias e na tomada de decisões.

A transição do compliance para a integridade reflete uma abordagem mais holística e sustentável, onde a ética é integrada nas operações e cultura organizacional, resultando em benefícios a longo prazo tanto para a organização quanto para a sociedade.

Promover uma cultura de integridade envolve liderança ética, engajamento e responsabilidade de todos os colaboradores, bem como a criação de um ambiente de transparência e confiança. Essa abordagem não só assegura a conformidade legal, mas também promove comportamentos éticos e sustentáveis a longo prazo.

Fazem parte da integridade desde códigos de conduta e políticas internas até canais de denúncia e análises regulatórias. Na Abramed, que representa mais de 65% do volume total de exames realizados na saúde suplementar no país, nos comprometemos com a integridade de diferentes maneiras.

Para se associar, as empresas precisam atender a requisitos organizacionais e éticos estabelecidos. Nosso Código de Conduta abrange pilares éticos e de integridade, definindo o padrão de comportamento obrigatório a todos os associados, e a Cartilha de Compliance – Guia de Boas Práticas para o setor de Medicina Diagnóstica orienta e baliza suas ações.

Além disso, a Associação mantém um canal de denúncias confidencial, onde partes interessadas podem reportar, sem medo de retaliação, qualquer comportamento inadequado ou violação das normas éticas e de compliance, que afetam a integridade do setor. As denúncias são investigadas e endereçadas de maneira imparcial e rigorosa. No caso de problemas identificados, são adotadas ações corretivas.

A fim de gerir e organizar este tema, a Abramed conta com o Comitê de Governança, Ética e Compliance (Comitê GEC), comprometido com diversas ações práticas para fomentar a atuação transparente e responsável no setor. É papel do Comitê comunicar regularmente os membros e partes interessadas sobre suas atividades, incluindo relatórios e resultados dos trabalhos desenvolvidos, promovendo a transparência e mantendo um diálogo aberto e transparente com todos os envolvidos.

O Comitê GEC avalia continuamente as práticas de governança, ética e compliance do setor, aprendendo com experiências passadas e aprimorando abordagens que possam fortalecer os valores definidos pela Abramed e o direcionamento estratégico de pautas relevantes para os associados. Como exemplo, estamos revisitando a matriz de riscos desenvolvida em 2021 para refinar os riscos relacionados ao clima, assim como o impacto em sustentabilidade ambiental e setorial.

Essas ações refletem o compromisso da Abramed em promover uma cultura de integridade, responsabilidade e conformidade dentro da Associação. O Comitê GEC busca constantemente formas de inovar e melhorar a prática e a abordagem de governança, ética e compliance, utilizando feedback de stakeholders e acompanhando as tendências e avanços do setor. Importante ressaltar que temos nos posicionado ativamente em relação aos Projetos de Lei de pesquisa clínica e inteligência artificial, que se relacionam a essa temática em diversos pontos.

No contexto da pesquisa clínica, apoiamos iniciativas e reconhecemos seu papel fundamental na descoberta e no aprimoramento de tratamentos, medicamentos e métodos de diagnóstico. Defendemos regulamentações claras e eficazes que garantam segurança jurídica à sociedade, bem como a segurança dos participantes e a integridade dos dados tratados, incentivando parcerias entre instituições de pesquisa, indústrias farmacêuticas e centros de diagnóstico. O Comitê GEC programou, para o segundo semestre de 2024, um workshop para os associados justamente sobre a nova Lei Federal de Pesquisa Clínica, nº 14.874/2024, sancionada em 28 de maio de 2024.

Em relação à inteligência artificial, reconhecemos seu potencial para aumentar a eficiência, a precisão e a personalização dos diagnósticos e serviços de saúde em geral. Defendemos a criação de um marco regulatório que viabilize a inovação e, ao mesmo tempo, garanta o uso responsável, ético, seguro e transparente da IA, protegendo os dados dos pacientes e promovendo a capacitação de profissionais de saúde para o uso adequado desta tecnologia.

A inteligência artificial pode trazer benefícios para medicina diagnóstica e serviços de saúde em geral, incluindo a melhoria na qualidade do atendimento, a otimização dos recursos, diagnósticos mais precisos, tomadas de decisões clínicas mais rápidas, análise preditiva, automação de tarefas repetitivas, personalização do tratamento, monitoramento contínuo da saúde, avanços na pesquisa e desenvolvimento, e redução de custos.

Contudo, é essencial que esses avanços estejam atrelados a uma governança robusta da IA e ao uso responsável dessa tecnologia, assegurando que os benefícios sejam alcançados de forma ética, sustentável, equitativa, responsável e segura, protegendo os direitos dos pacientes e garantindo a transparência dos processos.

Ao fomentar uma cultura de integridade, fortalecemos a confiança nos serviços de medicina diagnóstica, garantindo que a qualidade e a segurança sejam prioritárias em todas as etapas do cuidado ao paciente. Cumprindo nosso papel de forma responsável, esperamos inspirar todos os stakeholders da cadeia de saúde a se comprometerem com esses princípios.

*Sara Cepillo e Vasconcelos, Líder do Comitê de Governança, Ética e Compliance da Abramed, Consultora de Governança, Riscos e Integridade no Grupo Fleury. Advogada, pós-graduada em Direito Digital e Gestão da Inovação pela FIA, com LL.M em Direito e Prática Empresarial, com módulo internacional focado em American Corporate Law pelo CEU Law School.

18/07/2024

Segundo OMS, diagnóstico é fundamental para eliminar hepatites virais até 2030

Julho Amarelo é o mês de conscientização da doença. Em apoio, a Abramed promove a importância do diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado

18 de julho de 2024 – O diagnóstico é um dos pilares fundamentais para eliminar as hepatites virais até 2030, conforme meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença representa uma preocupação global crescente, sendo a segunda principal causa infecciosa de morte no mundo. Com 3,5 mil óbitos diários e 1,3 milhão de mortes anuais, a hepatite viral se compara à tuberculose, a maior causa infecciosa de mortalidade, segundo a OMS.

“Esses números alarmantes destacam a necessidade urgente de medidas eficazes para combater essa crise de saúde pública e reforçam a importância do diagnóstico precoce como uma estratégia essencial na luta contra as hepatites virais”, salienta Alex Galoro, médico patologista clínico, líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Segundo a OMS, as mortes registradas em 187 países aumentaram de 1,1 milhão, em 2019, para 1,3 milhão, em 2022. A hepatite B foi responsável por 83% desses óbitos, enquanto a hepatite C respondeu por 17%. Apesar da disponibilidade de melhores ferramentas de diagnóstico e tratamento, a testagem e o tratamento dos pacientes estagnaram. 

Estima-se que, em 2022, 254 milhões de pessoas viviam com hepatite B e 50 milhões com hepatite C. A maioria das infecções foi registrada entre adultos de 30 a 54 anos, com homens representando 58% de todas as infecções. Em todas as regiões do mundo, até o fim de 2022, apenas 13% das pessoas com infecção crônica por hepatite B foram diagnosticadas, e apenas 3% recebiam terapia antirretroviral adequada.

Dados do Ministério da Saúde indicaram mais de 700 mil casos de diagnósticos positivos da doença de 2000 a 2021. Só por hepatite C, foram mais de 62 mil óbitos no período.

Segundo Galoro, o principal obstáculo para a detecção precoce das hepatites virais é que a maioria delas é assintomática, não gerando sintomas até que a doença atinja um estágio mais avançado. “Nesses casos, o diagnóstico tardio reduz significativamente as oportunidades de tratamento e intervenção eficaz, comprometendo a saúde do paciente e aumentando os riscos de complicações graves, como cirrose e câncer de fígado”, expõe. 

Por isso, é fundamental realizar a triagem na população através de exames laboratoriais, especialmente em grupos de risco, mas também de maneira ampla, uma vez que não há uma população específica exclusivamente exposta ao risco de hepatite. 

“A grande dificuldade está em garantir que esses exames de triagem alcancem toda a população no Brasil, tanto em áreas remotas quanto nos grandes centros urbanos. Muitas vezes, há falta de solicitação médica para a pesquisa de hepatite”, explica.

Galoro ressalta que apesar das orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM) para que os médicos solicitem testes de sorologia para hepatite durante consultas de rotina, essa prática ainda não é amplamente adotada. “O diagnóstico precoce permite também a interrupção da transmissão do vírus, já que a pessoa diagnosticada pode tomar medidas para evitar sua propagação.”

Além de expandir o acesso a testes e diagnósticos, o relatório da OMS cita mais sete ações que devem ser tomadas pelos países para que a meta de eliminar as hepatites em 2030 continue viável. São elas: mudar políticas para implementação de tratamento equitativo; fortalecer esforços de prevenção da atenção primária; simplificar a prestação de serviços, otimizando a regulamentação e o fornecimento de produtos; desenvolver casos de investimento em países prioritários; mobilizar financiamento inovador; utilizar dados aprimorados para ação; e envolver as comunidades afetadas e a sociedade civil e avançar nas pesquisas para melhorar o diagnóstico e as possíveis curas para a hepatite B.

A Abramed reitera seu compromisso em apoiar as metas globais de eliminação das hepatites virais, promovendo a importância do diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado, garantindo assim uma melhor qualidade de vida para todos os pacientes.

Tipos de hepatites virais

As principais hepatites virais são A, B e C, sendo os tipos D e E menos frequentes. A hepatite A é transmitida principalmente por contaminação fecal, geralmente devido à falta de saneamento básico, e tende a ser auto eliminada, embora possa evoluir para uma hepatite fulminante em casos graves, possivelmente necessitando de um transplante de fígado.

A hepatite B pode ser transmitida por via sexual e pelo contato com sangue contaminado, e possui um índice de transmissibilidade maior do que o HIV. A principal forma de prevenção é a vacina. A hepatite C é transmitida principalmente pelo contato com sangue, sendo comum entre usuários de drogas intravenosas.

As hepatites B e C são mais destacadas devido à maior prevalência e gravidade, sendo as principais causas de complicações, como cirrose e câncer de fígado. Portanto, o diagnóstico e a triagem contínua dessas hepatites são essenciais para o controle e tratamento da doença.

FILIS 2024: ANS, Anvisa e Anahp participam de debate sobre qualidade em saúde

Encontro terá a participação de representantes de órgãos reguladores, medicina diagnóstica e hospitais

15 de julho de 2024 – No dia 29 de agosto, o 8º Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), realizado pela Abramed, reunirá no Teatro B32, em São Paulo, grandes nomes do setor para abordar o macro tema “Saúde Inovadora: Oportunidades para um setor sustentável”.

Um dos debates que serão realizados ao longo do dia abordará o tema “O papel da qualidade para a sustentabilidade do setor”, com a participação de Antônio Britto, diretor da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp); Daniel Meirelles, diretor da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e Maurício Nunes da Silva, diretor de Desenvolvimento Setorial na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O moderador será Wilson Shcolnik, membro do Conselho de Administração da Abramed e gerente de Relações Institucionais do Grupo Fleury.

“A Abramed, que congrega tanto laboratórios clínicos, de anatomia patológica quanto clínicas de diagnóstico por imagem, espera que este debate com representantes e diretores de órgãos reguladores possa abrir caminhos e renovar expectativas. Trazendo nossas visões de mercado como usuários de novas tecnologias, queremos apresentar à Anvisa e à ANS as inovações mais recentes, criando oportunidades de reconhecimento para os prestadores e promovendo uma regulação mais direcionada à inovação emergente em nosso país”, comenta Shcolnik.

Ele também acredita que as sociedades médico-científicas, que congregam profissionais atuantes no setor de medicina diagnóstica, possam contribuir significativamente para a atualização dos padrões técnicos e requisitos de qualidade exigidos. Isso se deve à necessidade contínua de adaptação aos novos conhecimentos, aos modelos de prestação de serviços e às novas tecnologias que são constantemente introduzidas no mercado pela indústria. “Essa colaboração com os órgãos reguladores será uma grande oportunidade”, reforça.

Segundo Shcolnik, é importante incluir a ANS nesse debate, pois tanto as operadoras de saúde quanto os prestadores de serviço têm interesse no bem-estar dos beneficiários e pacientes. Também é do interesse das operadoras que eles não adoeçam ou que cuidem para o não agravamento de doenças, pois isso tornaria o tratamento mais difícil e, sobretudo, mais custoso.

“O programa Qualiss-ANS teve a boa intenção de premiar ou reconhecer os prestadores de serviços que investem em qualidade. No entanto, o número de serviços acreditados no Brasil ainda é muito pequeno, tanto na área hospitalar quanto na laboratorial e de diagnóstico por imagem. Infelizmente, a iniciativa da ANS ainda não atingiu os objetivos esperados, pois o reconhecimento em termos de divulgação para o público leigo e a obtenção de reajustes contratuais diferenciados não foram alcançados”, explica.

Com relação à Anvisa, Shcolnik destaca que a missão da agência é eliminar ou reduzir os riscos na prestação de serviços de saúde. Isso inclui regular tanto o registro dos produtos utilizados na assistência à saúde quanto os serviços de saúde em si. Na área de laboratórios clínicos, a agência possibilita e aprova o registro de kits de diagnóstico in vitro, contando com uma gerência específica para avaliar documentos e evidências que garantam que os kits de diagnóstico que chegam ao mercado não apresentem riscos para os pacientes.

“Para o setor de prestação de serviços, isso é essencial. Basta lembrar que, durante a pandemia da Covid-19, vários dispositivos de testes rápidos apresentaram resultados falsos, demonstrando baixa qualidade ou desempenho, tanto no Brasil quanto em outros países. Isso ocorreu porque a maioria desses dispositivos – e é importante destacar que existem centenas de testes rápidos – não são avaliados antes de serem colocados no mercado”, expõe.

Portanto, segundo Shcolnik, o debate será uma excelente oportunidade para abordar esse assunto com Daniel Meirelles, da Terceira Diretoria da Anvisa. O objetivo é despertar a atenção da agência e de seus servidores para a necessidade de solucionar esse problema. “Além disso, na área de diagnóstico por imagem, a Anvisa tem se preocupado em disciplinar e regular boas práticas em outros setores, como medicina nuclear, por exemplo. Essa iniciativa também é recebida pelos prestadores com muita alegria”, complementa.

Sobre a participação da Anahp, Shcolnik frisa que a entidade, assim como a Abramed, compartilha a preocupação com a qualificação dos seus associados. Esse compromisso é evidenciado pelos critérios de admissão, que já exigem investimentos comprovados em qualificação na prestação de serviços.

“Infelizmente, o número de hospitais que adotam essas iniciativas ainda é baixo, assim como o de laboratórios. Esse movimento, iniciado há quase 25 anos, ainda não alcançou os resultados esperados, apesar dos diversos estímulos para indução da qualificação. Um ponto importante é a necessidade de que o público compreenda melhor o valor dessas iniciativas, pois, no final das contas, os beneficiários dos serviços são os principais interessados em sua implementação”, salienta.

Não perca esta oportunidade única de participar do 8º FILIS e discutir o papel da qualidade para a sustentabilidade do setor com os principais líderes do setor!

Serviço

8ª edição do FILIS – Fórum Internacional de Lideranças da Saúde

Tema: “Saúde Inovadora: Oportunidades para um setor sustentável”

Quando: 29 de agosto de 2024

Horário: Das 9h00 às 18h00

Onde: Teatro B32, São Paulo

Garanta já sua participação: http://www.abramed.org.br/filis

Abramed promoveu debate sobre cenário atual e perspectivas futuras da medicina diagnóstica

Líderes discutiram os desafios para alcançar eficiência e produtividade e a necessidade de cooperação pela sustentabilidade do setor

26 de junho de 2024 – A Reunião Mensal de Associados (RMA) de junho da Abramed, realizado no Hospital Sírio-Libanês, contou com discussão sobre o “Cenário Atual e Perspectivas Futuras da Medicina Diagnóstica” e participação de importantes líderes da área.  Foi um valioso momento de troca de experiências sobre modelos de negócio, custos, eficiência, tecnologia e cooperação entre os stakeholders do setor. 

Cesar Nomura, presidente do Conselho de Administração da Abramed, abriu o debate, que teve como moderador Eliézer Silva, diretor do Sistema de Saúde Einstein no Hospital Albert Einstein e membro do Conselho de Administração da Abramed. Participaram da discussão: Fernando Torelly, CEO do HCor; Rafael Lucchesi, diretor geral Diagnósticos e Ambulatorial na Dasa; e Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês.

Torelly destacou que a saúde suplementar no Brasil enfrentou grandes mudanças nos últimos anos a partir dos desafios trazidos pela pandemia de Covid-19. Em 2023, após um ano de esperança de recuperação, as operadoras de planos de saúde registraram um prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões. Em 2024, a complexidade no relacionamento com as operadoras aumentou, afetando o fluxo de caixa dos hospitais.

Segundo ele, um ponto importante nesse cenário é diferenciar os prestadores pela qualidade e não apenas pelo preço. Caso contrário, a indústria de saúde começará a perder. Considerando que a população brasileira com mais de 60 anos dobrará nos próximos 25 anos, essa questão se torna ainda mais crucial, pois isso trará grandes desafios de eficiência, acesso e desigualdade na saúde.

Para as instituições que fazem parte da Abramed, o CEO do HCor diz que o maior desafio é a concorrência. “Precisamos estabelecer a qualidade como um padrão essencial para competir, em vez de focar exclusivamente em contratos com operadoras e redução de preços para atrair demanda. Com certeza, o paciente não será o maior beneficiado por esse modelo concorrencial que estamos implementando.”

Tecnologia

Segundo Lucchesi, há 10 anos, havia grandes expectativas de avanços em integração de dados e muito se investiu em tecnologia para alcançar uma saúde mais integrada, eficiente e sustentável. “No entanto, parece que estamos retrocedendo. Este é um momento extremamente desafiador, com movimentos de sobrevivência no setor, especialmente na medicina diagnóstica. O fluxo de caixa tornou-se muito mais crucial e menos previsível do que no passado, o que levou a uma queda significativa nos investimentos”, expôs.

Segundo Lucchesi, as tendências atuais no setor de saúde não parecem mudar, com uma pressão crescente especialmente sobre pequenos e médios prestadores, que sofrem mais devido à menor capacidade de escala, planejamento de fluxo de caixa e levantamento de capital. “Esses prestadores também têm menos força nas negociações com operadoras, o que é prejudicial para o setor, que necessita de capilaridade.”

Lucchesi ressalta o papel da tecnologia para aumentar a produtividade, mesmo que isso implique em custos adicionais. “Acredito que podemos continuar crescendo com produtividade se o setor encontrar um equilíbrio. Dados recentes mostram uma leve melhora, impulsionada pelo repasse de preços para os clientes. Em 2024, é provável que tenhamos uma carteira menor, com menos pessoas acessando serviços de alta qualidade e rede aberta, resultando em preços mais altos. Isso pode significar menos pacientes em serviços premium.”

Colaboração

Na opinião de Ganem, é preciso discutir como aumentar a eficiência, focando principalmente nos processos e tentando ao máximo evitar mudanças em relação às pessoas. “A radiologia desempenha um papel fundamental nisso, contribuindo para a eficiência através da otimização do uso das máquinas e evitando no show.”

Conforme avalia, há oportunidades nesse sentido e na colaboração com outras instituições. “Precisamos avaliar até que ponto cada instituição pode reduzir custos sem comprometer a qualidade dos resultados para se manter competitiva e credenciada.”

Para qualquer instituição, três fatores são essenciais, de acordo com Ganem: o paciente precisa perceber valor na sua instituição e continuar buscando seus serviços; o corpo clínico deve ver sentido em cuidar dos pacientes dentro da instituição; e a operadora precisa reconhecer o valor de estar associada à sua instituição. “Este último ponto é o mais desafiador. Embora se fale muito sobre valor na saúde, na prática, isso raramente se traduz em ações concretas de remuneração, tempo e desempenho”, disse.

Para Ganem, é responsabilidade de todos os que lideram instituições sérias e comprometidas com a qualidade encontrar mecanismos para resolver os desafios. “Cada instituição tem sua própria agenda, mas resolver esses problemas individualmente pode ser difícil. Negociações individuais são importantes, mas também precisamos do envolvimento de outras instituições.”

Neste ponto, Torelly diz que é fundamental sentar todos juntos para encontrar soluções e lembra: “Estamos vivendo não mais na saúde baseada em evidências, mas na saúde baseada na eficiência. Quem não for eficiente não vai sobreviver.”

Como exemplos de parceria pela sustentabilidade do sistema, Eliézer disse que o Hospital Einstein, junto à Mayo Clinic, está explorando modelos bem-sucedidos de inteligência artificial. Durante uma consultoria, foi destacado que a transformação de uma instituição baseada em dados, análise e inteligência artificial começa com mudanças na mentalidade das pessoas.

“A eficiência trazida por esses modelos pode alcançar até 25%, abrangendo desde processos cotidianos como assinaturas de contratos até logística de medicamentos. Inspirados pela iFood, que expandiu para várias verticais, vemos que outras indústrias são mais cooperativas e integradas, enquanto o setor de saúde ainda enfrenta barreiras entre prestadores e operadoras”, disse.

Ele acredita que, como setor, é preciso mostrar a diferença do que se propõe: um aumento de custo necessário, mas acompanhado de ganhos em produtividade que ajudam a sustentar o setor. “Propomos uma agenda integrada para abordar essas questões de forma conjunta”, acrescenta.

Para Torelly, 2024 deve ser o ano do diálogo no setor da saúde. “Conflitos não levam a lugar nenhum quando todos estão sofrendo. Precisamos criar uma agenda de curto prazo e estruturante que fortaleça financeira e estruturalmente a saúde, para não ficarmos discutindo pagamentos de procedimentos. Estamos presos em discussões transacionais menores enquanto enfrentamos um problema macroeconômico de sustentabilidade do setor.”

Segundo ele, as lideranças da Abramed, Anahp, FenaSaúde e Abramge deveriam unir esforços para criar uma agenda política estratégica. “Continuar disputando pequenas vantagens apenas nos fará perder outra oportunidade de realizar uma grande transformação. Devemos explorar alternativas, como apoiar ações das operadoras que possam gerar mais recursos sem afetar os prestadores”, contou.

Por sua vez, Ganem resumiu essa discussão em três pontos essenciais: inteligência, cooperação e a necessidade de deixar de lado as vaidades. Ao final, Nomura ressaltou a importância da qualidade e da eficiência para direcionar o setor. “Junto aos associados, a Abramed tem discutido intensamente essas questões, que fazem parte do nosso Estatuto Social e do Regulamento Interno. Valorizamos muito esse compromisso com a excelência nas operações de nossos associados.”

O encontro terminou com uma visita guiada ao Hospital Sírio-Libanês.