#DiálogosDigitais Abramed abre nova temporada de bate-papos a partir de julho

Série de eventos virtuais traz discussões de temas variados que afetam toda a cadeia de saúde, além de oportunidade para o compartilhamento de experiências

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) lança a terceira temporada da série #DiálogosDigitais, uma sequência de bate-papos online com o propósito contínuo de dialogar e contribuir com as perspectivas para a cadeia de saúde no Brasil, e como a Medicina Diagnóstica se insere neste contexto de construção de um sistema de saúde mais sustentável.

A série iniciou em 2020, quando a entidade adaptou seu calendário de eventos ao cenário digital devido à pandemia de covid-19. Com o êxito do projeto, foi levada ao ar uma segunda temporada em 2021 e no próximo dia 26 de julho, das 17h30 às 19h, ao vivo no canal do Youtube da Abramed, será realizado um novo episódio abordando o tema “Canal de Denúncias e Compliance na Saúde”.

O canal de denúncias neste segmento é uma das principais ferramentas para o fortalecimento de uma cultura ética e transparente na gestão, no relacionamento com pacientes, funcionários, médicos, indústria, governo, operadoras de planos de saúde e demais stakeholders. Por meio dele, é possível que as instituições de saúde sejam comunicadas sobre eventuais irregularidades, fraude, corrupção, vazamento de informações, condutas inadequadas, conflito de interesse e possam adotar as medidas corretivas necessárias.

Para dialogar sobre a pauta, foram convidados a sócia-fundadora da Flesch Advogados, Esther Flesch; o Diretor Executivo da Aliant – Grupo ICTS, Maurício Fiss; e a diretora de Riscos, Auditoria e Compliance no Hospital Albert Einstein, Viviane Miranda. A moderação será da superintendente Jurídico e Compliance na Dasa e diretora do Comitê de Governança, Ética e Compliance da Abramed, Walquiria Favero.

Como identificar e prevenir condutas inadequadas nas organizações; qual a importância da implementação de um canal de denúncias; averiguação de denúncias e sigilo nas informações; como estabelecer uma relação de confiança com colaboradores e mercado; e o Código de Conduta como uma ferramenta para uma conduta transparente nas empresas e sociedade, são alguns dos assuntos do diálogo de estreia de 2022.

Para Milva Pagano, diretora executiva da Abramed, “Por meio da denúncia, é possível encontrar os problemas na fonte, nomeando os envolvidos e conseguindo sanar a questão antes de gerar prejuízos graves para o negócio”.

Clique aqui para acessar todos os episódios do projeto #Diálogos Digitais Abramed.

Taxa de positividade em testes de covid-19 no primeiro semestre de 2022 é maior que no mesmo período de 2021, segundo dados levantados pela Abramed

Foram 38,1% de positividade em 2022 contra 15,6% em 2021, apesar de ter sido realizado o dobro de exames

Mais de 3,2 milhões de testes de covid-19 foram realizados no primeiro semestre de 2022, sendo 1,2 milhão de positivos. A taxa de positividade média do período foi de 38,1%. Os dados foram compilados pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), cujos associados respondem por cerca de 60% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no país.

Como comparação, no primeiro semestre de 2021 foram realizados 7,2 milhões de testes, sendo 74% PCR e os demais, testes rápidos. O total de positivos foi de 15,6% ou 1,1 milhão. Ou seja, de janeiro a junho do ano passado, o total de casos positivos foi menor que neste ano, apesar de ter sido realizado o dobro de exames.

Os dados do primeiro semestre de 2021 estão relacionados à segunda onda de Covid-19, com predomínio da variante delta, enquanto os de 2022 estão na terceira onda, quando a predominância foi da variante ômicron. Segundo Alex Galoro, médico patologista e diretor do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed, a delta era mais grave e gerava mais internação em hospitais, o que pode ter causado medo na população, ajudando a justificar o aumento na quantidade de testes realizados no segundo semestre de 2021.

“Além disso, neste período, havia a exigência de exames para viagens, volta ao trabalho presencial e eventos culturais. As pessoas realizavam testes sem suspeita de terem a doença ou sem nenhum sintoma, apenas para comprovar o resultado negativo. Já no primeiro semestre de 2022, a positividade maior mostra que os testes foram efetuados realmente por pessoas que já apresentavam sintomas”, explica Galoro.

O patologista também cita a questão comportamental. Com o tempo, as pessoas foram perdendo o medo da doença e, com a confiança na vacina, passaram a fazer menos testes, já que os sintomas ficaram mais leves e persistem por menos tempo. “Também temos visto um relaxamento em relação às medidas não farmacológicas, ou seja, uso de máscara e de álcool em gel e distanciamento social. As pessoas não fazem mais questão de saber se estão infectadas com a covid-19”, diz.

Esse comportamento também reflete a própria evolução da doença. Com o contato com o vírus e a criação de anticorpos, o organismo está mais preparado para a resposta imunológica, por isso os picos de casos de coronavírus são mais rápidos e mais curtos, como pode ser visto nas últimas semanas em relação a novas variantes.

Mês a mês de 2022

Em janeiro foram realizados 1.246.598 exames de covid-19, sendo 559.972 positivos (taxa de 44,9%), enquanto em fevereiro, foram 604.900 exames, com 248.535 positivos (taxa de 41,1%). Março registrou 249.620 exames, com 20.318 positivos (taxa de 8,1%). Em abril, dos 88.606 exames realizados, 9.366 deram positivo (taxa de 10,6%). Maio fechou com 277.922 exames e 77.301 positivos (taxa de 27,8%). Por fim, junho registrou 802.135 exames, com 329.549 positivos (taxa de 41,1%).

Última semana de junho

A última semana de junho (25/06 a 01/07) foi marcada por queda no número de exames de covid-19 realizados, uma retração de 9% em relação à semana anterior (18/06 a 24/06). Foram feitos 154.000 exames, dos quais 64.000 deram positivo.

A proporção de exames PCR observada nas associadas se manteve estável, em 84%. A taxa de positividade geral caiu, passando de 44,6% na semana anterior para 42% na semana atual. “Esse resultado já indica uma tendência de redução tanto no número de testes quanto na positividade para os próximos períodos”, acrescenta Galoro.

Os números referentes a testes para diagnóstico são os primeiros que mostram a evolução de uma doença e o aumento da transmissibilidade, por isso os resultados apresentados semanalmente pela Abramed são tão importantes para o acompanhamento da covid-19 no Brasil.

Abramed participa de lançamento do Programa Einstein de Inovação em Biotecnologia

Iniciativa possibilitará a criação de ações com indústrias farmacêuticas, de dispositivos médicos e diagnósticos


No dia 4 de julho, o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, participou do Petit Comité para o lançamento oficial do Programa Einstein de Inovação em Biotecnologia, no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo (SP).

Estiveram presentes os executivos do Einstein: Sidney Klajner, presidente; Nelson Wolosker e Claudio Mifano, vice-presidentes; e Henrique Neves, CEO, que compartilharam a jornada da organização na escolha da biotecnologia em saúde como um guia de visão estratégica para os próximos anos.

O novo programa nasceu para apoiar iniciativas e possibilitar maior acesso à infraestrutura, aos insumos e a equipes profissionais com as quais se consiga produzir inovações em biotecnologia que sejam de fato transformadoras e tenham a possibilidades de chegar ao mercado mundial.

“O lançamento do Programa de Biotecnologia do Einstein representa importante iniciativa de estímulo à inovação em nosso país. Certamente trará bons frutos para a comunidade científica e para a população brasileira”, avalia Shcolnik.

Como parte dessa ação, o Einstein também anunciou uma nova unidade, a Eretz.bio biotech, para apoio a startups e empreendedores do setor de biotecnologia com foco em saúde. O novo braço contribuirá para o desenvolvimento de novas soluções diagnósticas, medicamentos e vacinas, além do fomento a pesquisas translacionais.

A sede da incubadora fica no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecília e Abram Szajman, e estará em operação a partir deste mês de julho. A Eretz.bio biotech foca nas frentes de pesquisa translacional, empreendedorismo, incubação e aceleração em redes internacionais de colaboração. Todas elas poderão gerar iniciativas em conjunto com startups e empreendedores e cocriar produtos, além de promover transferência de conhecimento e tecnologia entre países. O programa possibilitará também a criação de ações com indústrias farmacêuticas, de dispositivos médicos e diagnósticos para desenvolvimento de novos produtos.

Os participantes do programa se beneficiarão da estrutura do novo Centro de Ensino e Pesquisa, com acesso aos laboratórios de alta tecnologia, como suporte para pesquisas e procedimentos. No local, há uma plataforma de “Salas Limpas”, que contribuirá para estudos pré-clínicos e clínicos. Além do novo Centro, o Programa contará com as estruturas dos Centros de Estudos pré-clínicos e da Academic Research Organization (ARO) do Einstein.

A rede de iniciativas internacionais para intercâmbio tecnológico é formada por países como Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Espanha, Israel e Singapura. Ainda este ano, os acordos de cooperação poderão ser ampliados para outros locais da América Latina, China, Japão e Coreia do Sul.

“Laboratório do Futuro” foi tema do painel promovido pela Abramed, no 47º CBAC, em Fortaleza

Com experiências dos Grupos Dasa, Fleury e Sabin, foram mostradas novas dinâmicas que o conceito traz para a área de Análises Clínicas

As questões que permeiam o “Laboratório do Futuro”, com abordagens que trouxeram um olhar estratégico para portfólios e parcerias, laboratórios clínicos e ecossistema de saúde, bem como transformação digital, foram destaques na temática do painel promovido pela Abramed, durante o 47º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), no dia 21 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza – CE.

Moderado por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da entidade, o painel contou com a participação de Aline Amorim Martinez Ribeiro, Diretora no Grupo Fleury; Lídia Abdalla, CEO do Sabin Medicina Diagnóstica; e Linaldo Vilar Jr. – Diretor de Produção na Dasa.

A importância de debater esse tema na programação do congresso foi ressaltada por Luiz Fernando Barcelos, ex-presidente da SBAC. “Tratar sobre o Laboratório do Futuro faz-se necessário pela sua relevância no cenário atual do mercado de saúde, em constante evolução e, cada vez mais, voltado para as novas tecnologias”, destacou ele na abertura do painel.

Na sequência, Shcolnik fez seus agradecimentos e enalteceu a oportunidade de a Abramed, a convite da SBAC, participar pela primeira vez de um congresso de análises clínicas e poder, dessa forma, apresentar as atividades institucionais da associação, que foi criada há 11 anos com o objetivo de unir prestadores de serviços que atuam na área de Medicina Diagnóstica e são lideranças nesta área.

O presidente destacou que, devido a essa composição da Abramed, que conta com a participação significativa de empresas do setor, foi possível reunir, neste painel, participantes dos Grupos Dasa, Fleury e Sabin, associados da Abramed e protagonistas nesse tema, para mostrarem suas visões sobre o que está acontecendo em escala nacional. “Esses trabalhos respondem ao patamar que a Abramed atingiu por ser responsável por quase 60% dos exames que são realizados em saúde suplementar. Nesse nicho de mercado, alguns associados atuam também realizando exames na área pública, no Sistema Único de Saúde (SUS), através de convênios com prefeituras”, disse Shcolnik, compartilhando um panorama sobre as atividades da Abramed e seu quadro de associados.

Em termos de planejamento estratégico para 2022, informou ainda que a Abramed já tem aprovação para trazer à entidade laboratórios de pequeno e médio portes, ampliando as fronteiras na área da medicina diagnóstica.  Segundo ele, os objetivos da associação são modernos e, acima de tudo, visam debater temas de interesse do setor, promovendo um diálogo aberto, mas com uma característica que está vinculada aos tempos atuais em torno, principalmente, da ética.

“A Abramed tem um código de conduta e exige que seus associados o respeitem incondicionalmente. Sabemos que temos diversos desafios e estamos preparados para responder e atuar dia a dia a fim de superá-los com ética e transparência, especialmente no que tange aos exames de laboratório”, declarou.

Ele ainda fez considerações em torno de detalhes que estão sendo envolvidos na Reforma Tributária, que vai atingir prestadores de serviços de todos os portes e os diálogos que a entidade vem conduzindo para evitar possíveis penalidades ao setor, além de outros temas que interessam aos trabalhos da entidade e de seus associados nacionalmente, bem como os influenciam.

Em sua apresentação, o presidente falou especialmente sobre a forte atuação da Abramed na regulação do setor de Radiologia e destacou o trabalho em torno da Revisão da RDC 302, discutida pela associação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com entidades como a SBAC, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e os Conselhos Federais de Farmácia, de Biomedicina e de Medicina. Ele finalizou explanando sobre as ações em torno da Agência Reguladora dos Planos de Saúde.

Destacou também que a Abramed atua de braços dados com as sociedades científicas. “Consideramos os trabalhos dessas organizações essenciais para a sobrevivência também do nosso setor e sua valorização. Portanto, além de parceria com a SBAC, atuamos com diversas outras entidades ligadas ao assunto”, diz.

Para Shcolnik, essas iniciativas dão o tom empreendedor da Abramed em seu pouco tempo de história, alimentando a disposição e o empenho da entidade para conduzir os trabalhos que ainda virão. Com isso, deu início às apresentações do painel convidando Linaldo Vilar Jr, que abordou o tema “Laboratório Clínico e Ecossistema de Saúde” e apresentou o modelo de saúde inteligente que busca integrar todo o setor de saúde para tratar de forma personalizada, contínua e preventiva ao longo da vida dos clientes.

“Olhar para a saúde e não para a doença é o objetivo do Dasa através da conexão com todos os entes que impactam o ecossistema da saúde e priorizando a inovação em nosso trabalho”, disse Vilar Jr.

O executivo destacou que a jornada da empresa não é fácil, é um processo longo, mas muito focado na prevenção, na promoção e na predição da saúde, embasado por um banco de dados robusto que permite toda a integração. “Ter esse ecossistema integrado não consiste só na infraestrutura ligada aos laboratórios e hospitais, mas em como conectá-los através de dados e como isso impacta também a jornada dos nossos pacientes e de todos os atores envolvidos, desde médicos até operadoras e parceiros em todo o Brasil”, informou.

Compartilhar esse trabalho com foco na inovação e em consonância com as premissas do conceito de Laboratório do Futuro é o grande diferencial do propósito da Dasa nesse setor, frisou o executivo ao apontar que a empresa busca conciliar a saúde que as pessoas desejam com a que o mundo precisa. “É uma realização diária que exige compromisso, eficiência, excelência e melhor experiência para o nosso paciente para alcançarmos a materialização do nosso trabalho”, descreveu. Vilar Jr. que fez, ainda, um breve relato sobre os três modelos de gestão adotados pela Dasa e os benefícios que propiciam para a empresa e seus clientes.

O painel contou também com o tema “Laboratório do futuro: um olhar estratégico para portfólio e parcerias”, ministrado por Aline Amorim Martinez Ribeiro. Ela apresentou a gestão estratégica conduzida pela empresa e seu portfólio de ações e parcerias que permitem a expansão da capilaridade no setor de investimentos em novos elos da cadeia da saúde, como ortopedia, oftalmologia, infusões de imunobiológicos e fertilidade.

A diretora do Grupo Fleury explorou a atuação da empresa na área de Lab to Lab. “Olhando para esse mercado no setor de medicina diagnóstica em 2021, conforme dados da Abramed, tivemos cerca de R$ 5 bilhões em exames diagnósticos feitos no sistema Lab to Lab e entendemos que é uma grande oportunidade de complementação de portfólio para os mais de 15 mil laboratórios espalhados em todo o território nacional”, informou.

Ela fez observações sobre as implicações no papel do paciente também no que concerne a esse trabalho e falou sobre a gestão do Grupo Fleury nas questões que envolvem as atividades de alta complexidade. “Conforme as nossas práticas internas, a gestão da complexidade exige o entendimento com o suporte transversal e da nossa equipe médica, que acompanha todo esse processo e suas diversas etapas, demandas e atores envolvidos”, observou.

“Transformação Digital no Laboratório Clínico” foi a pauta da palestra feita porLídia Abdalla, que destacou a representatividade da SBAC no país face à sua atuação em prol dos laboratórios clínicos no Brasil.

A CEO do Sabin abordou a importância da tecnologia, da inovação e da transformação digital ao longo da pandemia, em especial para o setor da saúde passar por ela e se reinventar. “Sem a tecnologia, certamente esses dois últimos anos teriam sido muito mais duros”, expressou.

A executiva contou sobre a estratégia de inovação adotada pelo Sabin nos últimos anos, com foco no propósito principal da companhia: inspirar e cuidar da saúde das pessoas, oferecendo prestação de serviços de saúde com excelência, entre outros valores adotados pela empresa desde 1999, quando implementaram o primeiro selo de qualidade do Sabin, em conformidade com a norma ISO 9001.  “Esses valores são revisados anualmente para atender à nossa estratégia de gestão e todo o desenvolvimento tecnológico que vem sendo construído ao longo dos anos. Assim, a inovação é parte do nosso DNA”, destacou, completando sobre as linhas de trabalho do Sabin em torno do tema e alguns resultados alcançados com a transformação digital onde a marca atua.

O painel foi finalizado com um debate entre os especialistas, que puderam discorrer sobre especificidades em torno da implementação do “Laboratório do Futuro” e demais informações importantes para o desenvolvimento das análises clínicas com base nesse conceito inovador.

Mais informações sobre a programação do 47º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas da SBAC podem ser acessadas no link: www.sbac.org.br/cbac/.

Ferramentas de gestão ajudam Tecnolab a impulsionar produtividade e reduzir custos

O head administrativo Luiz Carlos de Angelis Junior conta como a tecnologia proporcionou grandes avanços na operação da empresa

Há mais de 40 anos no mercado, o Tecnolab se destaca como o mais completo centro de diagnóstico da região do ABCD, Mauá e Ribeirão Pires, no estado de São Paulo, com 14 unidades instaladas. Mais nova associada à Abramed, a empresa está em constante evolução para atender as necessidades dos seus públicos: médicos, convênios e pacientes. Nesta entrevista exclusiva, Luiz Carlos de Angelis Junior, head administrativo, fala sobre a importância do investimento em tecnologia, os planos do Tecnolab para este ano, aspectos positivos da pandemia e também faz uma análise do mercado. Confira a seguir.

Abramed em Foco – Quais são as principais demandas da área de medicina diagnóstica e como elas poderiam ser mais bem trabalhadas para o desenvolvimento do setor?

Luiz Carlos de Angelis Junior A medicina diagnóstica é um dos setores mais importantes para o apoio da maioria das especialidades médicas, trazendo diagnósticos rápidos e cada vez mais precisos, principalmente com o avanço tecnológico, seja no setor de imagem ou de análises clínicas. O mercado está em franca expansão, nitidamente percebida nos últimos anos, porém, noto que ainda há muitos temas a serem mais bem explorados para o desenvolvimento do setor. Devido à crise do momento e os altos reajustes de insumos, a comercialização deveria ser mais justa e com regras de negócio claras para ser possível mitigar riscos que possam comprometer o equilíbrio de caixa e a liquidez, principalmente em médio e longo prazos.

Esse assunto atualmente é tratado como um impasse, precisamos de uma estratégia integrada e mais participativa entre as operadoras e os prestadores, o que seria essencial para a evolução da relação, afinal temos tecnologia para isso. O setor tem enfrentado também a carência de mão de obra qualificada. A demanda que temos hoje não é suprida pela quantidade de pessoas que estão sendo graduadas ou atualizadas. Devido à alta complexidade das novas tecnologias e especificidades de regras de negócio, as dificuldades são ainda maiores.

Abramed em Foco – A customização dos serviços e a humanização no atendimento são questões fundamentais para garantir a experiência positiva dos clientes, como o Tecnolab trabalha esses pontos?

Luiz Carlos de Angelis Junior Os pilares do Tecnolab são: servir com dignidade, respeito e confiabilidade, com o objetivo de prestar sempre um atendimento de excelência, humanizado e acolhedor. Por esse motivo, investimos fortemente para manter este padrão em todas as nossas linhas de atendimento. A resposta certa para tomar uma decisão sempre estará nos pilares da empresa! Em nosso Núcleo de Educação Permanente (NEP), realizamos, periodicamente, em conjunto com o setor de Recursos Humanos, diversos treinamentos com foco em humanização, acessibilidade e inclusão. Nossa equipe de SAC está sempre preparada para resolver, de forma humanizada e pessoal, qualquer tipo de intercorrência que possa acontecer.

Abramed em Foco – Quais os aspectos positivos que a pandemia trouxe para a empresa?

Luiz Carlos de Angelis Junior A pandemia do coronavírus afetou profundamente negócios de todos os segmentos. Nós, do Tecnolab, e todos os SADTs enfrentamos momentos desafiadores. Neste período houve uma alta variação relativa à demanda de pacientes, obrigando-nos a fazer mudanças administrativas praticamente diárias. Para isso, realizamos diversas mudanças e atualizações para melhorarmos os processos internos, que hoje estão nos trazendo benefícios. A busca diária em lidar com esse novo momento nos fez estudar, com muito mais detalhes, nossos processos internos e os recursos aplicados neles, adotando novas ferramentas de gestão que jamais imaginávamos aplicar no setor de serviços. Através delas, encontramos formas de aumentar a produtividade, juntamente com meios de reduzir custos, todos eles sem alterar nossa qualidade de atendimento e acuracidade diagnóstica. Buscamos, por meio da tecnologia, proporcionar maior agilidade e comodidade para nossos pacientes, por isso implantamos mais um canal de atendimento, o WhatsApp, através do qual as dúvidas e os agendamentos podem ser realizados num menor tempo. O próximo passo é finalizar o projeto de agendamento totalmente online, que trará ainda mais facilidade aos pacientes.

Outro assunto que não podia deixar de falar foi a implantação de uma ferramenta de inteligência artificial para elaboração de laudos de determinadas especialidades. Isso nos proporciona mais acuracidade, velocidade e a possibilidade de ter um laudo já auditado antes de ser liberado. Sinceramente são inúmeros novos processos e novas tecnologias que implantamos em 2020, 2021 e, agora, em 2022.

Abramed em Foco – Quais as principais estratégias para uma empresa de medicina diagnóstica se tornar competitiva no mercado?

Luiz Carlos de Angelis Junior É fundamental estar sempre atualizada com as novas tecnologias, treinamentos de excelência em todas as atividades e manter a acuracidade nos resultados e nos laudos. A capilaridade é uma excelente estratégia com o objetivo de ascender uma organização no mercado. Portanto, para mantermos a competitividade, além de acompanhar o cenário econômico, o principal é investir em um controle de custos robusto e eficiente.

Abramed em Foco – Como os serviços oferecidos pelo Tecnolab ajudam as empresas a lidarem com os principais desafios da saúde ocupacional?

Luiz Carlos de Angelis Junior O Tecnolab analisa cada empresa identificando seu formato, expectativas e seus modelos de negócios, prestando uma política comercial de acordo com cada perfil, visando os objetivos do RH, do Plano de Saúde contratado, da área ocupacional e dos colaboradores, praticando a melhor relação custo-benefício. Além de possuirmos uma unidade exclusiva para medicina ocupacional, realizamos atendimento in-loco, de modo a evitar que os colaboradores tenham de se deslocar do local de trabalho. Esses serviços podem seguir um modelo customizado, adaptado à necessidade de cada empresa. O acompanhamento da saúde do colaborador gera ações preventivas de saúde, trazendo aumento de produtividade às companhias, além de contribuir com a diminuição do absenteísmo e da rotatividade gerados por doenças ocupacionais.

Abramed em Foco – Qual a importância das práticas de compliance para o setor? Como a empresa está engajada com elas?

Luiz Carlos de Angelis Junior Acredito que, em qualquer segmento, é primordial respeitar e seguir as regras de compliance e as boas práticas de Governança Corporativa, só assim a empresa começa a atingir maturidade para se tornar sustentável, principalmente na área da saúde, que hoje ainda é muito carente quando falamos desses temas. Nosso Código de Conduta, os sistemas robustos e integrados, as adequações à LGPD, as auditorias e as relações humanas éticas estão fazendo do Tecnolab uma empresa cada vez mais engajada no tema, sem contar as práticas de ESG, que estão em alta e serão um ponto especial a falarmos de agora em diante. 

Abramed em Foco – Quais as perspectivas de negócios da companhia para este ano? Há novidades previstas, expansões, novos serviços?

Luiz Carlos de Angelis Junior Estamos orgulhosos em ter diversos projetos de fortalecimento em andamento para este ano, como a implantação de um novo parque tecnológico de última geração, o fortalecimento de apoio às clínicas e hospitais, a ampliação na atuação no mercado paulistano, bem como o desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Abramed em Foco – Como o Tecnolab enxerga a atuação da Abramed na medicina diagnóstica? O que espera da entidade como parceira para melhoria do setor?

Luiz Carlos de Angelis Junior Vejo a Abramed como uma forte aliada para todas as empresas do segmento, da qual temos o prazer em fazer parte. A entidade traz grandes benefícios ao setor como um todo, atuando junto a instituições públicas, governamentais e regulatórias, sem falar de seu papel no fortalecimento e na valorização do setor de medicina diagnóstica. Com esta parceria, esperamos possibilitar ações mais assertivas em assuntos de grande complexidade política e social.

Exames de covid aumentam 200% em um mês, de acordo com dados da Abramed

Número de testes passou de 47 mil na primeira semana de maio para 143 mil na primeira semana de junho

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), os exames de Covid-19 na rede privada aumentaram 200% em um mês, passando de 47 mil na primeira semana de maio para 143 mil na primeira semana de junho.

O aumento de pessoas que testaram positivo para Covid-19 na primeira semana de junho foi de 43% na comparação com a semana anterior e de 501% na comparação com a primeira semana de maio deste ano.

No comparativo com a primeira semana do mês de maio, houve um aumento de 100,3% na taxa de positividade.

Em números absolutos, na semana de 29 de maio a 4 de junho, foram 50.568 testes que deram positivo para Covid-19. Na semana anterior a essa, o número de testes positivos foi de 35.247 e, na primeira semana de maio, foi de 8.420.

“Uma nova onda de Covid já está declarada. O aumento na procura pelos exames é reflexo disso. Vale ressaltar que a média da positividade dos exames em laboratórios mantém-se ao redor de 35%”, fala a diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano.

Atualmente, os associados à Abramed respondem por cerca de 60% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no país.

Compliance é grande aliado dos negócios em medicina diagnóstica

Investir nessas práticas possibilita prevenir sanções, multas e outros tipos de penalidades, além das fraudes

Implantar práticas de compliance é um investimento importante para a melhoria dos negócios, isso porque agir preventivamente pode evitar custos elevados à organização e, no caso de fusões e aquisições, tão comuns na área de saúde, até amplia o valor das empresas no mercado.

“Uma companhia que investiu em melhorias de processos, com balanços auditados e controles internos pode valer até 2,5 vezes mais”, explica Jefferson Kiyohara, diretor de Compliance & Sustentabilidade na ICTS Protiviti, coordenador técnico de compliance sustentável e professor de Ética, Governança, Compliance, Riscos e ESG na FIA Business School.

Esse investimento permite, ainda, prevenir sanções, multas e outros tipos de penalidades que podem acontecer na justiça, além das fraudes. Um estudo feito por Arnold Schilder, doutor em Auditoria Independente, diz que, para cada dólar investido, a empresa deixa de gastar cinco com questões de compliance.

Já o estudo Report to the Nations, lançado periodicamente pela ACFE, organização de combate e prevenção a fraudes nos Estados Unidos, mostra que, em média, uma empresa perde 5% do faturamento com fraude. Mais da metade dos casos é identificada através do canal de denúncias, um dos elementos do programa de compliance.

Essas práticas estão ligadas à proteção e, muitas vezes, à sobrevivência da empresa, porque, dependendo do tipo de sanção recebida, a multa pode chegar a milhões de reais, fazendo a organização deixar de existir. A corrupção, por exemplo, tem penalidades muito fortes, assim como vazamentos de dados pessoais ou problemas comportamentais que envolvam abuso sexual ou pedofilia. Isso dentro de uma organização que atende pacientes infantis pode ser o suficiente para acabar com a reputação da instituição. 

“O conhecimento em governança corporativa, gestão de riscos, compliance, privacidade de dados, cibersegurança e auditoria interna forma um pacote que traz proteção ao negócio e também ajuda na valorização e no combate às fraudes que podem acontecer dentro desse tipo de ambiente”, explica Kiyohara.

A boa prática recomenda que se tenha um profissional dedicado à área de compliance, mas, como nem sempre é possível, a sugestão é partir para a terceirização ou aproveitar alguém do setor de qualidade, por exemplo, que já tem experiência em regulamentação e pode fazer cursos para atuar também nesse segmento. Com relação ao investimento, varia muito do tamanho da empresa e de quais são as ambições.

Em organizações menores, é muito comum um médico ou grupo de médicos tocar o dia a dia do negócio preocupando-se apenas com o lado assistencial e esquecendo que o lado administrativo demanda conhecimento de contabilidade e financeiro. É aconselhado estudar esses temas ou contratar alguém de confiança que tenha carreira, conhecimento técnico e perfil ético íntegro na forma de trabalhar.

Kiyohara lembra que existem metodologias de mercado que ajudam a entender como a pessoa lida com os dilemas éticos, por exemplo, ao saber de um erro, o que fazer? No caso de suborno, o que ela faz?

“Muitas associadas à Abramed foram criadas a partir do pioneirismo de seus fundadores, que foram movidos por valores. Esses valores, que sustentam o caráter assistencial, também precisam ser refletidos no organizacional”, expõe. 

Por onde começar

Para implantar práticas de compliance, o primeiro passo é ter o apoio da alta direção da empresa, porque, de acordo com Kiyohara, infelizmente, muitos ainda não enxergam isso como algo positivo, só percebendo sua importância quando um problema acontece. Por exemplo, em uma licitação, acaba descobrindo que não atende a esse requisito e vai perder um contrato. 

O próximo passo é ter os recursos necessários: dinheiro, pessoas, procedimentos e ferramentas. Imagine uma empresa que foi denunciada por assédio e não tem ninguém preparado para lidar com o denunciado, o expondo. Ou, então, não tem as técnicas necessárias e conclui que não aconteceu nada. Em ambos os casos, a situação acaba gerando um ambiente de trabalho ruim, que pode acarretar perda de profissionais, bem como penalidades, ou seja, a empresa pode ser autuada, receber um processo da esfera trabalhista ou até mesmo uma visita do Ministério Público do Trabalho, e isso tem impactos grandes dentro das organizações.

Antes de começar a implantação, é fundamental fazer o mapeamento de riscos ou diagnóstico, que permite identificar onde estão os problemas. Outros pilares do compliance envolvem engajamento, treinamento, comunicação, incentivos, medição, monitoramento, acompanhamento e melhoria contínua para saber que tudo está acontecendo da forma adequada.

São também necessárias diligências para conhecer fornecedores, colaboradores, clientes e pessoas que vão atuar na empresa. Outro passo se relaciona ao processo de apuração, incluindo o canal de denúncias e a política de sanções, ou seja, o que acontece quando a pessoa não respeita a regra. 

Como resume Kiyohara, fazer o que é certo e agir preventivamente é sempre a melhor opção.

Abramed contribui para discussão sobre legado da pandemia no Fórum Brasil Imune

Milva Pagano salientou a importância da atuação dos associados à entidade, que oferecem a vacina de maneira complementar

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) participou do Fórum Brasil Imune, evento online promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) nos dias 08 e 09 de junho.

A diretora-executiva da entidade, Milva Pagano, integrou o painel que discutiu os legados deixados pelo programa de imunização da covid-19, no dia 08. Compondo a mesa de debate também participaram Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Renato Casarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge); Lely Guzmán, especialista internacional em imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil; Ana Karolina Marinho, médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP); e Ana Goretti Kalume Maranhão, pediatra do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A presidente do LAL, Marlene Oliveira, participou juntamente com a jornalista Andressa Simonini, moderadora do debate.

A pandemia tornou o assunto vacinação comum entre familiares e amigos, então é preciso aproveitar esse interesse para aumentar a conscientização, já que o país passa por uma fase de baixa na cobertura vacinal.

“Acredito que, se algumas doenças estão voltando por falta de aderência ao programa de vacinação, todos temos nossa cota de responsabilidade. Por isso, é vital levarmos informações para a população em todas as frentes, tanto nas escolas quanto nas empresas. As palavras de ordem são educação e conscientização”, comentou Milva.

Sobre medicina diagnóstica, destacou a importância da atuação dos associados à Abramed, que oferecem a vacina de maneira complementar ao SUS. Citou, ainda, como o setor tem sido impactado por toda a transformação digital.

Destaques

A importância da integração entre o setor público e suplementar foi um dos temas apresentados. Para Cassarotti, da Abramge, as operadoras de saúde estão abertas e se sentirão honradas com essa parceria, porque sabem dos efeitos positivos para a saúde da população e para todo o sistema. “Poderemos participar de forma mais assertiva em prol do programa de imunização, porque é um benefício para todos”, disse.

Ana Goretti, do PNI, ressaltou a necessidade de investimento em três grandes campanhas: covid-19, influenza e sarampo. “Temos de aproveitar a experiência com a pandemia para trabalhar intensamente e recuperar o tempo perdido, a fim de que as vacinas cheguem principalmente a crianças e adolescentes.”

Sobre a questão da baixa cobertura de vacinação, Kfouri, da SBP, apontou que os motivos são diversos, de acordo com cada região. Por isso, são necessários estudos que avaliem essas razões, que podem ser falta de vacina, acesso, qualidade na informação, capacitação vacinal e, principalmente, falta de confiança da população.

“Não estamos sabendo passar informações de forma adequada, e a crítica é para todos. Se não tivermos a confiança das pessoas, será difícil a adesão. O caminho é duro, é difícil, mas precisa ser construído com informação de qualidade, usando as ferramentas digitais que os novos pais hoje utilizam, para que, de forma empática, possamos motivá-los a se vacinarem e vacinarem seus filhos”, comentou.

Lely, da OPAS e da OMS, lembrou que o PNI está prestes a comemorar 50 anos e que é necessário recuperar os bons resultados. “Temos de melhorar os números em toda a região pan-americana. Precisamos fortalecer políticas de vacinação para recuperação e construção de conhecimento e práticas especificamente voltadas aos trabalhadores de saúde, que garantem as boas práticas no processo.”

Além do desenvolvimento tecnológico, a pandemia trouxe como legado positivo a reflexão sobre pontos a fortalecer, como infraestrutura em saúde, ciência, cooperação e transdisciplinaridade, acrescentou Ana Karolina, da HC/FMUSP. “Nisso, o papel da comunicação é muito prioritário”, destacou.

No fim do debate, foi transmitido um vídeo produzido pelo LAL, que apresenta entrevistas com algumas pessoas sobre o que sabem a respeito de imunização e suas percepções.

A transmissão completa do evento no dia 8 de junho pode ser vista neste link.

Confira a participação da Abramed na Hospitalar 2022

Como parceira e apoiadora da feira, a entidade promoveu Summit com dois painéis de discussão, participou de debate promovido pela Anahp, além de receber associados e parceiros em seu estande institucional durante os quatro dias de evento

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) esteve na 27ª edição da Hospitalar, evento promovido pela Informa Markets, entre 17 e 20 de maio de 2022, no São Paulo Expo, em São Paulo. Como parceira e apoiadora da iniciativa, a entidade promoveu, no dia 17, o Summit Abramed, com dois painéis de discussão sobre “Inteligência Artificial e Proteção de Dados” e “Medicina Diagnóstica na Gestão da Saúde”.

A inteligência artificial, bem como os desafios jurídicos e melhores caminhos para garantir a inovação e a proteção de dados no setor de saúde foram temas discutidos no primeiro painel. A preocupação de conciliar a segurança jurídica com o desenvolvimento de novas tecnologias e aplicações que permitam aprimorar não só o diagnóstico, como a saúde em sua totalidade, foi o tópico central de discussão.

A importância de focar no paciente, trazendo-o para o centro do cuidado, a participação conjunta do setor no processo de regulação – autorregulação regulada, também esteve presente na fala de todos os participantes. Esse aspecto, inclusive, foi colocado como a melhor saída no cenário atual em que o Congresso Nacional discute um marco regulatório para a Inteligência Artificial e a instituição de uma autoridade para conduzir o tema no Brasil. Leia a cobertura completa aqui.

Já o segundo painel do Summit Abramed, contextualizou o papel que o diagnóstico e o uso consciente de exames desempenham na gestão de saúde corporativa, passando por outras questões, como a importância da criação de programas baseados em evidências, conhecimento a respeito da sua população, análise de dados e os impactos da pandemia. 

Segundo a diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano, quando se fala sobre gestão da saúde, especialmente saúde corporativa, o ônus fica para as empresas responsáveis por subsidiar os planos de saúde para seus colaboradores. Atualmente, cerca de 67% das vidas cobertas pela saúde suplementar no Brasil estão inseridas em planos coletivos. Leia a cobertura completa aqui.

Abramed participa de debate sobre telemedicina em evento do Ministério da Saúde

Presidente do Conselho de Administração da entidade, destacou o crescimento e a importância da telepatologia e da telerradiologia

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), representada por Wilson Shcolnik, participou do evento Telessaúde Brasil, promovido pelo Ministério da Saúde, em Brasília, DF, no dia 2 de junho.

No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou a portaria que regulamenta o programa Telessaúde Brasil, para atendimentos médicos especializados à distância a municípios localizados em áreas remotas, rurais e indígenas do país.

Shcolnik contribuiu com o debate falando sobre a regulamentação da telemedicina e as novas fronteiras dos serviços de saúde. Ele destacou o crescimento e a importância do telediagnóstico, tanto da telepatologia quanto da telerradiologia, comentando que o 5G vai possibilitar uma expansão ainda maior da telessaúde.

Segundo o presidente, esse desenvolvimento também trará mais desafios para o Conselho Federal de Medicina (CFM), porque algumas resoluções ainda obrigam que haja médico nas duas pontas, citando, justamente, a radiologia e a patologia. Neste ponto, fez uma provocação, citando a cientista brasileira que desenvolveu uma caneta que aspira células suspeitas de serem cancerosas e as transfere para o espectrômetro de massas, que faz a identificação, comparando com um banco de dados. “Questiono: um patologista com registro de especialista, como exige o CFM, será necessário num futuro prévio?”

Shcolnik também fez um agradecimento público àqueles que contribuíram para a elaboração do Projeto de Lei 1998/20, que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o território nacional. A proposta foi aprovada recentemente na Câmara dos Deputados e será enviada ao Senado.

Justamente sobre o estágio atual do PL falou o relator, o deputado federal Pedro Vilela (PSDB-AL). “Na redação do texto, tivemos algumas preocupações, como garantir a ampliação do acesso à saúde, a autonomia dos profissionais em relação ao uso da modalidade remota e o direito do paciente de recusar esse modelo, tudo sob o manto da segurança e da qualidade do serviço prestado. Esperamos que o Senado possa manter esse espírito”, ressaltou.

Em relação à primeira consulta ser presencial ou remota, ele deixou claro que a decisão é do médico. “E para que essa garantia fosse mais consistente, preservamos o poder regulador dos órgãos competentes para tratar da matéria. No caso de o procedimento não poder ser feito de forma remota, é preciso haver uma justificativa, provando que isso acarretará em riscos para a saúde do paciente. Esse ponto ficou bastante claro e pacificado e é importante que seja mantido assim”, disse.

De acordo com Vilela, se o projeto for aprovado, o país terá uma regulamentação sólida, clara e eficiente para permitir que a telessaúde seja utilizada em toda a sua amplitude e potencialidade. A aprovação, no entanto, depende de vontade política. “O caráter é de urgência e agora nos cabe trabalhar a articulação do Senado para que a matéria seja aprovada com a diligência que merece.” 

Também participou do debate o deputado federal Zacharias Calil (União-GO), defendendo que, em determinadas patologias, a primeira consulta precisa ser presencial. “É importante o contato entre o médico e o paciente, precisamos aprimorar isso. Há situações que não podem ser resolvidas pela telemedicina se não houver um médico do lado”, expôs.

Já Guilherme Weigert, do Conselho Administrativo da Saúde Digital Brasil (SDB), abordou o tema pelo ângulo de quem oferece tecnologia. Entre os desafios, citou a garantia da melhor transferência de dados com a banda do profissional e do paciente, e a questão da integração e coleta das informações. “Desenvolvemos a capacidade de testar a banda e oferecer streamings mais leves e também importarmos soluções de outros mercados para democratizar o acesso à saúde”, comentou.

Por sua vez, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, do Conselho Federal de Medicina, defendeu que a tecnologia possibilita melhorar a vida das pessoas, desde que ofereça qualidade, segurança, acesso e permita a transferência de conhecimento, como é o caso da telemedicina. “No entanto, ela não deve substituir pessoas, mas sim, aprimorar o trabalho delas. Queremos que em cada cidade haja enfermeiro e médico com acesso a outros profissionais. A telessaúde veio para ficar, pois é a oportunidade de fazer a integração entre os sistemas de saúde”, comentou.

O vídeo do evento completo pode ser visto neste link.