Protagonismo feminino: sobre ter e ser referência e inspiração

Por Andrea Pinheiro*

Um dos maiores empregadores do país, o setor da saúde ainda tem a atuação feminina concentrada nas áreas assistenciais e administrativas. A participação das mulheres em cargos de alta liderança ainda é tímida, mesmo com os avanços dos últimos anos. Isso porque, fatores históricos e culturais permanecem impactando esse cenário e limitando o espaço delas.

Mas há mulheres obstinadas que lideram empresas com um olhar 360 graus e uma visão mais social e ampla, defendendo pautas globais no seu dia a dia, sendo mais sensíveis, por exemplo, a aspectos de ESG. E sim, essa empresa entrega resultado, mas um resultado que agrega valor para todos os stakeholders e toda a sociedade.

Há quinze anos atuo em uma empresa com alma feminina, com valores, princípios e políticas que abraçam a diversidade e inclusão. Mas em outros projetos profissionais que atuei, enfrentei situações desafiadoras, não só por ser mulher, mas também por ser jovem. Assumi grandes responsabilidades e encontrei o preconceito na prática.

Por isso, entendo como é importante que as empresas e organizações tenham políticas e práticas para que nós, mulheres, tenhamos condições de assumir cargos de alta liderança, e para isso precisam ter também políticas e práticas mais alinhadas às necessidades e aos diferentes papéis que podemos desempenhar na sociedade.

Somos profissionais, esposas, estudantes, cidadãs, empreendedoras, membro de uma instituição e tudo mais que desejarmos ser. Impedir que exerçamos alguma dessas funções em detrimento de outra é limitar as possibilidades de desenvolvimento e plenitude individual.

Um exemplo muito comum é acreditar que ser mãe limita a capacidade profissional de uma mulher. Isso é um grande equívoco. Avançaremos de forma mais sustentável quando esses tipos de vieses forem quebrados.

No Grupo Sabin, nossas mulheres podem realizar seus sonhos. Para a questão da maternidade, a empresa possui ações e programas para assistir nossas profissionais nesse momento especial, e também para engajar a sua rede de apoio, formada por familiares, colegas de trabalho, amigos e todos que possam influenciar e contribuir com esse momento de decisão, transformação, mudança e adaptação. Isso é um grande diferencial para a experiência de nossas colaboradoras, gerando mais segurança para que elas possam assumir novos desafios.

Nossas sócias-fundadoras são grandes exemplos de coragem, determinação e força, seu legado no empreendedorismo feminino inspira dentro e fora do grupo. Elas são engajadas com a temática do protagonismo feminino, contribuindo para políticas públicas e empresariais para que as mulheres possam exercer plenamente seus diferentes papéis na sociedade. Essa referência nos motiva a irmos além.

No ambiente corporativo, ainda percebemos o mundo mais masculino, um mundo que às vezes se fecha e nos transforma em minoria, principalmente nos espaços de decisão. Quando comecei a minha carreira, atuava em funções em que havia poucas mulheres. Por muitas vezes, fiz parte de um grupo pequeno que atuava com muitos homens. O primeiro desafio que tive de enfrentar foi aprender a me posicionar. Isso é fundamental.

As microagressões estão por todo lado, como quando alguém não dá atenção ao que estamos falando ou muda de assunto, ignorando a nossa fala. Para fazer frente a essas situações, precisamos trabalhar a nossa resiliência e a autoconfiança, não é automático. Felizmente, encontrei também pessoas maravilhosas pelo caminho, inclusive muitos homens, que contribuíram para um ambiente mais inclusivo e de equidade. No entanto, sabemos que ainda há muitas vitórias para conquistar.

Outro desafio está relacionado à violência doméstica, acabando com a autoestima e a esperança. E não falo aqui só da violência física, mas também da psicológica e emocional. A agressão na alma, na autoestima. Precisamos estar muito atentos a esses aspectos para apoiar as mulheres, de modo que tenham consciência deste tipo de violência e consigam mudar sua realidade.

Como diretora de Relações Institucionais e Comunicação Corporativa, atuo fortemente na disseminação das práticas e temáticas desse protagonismo, abraçando a causa. Nosso objetivo é inspirar as pessoas e as empresas, a partir do compartilhamento de nossas políticas e ações, da participação em fóruns e grupos temáticos, estimulando o debate, o aprendizado, o conhecimento e a construção de projetos e programas que possam contribuir para o enfrentamento desses desafios.

É importante abrir espaços de diálogo sobre esses temas sensíveis com as mulheres e também com os homens. Eles podem ser grandes parceiros e facilitadores desse processo e precisam estar atentos aos vieses inconscientes. Aliás, a própria mulher precisa estar atenta a isso, pois ela às vezes não se posiciona perante uma atitude que a iniba como profissional ou cidadã, não expondo sua perspectiva e contribuição.

Temos alguns avanços nesses aspectos. Hoje existem grupos que discutem políticas públicas e cultura para mulheres, há mulheres na política e em cargos de liderança falando sobre protagonismo e empoderamento. Há uma série de movimentos e ações que formam uma corrente, mostrando também a força da pluralidade, dos olhares e perspectivas diferentes.

O que me inspira é amplificar essas vozes femininas, para que elas possam seguir uma jornada mais protagonista no contexto empresarial, na ciência e na sociedade. Sou professora também, apesar de não conseguir conciliar com a minha agenda executiva. Mas no dia a dia sou mentora, conselheira, líder, facilitadora. Tenho propósito de contribuir para que a informação e o conhecimento sejam acessíveis, que estimulem a conexão, o diálogo e o senso crítico, para incentivar as mudanças que queremos ver no mundo.

O meu exemplo veio de casa. Minha mãe sempre exerceu múltiplos papéis e eu cresci olhando para ela com admiração, pensando que um dia eu poderia ocupar o meu lugar no mundo.

Como é bom ter essas referências de mulheres que nos inspiram! Quando falamos de diversidade e inclusão, precisamos de referências para nos estimular e espelhar. Além disso, precisamos contribuir para que as novas gerações possam ganhar mais força, conquistando novos espaços e abrindo caminhos para as próximas mulheres.

Que cada mulher possa encontrar suas referências e também ser referência para outras. Que nunca deixemos de nos posicionar. Que nossa voz seja sempre ouvida!

* Andrea Pinheiro, Diretora de Relações Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Sabin

Jornal Estado de Minas divulga dados de exames de covid-19 realizados pelos associados da Abramed 

O crescimento no número de testes para covid-19 na primeira semana de março, divulgado pela Abramed, ganhou espaço no jornal Estado de Minas, no dia 14 de março. O veículo publicou as informações tanto de testes realizados quanto de positividade segundo os associados da entidade. A notícia também mostra dados referentes aos laboratórios que atuam no estado de Minas Gerais. Leia a matéria completa aqui.

Ao divulgar essas informações regularmente, a Abramed contribui para o monitoramento da evolução da pandemia, permitindo uma análise mais precisa do impacto da Covid-19 na saúde e na sociedade como um todo. Além disso, a divulgação dessas estatísticas também ajuda a orientar ações mais eficazes de combate à doença e a aumentar a conscientização das pessoas. 

FILIS 2023 discute a importância da integração para o futuro da saúde no Brasil

A 7ª edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde acontecerá em 31 de agosto, no formato presencial, no Teatro B32, em São Paulo

A 7ª edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS) está confirmada para acontecer no dia 31 de agosto, no Teatro B32, em São Paulo, capital. Organizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o evento tem como objetivo fomentar o debate e a troca de experiências sobre as melhores práticas e soluções inovadoras em gestão e tecnologia na área da saúde. Além disso, busca promover a interação entre líderes da área, oferecendo um ambiente propício para a geração de novas ideias e parcerias.

O FILIS conta com algumas novidades este ano. O fórum, que retoma seu formato 100% presencial, trará o “Momento Transformação”, com a apresentação de cases nacionais e internacionais sobre inovações na área da saúde. Além disso, o “Leaders Connection” será um período de parada na programação, direcionado ao relacionamento e troca entre os participantes do evento.

“A Abramed mantém seu compromisso na realização de um evento que é uma referência para o setor da saúde, com um programa diferenciado e que trará novidades nesta sétima edição”, diz Milva Pagano, diretora executiva da entidade.

O macrotema deste ano, que permeará toda a programação, é “Saúde Integrada: um caminho para o futuro”, destacando a importância da integração como principal direção para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, aumento de eficiência e redução dos custos, colaborando, especialmente, para a jornada do paciente e a sustentabilidade de todo o ecossistema de saúde.

O primeiro debate sobre “Valor da Medicina Diagnóstica para Integração da Saúde”, abordará a integração das especialidades da medicina diagnóstica, o que traz eficiência e ganhos para o setor. Quando as diferentes especialidades trabalham em conjunto, é possível oferecer um diagnóstico mais preciso e completo, evitando a realização de exames desnecessários e reduzindo os custos do sistema de saúde. A integração também permite um melhor gerenciamento de recursos, otimizando o tempo dos profissionais e o uso de equipamentos.

O segundo debate tratará de “Avanços e efetividade para a Gestão da Saúde”, destacando coordenação do cuidado; transformação do comportamento do paciente; predição e analytics para gestão do cuidado; e cases práticos, mostrando a realidade dos mecanismos que já são utilizados. “A gestão da saúde se tornou um desafio cada vez maior, exigindo novas abordagens e tecnologias para garantir a efetividade do cuidado ao paciente. Então, este debate é uma forma de mostrar como as soluções estão funcionando na prática. Esses exemplos podem inspirar outras instituições a adotar soluções semelhantes e aprimorar os próprios sistemas”, ressalta Milva Pagano.

O terceiro e último debate traz o tema “Novas tecnologias e seus impactos na Saúde: O que esperar do futuro?”. A discussão incluirá o impacto da inovação no dia a dia da saúde; as melhorias na prática médica; e a visão de futuro.

A programação conta ainda com palestras internacionais que trarão apresentações relacionadas aos temas debatidos durante o dia.  

“Com o evento, a Abramed coloca em pauta assuntos pertinentes a toda a cadeia de saúde, além de ser uma importante plataforma de conexão entre os profissionais e as empresas do setor”, finaliza a diretora-executiva da entidade.

Para mais informações e inscrições acesse www.abramed.org.br/filis 

Acompanhe também as redes sociais da Abramed (@abramedoficial).

Como garantir a gestão sustentável da água em serviços de medicina diagnóstica?

É importante definir um programa estruturado e continuado de monitoramento, metas e planejamento de ações

Sabe-se que a água é um recurso limitado, cuja disponibilidade tem diminuído ao longo dos anos, em função da ação do homem no ambiente, como poluição, desvio e assoreamento de cursos d’água, mudanças climáticas, entre outros fatores, vêm aumentando o risco de crises no abastecimento e afetando os ecossistemas.

Em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, a Abramed reafirma sua preocupação com a sustentabilidade do planeta, orientando os associados, através do Comitê de ESG (governança ambiental, social e corporativa), sobre como o setor de medicina diagnóstica pode preservar esse recurso. Tudo começa com a conscientização e a adoção de práticas sustentáveis de uso e conservação.

O Comitê de ESG da Abramed tem como objetivo atuar de modo colaborativo e sinérgico para a promoção de uma visão integrada de ESG no setor de saúde, por meio da geração de conhecimentos, mitigação de riscos e realização de projetos. “Uma das nossas primeiras ações foi desenvolver um conjunto de indicadores e questões ESG que, pela primeira vez, foram inseridas no questionário anual das associadas, como consumo histórico de água e fontes de captação utilizadas. Isso nos permite conhecer melhor o cenário de gestão do recurso e, a partir daí, definir prioridades e desenvolver ações mais orientadas às necessidades do setor”, explica Daniel Périgo, líder do Comitê de ESG.

Há muitas oportunidades de economia do consumo de água em empresas de saúde, das mais simples às mais complexas. Entre elas está a implantação de mecanismos de redução de consumo, como torneiras automáticas com temporizador (controle do fluxo) e redutores de vazão, além de maior controle na área de manutenção para acompanhamento e redução de vazamentos.

Também é importante aprimorar a gestão implantando indicadores de monitoramento e programas de gestão com metas e ações de redução definidas, assim como trabalhar a conscientização dos colaboradores acerca da importância do tema e ações de redução no dia a dia do laboratório ou clínica. Ao adquirir equipamentos analíticos, sistemas de condensação de ar-condicionado, entre outros, convém avaliar critérios ambientais, optando por aparelhos de menor consumo de água e energia.

As empresas podem utilizar, ainda, sistemas de reúso, por exemplo, reaproveitando água rejeitada em processos de deionização (tecnologia para remoção de sais inorgânicos dissolvidos) e destilação para outras finalidades; sistemas de captação de água da chuva; e sistemas de tratamento e reaproveitamento de água cinza, que são águas residuais que foram utilizadas em chuveiros, lavatórios de banheiro, tanques e máquinas de lavar roupa. “A escolha de qual ação executar dependerá de vários fatores, como as características de infraestrutura, o orçamento disponível e a visão de longo prazo para o tema”, expõe Périgo.

Passos da jornada

Para garantir uma gestão sustentável da água nos laboratórios e clínicas de imagem, primeiramente, deve-se fazer o diagnóstico atual do cenário local, incluindo questões de infraestrutura e avaliação histórica do consumo de água e das despesas relacionadas. O próximo passo é definir objetivos e metas, bem como as melhores ações a serem tomadas.

“É importante que o programa tenha uma visão de médio e longo prazo, para que as iniciativas sejam distribuídas ao longo do tempo, uma vez que muitas delas podem depender de investimentos financeiros que devem estar planejados e orçados”, ressalta Périgo.

Outro ponto importante é que o programa seja continuado, por isso devem ser definidos indicadores de acompanhamento que consigam demonstrar a evolução do tema e a eficácia das ações no período. Mais um elemento essencial é a comunicação, para que todos os colaboradores conheçam o programa e contribuam para o alcance dos objetivos, de modo que o sucesso da iniciativa passe a ser fruto de um esforço coletivo, e não somente da alta direção ou de áreas específicas da empresa.

Também é preciso se atentar à avaliação e atualização de metodologias analíticas. Uma tendência importante a ser avaliada é a miniaturização de métodos, que consiste na utilização de tubos menores ou placas no processamento, bem como no uso em menor quantidade de água e reagentes, gerando menos resíduos. Além dos ganhos ambientais, essa mudança traz maior conforto aos pacientes devido à diminuição do volume de amostra coletado.

Vale lembrar que a redução do consumo, além de beneficiar o ambiente, traz benefícios às empresas, como a diminuição das despesas financeiras e maior eficiência nos processos. Sistemas de redução de vazão, por exemplo, podem diminuir em até 60% o consumo na torneira, ao passo que sistemas de reúso podem gerar reduções superiores a 40%, dependendo da tecnologia adotada. Esse percentual, por sua vez, pode diminuir significativamente os valores das contas de água.

Desafios

Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas é alinhar os investimentos ao planejamento financeiro, balanceando as iniciativas com o resultado. A implantação de pequenas ações pode começar a surtir efeitos no curto prazo, mesmo que as iniciativas que demandem maior investimento sejam distribuídas em médio e longo prazos.

Segundo Périgo, também pode ser desafiador o estabelecimento e o acompanhamento de indicadores de monitoramento, pois, além de identificar os números, é importante analisá-los criticamente, de modo a definir ações efetivas, o que demanda tempo e disponibilidade das equipes.

Outro desafio está relacionado à questão comportamental e à adoção de práticas mais sustentáveis no dia a dia, que passam pelas ações de comunicação, conscientização e treinamento dos colaboradores do laboratório, a fim de que todos possam contribuir para uma melhor gestão do recurso.

Para trabalhar o desafio da conscientização dos colaboradores, Périgo destaca que existem vários mecanismos, desde a realização de estudos setoriais que tragam luz à questão de modo mais específico, até o desenvolvimento de campanhas motivacionais, competições entre unidades, palestras e treinamentos, pílulas e vídeos de conhecimento sobre o tema.

Portanto, é fundamental disponibilizar o desempenho do programa de gestão e consumo a todos, para que possam assumir a responsabilidade por ele e celebrar as conquistas e os resultados alcançados. “Ações desenvolvidas de modo coletivo, envolvendo parcerias entre os atores da cadeia de saúde, podem ter resultados ainda mais expressivos”, finaliza o líder do Comitê de ESG da Abramed.

“Devemos ser protagonistas do mundo, mas, primeiramente, protagonistas da nossa própria história”

Por Isabela Tanure*

A Abramed me convidou a participar de um interessante projeto, que compartilha histórias de mulheres inspiradoras. Não poderia ficar mais honrada, afinal, me vejo como uma gota, em um oceano cheio de histórias de força e superação. Começo esse texto reconhecendo todas as mulheres que me inspiraram e ajudaram a chegar até aqui.

Minha história profissional não foi pelo caminho óbvio, mas após me formar em Medicina, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, escolhi trilhar o caminho da gestão. O empreendedorismo veio de forma natural, talvez por ter sido um tema recorrente no ambiente onde cresci, e eu tinha um sonho: abrir uma clínica diferente de tudo que já existia no Rio de Janeiro; uma clínica em que o foco fosse o paciente e o médico. Uma clínica de médico para médico, sem perder a sua essência.

Com um grupo de entusiastas, consegui realizar esse sonho. Foi muito difícil abrir uma clínica do zero, pois nosso poder de barganha com as fontes pagadoras era “apenas” o zelo pelo paciente. Mas sempre foquei na excelência para buscar um lugar no mercado, acreditando que podemos fazer uma medicina de qualidade para todos os públicos.

Com esse pensamento, conseguimos ser um case de sucesso e rapidamente nos tornamos referência, embora alguns apostassem que não passaríamos de seis meses. Foi uma escola; aprendemos muito. Fiz cursos no Brasil e no exterior, mas, definitivamente, foi na prática que mais aprendi.

Desde pequena, entendi que precisamos crescer. Crescer é imperativo para a sobrevivência. Estamos “condenados” a evoluir e, para isso, precisamos sempre buscar algo novo, que tenha a ver com nosso propósito e valores e que encontre eco nos propósitos e valores de outras pessoas, afinal, ninguém faz nada sozinho.

O que me inspira e me move a fazer o meu melhor é saber que nosso trabalho impacta tantas vidas. Temos muitas pessoas conectadas a nós e a responsabilidade com cada uma dessas vidas é uma forte inspiração.

Dessa forma, pensando em crescer ainda mais e buscar oportunidades maiores, parti para um novo desafio. Assumimos o controle da Alliar no primeiro semestre de 2022 e, desde então, como vice-presidente do Conselho de Administração, participo de absolutamente tudo. Inclusive, falando em pautas de gênero, praticamos a igualdade salarial entre homens e mulheres e estamos buscando contratar cada vez mais mulheres para a empresa.

Agora, quase um ano após entrarmos, tendo já conhecido profundamente a companhia e dedicado tempo à montagem do time, estamos avançando para a criação de uma cultura de dono, mostrando como o trabalho de uma pessoa impacta o da outra e, fundamentalmente, influencia na experiência e jornada do paciente.

Como médica, o que sempre reforço com a equipe é o foco que devemos manter na qualidade. Nosso alvo é a excelência e sabemos que temos um desafiador caminho pela frente. Mas estamos muito confiantes. Nosso amor e respeito pela Medicina acima de tudo, cuidado e empatia com as pessoas, focando sempre no paciente e não apenas analisando números, são o que nos levará adiante. Aliás, acredito que esse cuidado a mais já nasce com a mulher, e ver a jornada do paciente como um todo, pensando na importância de cada detalhe, é muito gratificante. Naturalmente, temos uma visão 360° das situações.

A Alliar me divide apenas com minha família, que é minha grande conquista, fonte de inspiração e superação. Tenho meu marido e minha família como uma rede de incentivo e apoio, sem a qual não conseguiria estar onde estou. Mas a maternidade me trouxe lições que não encontrei em nenhum outro lugar: aprendi que há lutas que precisamos enfrentar sozinhas, mesmo contando com uma rede de apoio de amigos e familiares. As perdas são um exemplo.

Hoje tenho três filhos: duas meninas e um menino. Faço malabarismo para lidar com tudo! São eles que me impedem de estar o tempo todo fora de casa e, ao mesmo tempo, são eles que me dão força de vontade para continuar, principalmente, para mostrar às minhas filhas o quanto somos capazes.

Sigo valores pessoais cultivados desde criança pela minha família, que me fazem buscar maior conhecimento e flexibilidade para mudanças, sem transmitir para outros a responsabilidade sobre a minha trajetória. Acredito e defendo que é muito importante assumir o controle do percurso da própria vida, e é isso que eu quero compartilhar como conselho nesse Mês da Mulher.

Nós podemos, e devemos, ser protagonistas do mundo, mas, para isso, primeiramente, temos de ser protagonistas da nossa história. Temos muita força, coragem e inspiração para impactar, mas só conseguiremos alcançar esse feito se nos priorizarmos, cuidando sempre de nós mesmas, física, mental e espiritualmente.

Nós, mulheres, temos muitas lutas em comum, mas cada uma também tem sua luta individual, impactada por sua origem, etnia e tantas outras variáveis. É impossível apresentar uma solução única para tão diversos problemas, mas há uma mudança em particular que eu gostaria de ver no mundo: está nas políticas públicas voltadas a eliminar ou, pelo menos, diminuir o que deixa a mulher em desvantagem no mercado de trabalho e na vida.

A gente ouve falar muito sobre oportunidades, mas para aproveitarmos a oportunidade, precisamos estar preparadas. Eu acho que investir nesse preparo e oferecer condições abre um horizonte incrível para que cada mulher avance individualmente e, assim, contribua para o avanço e a melhoria de toda a sociedade. Afinal, somos gotas. Mas o oceano será melhor se todas tivermos condições de alcançar nosso maior potencial.

*Isabela Tanure é vice-presidente do Conselho de Administração da Alliar Médicos à Frente

Número de exames de Covid-19 realizados por laboratório privados cresce 39,26%, segundo Abramed

Já a positividade pode ser considerada estável, comparando as duas últimas semanas

Na semana de 25 de fevereiro a 3 de março, houve um aumento significativo no número de exames de Covid-19 realizados pelas empresas representadas pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). Foram 31.894 exames contra 22.902 realizados na semana de 18 a 24 de fevereiro, um aumento de 39,26%. Já a positividade pode ser considerada estável: foi de 21,3% para 22,1% em uma semana, um aumento de apenas 0,8 ponto percentual. 

Esse padrão já se repetiu outras vezes. Desde o final de janeiro até março, o número de exames de covid-19 realizados vem aumentando gradativamente, juntamente com a taxa de positividade, mesmo que levemente. Nas últimas seis semanas (21 de janeiro a 3 de março), o total de exames chegou a 126.885, com média de positividade no período de 18,3%.

A Abramed reitera a importância de seguir as medidas preventivas recomendadas pelas autoridades de saúde e se compromete a fornecer dados que ajudem a entender o desenvolvimento da doença. Suas associadas representam 60% do volume de exames realizados na Saúde Suplementar. 

Positividade de Covid-19 cresce 4,9 pontos percentuais na semana do Carnaval

O número de exames realizados cresceu 7,76% em relação à semana anterior, de 11 a 17 de fevereiro

De 18 a 24 de fevereiro, semana de Carnaval, o número de exames de Covid-19 realizados pelos associados à Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) chegou a 22.902, um aumento de 7.76% em relação à semana anterior, de 11 a 17 de fevereiro, quando foram realizados 21.251 exames. Já a positividade foi de 17,2% para 22,1%, no período em comparação, o que significa um crescimento de 4,9 pontos percentuais.

“Os dados demonstram que o coronavírus continua circulando, como já era esperado. Os eventos que geram aglomeração de pessoas, como o carnaval, contribuem para haver tanto  aumento na testagem, devido a diferentes sintomas, quanto crescimento da positividade, por aqueles que já têm a infecção”, declara Alex Galoro, líder do Comitê de Análises Clínicas da Abramed, cujos associados realizam cerca de 60% de todos os testes da saúde suplementar no país. 

Desde a semana de 21 a 27 de janeiro, tanto o número de exames realizados quanto de positividade foi ligeiramente crescendo. Nas últimas seis semanas, o maior volume tanto de exames quanto de positividade foi registrado justamente na semana do carnaval. De 14 de janeiro a 24 de fevereiro (seis semanas), o total de exames de Covid-19 realizados foi de 110.981, enquanto a média de positividade foi de 16,6%. 

“Reforçamos que a pandemia ainda não acabou e que todos devem continuar a tomar as precauções necessárias, como manter o distanciamento físico e usar máscaras, além de seguir as recomendações da ANVISA, para podermos manter a circulação do coronavírus sob controle”, finaliza Galoro.

Dados sobre covid-19 no carnaval, divulgados pela Abramed, tem destaque na grande mídia

Tanto o portal Terra, quanto o portal UOL publicaram a matéria “Covid: teste apontam alta de 20% em positividade na semana do Carnaval”, expondo que os números que vinham subindo desde a metade de janeiro tiveram um aumento maior na semana do carnaval. O jornal Estadão publicou no Caderno Saúde a matéria “Carnaval já causa uma minionda de covid-19”, comentando sobre o crescimento no número de exames e da positividade. O portal Correio Brasiliense também divulgou os números, na matéria “Testes apontam alta de casos de covid nos dias de carnaval”.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) permanece colaborando como fonte segura para a imprensa, divulgando e analisando os dados de exames realizados na rede privada e a taxa de positividade dos exames de covid-19. Esses dados são fundamentais para acompanhar o desenvolvimento da doença e evitar novos surtos.

Estadão

UOL

Correio Brasiliense

Terra

Abramed assina manifesto em defesa das agências reguladoras

Mais de 30 entidades do setor de saúde se manifestaram contrárias à aprovação de Emenda e apontam riscos para o desmonte da Anvisa e ANS

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e outras 30 entidades do setor de saúde assinaram o “Manifesto em Defesa das Agências Reguladoras”, onde se manifestam contrárias à Emenda 54 da Medida Provisória 1154/2023, que prevê transferir a competência normativa das Agências para conselhos externos.

Segundo o documento, a proposta de Emenda fere a ordem jurídica constitucional e legal, que consagra a independência administrativa, a estabilidade de dirigentes, a autonomia financeira e, consequentemente, a independência decisória e política dessas autarquias.

Se aprovada, a proposta irá desencadear enorme desestabilização do mercado de saúde no país e colocará em risco a população brasileira.

“Enfraquecer a autonomia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é desconsiderar todo um conjunto de esforços já efetuados pelo Estado brasileiro para garantir um controle sanitário eficiente e um mercado sustentável, com resultados comprovados e coerentes com as nossas necessidades”, diz o documento, que lembra ainda a atuação da Anvisa e da ANS durante a pandemia de covid-19.
Leia o manifesto na íntegra aqui.

Padronização do prazo para armazenamento de exames está entre os focos do Comitê Técnico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Abramed

Essa é uma das prioridades para 2023, juntamente com a eliminação do uso de filmes, em busca da sustentabilidade do sistema

O Comitê Técnico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Abramed, criado para estudar, promover e acompanhar as normas relevantes para a área, tem duas prioridades para 2023, conforme explicam as lideranças: Gustavo Meirelles, VP da Alliar Médicos à Frente, e Marcos Queiroz, diretor de Medicina Diagnóstica do Hospital Albert Einstein.

Um dos principais assuntos é a padronização do prazo para armazenamento de exames de diagnóstico por imagem. Segundo Meirelles, não existe uma legislação clara a respeito do tempo ideal para a guarda desses materiais. “Vamos trabalhar para que a Abramed faça uma recomendação, endossada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a ser posteriormente encaminhada ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Atualmente, subentende-se que, enquanto o paciente não retirar seu exame, a clínica ou o hospital precisa armazená-lo, o que é feito, geralmente, de forma digital”, explica.

Mesmo quando o paciente retira o exame, alguns hospitais e clínicas preferem manter o documento por cinco anos, em média, para usá-los em comparações com exames atuais, mas é preciso que haja uma norma regulamentando até quando devem ser armazenados. “Além disso, essa indefinição acaba gerando custos desnecessários ao processo, o que afeta a sustentabilidade financeira das empresas”, acrescenta Queiroz.

Outro tema que merece atenção do Comitê neste ano é a eliminação do uso de filmes, em busca de soluções mais ecológicas, projeto que também se relaciona à pauta ESG (governança ambiental, social e corporativa, do inglês environmental, social, and corporate governance). Algumas instituições já migraram para o modelo digital, por questões de sustentabilidade e também porque a resolução é melhor para avaliação do médico.

Neste tema, há duas barreiras a serem quebradas: uma é a cultural, pois alguns profissionais são resistentes à mudança, e a segunda é a remuneração, questão já vencida pelas instituições maiores que precisa ser estendida às menores. Funciona assim: o valor pago por um exame de imagem inclui um percentual referente aos filmes. Apesar de não o usarem mais, as instituições deveriam continuar sendo remuneradas pelo armazenamento digital dessas imagens, tendo em vista os diversos custos envolvidos na adoção e manutenção dos sistemas. “É preciso entender como isso irá ocorrer nas instituições menores. Não é sustentável ter a imagem impressa, afinal, uma tomografia pode ter 2.000 imagens”, expõe Queiroz.

Também nessa questão, a Abramed pode recomendar às fontes pagadoras que continuem remunerando como documentação, já que o exame digital inclui custos para armazenamento em nuvem e uso de sistemas de visualização das imagens, entre outros. “É preciso deixar claro esse valor, que pode até ser superior ao de impressão, para não associar a solicitação a corte de custos”, declara Meirelles.

Segundo Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed, o Comitê Técnico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem tem uma importância estratégica para o setor de medicina diagnóstica. “Ele é responsável por fornecer orientação técnica e política-institucional para questões que afetam direta ou indiretamente esse segmento, contribuindo para a melhoria da saúde da população e promovendo a sustentabilidade de todo o sistema”, declara.

Ela destaca ainda que o diagnóstico por imagem é uma ferramenta valiosa que permitem os médicos tomar decisões precisas em relação à saúde dos pacientes. Portanto, discutir todos os temas que se relacionem a esse setor, em conjunto com as empresas que atuam nele, está entre os focos da entidade.

O comitê está montando dois grupos de trabalho para discutir as questões expostas e elaborar um cronograma de ações. O objetivo é discutir, propor e implementar alterações trazendo impacto positivo para o setor. “É importante cada empresa associada participar não só deste, mas também de outros comitês da Abramed, participando ativamente nas discussões”, acrescenta Milva.