Abramed aponta que taxa de positivos em testes laboratoriais de Covid chega a 60%

Matéria divulgada pelo Portal G1, destaca que na última semana de janeiro, entre os dias 24 e 30, a taxa de testes laboratoriais com resultado positivo para a Covid-19 foi de 60%, segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). Foram realizados 390 mil exames durante o período, uma alta de 18% em relação à semana anterior.

Os dados referentes aos testes de Covid representam majoritariamente os do tipo RT-PCR, que busca identificar o material genético do vírus no corpo humano, mas também se referem a alguns de antígeno, quando é verificada a resposta do sistema imunológico. Confira a notícia na íntegra AQUI.

Abramed alerta para possíveis falhas no autoteste da Covid-19

Matéria publicada pelo Jornal O GLOBO, no último dia 28 de janeiro, mostra que, após a aprovação do uso e venda de autotestes para detectar a Covid-19 no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) se manifestou apoiando a decisão do órgão, mas chamou a atenção para possíveis falhas na execução e no uso dos testes, que exigem precisão no manuseio. A Abramed reforçou que aguarda a inclusão das orientações sobre o uso dos autotestes em uma atualização do “Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19” (PNE Teste).

Em nota, a Abramed disse que “sente-se na obrigação de alertar e reforçar a sua preocupação com a qualidade desses dispositivos e possíveis falhas na execução dos autotestes que, embora tenham uma aparente facilidade de aplicação, têm complexidade tecnológica e exigem que todas as etapas sejam realizadas com muito cuidado”. Leia a publicação completa AQUI.

Abramed apoia webinar promovido pela Iniciativa FIS

Apoiado pela Abramed, evento discutiu o futuro da saúde e as estratégias necessárias para o desenvolvimento do setor

Um debate muito instigante foi promovido pela Iniciativa FIS (Fórum Inovação Saúde) no dia 27 de janeiro, virtualmente. Com o tema “Para onde vai você, Saúde Brasileira?”, o evento foi moderado por Josier Vilar, presidente da Iniciativa FIS. A Abramed é uma das apoiadoras.

“Se, através do FIS, conseguirmos avançar ao longo dos anos com alguns temas que resultem na melhoria do acesso da população brasileira aos serviços de medicina de qualidade, teremos dado uma grande contribuição para a sociedade”, destacou Vilar na abertura.

Felipe Salto, diretor executivo do Instituto Fiscal Independente e especialista em contas públicas, foi o primeiro convidado apresentado. Segundo ele, por um lado, o Brasil precisa de ajuste fiscal, equilíbrio das contas e sustentabilidade das dívidas para ter juros mais baixos, investimento mais alto e crescimento econômico sustentável, e, por outro lado, precisa de recursos para políticas públicas fundamentais, como de saúde.

“O Brasil investe 9% do PIB na saúde, não é pouco, mas esse valor poderia ser aplicado de forma mais eficiente. Veja o funcionamento das Santas Casas, que têm uma dependência muito grande de transferências feitas pelos parlamentares, sem as quais elas não teriam recursos para pagar os custos por mês, o que é muito preocupante. Também é necessário discutir a Tabela SUS. O que falta no Brasil é fazer uma revisão periódica do gasto público, o país acabou entrando no piloto automático”, ressaltou Felipe.

Dando continuidade à fala de Salto, Luiz Antonio Santini, pesquisador associado da FioCruz, falou sobre o subfinanciamento do sistema de saúde. “Concordo que precisa melhorar a governança, a gestão e destinar adequadamente os recursos existentes, mas é necessário garantir o que preconiza o artigo 196 da Constituição, que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Não podemos continuar a buscar recursos onde não têm. Chegou o momento de decidir. Não temos direito a arranjos inferiores dentro da sistemática orgânica do sistema”, destacou.

De acordo com Santini, é possível melhorar a alocação de recursos e implantar tecnologias e ferramentas de apoio à gestão, mas faltam recursos. “A medicina brasileira vai para onde for essa discussão, definindo os papéis dos atores atuantes nesse processo e as necessidades da população. Temos de discutir com mais profundidade como mudar a estrutura de organização de financiamento do sistema. A premissa de gastar só o que arrecada precisa ser tirada da discussão, é fundamental gastar mais, a saúde precisa de mais recursos”, expôs.

Em sua participação, Paulo ChapChap, conselheiro estratégico do Dasa para Hospitais e Oncologia, disse que não é mais preciso defender o SUS, já que é unânime a sua importância, mas o valor é insuficiente porque é mal distribuído. “Temos de fazer um chamamento à parte melhor financiada do sistema, que é a suplementar. Deveria ser uma exigência que o setor privado contribua com o público. Não estou falando do sistema privado filantrópico, mas de um segmento com finalidade lucrativa, que desenvolve tecnologia, processos e pessoas. Ele deve ser chamado para ajudar a resolver essa equação”, disse.

ChapChap aproveitou para fazer um lamento: os profissionais de saúde estão sofrendo muito. “Quando médicos do município de São Paulo falam em greve em uma situação de pandemia, é quase um grito de basta. A combinação da alta expectativa da população com a incapacidade de oferecer todos os serviços gera uma tensão no cuidado, que leva a uma grande frustração do profissional de saúde e até insegurança em relação a ameaças físicas”, expôs. Para ele, é preciso ter um cuidado especial com os profissionais da linha de frente, fazendo algum movimento contundente, nem que seja temporário.

Fundador do E-Health Mentor Institute, Guilherme Hummel participou da discussão com seu amplo conhecimento em tecnologia. Ele se mostrou descrente em relação a soluções de curto prazo para melhorar o acesso da população à saúde. “O Brasil tem uma mentalidade muito complicada para executar ações em médio e longo prazos, nós não pensamos no futuro”, criticou.

Para Hummel, acesso não é problema de recursos. Recursos são importantes na média e na alta complexidades, sem dúvida, mas na baixa complexidade o problema é técnico. É preciso pensar sob uma ótica estrategicamente diferente. “Um problema compartilhado é resolvido, mas um problema fragmentado é multiplicado. No Brasil, os problemas não são compartilhados. A fragmentação do sistema é monstruosa e cada vez maior porque não existe parâmetro claro sobre a estratégia a ser atendida”, frisou.

O fundador do E-Health Mentor Institute mostrou as premissas para um sistema de saúde de maior qualidade, especificamente na baixa complexidade. Uma delas é agir em rede, isto é, com plataformas abertas, o que melhora a transversalidade da informação. Outra premissa é que tudo é código, tudo é programável. Sendo assim, a regulação é flexível. “E, se é assim, tudo é registro de dados também. Num primeiro atendimento, o registro é fundamental, não se melhora acesso sem essa transversalidade de dados”, expôs.

Hummel também citou que todas as estratégias precisam levar em consideração a nuvem como SaaS (software como serviço), que permite acesso a qualquer dado de paciente em qualquer lugar, sem necessidade de infraestrutura. “Isso significa que é preciso ser ‘figital’, ou seja, físico, digital e social. É imprescindível a flexibilização.”

Outro item elencado por ele é a necessidade de baixar o analfabetismo de saúde básica no Brasil. “As pessoas vão chegar aos 15 anos sem nenhum cuidado, sem nenhuma articulação com sua conduta sanitária. É preciso incluir o uso do smartphone dentro das ações em saúde. Desde a primeira escolaridade, o indivíduo deve receber instrução básica sobre saúde e também sobre utilização da internet. Isso é alfabetização em saúde e precisa acontecer, necessariamente junto com o autocuidado.”

Para Hummel, só há uma forma de sair do problema de custeio: reduzir rapidamente a demanda dos sistemas de atenção, não há outra possibilidade.

Já na análise do deputado federal Dr. Luizinho, a falta de definição sobre quem tem a responsabilidade por cada atividade na área de saúde atrapalha muito. “As atribuições e competências de forma mais clara podem nos ajudar na melhoria do sistema e na partilha dos recursos”, disse.

A respeito da hierarquização do sistema de saúde, Luizinho salientou que o único sistema universal em que qualquer pessoa recebe a prescrição do medicamento mais caro da rede é o brasileiro. “Nenhum outro sistema do tipo sofre com a mesma falta de hierarquização.”

O deputado federal também defendeu a ampliação do acesso à saúde suplementar. “O Brasil tem espaço para um número maior de usuários na saúde suplementar através de planos mais acessíveis. Este é um assunto polêmico, mas faço questão de colocar a minha opinião.”

Durante o debate, vários profissionais de saúde reconhecidos no setor fizeram suas perguntas aos convidados, enriquecendo ainda mais a discussão. No canal do You Tube do FIS podem ser vistos todos os webinares já realizados.

Taxa de positividade de Covid em laboratórios chega a 60% em janeiro. Procura por exames de Influenza caiu

02 de Fevereiro de 2022 – Na última semana de janeiro de 2022 os laboratórios de medicina diagnóstica associados a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) realizaram quase 390 mil exames de Covid-19. O número representa um aumento de 18% em relação à semana anterior – quando haviam sido realizados mais de 320 mil exames. A taxa de positividade também aumentou, passando de 57% na semana encerrada no dia 23 para 60% na semana encerrada no dia 30.  A procura por exames de Influenza caiu 12% no mesmo período, sendo realizados mais de 150 mil exames. A taxa de positividade passou de 7,7% para 2,8% . 

Ainda com relação ao influenza, o pico de positividade não foi em janeiro, mas sim na última semana de dezembro, quando a taxa de positividade chegou a 41%. Em janeiro a taxa de positividade média foi de 12,5%. Na primeira semana do mês essa taxa era de 30%. 

Estoques

Sobre os estoques dos insumos para a realização dos exames de Covid-19, que sofreram escassez nas primeiras semanas do ano, a Abramed informa que os  estoques estão sendo repostos e que algumas regiões já apresentam  normalidade no atendimento. 

Cabe ressaltar que a Diretoria de Portos e Aeroportos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem facilitado a liberação de reagentes importados, conforme disponibilidade, o que vem favorecendo a reposição dos estoques.

A Abramed vem acompanhando o cenário diariamente, e informará a respeito de atualizações.

SOBRE A ABRAMED

Fundada em 2010, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica – ABRAMED, surgiu num momento de transformações no sistema de saúde brasileiro, entre elas a consolidação de um novo perfil empresarial e o estabelecimento de regulamentações determinantes para o futuro da medicina diagnóstica no país. Esse cenário foi propício para que as empresas com atuação de ponta no país vislumbrassem os benefícios de uma ação integrada em torno da defesa de causas comuns.

A Abramed expressa também a visão de um setor de grande relevância socioeconômica, cujo desempenho tem impacto significativo sobre a saúde de parcela expressiva da população.

A Abramed conta com associados, que, juntos, respondem por mais de 65% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no país. Essas empresas também são reconhecidas por sua qualidade na prestação de serviços, pela excelência tecnológica e pelas práticas avançadas de gestão, inovação, governança e responsabilidade corporativa.

MAIS INFORMAÇÕES À IMPRENSA

Deborah Rezende

Jornalista | Assessora de Imprensa

deborah@dehlicom.com.br

(11) 4106-4127 / (11) 97020-6159

Venda de autotestes de Covid-19 no Brasil

São Paulo – 28/01/2022 – Sobre a liberação da venda de autotestes de Covid-19 no Brasil, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) apoia a utilização desta modalidade de testagem, pois reconhece sua utilidade como triagem neste momento da pandemia, e aguarda a inclusão das orientações sobre o uso dos autotestes em uma atualização do “Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19” (PNE Teste). 

Entretanto, sente-se na obrigação de alertar e reforçar a sua preocupação com a qualidade desses dispositivos e possíveis falhas na execução dos autotestes que, embora tenham uma aparente facilidade de aplicação, têm complexidade tecnológica e exigem que todas as etapas sejam realizadas com muito cuidado. 

Imperfeições nessas etapas levam a obtenção de falso-negativos, o que, do ponto de vista epidemiológico, é extremamente grave por trazer falsa sensação de segurança em relação a não transmissibilidade da COVID-19. 

Face a essas preocupações, a Abramed, junto a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas – SBAC, e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina laboratorial – SBPC/ML, enviou ofício ao Ministério da Saúde, solicitando que os Laboratórios Clínicos participem da realização dos autotestes, em caráter temporário e excepcional, disponibilizando seu ambiente controlado para que os pacientes realizem o procedimento com a orientação e supervisão de profissionais capacitados, bem como para terem seus resultados comunicados aos órgãos sanitários competentes, como já é prática nesses estabelecimentos. 

Por fim, reafirmamos que o autoteste trata-se de um teste de triagem e requer confirmação para diagnóstico.

SOBRE A ABRAMED Fundada em 2010, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, entidade sem fins lucrativos, é resultante da união de importantes instituições de medicina diagnóstica, laboratorial e por imagem, comprometidas com a ética e a qualidade dos serviços prestados, promovendo a melhoria contínua de serviços no setor da saúde, além de reunir, produzir, sistematizar e disseminar conhecimentos interdisciplinares.

Abramed contribui para discussão sobre agenda de políticas para a saúde em evento virtual

Participante do Welcome Saúde, Leandro Figueira destacou a importância da educação para o desenvolvimento do setor

“Diálogos para uma agenda de políticas para a saúde” foi o tema do debate promovido pelo Grupo Mídia no evento Welcome Saúde: Perspectivas políticas e econômicas pós-pandemia, realizado virtualmente no dia 27 de janeiro. 

Com moderação de Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, o debate contou com profissionais de grande experiência no setor, que discutiram as necessidades da área de saúde e as perspectivas para este ano.

Segundo Francisco Balestrin, presidente do SINDHOSP – Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo e do CBEXs – Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde, em 2020 começou um movimento muito positivo da sociedade, mostrando a interdependência entre todos os atuantes na área de saúde, inclusive entre os setores público e privado.

“Entretanto, nessa trajetória, sofremos muito. A política repercutiu em todas as ações: no desenvolvimento de produtos, nas ações coordenadas de combate à doença e de produção de vacinas, ou seja, além do ‘inimigo comum’, chamado Covid-19, tivemos de enfrentar outro elemento, a política, com mudanças constantes de ministros e disseminação de notícias falsas”, destacou Balestrin.

Para o presidente do SINDHOSP e do CBEXs, será muito difícil desenvolver uma política pública de saúde em 2022. “O cristal já está trincado, não tem jeito de colar. Precisamos de uma grande mudança. Todos teremos de trabalhar para produzir propostas de reestruturação do sistema que possam ser utilizadas a partir do ano que vem, não deste ano”, revelou. 

Também convidado para o debate, Leandro Figueira, vice-presidente do Conselho de Administração da Abramed – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, concordou com a opinião de Balestrin sobre não ser possível haver mudança política este ano, pois o país vai se concentrar na agenda eleitoral.

Questionado sobre a necessidade de uma melhor organização dos recursos disponíveis para saúde, Figueira comentou que o mercado de saúde privado é extremamente onerado. “Geramos riqueza, resultado para o PIB, emprego, mas sua sustentabilidade é questionável. A questão é: qual o limite da gestão para fazer com que todas as margens decrescentes sejam responsáveis por manter o setor?”

Figueira citou os desperdícios e a falta de recursos tanto do setor público quanto do privado. “Todos dizem que a racionalização de recursos é necessária, mas nós, como agentes de mudança, ainda não internalizamos ou não tivemos a força política necessária para poder mudar a mentalidade dos políticos e criar uma política de Estado, seja para a saúde suplementar, seja para o Sistema Único de Saúde.” 

Para o vice-presidente do Conselho de Administração da Abramed, precisamos educar a população sobre a utilização dos recursos em saúde conscientemente. “Mobilizando a sociedade, a racionalização do recurso vai naturalmente aparecer e teremos um setor mais sustentável”, expôs.  

De acordo com Figueira, não adianta ir atrás dos políticos para criar uma agenda pública e discutir o acesso à saúde. É necessário criar políticas públicas para definir qual é o grau de instrução da população para poder levar conhecimento. “E levando conhecimento, faremos uma sociedade melhor, elegeremos representantes melhores e será um círculo virtuoso de crescimento para o país.”  

Em sua apresentação, Figueira também destacou o papel da Abramed durante a pandemia, já que os associados foram extremamente requisitados, por ser a porta para a realização de exames. No entanto, o Brasil não conseguiu lidar com maestria com a crise. “Foi a iniciativa privada que se mobilizou para que os dados chegassem ao Ministério da Saúde. Em relação à área pública, a privada tem como diferenciais a disciplina, a capacidade de execução, a utilização de protocolos rígidos e a cobrança de profissionais superiores, no sentido de responsabilidade”, disse.

Falando sobre a atenção primária, Denise Eloi, diretora-executiva do ICOS – Instituto Coalizão Saúde, salientou a importância de ampliar e organizar o acesso à saúde, mas evitando soluções isoladas, investindo também nas atenções secundária e terciária.

“Algumas discussões pedem alterações na atenção primária, mas elas só aumentam a fragmentação do sistema de saúde. Entendo que aprimorar o modelo assistencial, a gestão, o financiamento, o desenvolvimento científico e tecnológico, a indústria, a relação entre público e privado, enfim, propostas que entreguem valor ao cidadão, deve ser o foco dessa agenda política”, expôs Denise. 

Também contribuiu para o debate Carlos Alberto Pereira de Oliveira, coordenador do Projeto “Sífilis Não”, pesquisador do LAIS/UFRN, vice-diretor do IFHT/UERJ e assessor externo da OMS para a Estratégia de Aprendizagem. Ele concorda com os enormes desafios para 2022, mas acredita que é nele que começará a construção para os anos seguintes. 

“Precisamos entender que 2022 será um ano em que a pandemia passará a ser uma endemia. A saúde, a economia, os empregos, o recolhimento de impostos não podem parar. Por isso, nossa agenda política na saúde é mais que prioritária e exige mobilização. Precisamos ter uma bancada no Congresso Nacional que defenda a saúde pública e privada como um negócio”, afirmou.

Conforme explicou Oliveira, é necessário ter um plano específico para o setor da saúde que dialogue transversalmente com outras áreas. E que chegue ao Congresso até o fim de fevereiro ou começo de março, senão não haverá uma política pública para defender coletivamente.  

Para os participantes, é importante definir os principais eixos que nortearão os próximos passos da saúde, unir forças e reunir pessoas que tenham compromisso com a saúde e sejam fundamentais para a tomada de decisões. A responsabilidade é de todos nós.

Falta reagente e política para autoteste

Em nota publicada no Jornal Zero Hora, Alex Galoro, diretor do Comitê de Análises Clínicas da Abramed, disse que a mesma falta de reagentes que afeta os laboratórios limita a produção de autotestes. Mesmo que a Fiocruz fosse demandada a aumentar a produção de testes destinados a postos de saúde – o que não deve ocorrer, por não haver intenção de fazer distribuição gratuita -, esbarraria na dificuldade de importação que afeta os laboratórios privados. Confira a publicação na íntegra AQUI.

Presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Scholnik, fala ao Jornal Nacional

O presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Scholnik, falou ao Jornal Nacional, no último dia 12 de janeiro, em reportagem sobre o aumento de casos de Covid e a escassez de testes pelo Brasil. Segundo Scholnik, a corrida global por testes provocou uma escassez de insumos e não há previsão para normalização do fornecimento. A Abramed recomenda que alguns pacientes sejam priorizados. Confira a reportagem na íntegra aqui.

Em matéria sobre o mesmo tema, publicada pelo O GLOBO, a Abramed recomendou aos laboratórios privados brasileiros que “cessem” a testagem de pacientes com poucos sintomas ou assintomáticos para a Covid-19. A justificativa para essa medida está na iminente falta de insumos para realização de testes RT-PCR, que identificam o material genético do vírus, e de testes de antígeno, que detectam proteínas ligadas ao coronavírus. Leia a reportagem aqui.

Segundo a Abramed, seus associados respondem por mais de 65% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no País. Para eles, a associação emitiu nota técnica pedindo pela priorização de pacientes a serem testados.  A escala de gravidade se dá na seguinte ordem: pacientes que tenham maior gravidade de sintomas; doentes hospitalizados e cirúrgicos; pessoas no grupo de risco; gestantes; trabalhadores assistenciais da área da saúde; e colaboradores de serviços essenciais. Veja reportagem do Estadão clicando aqui.

Antibiótico – Vilão ou Herói?

A resistência a antibimicrobianos é uma ameaça global que promete causar 10 milhões de mortes por ano até 2050 e danos catastróficos à economia. Atualmente, pelo menos 700.000 pessoas morrem a cada ano devido a doenças resistentes a medicamentos, e sem investimento, as gerações futuras enfrentarão os impactos desastrosos do uso de antimicrobianos de forma não controlada como a que ocorreu durante a pandemia da COVID19. 

O uso excessivo, indevido e o abuso de antimicrobianos foram reconhecidos como os principais impulsionadores do surgimento global de resistência antimicrobiana (AMR), tanto na comunidade quanto em hospitais. A taxa de uso inadequado de antimicrobianos em hospitais foi calculada em 50%, evidenciando a importância da adoção de iniciativas direcionadas a otimização do uso de antimicrobianos, incluindo seleção, dose, duração e via de administração, também conhecido como Antimicrobial Stewardship (AMS), e a criação de programas de manejo antimicrobiano (Antimicrobial Stewardship programs – ASPs). As iniciativas de AMS buscam a melhores resultados no cuidado ao paciente, reduzir efeitos adversos, diminuir a pressão seletiva para a resistência a antimicrobianos, e fornecer cuidados de saúde com boa relação custo-benefício.

Neste sentido, a bioMérieux lançou a primeira campanha desenvolvida a nível global com efetivação regional, como ocorre aqui no Brasil. O objetivo desta campanha de 2 anos é:

– AUMENTAR A VISIBILIDADE como parceiro de soluções para o público em geral em vários níveis de maturidade de gerenciamento antimicrobiano;

– GERAR IMPACTO NOS NEGÓCIOS da empresa, criando engajamento com nossa Oferta Integrada de AMS.

A primeira fase da campanha AMS foi lançada em novembro de 2021 durante a Semana Mundial de Conscientização Antimicrobiana (WAAW), com um artigo de liderança de pensamento com Mark Miller, MD, diretor médico, intitulado “O papel crucial do diagnóstico para melhorar a administração antimicrobiana”. Este artigo está incluído ao lado de outras empresas e associações líderes como um patrocínio de campanha de resistência antimicrobiana (AMR) com a Global Cause.

Os leitores do artigo terão acesso à página de destino da campanha AMS com conteúdo adaptado à sua maturidade AMS (com base na localização) e onde estão no processo de tomada de decisão. As postagens de mídia social que promovem a página de destino estão atualmente ativas no Facebook e no Twitter, juntamente com anúncios direcionados do LinkedIn para os principais públicos.

Em 2022, a campanha global AMS alinhará táticas e atividades em torno de importantes congressos e observâncias globais, como ECCMID, AACC, ASM Microbe, World AMR Congress e WAAW. A participação regional começará em meados do primeiro trimestre de 2022 em prazos designados, permitindo que as equipes regionais acelerem seus roteiros de AMS localizados, impulsionem mudanças e alcancem seu potencial total.

Ainda vale ressaltar que entre as soluções no uso correto dos antimicrobianos, a biomerieux disponibiliza testes de diagnósticos multiplex para pesquisa sindrômica de patógenos, que tem papel fundamental no direcionamento da terapia antimicrobiana. Sem ferramentas diagnósticas com bom desempenho e rápidas, como  os painéis, a equipe médica, que acreditam no conceito de stewardship não têm informações suficientes sobre o estado do paciente e qual o melhor tratamento a ser direcionado.

Durante a pandemia da COVID19, a grande maioria dos pacientes internados receberam antibióticos (DanielleOfri), mesmo sendo pouco frequente a infecção secundária por uma bactéria. Painéis multiplex para pesquisa de patógenos respiratórios possibilitam a identificação do patógeno causador dos sintomas em cerca de uma hora além dos genes de resistência o que possibilitam a maior assertividade do tratamento.

É nesta base – um diagnóstico rápido e confiável – que se constroem os pilares de AMS: conhecer os germes presentes em cada setor do hospital para orientar os tratamentos iniciais e guiar adequadamente o uso de antibióticos ao final da investigação laboratorial. É assim que vamos virar a jogo no combate a resistência bacteriana!

Associadas à Abramed investem em novos modelos de negócios e ganham destaque no combate à pandemia

Plataformas digitais de saúde e apoio hospitalar estão entre as soluções adotadas para agilizar o atendimento

Mesmo em meio à crise provocada pelo novo coronavírus, 64,4% das associadas à Abramed investiram no desenvolvimento de novos modelos de negócio, de acordo com o Painel 2021 da Abramed – Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica: O DNA do Diagnóstico. Alguns destaques são: ampliação do atendimento domiciliar, oferta de vacinas, plataformas digitais de saúde e coordenação dos cuidados, exames para detecção da covid-19, apoio hospitalar e Home Care. 

Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, destaca que, segundo dados da Saúde Digital Brasil, entre 2020 e 2021, cerca de mais de 7 milhões e meio de consultas foram feitas por telemedicina. Com certeza, algumas delas geraram solicitações de exames complementares, tanto de diagnóstico por imagem como laboratoriais. “A telepatologia e a telerradiologia já são amplamente utilizadas. A telepatologia, que consiste no envio de lâminas microscópicas para a leitura remota de especialistas, é uma ferramenta que vem crescendo não só no Brasil, mas também em outros países.”

No início da pandemia, a falta de insumos gerou uma competição em nível internacional que se estendeu para as vacinas, complicando a situação no Brasil. “Mas nós brasileiros somos famosos pela criatividade e flexibilidade, então novas soluções foram colocadas em prática durante a pandemia, levando pesquisadores e profissionais que trabalham em laboratórios clínicos a adaptar métodos analíticos que eram muitas vezes usados em outras situações para enfrentar a pandemia”, diz Wilson Shcolnik. Um exemplo é o sequenciamento de Nova Geração, muito utilizado na medicina personalizada para detecção de mutações, que acabou sendo usado também na pandemia. “Podemos chamar de um pequeno desvio de função, mas com proveitos para a população”, acrescenta. 

Para todas as linhas de negócio citadas já existiam iniciativas incipientes dos membros associados à Abramed, no entanto, durante a pandemia, a implantação desses serviços acelerou-se de forma brutal. “Com a evolução da pandemia, do tratamento e da assistência dada a todos os beneficiários e pacientes, o sistema se adaptou de forma a não retroagir. Pode ser que algumas pessoas ainda prefiram usar o método antigo, mas quem descobriu outra via de acesso, proporcionada principalmente pelas plataformas, tem mantido a incidência muito alta em comparação com o pré-pandemia. É o conceito da conveniência”, diz Leandro Figueira, vice-presidente do Conselho de Administração da Abramed.

As empresas associadas à Abramed também investem continuamente para promover soluções capazes de entregar mais valor aos pacientes. Por meio de softwares e sistemas avançados de gerenciamento, é possível analisar exames laboratoriais e de imagem de forma cada vez mais rápida e eficiente, além de possibilitar condutas clínicas mais assertivas. Um número maior de empresas associadas à Abramed tem se adaptado a essas tecnologias, com destaque para os softwares de Business Intelligence (BI), utilizados por 96,2% das associadas.

Um dos destaques é a tendência crescente de investimento na integração de dados originados de vários segmentos do cuidado ao paciente, para proporcionar maior agilidade, melhorar a tomada de decisões e obter maiores ganhos de eficiência do sistema de saúde.

O serviço de atendimento domiciliar também está no foco das associadas à Abramed, principalmente impulsionado pela pandemia. Isso porque as unidades laboratoriais tiveram de adaptar suas estruturas para atender os pacientes com suspeita de covid-19 de forma separada dos demais que foram realizar outros exames. Uma das alternativas encontradas pelos laboratórios foi oferecer o exame para detecção do novo coronavírus em sistema drive-thru ou coleta domiciliar.

O Grupo Pardini, por exemplo, desde o início da pandemia, executou mais de 30 projetos, incluindo o drive-thru e o atendimento domiciliar, o que permitiu atender com segurança o crescente fluxo de pacientes.

Já a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein ampliou o serviço de atendimento domiciliar em 2020. Além da coleta de exames laboratoriais e vacinação, passou a incluir eletrocardiograma, ultrassonografia e polissonografia, evitando os deslocamentos.