Anvisa e ANS tratam dos desafios regulatórios da saúde no 5º FILIS

Diretores de ambas as agências participaram de debate moderado por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed

Logo após a apresentação do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizada na primeira hora de programação da 5ª edição do FILIS (Fórum Internacional de Lideranças da Saúde), Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, recebeu Cristiane Jourdan, diretora da terceira diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e Paulo Rebello Filho, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para tratar dos atuais pleitos regulatórios da saúde. 

Durante o debate “Desafios Regulatórios para o desenvolvimento do sistema de saúde”, o trio tratou da revisão de algumas RDCs  (Resolução de Diretoria Colegiada) que impactam diretamente a rotina dos provedores de serviços de medicina diagnóstica e reforçou a atuação de ambas as agências durante a gestão da pandemia no país.

“A revisão da RDC 302, que dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos, é algo que nos preocupa. O texto proposto em agosto de 2020 desagradou o setor regulado e houve grande reação de várias entidades – entre elas a Abramed”, comentou Shcolnik.

Trazendo um parecer da Anvisa, Cristiane confirmou estar atenta a toda a movimentação em torno dessa revisão. “Venho acompanhando a revisão pessoalmente e no momento a área está trabalhando para que a norma proposta garanta a execução de exames com qualidade, segurança e eficácia indispensáveis a um diagnóstico correto”, disse.

Ainda abordando processos de alteração de normas em vigor, a diretora também foi questionada sobre a revisão da RDC 25, que trata do recondicionamento de produtos para saúde usados e que, ao ser reestruturada, pode ampliar o acesso da população brasileira a exames mais tecnológicos e de qualidade. 

“Compreendemos que a possibilidade do comércio de produtos usados é uma pauta necessária. Vamos permitir o acesso aos equipamentos garantindo segurança e eficácia e ampliando o acesso de toda a população a tecnologia de ponta”, disse. Segundo ela, o uso de equipamentos fora dos parâmetros definidos pelo fabricante pode impactar o diagnóstico e o tratamento, levando a danos e eventos adversos. Por isso é necessário instituir mecanismos para mitigação de riscos.

Na visão do presidente da Abramed, essa revisão é importantíssima para o país. “Muitas das nossas empresas têm interesse em fazer doações de equipamentos para Santas Casas e para o Sistema Único de Saúde (SUS), mas com a regulamentação vigente isso ainda não é possível. Esperamos que com a revisão possamos reverter o quadro”, apontou.

Outro ponto relevante do debate foi a exímia atuação da ANS na rápida e emergencial incorporação de exames para detecção da Covid-19 no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. “No dia 11 de março de 2020 foi decretada a pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e no dia 19 já tínhamos incorporado o RT-PCR, padrão ouro para detecção da doença”, contou Rebello Filho que aproveitou para relembrar o setor que a Agência também reduziu de dois anos para no máximo 18 meses a atualização desse rol de procedimentos. “Isso demonstra que estamos acompanhando todas as alterações que a vida cotidiana impõe à saúde”, completou.

Ainda falando sobre testes de Covid-19, Shcolnik aproveitou a presença do diretor para perguntar como a Agência lida com as reclamações de beneficiários com dificuldades em conseguir realizar os testes pelos planos de saúde. Segundo Rebello Filho, a ANS tem tido um empenho fantástico nesse sentido. “Foram 284 mil reclamações entre janeiro de 2020 e setembro de 2021 e a nossa resolutividade supera a casa dos 90%. Isso significa que 9 a cada 10 reclamações são sanadas”, disse enfatizando que a Agência tem canais para receber reclamações e contestações tanto por parte dos beneficiários quanto por parte dos prestadores de serviço.

Preocupação com qualidade

Tanto a Anvisa quanto a ANS têm um compromisso com a qualidade. Ao ser questionada, por Shcolnik, se há movimentação na Agência para maior rigor no momento dos registros de produtos para a saúde a fim de mitigar o risco em sua utilização, Cristiane enfatizou que “proteger a população é a grande missão da Anvisa, reconhecida internacionalmente como uma das principais autoridades regulatórias do mundo”.

Rebello Filho também foi questionado sobre as preocupações da ANS com a qualidade do setor. “Há um foco na qualificação apenas entre os hospitais. Já seria hora da Agência se preocupar também com a qualidade dos serviços oferecidos por outros prestadores de serviços não hospitalares? Na medicina diagnóstica, por exemplo, já temos programas de acreditação para análises clínicas e diagnóstico por imagem, mas não vemos um estímulo concreto para que esses prestadores se insiram nos programas”, perguntou Shcolnik.

Segundo o diretor da ANS, esse é um tema que está em pauta na entidade. “Programas de acreditação colaboram de maneira indutiva para garantir resultados qualitativos. Temos que avançar nessas discussões e a Câmara Técnica de Contratualização e Relacionamento com Prestadores (CATEC) é um dos espaços que estão abertos a esse diálogo”, disse. Importante enfatizar que a ANS retomou as atividades da CATEC em agosto deste ano.

O 5º FILIS foi realizado de forma totalmente digital, em dois dias com intensa programação. Confira aqui a cobertura desta e das demais palestras e painéis desta edição.

Programação do 5º FILIS começa com palestra do Ministro da Saúde

Na manhã do dia 13 de outubro, primeiro dia de programação da 5ª edição do FILIS (Fórum Internacional de Lideranças da Saúde), logo após a abertura conduzida por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, o evento recebeu Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, para falar sobre a importância do diagnóstico na coordenação da pandemia e como as relações entre os sistemas público e privado de saúde são indispensáveis para a melhor sustentabilidade do setor. 

Marcelo Queiroga atualizou o cenário brasileiro da pandemia e enfatizou a relevância da medicina diagnóstica para melhor gestão da crise

Traçando um panorama atual da crise de covid-19, o ministro elencou três prioridades de sua gestão: acelerar a vacinação, garantir assistência aos infectados pelo novo coronavírus e reforçar a implementação de medidas de higiene e saúde pública, com foco especial em um programa de testagem ampla e sistemática. 

Enfatizando que o Governo Federal adotou a estratégia de diversificar a compra das vacinas e já contratou mais de 550 milhões de doses a serem entregues até o final do ano, Queiroga pontuou que, até o momento, já são mais de 150 milhões de brasileiros com ao menos uma dose do imunizante. Além disso, deu amplo destaque ao lançamento do Programa Nacional de Testagem para o coronavírus. “Ampliaremos, de forma sistemática, a testagem da população brasileira para continuidade segura de nossas atividades”, declarou. Segundo ele, o programa define critérios e parâmetros objetivos para os testes, com foco em populações vulneráveis e setores essenciais como educação, comércio e transporte público.

Parcerias entre os setores público e privado

Assim como muitos líderes do setor têm enfatizado, o ministro declarou ser preciso encarar com unicidade o sistema de saúde brasileiro considerando que fazem parte dele a área pública e a área suplementar. Para iniciar essa discussão, trouxe dados relevantes sobre os gastos da pasta.

“O Brasil destina 9,2% do seu PIB à saúde. Desse total, os gastos públicos representam 3,8% do PIB e os privados 5,4%. Apesar de proporcionalmente menores, os gastos públicos com a saúde representam parcela significativa do orçamento do Governo Federal e crescem a taxas mais elevadas do que a arrecadação fiscal”, declarou. Segundo o ministro, para que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa responder a futuras emergências, é preciso obter mais investimentos, mas, principalmente, melhorar o uso dos recursos existentes.

Entre os principais desafios elencados por Queiroga durante sua apresentação no FILIS estão: ineficiência na prestação de serviços, fragmentação dos cuidados com a saúde com pouca coordenação entre os níveis de atenção e entre os provedores, e limitada ou inexistente integração do SUS com a Saúde Suplementar.

“Reforçar o sistema de saúde brasileiro passa necessariamente por formular políticas públicas que enfrentem esses desafios e melhorem a qualidade dos gastos”, pontuou. Para ele, as mudanças devem envolver alteração nos modelos de remuneração substituindo o atual modelo de pagamento por volume por um novo modelo de pagamento por desfecho, incentivo às práticas inovadoras de gestão através de parcerias público-privadas que garantam acesso a serviços gratuitos e de qualidade a toda a população, fortalecimento da regulação da saúde suplementar de modo a estimular a competitividade e potencializar sinergias com o setor público, e investimento no complexo econômico industrial da saúde, motor indiscutível da economia e com amplo potencial de crescimento.

Como exemplo de uma parceria exitosa, o ministro apresentou o case da Fiocruz/Biomanguinhos com a Universidade de Oxford e a empresa AstraZeneca diante do contrato de encomenda tecnológica e posterior transferência de tecnologia na fabricação das vacinas contra a covid-19. “Essa aposta bem-sucedida, que já resultou na entrega de mais de 78 milhões de doses, foi possível graças ao investimento de R$ 1,9 bilhão em agosto de 2020. A parceria permitirá a produção de uma vacina 100% nacional e o Brasil passará de importador para exportador, ajudando a população além de suas fronteiras”, disse.

Medicina diagnóstica como protagonista

O ministro Queiroga aproveitou a oportunidade para destacar a relevância da medicina diagnóstica no combate à covid-19 e pontuar a representatividade das associadas à Abramed no mercado, já que essas empresas são responsáveis pela realização de 516 milhões de exames, o que representa 56% do total de exames concretizados na saúde suplementar. 

“Esses números deixam claro a importância de o Brasil buscar a sustentabilidade tecnológica e econômica do SUS a curto, médio e longo prazos por meio da promoção de condições estruturais para aumentar a capacidade produtiva e de inovação do país, resultando na redução do déficit comercial do setor e na garantia do direito à saúde de todos os brasileiros”, finalizou.

O 5º FILIS foi realizado de forma totalmente digital, em dois dias com intensa programação. Confira, no site da Abramed, a cobertura completa de todas as palestras e painéis concretizados nesta edição.

Ministério da Saúde assina carta de intenções para parto seguro e respeitoso

Abramed é uma das instituições signatárias do documento que estabelece diretrizes pela assistência segura às gestantes e neonatos

6 de outubro de 2021

O Ministério da Saúde assinou, por meio do secretário de Atenção Básica, Raphael Parente, a carta de intenções promovida pela Aliança Nacional pelo Parto Seguro e Respeito. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) é uma das 52 entidades que integram essa coalizão focada em garantir uma assistência segura para todas as gestantes e seus recém-nascidos.

Considerando que há alta mortalidade tanto de gestantes quanto de neonatos, a Organização Mundial da Saúde fez um apelo e elegeu “Cuidado Materno e Neonatal seguro” como o tema de 2021 do Dia Mundial da Segurança do Paciente, comemorado em 17 de setembro. A Aliança foi constituída a fim de atender à essa demanda de saúde pública.

A razão de mortalidade materna no Brasil, em 2021, tende a passar de 100 óbitos maternos a cada 100.000 nascidos vivos – quase o dobro do que se tinha antes da pandemia. Uma em cada cinco das mortes maternas por COVID-19 ocorreu fora de uma unidade de terapia intensiva. Também é grave a mortalidade neonatal: 2,5 milhões de recém-nascidos morrem todos os anos.

A carta de intenção que foi assinada pelo Ministério da Saúde traz as principais medidas para redução da mortalidade como, por exemplo, garantir acesso a leitos para o cuidado obstétrico e neonatal de alto risco por meio de regulação efetiva.

Reconhecendo a importância da medicina diagnóstica na assistência segura, a Abramed participa da Aliança representando o setor. “Nos colocarmos à disposição de todo o ciclo de cuidado para a redução das altíssimas taxas de mortalidade materna e neonatal. Os exames têm um peso enorme na construção de uma gestação segura e seguem nos acompanhando ao longo de toda a vida”, diz Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Associação.

Com forte atuação junto à ANAC, Abramed consegue adiar para 2022 mudanças logísticas que impactam a cadeia

RBAC nº 175 e IS nº 175-012 obrigam a utilização de embalagens ensaiadas e apresentação dos respectivos laudos para o transporte de artigos perigosos e infectantes

6 de outubro de 2021

Em 29 de setembro foi publicada, no Diário Oficial da União, a Portaria nº 5.992 que prorroga para 1º de abril de 2022 a vigência dos dispositivos da RBAC nº 175 e da IS nº 175-012 que obrigam a utilização de embalagens ensaiadas e apresentação dos respectivos laudos para o transporte de artigos perigosos e infectantes.

A princípio a nova regra valeria a partir de 1º de outubro, porém, após pedido de adiamento formulado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) perante a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a prorrogação foi conquistada, promovendo mais tranquilidade para adaptação do setor.

Em reuniões realizadas com o órgão regulador, a Abramed apresentou os impactos que a nova regra teria na dinâmica e logística de toda a rede de medicina diagnóstica nacional, que habitualmente utiliza a aviação para o transporte aéreo de milhões de amostras de exames utilizados para prevenção, diagnóstico e gerenciamento de doenças.

Hoje, os laboratórios de análises clínicas compram embalagens de uma ampla gama de fornecedores instalados em múltiplas regiões do país e, até o momento, foram identificados apenas dois fornecedores que poderiam proceder com os ensaios indicados na nova regulamentação da ANAC. Considerando que temos, hoje, mais de 12 mil laboratórios atuando na assistência aos brasileiros, essas duas empresas não teriam condições de fornecer as embalagens nos moldes determinados pela Agência à toda a cadeia.

“Nós identificamos muitas barreiras para que nossas empresas conseguissem cumprir os prazos anteriormente definidos, mas felizmente conseguimos o adiamento”, pontua Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Dessa forma, para evitar que os brasileiros fossem impactados com atrasos em seus exames, principalmente em um momento de crise sanitária como o que estamos vivendo devido à pandemia de covid-19, a Abramed solicitou a suspensão pelo período mínimo de 180 dias dos dispositivos que promoveriam a mudança e investe, também, na constituição de um grupo de trabalho com a participação de representantes da ANAC, do setor de medicina diagnóstica, e de fabricantes de embalagens e laboratórios de ensaio para o levantamento dos impactos regulatórios das novas exigências, visando fomentar a adequação de toda a cadeia de transporte aéreo do país.

5ª edição do FILIS está chegando

Fórum Internacional de Lideranças da Saúde será realizado dias 13 e 14 de outubro em formato 100% digital; inscrições são gratuitas e seguem abertas

6 de outubro de 2021

A quinta edição do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde – FILIS, evento promovido anualmente pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), trará uma extensa agenda de palestras e debates focados em reunir grandes nomes nacionais e internacionais do setor de saúde para dialogar sobre a temática central “A Medicina Diagnóstica de hoje na construção do sistema de saúde de amanhã”. O encontro, que este ano será realizado 100% em formato digital, acontecerá nos dias 13 e 14 de outubro. As inscrições, que são gratuitas, seguem abertas (clique AQUI para se inscrever).

A programação – que está disponível em www.abramed.org.br/filis – segue com assuntos relacionados às principais demandas atuais da saúde e conta com a presença do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para realizar a abertura do Módulo Político. O executivo fará um discurso sobre regulação e a importância do diagnóstico na pandemia. Na sequência, haverá debates regulatórios, econômicos e políticos, envolvendo a Abramed e entidades como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); entre outros importantes agentes do setor.

Além disso, o FILIS também contará com participações internacionais. Na agenda estão Paul Epner, diretor-executivo e co-fundador da Society to Improve Diagnosis in Medicine (SIDM) e presidente da Coalition to Improve Diagnosis, uma coalizão com mais de 60 sociedades profissionais, sistemas de saúde, organizações de pacientes e entidades focadas na melhoria da qualidade da assistência; e Andrew Morris, diretor do Health Data Research UK (HDR UK), instituto britânico da ciência de dados em saúde que tem, como missão, promover descobertas que tragam melhorias para a vida das pessoas.

Uma das novidades da edição 2021 do fórum serão as salas paralelas. Na quarta-feira, dia 13, enquanto uma das salas debaterá “A pandemia e os aprendizados da telemedicina”, em outro ambiente virtual especialistas estarão tratando do “Impacto da LGPD na saúde”. O mesmo formato se repetirá na quarta-feira, dia 14. As duas salas tratarão da covid-19, porém a primeira abordará “O papel social da medicina diagnóstica no enfrentamento da pandemia” e a segundo discutirá “O avanço da medicina sob pressão”.

Assim como nos anos anteriores, a quinta edição do FILIS também trará o Prêmio Dr. Luiz Gastão Rosenfeld. A premiação visa reconhecer profissionais que estimulam o desenvolvimento e a melhoria da saúde brasileira.

Inscreva-se gratuitamente agora mesmo clicando AQUI.

Com palestrante internacional e importantes líderes, 5ª edição do FILIS dialoga sobre inovação e futuro

Tecnologia, ciência de dados e as perspectivas da medicina diagnóstica integram a agenda de palestras e debates no segundo dia do evento

6 de outubro de 2021

No dia 14 de outubro, a programação da edição 2021 do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde – FILIS trará discussões aprofundadas sobre inovação e futuro. Os debates trarão especialistas brasileiros e internacionais para desvendar quais os caminhos para a otimização da assistência.

A palestra “Ciência de dados e tecnologia em medicina diagnóstica”, que será ministrada por Andrew Morris a partir das 10h15, promete trazer para os profissionais da saúde do Brasil as principais perspectivas europeias, já que Morris é diretor do Health Data Research UK (HDR UK), instituto britânico da ciência de dados em saúde que tem, como missão, promover descobertas que tragam melhorias para a vida das pessoas.

Considerando que o instituto reúne 38 instituições acadêmicas do Reino Unido, a expectativa para esse encontro é de um compilado de informações que podem auxiliar a construção de um cenário mais tecnológico na saúde nacional. Importante enfatizar que um dos projetos atuais da HDR UK envolve a criação de um ecossistema aberto de pesquisa de dados em saúde, interoperável e confiável para os 66 milhões de habitantes do Reino Unido, metas que também estão desenhadas nos objetivos de grandes empresas brasileiras do segmento.

Na sequência da apresentação de Morris, a partir das 11h, especialistas em atuação no mercado brasileiro debaterão sobre a transformação e o futuro da medicina diagnóstica. O debate contará com a participação de Cleber Morais, diretor geral da Amazon Web Services; Rafael Palombini, presidente e CEO da GE Healthcare para a América Latina; e Armando Lopes, CEO da Siemens-Healthineers. Moderando a discussão, a participação de Ademar Paes Junior, Sócio da Clínica Imagem e presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM).

A Amazon Web Services é a plataforma de nuvem mais adotada e mais abrangente do mundo. Oferece mais de 200 serviços completos de datacenters e tem milhões de clientes. Dessa forma, Morais poderá trazer para a audiência mais detalhes de como a companhia lida com funcionalidade, segurança e inovação, compartilhando experiências globais em conjunto com o desenvolvimento da empresa no Brasil.

Paralelamente, a GE Healthcare, que é fornecedora de tecnologias, infraestrutura digital, análise de dados e ferramentas de suporte a decisões diagnósticas, por meio da participação de Palombini, contribuirá com as particularidades da transformação tecnológica no setor de saúde; assim como a presença de Lopes que, representando a Siemens-Healthineers, poderá falar um pouco mais sobre os avanços da empresa no cenário da inteligência artificial.

A 5ª edição do FILIS será realizada de forma totalmente digital entre 13 e 14 de outubro, das 9h00 às 13h00. As inscrições, que são gratuitas, estão abertas e podem ser feitas AQUI.

Debates político e regulatório integram agenda do 5º FILIS com participação do Ministro da Saúde

Moderadas por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, mesas abordarão principais pleitos atuais da medicina diagnóstica

6 de outubro de 2021

Durante a programação da edição 2021 do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde – FILIS, evento que será realizado dias 13 e 14 de outubro de forma totalmente digital, dois debates trarão relevantes discussões sobre aspectos políticos e regulatórios da medicina diagnóstica. Na quarta-feira, dia 13, a partir das 9h, está confirmada a presença de Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, na abertura do Módulo Político com discurso sobre regulação e a importância do diagnóstico na pandemia.

Na sequência, haverá um debate com moderação de Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed, e participação de Cristiane Jourdan, diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O foco serão os desafios regulatórios para o desenvolvimento do sistema de saúde.

Considerando que as empresas associadas à Abramed são responsáveis por 56% de todos os exames realizados na saúde suplementar brasileira, o debate promete trazer apontamentos bastante importantes para a construção de uma estratégia que priorize a qualidade da assistência e auxilie na ampliação de acesso da população aos exames. Hoje, segundo dados do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, a quantidade de exames realizados na rede suplementar se equipara à rede pública: no sistema privado são feitos 916,5 milhões enquanto, no SUS, são realizados 981,6 milhões ao ano.

Já na quinta-feira, dia 14, Shcolnik volta a moderar um debate político. A partir das 9h, a mesa-redonda “Exames fora do ambiente laboratorial: acessibilidade ou risco” reunirá Fabiana Barini Rodrigues Alves, diretora adjunta da ANVISA, e o deputado federal Pedro Westphalen (PP-RS), para tratar desse assunto que ganhou ainda mais destaque durante a pandemia de covid-19.

Ainda nos primeiros meses da crise no Brasil, a ANVISA liberou, em caráter emergencial, a realização de testes rápidos para detecção da infecção pelo novo coronavírus em farmácias e drogarias. Nesse momento, surgiram muitas denúncias de que esses testes também estavam sendo realizados em ambientes totalmente inapropriados, como postos de gasolina e petshops.

Diante desse cenário, o setor de medicina diagnóstica se posicionou alertando sobre os riscos que a realização de exames fora dos ambientes altamente controlados dos laboratórios poderia gerar, principalmente diante de uma doença infecciosa, transmitida pelo ar, e que exigia o isolamento de casos suspeitos e confirmados. Além de questões pré-analíticas, que envolvem a necessidade de profissionais capacitados para coletar as amostras de forma segura, a preocupação também surgia em resultados tanto falso positivos quanto falso negativos que impactariam o comportamento das pessoas colocando todos em risco.

O debate do FILIS não deve se limitar à discussão de exames de covid-19 realizados fora dos ambientes laboratoriais, mas sim à importância da qualidade desses exames para a segurança dos pacientes.

A 5ª edição do fórum será realizada de forma totalmente digital entre 13 e 14 de outubro. As inscrições, que são gratuitas, estão abertas e podem ser feitas AQUI.

Economia e medicina diagnóstica – O que esperar do futuro?

Dia 13 de outubro, a agenda do 5º FILIS trará uma palestra e um debate sobre aspectos econômicos e o futuro da saúde

6 de outubro de 2021

A agenda do primeiro dia da edição 2021 do Fórum Internacional de Lideranças da Saúde – FILIS trará dois importantes debates sobre as perspectivas econômicas para o futuro do setor. Após a palestra internacional ministrada por Paul Epner, co-fundador da Society to Improve Diagnosis in Medicine (SIDM), grandes nomes da saúde nacional se reunirão para um debate sobre os impactos da pandemia. O 5º FILIS será realizado dias 13 e 14 de outubro de forma totalmente digital.

Na quarta-feira, dia 13, a partir das 10h15, Epner, que é membro do National Steering Committee for Patient Safety e já se apresentou em todo o mundo, trará sua vasta expertise na busca pela melhoria da medicina diagnóstica sempre focada na segurança do paciente.

Além disso, por também presidir a Coalition to Improve Diagnosis, uma coalizão com mais de 60 sociedades profissionais, sistemas de saúde, organizações de pacientes e entidades focadas na melhoria da qualidade da assistência, contribuirá com percepções amplas sobre como a união de diversos atores de uma cadeia bastante complexa como a da saúde pode auxiliar na transformação e consolidação do setor.

Na sequência, a partir das 10h55, Gonzalo Vecina, médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, moderará o debate “Futuro da Saúde e os impactos econômicos no pós-pandemia”. Participarão, ao lado de Vecina, Julio Aderne, general manager da Abbott no Brasil; Marco Costa, CEO da Americas Serviços Médicos – United Health Group Brasil; Sidney Klajner, presidente do Albert Einstein; e Antonio Fabron Junior, CEO da DB Diagnósticos do Brasil.

A 5ª edição do FILIS será realizada de forma totalmente digital entre 13 e 14 de outubro. As inscrições, que são gratuitas, estão abertas e podem ser feitas AQUI.

Grupo Fleury, 95 anos de excelência e relevância na vida das pessoas

Nos últimos anos tem acelerado seu crescimento na direção de ser um ecossistema de saúde integrada, preventiva e híbrida

6 de outubro de 2021

Com 95 anos, o Grupo Fleury é uma das mais respeitadas organizações de medicina e saúde do Brasil, reconhecida pela comunidade e opinião pública pela sua excelência técnica, médica, em atendimento e gestão.

Nos últimos anos tem acelerado seu crescimento na direção de ser um ecossistema de saúde integrada, preventiva e híbrida, combinando ofertas físicas e digitais. Com esse sistema integrado, tem conseguido cada vez mais apoiar a conduta clínica do médico na busca de soluções que atendam às necessidades de cada paciente, ao mesmo tempo que contribuem para a sustentabilidade do sistema. Além de medicina diagnóstica, tem expandido sua atuação para as etapas de prevenção, atenção primária, secundária e terciária.

Com mais de 12 mil colaboradores e 3 mil médicos, a empresa está presente nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão e Distrito Federal.

A empresa tem se consolidado como uma das maiores referências em melhores práticas sociais, econômicas e ambientais (Environmental, Social and Governance – ESG). Recentemente, foi reconhecida e passou a integrar pela primeira vez o ‘Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI)’, da Bolsa de Valores de Nova York, na carteira DJSI Emerging Markets 2020/2021, sendo a única empresa do setor de Saúde nas Américas a fazer parte do índice.

Comitê de Proteção de Dados lança Guia de Boas Práticas

Documento está disponível para download e busca auxiliar o processo de adequação à LGPD nas empresas de medicina diagnóstica

6 de outubro de 2021

Visando sempre enfatizar a importância de comportamentos éticos, transparentes e vitais para a evolução da sustentabilidade do sistema de saúde, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) acaba de lançar, por meio do Grupo de Trabalho (GT) de Proteção de Dados, o Guia de Boas Práticas em Proteção de Dados para o Setor de Medicina Diagnóstica.

O documento – que está disponível para download AQUI – traz as bases legais para o tratamento de dados sensíveis, apresenta detalhes sobre como atender aos direitos dos titulares, e aborda o compartilhamento de dados de saúde com as operadoras. Além disso, contribui diretamente com a gestão corporativa ao abordar a proteção de dados pessoais no contexto dos recursos humanos e as práticas comerciais em marketing.

“Para garantir a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas devem criar estratégias administrativas, mecanismos jurídicos e tecnológicos e identificar responsabilidades, prevenindo e antecipando riscos. Para apoiar nossos associados e demais empresas do setor no processo de adequação à lei, preparamos esse guia com uma linguagem simples e exemplos práticos. Trata-se de uma ferramenta consultiva para diferentes áreas das corporações”, pontua Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

Devido à relevância do tema, em reunião realizada dia 23 de setembro, Milva Pagano, diretora-executiva da Associação, mencionou o interesse da entidade em transformar o GT de Proteção de Dados em um Comitê permanente na entidade. “Os grupos de trabalho têm ação específica e tempo pré-determinado de atuação. E o GT de Proteção de Dados foi iniciado com essa perspectiva. Porém, agora, a proposta é que ele evolua para um Comitê permanente envolvendo não somente membros dos departamentos jurídicos dos nossos associados, mas profissionais das áreas de tecnologia e segurança da informação. Assim poderemos ampliar as discussões”, disse.

Cibersegurança

A fim de promover conhecimento sobre a criação de um ambiente virtual seguro, a reunião de 23 de setembro contou com a participação de Domingo Montanaro, perito em TI e cofundador da Ventura Enterprise Risk. O especialista apresentou a palestra “Riscos e prevenção no uso de dados no setor de medicina diagnóstica”.

“Precisamos tratar desse assunto que é recorrente e não se refere apenas à segurança do dado em si. Temos acompanhado, na Europa, que as instituições de saúde muitas vezes são as mais atingidas com a interrupção dos serviços e o sequestro de dados”, disse Rogéria Leoni Cruz, diretora jurídica e Data Protection Officer do Hospital Israelita Albert Einstein, ao iniciar a reunião e apresentar Montanaro.

Explicando em detalhes as ameaças do ransomware – software de extorsão utilizado por quadrilhas digitais para sequestrar sistemas e exigir um resgate para a liberação em ataques cada vez mais recorrentes – o especialista fez alguns apontamentos bastante interessantes.

“Tratávamos de dois a três casos de ransomware por ano. Hoje estamos tratando dez ou doze. Essas gangues que executam os ataques estão conseguindo bilhões de dólares em pagamentos e se antes eles apenas interrompiam as operações, hoje conseguem também copiar uma grande massa de dados das corporações”, declarou. 

Algumas empresas, a fim de se precaver desse tipo de incidente, podem dedicar muitos esforços na criação e atualização constante de um backup, mas nem sempre isso é suficiente. O especialista exemplificou com o caso de uma companhia que tinha um backup ideal, porém a restauração poderia demorar 21 dias. “Nesse caso a empresa pagou o resgate não porque não tinha os dados, mas porque não podia aguardar três semanas para retomar sua operação. Então é importante analisar o tempo da restauração do backup”, declarou.

Outro ponto que foi abordado por Montanaro é que atualmente essas quadrilhas não planejam quem vão atacar, ficam escaneando a rede em busca de uma oportunidade. “Cerca de 80% dos casos de ransomware a quadrilha não escolheu o alvo”, pontuou. São tantos ataques nos Estados Unidos gerando bilhões de dólares em pagamentos de resgate que o Tesouro Nacional resolveu se posicionar quanto a essas ações.

O que as empresas precisam fazer para prevenir esses ataques?

O primeiro passo, na opinião do especialista, é reconhecer os erros. “Estamos colocando motores cada vez mais potentes sem melhorar os pneus, a suspensão, o câmbio e sem instalar airbag, extintor e cinto de segurança”, disse. Além disso, é preciso entender que o risco cibernético é intransferível e que a responsabilidade não é apenas das áreas de TI e segurança da informação.

Na sequência, existem algumas perguntas que precisam ser feitas olhando para o ambiente interno:

  • Quem está preocupado com o tema?
  • Quais são os ativos mais importantes da empresa?
  • Quem são os adversários?
  • Quais são as ameaças?
  • Qual a estratégia de combate a ameaças cibernéticas?

E o interessante é que esses questionamentos sejam debatidos junto ao conselho que, inclusive, segundo Montanaro, deve sempre ter pelo menos um membro bastante familiarizado com o assunto. “Além disso, é preciso ter um comitê com uma linha direta ao conselho”, disse.

Em sua apresentação, o especialista mencionou uma palestra de Ronald Sugar, que atuou como presidente do Conselho e CEO da Northrop Grumman até 2010, sobre todo esse cenário de cibersegurança, sugerindo que todas as pessoas que estão inseridas nesses projetos assistissem. Essa palestra está disponível no YouTube e você pode vê-la clicando AQUI.