Em um cenário de transformação constante na Saúde Suplementar e na Medicina Diagnóstica, a tomada de decisões empresariais precisa estar orientada, acima de tudo, pela qualidade assistencial. A eficiência operacional segue como aliada importante, mas é a busca por excelência no cuidado que deve guiar estratégias sustentáveis.
Esse compromisso começa por decisões assertivas em relação à gestão de recursos, à maturidade digital e à adoção de tecnologias com foco em resultados clínicos. A transformação digital – que envolve desde equipamentos mais modernos até soluções de inteligência artificial e big data – deve estar a serviço de diagnósticos mais precoces, menos invasivos e mais confiáveis, com impacto direto na jornada do paciente.
Além disso, uma cultura de dados bem estabelecida pode ainda ser determinante para identificar gargalos nos processos e elevar os padrões de qualidade.
Nesse sentido, é positivo observar o crescimento dos investimentos em inovação na área da Saúde. Segundo a consultoria Future Market Insights, até 2035, globalmente devem ser investidos mais de US$ 351 bilhões em transformação digital no setor, com alta média anual de 14,5%.
No entanto, a tecnologia sozinha não garante qualidade. Ela precisa vir acompanhada de uma estratégia robusta de formação e capacitação profissional, aliando conhecimento técnico, atualização constante e práticas centradas no paciente, tendo como objetivo central, um atendimento mais humanizado, eficaz e preventivo – etapa determinante para a redução dos custos em Saúde, sem perda de padrões técnicos – que aumenta ainda mais o protagonismo da Medicina Diagnóstica para a população.
“Colocar as pessoas no centro da estratégia é essencial para que as decisões de gestão realmente favoreçam a excelência, a segurança e a precisão dos exames. Toda escolha tecnológica precisa vir acompanhada de capacitação — não existe inovação eficaz sem profissionais preparados para transformar essa tecnologia em valor para o cuidado em Saúde”, afirma Lídia Abdalla, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e CEO do Grupo Sabin.
“A digitalização trouxe mais rastreabilidade, agilidade e precisão aos exames, mas ainda temos um enorme potencial a explorar com a integração entre os elos da cadeia de Saúde. Boas decisões empresariais podem impulsionar essa interoperabilidade e fortalecer uma atuação mais cooperativa, reduzindo desperdícios e ampliando o acesso a serviços de qualidade, sempre com o paciente no centro do cuidado”, completa.
Cada escolha feita pelas lideranças impacta diretamente a assertividade diagnóstica e a sustentabilidade e o valor percebido do sistema de Saúde como um todo.
Um exemplo prático é o Grupo Sabin que, com essa mentalidade, implementou uma nova plataforma tecnológica no Núcleo Técnico Operacional em Brasília, que aumentou sua capacidade produtiva em cerca de 20% e reduziu em até duas horas o tempo médio de liberação dos resultados – garantindo mais agilidade sem abrir mão da excelência diagnóstica.
Dessa forma, cabe aos líderes estruturar metas objetivas voltadas tanto para o curto prazo – que são importantes para garantir o funcionamento adequado e eficiente da operação – quanto para um horizonte mais longo, fase essa que demanda uma clara visão de onde se quer chegar, considerando as novas ondas de expansão e evolução do mercado e da sociedade.
“Uma tomada de decisão que mira apenas o curto prazo e o custo direto arrisca o processo de crescimento da empresa, bem como sua sustentabilidade no mercado. Decisões focadas apenas no curto prazo, que afetam o nível do serviço oferecido, impactam não só a sua credibilidade e reputação, mas a do setor inteiro”, reforça Lídia.
O aumento da eficiência e da qualidade é possível para todos que souberem orquestrar projetos que alinham inovação, pessoas e processos que visam o cuidado em primeiro lugar. Ao alinhar decisões estratégicas com esses princípios, líderes empresariais têm o poder de transformar o sistema de Saúde.
Esse papel da governança corporativa e das escolhas de gestão na construção de um setor mais eficiente e qualificado será um dos temas centrais das discussões no Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), promovido pela Abramed em agosto.
Se quiser se aprofundar no assunto, inscreva-se em: https://www.abramed.org.br/filis!