Abramed comenta exame toxicológico para CNH A e B em entrevista à CNN

A Abramed participou de matéria da CNN Brasil que aborda as possíveis mudanças na exigência do exame toxicológico para emissão da primeira habilitação nas categorias A e B. O tema ganhou destaque com o avanço do Projeto de Lei 3965/21, que aguarda sanção presidencial e pode ampliar significativamente a demanda por exames toxicológicos no país.

Na reportagem, o Dr. Alex Galoro, líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed, explicou as etapas do exame, desde a coleta até os procedimentos laboratoriais de análise e contraprova. Ele também reforçou os critérios técnicos e os padrões de qualidade que garantem a segurança e a confiabilidade dos resultados.

Segundo estimativas da Associação mencionadas na publicação, caso o projeto seja sancionado, o volume mensal de exames toxicológicos pode crescer em até 60%. A entidade também contribuiu com dados sobre a taxa de positividade dos exames no Brasil, que atualmente é de 1,37% para laudos positivos não passíveis de justificativa.

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UOL destaca importância do diagnóstico precoce para acelerar tratamentos nutricionais e terapêuticos

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) participou de matéria publicada pelo UOL sobre o papel estratégico dos exames laboratoriais na antecipação de riscos e na transformação dos modelos de cuidado em saúde. A reportagem aborda como o diagnóstico precoce — especialmente por meio da biologia molecular, genômica e inteligência artificial — pode acelerar tratamentos nutricionais e terapêuticos, melhorar a qualidade de vida da população e reduzir custos para o sistema de saúde.

Na matéria, Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed, reforça que a Medicina Diagnóstica deixou de ser apenas uma etapa da assistência para se consolidar como alavanca estratégica na gestão da saúde. “Investir em diagnóstico é investir na eficiência assistencial, evitando tratamentos complexos e promovendo qualidade de vida”, afirma.

A Abramed também contribuiu com dados que alertam para a necessidade de ampliar o acesso a exames moleculares no país. Atualmente, apenas 12% dos exames realizados utilizam esse tipo de tecnologia, ainda concentrada em grandes centros urbanos. 

A fragmentação estrutural e a falta de interoperabilidade são alguns dos principais entraves apontados pela entidade para a consolidação de uma jornada de cuidado mais coordenada, eficiente e sustentável.

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Inovação e Inteligência Artificial na Saúde são tema de entrevista da Abramed na Band

A diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano, participou do programa Viver Melhor, da TV Band, em uma edição especial sobre inovação na Saúde. O episódio destacou o impacto da inteligência artificial (IA) na Medicina Diagnóstica e trouxe reflexões sobre os avanços tecnológicos que vêm transformando a jornada do paciente e a atuação dos profissionais do setor.

Durante a conversa, Milva ressaltou que a IA não substitui o trabalho médico, mas o complementa com mais precisão, acurácia, agilidade e escala, contribuindo para diagnósticos mais assertivos, prevenção de doenças e sustentabilidade do sistema de Saúde. Também abordou o papel da interoperabilidade como caminho para ampliar o acesso, reduzir erros e fortalecer a continuidade do cuidado.

Um dos destaques foi a análise sobre o potencial da inteligência artificial para reduzir os chamados “vazios assistenciais” — regiões onde a população ainda enfrenta dificuldades para acessar atendimento, exames e diagnósticos de qualidade. “Com inteligência artificial, conseguimos levar tecnologia a locais que hoje ainda não têm acesso adequado à saúde, promovendo mais equidade e eficiência”, destacou Milva.

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JOTA destaca posicionamento da Abramed sobre PL que permite uso de exames privados no SUS

A proposta que prevê a aceitação de exames realizados na rede privada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) avançou na Câmara dos Deputados e foi tema de matéria publicada pelo portal JOTA, que contou com a contribuição da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica).

Aprovado na Comissão de Saúde da Câmara, o Projeto de Lei 4459/2023 propõe que exames laboratoriais feitos em estabelecimentos privados sejam válidos para diagnóstico e autorização de procedimentos no SUS, sem necessidade de repetição na rede pública.

Para a diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano, o texto representa um avanço significativo na gestão eficiente de recursos e na jornada do paciente.

“Ao impedir a recusa injustificada de exames já realizados, o projeto evita retrabalho, otimiza recursos públicos e contribui para o fluxo eficiente de atendimento aos pacientes. Além disso, o texto aprovado preserva a equidade do SUS ao assegurar que a apresentação de exames particulares não interfere na ordem de prioridade das listas de espera”, afirmou ao JOTA.

O projeto segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), em votação conclusiva na Câmara. Se aprovado, seguirá para análise no Senado.

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Dengue: apesar da queda nos índices de positividade, o primeiro trimestre de 2025 já registra o segundo maior número de casos da história

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) segue monitorando a evolução dos casos de dengue no Brasil. Dados recentes indicam que a taxa de positividade dos exames realizados pelos laboratórios associados permanece em níveis elevados, com aumento registrado nas últimas semanas de fevereiro (semanas epidemiológicas 07, 08 e 09), quando a positividade chegou a 19,2% —  o maior índice desde outubro de 2024.

Embora a média móvel aponte uma tendência de queda, essa redução ocorre porque o pico de casos de janeiro não compõe mais a base de comparação. Ao desconsiderar esse período, as taxas até fevereiro foram as mais elevadas desde agosto de 2024 (semana epidemiológica 32).

Dengue atinge níveis históricos no Brasil

Apesar de dados do Ministério da Saúde apontarem uma queda considerável de quase 70% nos casos prováveis de dengue registrados nos dois primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, historicamente, o Brasil enfrenta o segundo ano com mais ocorrências da doença.

Outro ponto que chama a atenção dos especialistas é a circulação do sorotipo 3, que esteve ausente no Brasil por mais de 15 anos e pode aumentar o risco de contágio, já que grande parte da população nunca foi exposta à essa variante e não possui anticorpos específicos.

“Os sintomas da dengue, como febre alta, dor abdominal intensa e vômitos persistentes, podem ser confundidos com outras viroses, dificultando o diagnóstico e diminuindo a atenção a sinais de agravamento, isto reforça a importância dos testes laboratoriais para a detecção da doença”, explica Dr. Alex Galoro, patologista clínico e líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed.

Além disso, mesmo com a adesão de todas as doses disponíveis para 2025, a distribuição ainda é restrita e a vacinação contra a dengue está disponível na rede pública apenas para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos — em algumas regiões, a faixa etária foi estendida até os 16 anos.

Com o aumento histórico de casos, as estratégias de combate à dengue incluem medidas preventivas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, principal transmissor da doença. O Ministério da Saúde alerta que 75% dos focos do mosquito estão dentro de residências, reforçando a necessidade de ações contínuas de conscientização e controle ambiental.

A Abramed reitera a importância da vigilância laboratorial, do diagnóstico precoce e da notificação dos casos para a tomada de decisões estratégicas no enfrentamento da epidemia. O monitoramento contínuo e a atuação conjunta entre governos, setor privado e sociedade são fundamentais para conter o avanço da doença no Brasil.

Monitoramento

Os associados à Abramed são responsáveis por cerca de 80% do volume de exames realizados na Saúde Suplementar no Brasil. Os dados são compilados por meio da plataforma de inteligência de dados METRICARE, desenvolvida e gerenciada pela Controllab, parceira da associação. Essa colaboração tem permitido o acompanhamento de dados relevantes, fornecendo uma visão clara e estratégica para a tomada de decisões em prol da saúde populacional.

Importante ressaltar que as associadas da Abramed enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico conduzido pelo Ministério da Saúde. Essas informações são essenciais para entender a progressão da dengue no Brasil e embasar medidas de saúde pública voltadas à contenção da doença.

Os impactos da Reforma Tributária na Medicina Diagnóstica: avanço ou novos desafios?

Lei Complementar nº 214/15 introduz novos paradigmas fiscais para o setor e exige adaptação

Por Renato Nunes*

Com a recente promulgação, em 16 de janeiro de 2025, da Lei Complementar nº 214/15, a Reforma Tributária deu um significativo passo em sua longa jornada de transição – que deve vigorar até 2032, segundo cronograma estabelecido pelo Governo Federal – estabelecendo a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), tributos que trarão implicações profundas para diversos setores da economia e da sociedade brasileira, incluindo a Medicina Diagnóstica. 

Tais implicações influenciam tanto na dinâmica da arrecadação – a partir, por exemplo, da instituição do princípio de não cumulatividade para apuração dos valores a serem pagos de IBS e CBS representantes do setor – quanto nos processos de governança e planejamento financeiro das organizações.  

Diante desse cenário, é imprescindível avaliar se tais mudanças trarão avanços ou novos desafios para o já complexo contexto tributário para um segmento crucial do ecossistema de saúde brasileiro.

Uma nova dinâmica tributária

Certamente, o principal efeito sobre o dia a dia das empresas de Medicina Diagnóstica se dará no processo de recolhimento dos tributos instituídos pela Reforma Tributária. Antes de tudo, é importante reforçar que o IBS e a CBS substituirão o ISS e o PIS/COFINS, tributos que hoje incidem sobre o consumo e atualmente são recolhidos pelas organizações do segmento. 

O ISS e o PIS/COFINS são calculados de forma cumulativa – ou seja, sem que haja a possibilidade de compensar tributos pagos em etapas anteriores da cadeia, lembrando que, conforme mencionado anteriormente, com a Reforma Tributária, a nova sistemática passará a ser não cumulativa, permitindo que as empresas abatam créditos dos valores de IBS e CBS pagos nas aquisições de bens e serviços. 

Em tese, esse seria um potencial benefício para as empresas e não há dúvidas de que se trata de uma mudança fundamental de paradigmas tributários. No entanto, ele também traz consigo mais complexidade para a apuração fiscal, exigindo maiores níveis de controle e adaptação operacional por parte das organizações.

Essa complexidade, aliás, ganha uma camada adicional quando levamos em conta que, durante o período de transição da Reforma, as empresas do setor precisarão lidar com a coexistência de dois regimes fiscais, questão que poderá exigir potenciais investimentos extras em capacitação, tecnologia e cumprimento de obrigações – tudo isso considerando ainda complementares regulamentação e debates que seguirão transcorrendo nesta nova página que está se desenhando no sistema tributário nacional. 

Em outras palavras: a possibilidade de abatimento de créditos tributários é uma medida positiva, mas seu impacto real depende da eficiência da sistemática de apuração, do compliance dos fornecedores para fins de tomada de crédito do IBS e da CBS nas aquisições e mesmo do grau de esclarecimento e suporte oferecido pelo Fisco nessa jornada de transição. 

Dentro de todo esse cenário, é preciso considerar também que a discussão hoje existente quanto ao ISS sobre serviços de análises clínicas (quando a coleta se dá em Município distinto daquele onde ocorre o processamento do material biológico) pode continuar nebulosa no âmbito do IBS, já que as disposições da Lei Complementar nº 214/15 sobre o local de ocorrência do fato gerador deste tributo ainda oferecem margem a dúvidas sobre para qual Município ou até mesmo Estado esse último imposto será devido. 

Isso posto, é essencial também citar que o setor de saúde (incluindo o segmento de Medicina Diagnóstica) foi contemplado com uma alíquota reduzida em 60% para os novos tributos do IBS e CBS, o que mitiga o impacto da excessiva carga de 28% projetada pelo Governo Federal, que colocará o Brasil com o IVA mais alto do mundo. 

Se as alíquotas ordinárias do IBS e CBS confirmarem esse montante previsto pelo próprio Governo Federal, as empresas de Medicina Diagnóstica pagarão algo em torno de 11,2%, percentual próximo à carga atual, se considerarmos ISS, PIS/COFINS e os tributos incidentes nas aquisições de bens e serviços.

Daí a necessidade de que se acompanhe com atenção os próximos capítulos da Reforma Tributária, de modo que sejam sanadas dúvidas sobre a regulamentação e implementação das alíquotas – que, aliás, já começarão a ser testadas pelo Fisco em 2026.

Desafios e perspectivas para o futuro da Medicina Diagnóstica

Como é possível notar, ainda há incertezas consideráveis e desafios já previstos para o novo contexto tributário que alcança as empresas de Medicina Diagnóstica.

A falta de maior clareza sobre a incidência do IBS no caso de exames realizados em localidades diferentes daquelas em que os materiais biológicos são processados, por exemplo, pode ser um fator de disputa entre Municípios ou até mesmo entre Estados e, no limite, gerar um ônus tributário para as organizações.

Nesse sentido, a regulamentação da Lei Complementar nº 214/15 será crucial para garantir previsibilidade, segurança jurídica e para que realmente o setor de saúde conviva com uma carga tributária semelhante à atual (um dos objetivos intrínsecos a alíquota reduzida de 60% aplicada ao segmento).

A própria transição complexa para o modelo do IVA Dual poderá afetar operacionalmente o dia a dia da gestão fiscal das empresas e, por isso mesmo, a atuação da Abramed tem sido decisiva tanto no sentido de garantir que a regulamentação da reforma tributária leve em consideração as demandas do setor de Medicina Diagnóstica quanto no esclarecimento e suporte a seus associados por meio de eventos, publicações e atualizações contínuas sobre o andamento da Reforma. 

A efetividade das mudanças propostas pelo novo regime dependerá, por fim, de um diálogo entre governo, setor empresarial e entidades representativas, de modo que elas tragam, de fato, mais justiça e equilíbrio para o nosso desafiador sistema tributário.   

*Renato Nunes é sócio da Machado Nunes Advogados, assessoria jurídica da Abramed