O rompimento da represa

Assinado por Jacob Szejnfeld, do Grupo CURA, artigo aborda aumento de demanda diagnóstica e desafios na flexibilização

3 de setembro de 2020

* Por Jacob Szejnfeld

Já vivemos por seis meses sob as mazelas da pandemia de COVID-19 que afastou os médicos dos consultórios e os pacientes dos atendimentos. Mas o que devemos esperar para as próximas semanas? Estamos começando a assistir ao rompimento de uma represa.

Temerosas com o novo coronavírus e respeitando as imposições de distanciamento social, as pessoas deixaram de cumprir seus cuidados médicos rotineiros. Se afastaram dos hospitais, dos laboratórios e das clínicas de imagem, e adiaram suas queixas de sintomas. A soma da falta de disponibilidade com a falta de coragem da população afetou principalmente o cenário da prevenção. Durante os últimos meses, o tratamento preventivo de doenças não clínicas, ou seja, sem sintomas, e a avaliação de sintomas leves deixaram de ser realizados.

Ao direcionar todo o foco à COVID-19, pudemos constatar um outro problema surgindo: doenças não respeitam calendário, não respeitam mandantes, não respeitam regras. Elas acontecem, e continuam acontecendo. Em maior ou menor grau.

Nesse momento em que a frequência de infecções pelo novo coronavírus vem regredindo somada à flexibilização da quarentena, cenário em que a população começa um processo de retomar situações de normalidade como trabalho, lazer e prática de esportes, precisamos estar ainda mais atentos aos riscos naturais e individuais.

A área de ortopedia, por exemplo, está retornando à ativa depois de meses sem episódios de trauma. O exercício físico é altamente benéfico, mas não deixa de ter suas inconveniências como as lesões musculares. Com o sedentarismo que se impôs sobre o isolamento, as pessoas tiveram enfraquecimentos musculoesqueléticos. Agora, com a retomada, muitas delas voltaram à prática esportiva sem um cuidado adequado, o que pode acarretar traumas mínimos, médios e acentuados. E todos sabemos que essa condição é natural do esporte.

Se tínhamos notado o desaparecimento de pacientes com doenças musculoesqueléticas durante a quarentena, agora vemos que eles retornam às nossas clínicas de imagem.

Paralelamente, temos todas as outras condições que acabaram paralisadas durante os primeiros meses da pandemia e que, agora, também estão recebendo novamente a atenção devida. O paciente diabético volta a exercer sua rotina de cuidados, aqueles que têm riscos cardíacos retomam as pesquisas de suas dores agudas, e as pessoas com possibilidade de lesões tumorais voltam a investigar seus casos.

Então, já havíamos previsto o rompimento dessa represa e o que vemos agora é um aumento da procura de exames rotineiros como o diagnóstico de tumores e de distúrbios metabólicos que não param de surgir mesmo enquanto a COVID-19 se faz presente.

Temos uma reabertura onde situações que provocam dores e suspeitas recebem atendimento. Onde as pessoas começam a se sentir confortáveis em retornar suas rotinas de saúde e se mostram dispostas a frequentar os estabelecimentos. É o momento em que serviços de diagnóstico, tanto laboratórios quanto clínicas de imagem, precisam estar atentos e prontos para receber essas pessoas de forma adequada, criando fluxos distintos para seguirmos controlando a transmissão do novo coronavírus, dando ainda mais atenção aos pacientes dos grupos de risco e mantendo todo o distanciamento possível, tanto no planejamento das agendas e atendimentos, quanto fisicamente dentro das unidades. Esse é o desafio do momento!

* Jacob Szejnfeld é fundador e diretor médico do Grupo CURA Imagem e Diagnóstico

Abramed é destaque no Especial Saúde do Valor Econômico

A Abramed é destaque no Especial Saúde do Valor Econômico. Em matéria sobre as estratégias do mercado de medicina diagnóstica para o segundo semestre de 2020, o veículo destacou dados da associação sobre os impactos da pandemia no setor. Em entrevista, Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, explicou que “considerando os efeitos da covid-19, esperamos que o resultado deste ano consolide uma redução entre 19% e 22,8%, tanto na quantidade de análises quanto na receita proveniente dos planos”.

A executiva também afirmou que somente entre março e julho, a queda mensal na quantidade de autorizações ficou entre 35% e 40%, em média. “Unidades fecharam e pacientes deixaram de comparecer às clínicas para realizar exames”, completou Priscilla.

Leia o especial e saiba mais: http://bit.ly/especial-saúde_valor

Reforma pode aumentar em até 40,4% carga tributária do setor de medicina diagnóstica

Como reflexo, setor perderá a capacidade de investimentos no desenvolvimento de novos métodos de diagnósticos e terá serviços mais caros e menos acessíveis

1º de setembro de 2020

Com a Reforma Tributária tramitando no Congresso Nacional, o setor de saúde reforça sua preocupação com os resultados de uma reforma fiscal que, a princípio, não considera a função social da medicina diagnóstica no conjunto de atividades relacionadas a saúde e bem-estar da população, deixando assim de enxergar as especificidades de segmentos altamente estratégicos e essenciais para a manutenção da sociedade. Estudo elaborado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) elenca alguns cenários que a reforma pode trazer para o atendimento assistencial. O principal deles está em um possível aumento de até 40,4% na carga tributária de laboratórios e clínicas de imagem.

A criação de um imposto único que, no Brasil, seria chamado de CBS, sem considerar alíquotas diferenciadas ou mesmo isenção para setores essenciais como saúde – a exemplo do que fazem países altamente desenvolvidos como Austrália, Áustria e Canadá – pode dificultar ainda mais o acesso da população brasileira ao diagnóstico e inviabilizar o desenvolvimento de novos exames. Vale ressaltar, inclusive, que graças a essa capacidade, um conjunto relevante de laboratórios nacionais conseguiu elaborar testes para detecção da COVID-19 nesse momento de pandemia.

“O sistema tributário brasileiro é, de fato, disfuncional e tem uma complexidade que contribui para a construção de um ambiente de negócios pouco favorável a investimentos e empregabilidade. Precisamos de uma reforma focada na simplificação dos processos com objetivo de reduzir, entre outros entraves, o custo de conformidade. Porém, onerar ainda mais o segmento de saúde inviabilizará a atuação de inúmeras empresas de medicina diagnóstica, que deixarão de existir, especialmente em regiões menos desenvolvidas economicamente”, comenta Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed.

Essa análise de que pode ocorrer aumento de até 40,4% na tributação da saúde foi feita considerando o modelo sugerido pelo Ministério da Economia que unifica o PIS/PASEP e Cofins sob uma alíquota única de 12%. “Ainda que se proponha a adoção de um regime não cumulativo, em que despesas com insumos são compensadas ao longo da cadeia, o setor será penalizado. Nossa maior despesa é folha de pagamento e será inevitável a redução da empregabilidade”, explica Fábio Cunha, diretor do Comitê Jurídico da Abramed.

Hoje, segundo dados do levantamento da Associação, a folha de pagamento representa cerca de 50% das despesas de laboratórios e clínicas de imagem, considerando contratações diretas e indiretas. Nesse sentido, na ausência de uma negociação voltada à neutralidade e inspirada no modelo adotado por grandes países, há a alternativa da desoneração da folha de pagamento, que permitiria a manutenção dos serviços e o investimento em tecnologia e inovação para a garantia do acesso dos brasileiros ao diagnóstico precoce e de qualidade. Porém, essa opção encontra-se a cada dia menos viável, pois demandaria a aprovação de um mecanismo de financiamento como, por exemplo, a CPMF, que encontra forte resistência no Congresso.

Impacto social – Além do impacto direto nas operações das empresas do setor de medicina diagnóstica, a Reforma Tributária não considera a essencialidade de serviços como a saúde e traz um impacto direto no custo assistencial geral, colocando o ônus sobre os cidadãos brasileiros.

Com carga tributária até 40,4% superior à atual, é inevitável que haja repasse de preços para pacientes e operadoras de planos e seguros de saúde. Isso levará a um aumento generalizado do valor dos serviços pagos, tanto por pacientes particulares quanto na precificação das seguradoras, que também serão obrigadas a repassar esses custos aos contratantes, sejam empresas ou famílias.

Como resultado, caso esse cenário se confirme, o mercado de saúde suplementar poderá experimentar uma nova redução do número de beneficiários. Outra consequência é o aumento da demanda sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), que infelizmente não é capaz de atender grande parte da população com equidade.

“Se antes de vivenciarmos a pandemia já nos preocupávamos com a Reforma Tributária aumentando os custos e dificultando o acesso da população ao diagnóstico, nesse momento em que o novo coronavírus também desencadeou uma crise econômica levando milhões ao desemprego, o reflexo será desastroso”, comenta Priscilla. Segundo a executiva, os planos de saúde já perderam milhões de beneficiários nos últimos anos e esse número poderá crescer ainda mais, uma vez que muitos beneficiários e empresas contratantes não suportarão as mensalidades devido à instabilidade financeira pós-pandemia, e a reforma pode fazer com que esses valores se tornem ainda menos suportáveis.

Para Cunha, a somatória dos resultados da COVID-19 à Reforma Tributária levará a um cenário no qual a saúde pública, já sobrecarregada, terá de atender a todos os cidadãos que não puderam permanecer com seus atendimentos e procedimentos arcados pelo sistema suplementar, uma consequência bastante indesejada do ponto de vista de orçamento público. “O setor de medicina diagnóstica no Brasil visa a um alinhamento às melhores práticas internacionais em benefício da população. Assim, é necessário que o Legislativo trabalhe para ajustar a proposta garantindo a sobrevivência desses serviços tão essenciais ao progresso e ao bem-estar dos brasileiros”, finaliza.

Abramed conversa com autor da PEC 45/2019 sobre impactos da Reforma Tributária na Saúde

Webinar promovido pela PwC Brasil possibilitou explanação sobre como a falta de visão sobre a essencialidade da saúde pode prejudicar o paciente final

31 de agosto de 2020

A fim de tratar dos impactos da reforma tributária sobre o setor de saúde, a empresa de consultoria e auditoria PwC Brasil realizou mais uma edição do PwC Debate | Tax, uma série de webcasts que tratam especificamente das mudanças que estão sendo previstas sobre os impostos em território brasileiro. O encontro realizado dia 27 de agosto e apresentado por Romero Tavares e Paula Romano, respectivamente sócio e diretora da consultoria tributária da PwC Brasil, recebeu Fabio Cunha, diretor do comitê jurídico da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed); Kamila Fogolin, diretora jurídica da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp); e Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal e um dos autores da Proposta de Emenda Constitucional, PEC 45/2019, para alteração do sistema tributário nacional.

Antes de iniciar o debate, os executivos da PwC Brasil apresentaram todo o cenário de tributação que está sendo planejado para a Reforma Tributária, considerando como seria a aplicação do imposto com alíquota única sobre o setor de saúde. Após explicação técnica, Tavares mencionou que a pressão eventual sobre os custos dos planos de saúde tende a atingir o paciente final. “Percebemos que o aumento final da carga tributária sobre os serviços privados de saúde pode levar a um efeito que não se observa em setores que não são essenciais que é a eventual redução de cidadãos utilizando a rede privada e mais pacientes dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, declarou.

O impacto direto no SUS, de fato, é uma das grandes preocupações do setor que considera que caso a Reforma Tributária seja aprovada nos moldes em que tramita atualmente no Congresso Nacional, o considerável aumento tanto sobre laboratórios e clínicas de imagem quanto sobre hospitais impreterivelmente acarretará repasses para o beneficiário. E a explicação de Cunha tomou esse caminho.

Ao ganhar a palavra, o executivo trouxe todo um panorama que foi estudado pela Abramed para compreender como seria o comportamento da saúde suplementar diante da reforma. Segundo Cunha, a iniciativa privada é responsável pela realização de 70% de todos os exames do setor no Brasil, principalmente os de alta complexidade. Além disso, é um setor que emprega mais de 2 milhões de pessoas diretamente.

Paralelamente, o diretor comentou que nos últimos seis anos mais de 4 milhões de pessoas deixaram de pagar seus planos de saúde, tendo de recorrer integralmente ao SUS. Com a pandemia de COVID-19, esse cenário tende a se intensificar, visto que somente nos últimos três meses as operadoras de saúde perderam mais de 300 mil vidas.

Mesmo contabilizando de forma conservadora o impacto da Reforma Tributária no setor, Cunha apresentou estudos que consideram uma redução de serviços que pode alcançar a marca de R$ 11 bilhões. Diante de toda essa perspectiva, o executivo reforçou que o setor concorda que investir em uma Reforma Tributária é extremamente importante, que não há interesse de redução da base tributária, mas que a neutralidade se faz necessária para evitar que todos saiam perdendo.

Kamila também se manifestou a favor dessa necessidade. “A gente nem pleiteia a alíquota zero. O que tratamos é a excepcionalidade do setor de saúde, bem como do setor de educação. Principalmente pois com esse repasse a conta final quem paga é o paciente”, disse.

Redução do acesso e desemprego

Ao detalhar os estudos que foram elaborados por entidades do setor de saúde, Cunha apontou todos os inúmeros impactos negativos que estão sendo considerados, a começar pelo aumento do desemprego no país. “Temos 40% do nosso custo na folha de pagamento e, em termos de eficiência tributária, a geração de empregos vai deixar de ser algo bem visto no setor de saúde”, declarou.

Outro ponto apresentado pelo diretor foi a maior dificuldade de acesso que a Reforma Tributária pode desencadear. Appy chegou a afirmar que quem mais consome serviços de saúde é a classe alta, e que o novo formato de tributação seria bastante justo considerando que é mais benéfico para o país cobrar impostos da parcela mais rica da população. Como alternativa, o autor da PEC 45/2019 mencionou a possibilidade de trabalhar a devolução dos impostos às famílias.

Porém essa linha de pensamento é equivocada na visão de Cunha, que trouxe novos números para exemplificar que, nesse caso, a classe média será a mais afetada. “80% dos beneficiários de planos de saúde utilizam planos coletivos, ou seja, serviços que são oferecidos pelas empresas que os contratam. Dessa forma, quem está perdendo o acesso são os trabalhadores. Não é verdade que o gasto com saúde é um gasto do rico, pois todo mundo fica doente e todo mundo precisa de atendimento”, pontuou complementando que a política de devolução também não deve funcionar justamente por serem as empresas que arcam com esses custos.

Além disso, o executivo mostrou que com a classe média deixando de utilizar a saúde suplementar para estrangular ainda mais o SUS, a saúde pública que poderia investir esforços em saúde populacional e epidemiológica, acaba tendo de retomar atendimentos eletivos que antes eram absorvidos pelas instituições privadas.

Exemplo internacional

Na visão de Cunha, se o Brasil quer seguir as melhores experiências internacionais, é preciso utilizar o modelo completo. “De todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aplicam o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), apenas dois não fazem a diferenciação dos setores de saúde e educação: Japão, que não cresce há mais de 20 anos, e Chile”, declarou. Segundo ele, o Canadá – que também tem alíquota diferenciada para a saúde – tentou unificar o imposto e não conseguiu, retrocedendo ao modelo prévio de diferenciação.

Com o argumento de que os especialistas reforçam que o modelo ideal é o que considera uma alíquota única sem qualquer diferenciação, Appy explicou que ao abrir uma alíquota diferenciada para a saúde, por exemplo, abre-se precedentes para que outros serviços como academias e alimentação também se valham dessa justificativa para pleitear redução tributária. Sobre esse ponto, Cunha questionou os motivos que levaram a maioria absoluta dos países que apostam em um imposto único a oferecer diferenciação de alíquotas para setores essenciais como saúde e educação. “Por que as nações tidas como referência não ouviram os experts? Por que o modelo historicamente aplicado de IVA nunca migrou para a alíquota única como sugerem esses especialistas? É melhor na teoria ou é melhor pois foi testado? O ótimo é inimigo do bom e precisamos lidar com essa realidade”, finalizou.

Pandemia de COVID-19 movimenta mercado de biologia molecular

Confira a entrevista com Guilherme Ambar, CEO da Seegene Brazil, sobre as mudanças que vêm ocorrendo na medicina diagnóstica

26 de agosto de 2020

Até que o SARS-CoV-2 chegasse ao Brasil, o país não tinha uma ampla atuação no ramo de biologia molecular, área que estuda o ponto de vista molecular dos organismos e atua, inclusive, com DNA e RNA gerando resultados diagnósticos muito precisos. Porém, com a popularização dos testes RT-PCR para detecção da COVID-19, o tema vem ganhando espaço e a população passa a entender que biologia molecular não está restrita ao diagnóstico de doenças complexas.

Em entrevista exclusiva para a Abramed em Foco, Guilherme Ambar, CEO da Seegene Brazil, marca focada no mercado de diagnóstico in vitro, fala sobre como a crise do novo coronavírus vem promovendo mudanças nesse cenário e sobre como a empresa atua para a popularização dessas técnicas, reconhecidas por sua assertividade.

Com altos investimentos em desenvolvimento de tecnologia em sua sede na Coreia do Sul, a Seegene detém mais de 160 patentes que prometem tornar o diagnóstico molecular mais acessível. No Brasil, está mudando suas instalações de Belo Horizonte (MG) para o interior de São Paulo a fim de melhorar sua cadeia logística. Além disso, promove investimentos diversos para permitir que mais brasileiros possam realizar exames de alta confiabilidade.

Confira a entrevista completa.

Abramed em Foco – Qual é, hoje, o cenário da biologia molecular no Brasil?

Guilherme Ambar – Por aqui, biologia molecular ainda é uma técnica bastante cara, pois nosso país nunca investiu, de fato, nesse segmento. Como a demanda sempre foi pequena, não houve uma redução de custos significativa ao longo do tempo e somente os grandes laboratórios implementavam essa técnica. Antes de estourar a pandemia de COVID-19, apenas poucos laboratórios realizavam esses exames no país. Quando o coronavírus chegou ao Brasil, com a crescente demanda de testes moleculares RT-PCR, que são apontados como o padrão ouro para diagnóstico da infecção, faltou estrutura para a realização de tantos testes simultâneos. E enfrentamos o primeiro grande gargalo. Com base nisso, outros laboratórios passaram a visar a biologia molecular. Neste ano a Seegene Brazil já deu suporte para que oito laboratórios menores investissem em suas próprias estruturas, deixando de terceirizar esses exames.

Abramed em Foco – Podemos nos comparar a outros países?

Guilherme Ambar – É difícil comparar. Somos um continente perto de países da Europa. Analisar de que forma nações como Alemanha, Espanha e Itália lidam com a biologia molecular, e trazer essa percepção para nossa realidade não é simples. Um equipamento que, no exterior, custa 20 mil dólares, por exemplo, aqui no Brasil custa 200 mil reais. Um robô que custa 80 mil dólares, aqui passa de 1 milhão de reais. É uma discrepância muito grande que faz com que fora do nosso país, mesmo um laboratório pequeno tenha condições de investir, já aqui é mais complicado. E isso tudo ocorre por não termos fabricação interna, o que nos torna dependente das importações. Estamos sempre amarrados ao mercado externo.

Isso faz com que a Seegene tenha, na Itália, mais de 200 plataformas espalhadas e, no Brasil, hoje, pouco mais de 20. Com a entrada de novos players no mercado e o fomento do desenvolvimento de produtos nacionais, o mercado brasileiro tem muito a ganhar pois o potencial é imenso.

Abramed em Foco – A pandemia de COVID-19 promoveu mudanças nesse cenário?

Guilherme Ambar – Acreditamos que no período pós-pandemia o diagnóstico molecular vai estar muito mais presente, já que mais laboratórios brasileiros estarão capacitados a realizar esses testes. Além disso, há uma popularização, pois devido ao novo coronavírus e a relevância que o diagnóstico tomou diante da pandemia, todos já sabem e entendem o que é um RT-PCR. E isso acaba incentivando o mercado, visto que a pressão popular ajuda a difundir a técnica.

Abramed em Foco – Havia uma percepção equivocada de que biologia molecular eram exames apenas para doenças mais raras ou complexas?

Guilherme Ambar – Existem diversas aplicações para a biologia molecular e ela não está, de forma alguma, atrelada apenas à alta complexidade. Temos desde painéis oncológicos que medem 328 mutações relacionadas à câncer; até painéis para testes de infecções por vírus respiratórios super comuns como a influenza e a H1N1.

Importante ressaltar que a biologia molecular pode ser utilizada para detecção de inúmeras doenças que hoje são identificadas por tentativa e erro, acelerando o diagnóstico e tornando-o muito mais assertivo. Para um paciente que busca atendimento e tem uma infecção respiratória, por exemplo, temos um painel capaz de identificar 26 vírus do sistema respiratório. Sabendo exatamente qual o agente causador, o tratamento será muito mais eficiente. É garantia de melhor qualidade de vida desse paciente e de maior sustentabilidade para os sistemas de saúde.

Abramed em Foco – Como a pandemia de COVID-19 tem impactado os negócios da Seegene?

Guilherme Ambar – Fomos uma das primeiras empresas a disponibilizar no mercado brasileiro kits para diagnóstico de COVID-19 e a Seegene cresceu muito nos últimos meses. Tanto que devido a esse aumento de operação estamos consolidando nossa mudança de Belo Horizonte (MG) para o interior de São Paulo, pois estar perto do aeroporto de Viracopos, em Campinas, nos dá maior controle logístico. Agora, como sabemos que o Brasil não tem, por prática, utilizar a biologia molecular para o diagnóstico, temos um plano de negócios focado em ganhar esse mercado, oferecendo essa opção mais assertiva.

E nossa ideia é prosseguir com a abordagem que iniciamos na pandemia de intensificar o nosso suporte para que os pequenos laboratórios, descentralizados e que atuam no interior do país, possam ter suas próprias plataformas. Tudo isso aumenta o acesso dos pacientes à biologia molecular e aumenta a demanda para todos.

Além disso, ampliamos nossa gama de produtos e nos próximos dois anos vamos começar a construir uma planta fabril em Sorocaba (SP) para atender tanto ao mercado local quanto à América Latina. Nos tornaremos o ponto focal dos negócios de toda a América Latina.

Abramed em Foco – E como a parceria com a Abramed, que acaba de completar 10 anos no mercado de medicina diagnóstica, contribui com a atuação da Seegene no nosso país?

Guilherme Ambar – A parceria com a Abramed foi crucial. Éramos uma empresa com seis meses de existência lutando para se estabelecer nesse mercado e ter esse contato com a Associação nos aproximou de grandes players do setor. Sem a Abramed, demoraríamos muito mais tempo para conseguir nos firmar.

Além disso, os eventos que a Abramed realiza são excelentes para mostrar à comunidade médica as novidades que estão surgindo. E nosso segmento, de biologia molecular, é muito veloz, tornando difícil para os médicos acompanharem todas as evoluções. Então vemos que para os associados da Abramed essa nossa parceria também é relevante para que eles consigam visualizar o que já está disponível no mercado.

Na pandemia, comunicação e transparência são características fundamentais da gestão positiva de pessoas

Segundo encontro do evento Abramed #DiálogosDigitais tratou das inúmeras mudanças nos recursos humanos durante e após a crise de COVID-19

25 de agosto de 2020

Conversando sobre a gestão de pessoas na retomada das atividades econômicas, o segundo episódio da série #DiálogosDigitais, projeto promovido pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), tratou das mudanças corporativas que foram impulsionadas pela pandemia de COVID-19 e de como essas mudanças impactarão o futuro dos recursos humanos no país.

O debate virtual foi realizado na noite de 24 de agosto e contou com a participação de Lidia Abdalla, CEO do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica; Milva Gois dos Santos Pagano, presidente-executiva da Associação Brasileira dos Profissionais de RH (ABPRH); e Tommaso Montemurno, country manager da Bracco Imaging do Brasil. Desta vez a moderação foi de Daniela Bernardo, membro do Comitê de Recursos Humanos da Abramed e sócia trabalhista da Machado Nunes.

Multinacional italiana, porém com grandes operações nos Estados Unidos e na China, a Bracco trouxe uma experiência muito enriquecedora ao debate por ter vivenciado de perto o começo da pandemia do novo coronavírus. “Foi na China que desenvolvemos nossos protocolos, políticas e abordagens para a crise, que depois foram implementadas nos outros países”, comentou Montemurno. Segundo o executivo, adaptações foram necessárias de acordo com o cenário de cada filial.

No Brasil, por exemplo, Montemurno comentou que o deslocamento dos colaboradores precisou ser modificado. “Tivemos que nos adaptar. Em alguns lugares, a política de RH indicava o uso dos meios de transporte públicos. No Brasil montamos um sistema de transporte particular para evitar que os funcionários ficassem expostos”, declarou.

Falando sobre a experiência do Sabin, que tem 5.400 colaboradores em todo o Brasil, Lidia Abdalla enfatizou como a construção de uma relação de confiança entre a empresa e os funcionários foi fundamental para que a companhia pudesse vencer os inúmeros obstáculos que surgiram em um cenário em que os times estavam inseguros.

“Tomamos um enorme cuidado para que não faltassem equipamentos de proteção individual. E realmente não faltou, em nenhum momento. Mesmo pagando mais caro, conseguimos manter essa aquisição extremamente importante para proteção dos nossos colaboradores”, pontuou. Segundo a executiva, 70% da força de trabalho do Sabin está na linha de frente, no atendimento, o que impossibilita o home office. Aliás, para Lidia, o trabalho remoto não será abraçado em sua integralidade pela rede de laboratórios. A presidente acredita que a integração, o contato próximo entre os pares, e a proximidade criada pelo trabalho presencial são indispensáveis ao crescimento, aprendizado e evolução das equipes.

Essa preocupação da empresa com os colaboradores também fez com que a companhia ampliasse seu serviço de atenção primária. Desde o começo da pandemia, colaboradores e familiares dos colaboradores tiveram acesso 24h, por meio de teleatendimento, a profissionais de saúde para consultas e dúvidas. E esse atendimento foi ampliado à saúde mental, visto que a companhia incluiu psicólogos e terapeutas ocupacionais no rol de serviços prestados ao seu público interno. “O suporte emocional tem sido um dos grandes desafios da crise”, disse Lidia.

Tomar atitudes e promover ações de nada adianta se a comunicação não for eficiente. Para Daniela Bernardo, que moderava o debate, um diálogo transparente é indispensável. “Esse é um momento sem precedentes e precisamos de uma comunicação saudável com os colaboradores. Podemos ter erros e acertos, e a comunicação é que fará a diferença”, disse ao convidar Milva Pagano, da ABPHR, para o diálogo.

A executiva à frente da Associação Brasileira dos Profissionais de RH foi direta ao mencionar que nesses momentos de crise torna-se ainda mais visível a necessidade de as empresas colocarem a preocupação com seu corpo de trabalho acima de todas as outras preocupações. Relembrando que empresas são formadas por pessoas e que os negócios dependem desses profissionais, Milva falou sobre como é importante que haja uma coerência entre os anseios pessoais e corporativos.

“Quando você tem na equipe pessoas com propósito pessoal alinhado com o propósito empresarial, tudo flui melhor. E esse alinhamento só é possível quando há preocupação genuína com o ser humano”, pontuou. A executiva ainda complementou que a comunicação é muito importante, mas que “comunicação sem empatia e sensibilidade não vale de nada”.

Essa empatia também se faz presente quando a empresa consegue olhar para cada funcionário de forma individual, entendendo suas particularidades para auxiliá-lo da melhor forma. “As pessoas lidam de forma diferente com as situações”, disse Milva.

Complementando esse raciocínio, Montemurno mencionou que uma das dicas mais valiosas que recebeu das equipes internacionais da Bracco foi a de entender a situação particular de cada membro da equipe. Segundo o executivo, não pensar na diversidade gera muitos problemas. “Uma parte da nossa força de trabalho, direcionada às vendas, foi uma das mais abaladas. As pessoas estavam acostumadas a ficar o tempo inteiro na rua, visitando clientes, e de repente se viram em casa”, exemplificou. Para atingir todos os públicos, a Bracco desenvolveu treinamentos diversos que abordavam desde as ferramentas para o melhor desempenho do trabalho remoto até aulas comportamentais e cursos com foco no emocional.

Lídia também comentou sobre a necessidade de enxergar colaborador por colaborador. “Temos líderes que se cobram de forma diferente, então criamos ações diferenciadas para cada liderança”, esclareceu.

Quanto à testagem dos colaboradores, a executiva que comanda o Sabin explicou qual foi o protocolo adotado pela empresa: foco no rastreamento. Segundo Lidia, a qualquer sinal de sintomas gripais, o colaborador é imediatamente afastado e testado por meio do RT-PCR, exame de diagnóstico para COVID-19 apontado como padrão ouro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Com o resultado positivo, cerca de cinco dias depois todos os profissionais da área em que o colaborador estava infectado também são testados, mesmo que estejam assintomáticos. “Adotamos esse protocolo que nos dá segurança pois conseguimos controlar a disseminação de casos dentro da empresa”, esclareceu.

Priscilla Franklim Martins, diretora-executiva da Abramed, foi a responsável pela abertura e pelo encerramento do encontro. Na ocasião, trouxe aos participantes uma pergunta enviada por Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da entidade, que estava participando da plateia virtual. Shcolnik questionou os participantes qual a maior dificuldade enfrentada e como ela foi solucionada.

Para Lídia Abdalla, a maior dificuldade foi incorporar a necessidade de tomar decisões muito rapidamente e implementar mudanças de forma ágil, entrave solucionado pela criação de um comitê de crise no início da pandemia; Milva Pagano acredita que a falta de informações sobre o público interno interferiu negativamente na agilidade das medidas por parte das companhias, e que isso só pode ser solucionado com o entendimento sobre o perfil populacional e uma boa gestão da saúde; e Tommaso Montemurno disse que lidar com o desespero inicial pela falta de contato próximo com os clientes foi uma barreira que, no final das contas, foi superada de forma mais simples do que imaginavam, visto que ferramentas tecnológicas possibilitam que mesmo com o isolamento social, o contato com os parceiros fosse próximo.

O segundo episódio do Diálogos Digitais está disponível na íntegra no canal do YouTube da Abramed. Clique AQUI para assistir. A próxima edição está marcada para dia 8 de setembro e falará do cuidado à distância, enfatizando a era da telessaúde. Fique atento às redes sociais da Abramed para se inscrever. Os interessados inscritos ganham três meses de assinatura premium no Canal Meio, tendo acesso diário à um resumo relevante de notícias.

Poder360 destaca números da Abramed sobre o impacto da Reforma Tributária na medicina diagnóstica

O Poder360 publicou, no dia 19 de agosto, matéria sobre os impactos da reforma na carga tributária das empresas de serviços. Segundo o veículo, a carga de impostos vai aumentar para 20% das 8,99 milhões de empresas do setor de serviços com a criação da CBS (Contribuição Sobre Bens e Serviços), proposta pelo governo federal.

O jornal destacou dados do estudo elaborado pela Abramed sobre o impacto da reforma no setor de medicina diagnóstica e para o atendimento assistencial. O principal deles está em um possível aumento de até 40,4% na carga tributária de laboratórios e clínicas de imagem.

Leia a matéria na integra: https://bityli.com/8Vwzr

União da Saúde e Educação por uma Reforma Tributária justa é destaque no Valor Econômico

O Valor Econômico publicou matéria, no dia 20 de agosto, sobre a união entre os setores privados de educação e saúde para tentar barrar o projeto de reforma tributária proposta pelo governo federal. Os setores se juntaram na luta por mudanças fiscais justas e que não inviabilizem a atuação da esfera privada, indispensável para o atendimento da demanda brasileira.

O texto evidencia que ambos os setores pagam hoje 3,65% de PIS e Cofins e, com a mudança, teriam que desembolsar 12% da receita em Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), o novo imposto do governo.

Fabio Cunha, diretor do comitê jurídico da Abramed, foi uma das fontes entrevistadas para a matéria e disse “Os nossos setores são de mão de obra, não podemos importar professores e técnicos de saúde da China como faz a indústria com seus insumos”.

Confira a matéria completa em: https://bit.ly/34m3y8y

Aumento de 40% nos custos de exames: Veja publica dados da Abramed sobre impacto da Reforma Tributária no setor

O jornalista Thomas Traumann publicou na Veja, no dia 19 de agosto, matéria sobre os impactos da proposta da reforma tributária, enviada pelo governo ao Congresso Nacional, nas empresas do setor de serviços. O texto destaca dados de estudo elaborado pela Abramed que prevê aumento de até 40% nos custos de exames, índice que certamente será repassado pelos planos de saúde.

Leia o texto completo: https://bityli.com/f67dd

Papel do diagnóstico na jornada de volta ao trabalho é debatido em evento on-line

Abramed participa de painel virtual Valor em Saúde

13 de agosto de 2020

A saúde corporativa, a questão assistencial, exames de sorologia e análises clínicas e até outras infecções respiratórias (além das causadas pela COVID-19) estiveram entre os assuntos abordados pelos especialistas que participaram da mesa redonda digital “O Papel do Diagnóstico na jornada de volta ao trabalho” tema do Valor em Saúde, evento on-line organizado pela TMJobs na última quarta-feira, dia 12 de agosto.

Moderador do painel, o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Wilson Shcolnik, destacou quão complementares foram as apresentações dos quatro participantes: o médico Marco Antonio Cyrillo, da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia; a infectologista Nancy Bellei, professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp); Leonardo Piovesan, que gerencia o programa de saúde integral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; e o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rodrigo Rodrigues Aguiar.

“Essa pandemia atingiu nosso país e provocou mudanças em toda a sociedade”, afirmou  Shcolnik, que diante da informação divulgada pelo diretor da ANS de que a agência deliberaria, no dia seguinte ao talk show, a incorporação dos exames sorológicos na testagem da COVID-19, questionou os debatedores sobre a eficácia desse tipo de teste independentemente da fase de contaminação ou imunização que cada paciente se encontra.

Marco Antonio Cyrillo lembrou que a COVID-19 é muito nova e que, por enquanto, estão sendo utilizados modelos epidemiológicos que partem de versões anteriores do coronavírus. “É muito importante conhecer epidemiologia, conhecer as medidas realmente eficientes e seguramente diminuir o contágio utilizando medidas não farmacológicas porque os estudos são muito conflitantes. Várias sociedades têm se manifestado, inclusive a Sociedade Brasileira de Infectologia, com relação a tratamentos terapêuticos ou profiláticos que não tem respaldo da literatura e não existam em estudos bem desenhados”, disse ele, que é diretor do hospital IGESP, destacando por conta disso a importância dos testes sorológicos para a diminuição da quantidade de novos casos de Covid-19.

Já a apresentação da infectologista da Unifesp Nancy Bellei abordou justamente os vários tipos de exames aplicados para testar os pacientes, bem como as cargas virais e as fases de contágio, considerando os diferentes sintomas apresentados pelos infectados, e ainda que há pacientes assintomáticos. Ela também explicou sobre vacinação e citou que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, da Inglaterra, já começou a ser testada em profissionais da Unifesp.

Wilson Shcolnik perguntou também a respeito das mudanças demandadas na rotina de trabalho de agências reguladoras e órgãos governamentais, como a ANS, bem como os desafios enfrentados pelos serviços de saúde como o programa de saúde integral do hospital Oswaldo cruz. “Foi preciso cuidar de seus colaboradores, médicos, enfermeiros, auxiliares, uma gama de profissionais que atuam dentro do hospital e também os pacientes que procuram o hospital”, disse ele.

De acordo com Leonardo Piovesan, muitos dos atendimentos do Oswaldo Cruz migraram para a plataforma de telemedicina e foi aplicada testagens em larga escala entres os colaboradores. “Facilitou porque já tínhamos mapeados os colaboradores de grupo risco e também uma plataforma de telemedicina”, disse ele, explicando que o hospital alemão ofereceu um serviço de consultoria empresarial no qual infectologistas fazem o mapeamento de layouts de escritórios, orientam os médicos do trabalhos sobre as testagens para o coronavírus mais adequadas a cada caso e ainda ministram palestras aos colaboradores para evitar o contágio da COVID-19.

Menos de 30 dias antes de deixar a sua posição na ANS, Rodrigo Rodrigues Aguiar, aproveitou a oportunidade, a pedido de Shcolnik, para avaliar o trabalho da agência nos últimos anos. “Mesmo não sendo capaz de responder se temos um setor melhor do que tínhamos há três anos, que tenhamos deixado a semente ai que possa germinar para melhor o setor de saúde suplementar”, afirmou, destacando os projetos de melhoria do modelo de atenção primária, bem como a construção nacional de indicadores de hospitais que ficarão prontos no final de 2020.