Como as decisões empresariais impactam na qualidade e eficiência do Sistema de Saúde?

Em um cenário de transformação constante na Saúde Suplementar e na Medicina Diagnóstica, a tomada de decisões empresariais precisa estar orientada, acima de tudo, pela qualidade assistencial. A eficiência operacional segue como aliada importante, mas é a busca por excelência no cuidado que deve guiar estratégias sustentáveis.

Esse compromisso começa por decisões assertivas em relação à gestão de recursos, à maturidade digital e à adoção de tecnologias com foco em resultados clínicos. A transformação digital – que envolve desde equipamentos mais modernos até soluções de inteligência artificial e big data – deve estar a serviço de diagnósticos mais precoces, menos invasivos e mais confiáveis, com impacto direto na jornada do paciente.

Além disso, uma cultura de dados bem estabelecida pode ainda ser determinante para identificar gargalos nos processos e elevar os padrões de qualidade.

Nesse sentido, é positivo observar o crescimento dos investimentos em inovação na área da Saúde. Segundo a consultoria Future Market Insights, até 2035, globalmente devem ser investidos mais de US$ 351 bilhões em transformação digital no setor, com alta média anual de 14,5%.

No entanto, a tecnologia sozinha não garante qualidade. Ela precisa vir acompanhada de uma estratégia robusta de formação e capacitação profissional, aliando conhecimento técnico, atualização constante e práticas centradas no paciente, tendo como objetivo central, um atendimento mais humanizado, eficaz e preventivo – etapa determinante para a redução dos custos em Saúde, sem perda de padrões técnicos  –  que aumenta ainda mais o protagonismo da Medicina Diagnóstica para a população.

“Colocar as pessoas no centro da estratégia é essencial para que as decisões de gestão realmente favoreçam a excelência, a segurança e a precisão dos exames. Toda escolha tecnológica precisa vir acompanhada de capacitação — não existe inovação eficaz sem profissionais preparados para transformar essa tecnologia em valor para o cuidado em Saúde”, afirma Lídia Abdalla, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e CEO do Grupo Sabin.

“A digitalização trouxe mais rastreabilidade, agilidade e precisão aos exames, mas ainda temos um enorme potencial a explorar com a integração entre os elos da cadeia de Saúde. Boas decisões empresariais podem impulsionar essa interoperabilidade e fortalecer uma atuação mais cooperativa, reduzindo desperdícios e ampliando o acesso a serviços de qualidade, sempre com o paciente no centro do cuidado”, completa.

Cada escolha feita pelas lideranças impacta diretamente a assertividade diagnóstica e a sustentabilidade e o valor percebido do sistema de Saúde como um todo.

Um exemplo prático é o Grupo Sabin que, com essa mentalidade, implementou uma nova plataforma tecnológica no Núcleo Técnico Operacional em Brasília, que aumentou sua capacidade produtiva em cerca de 20% e reduziu em até duas horas o tempo médio de liberação dos resultados  – garantindo mais agilidade sem abrir mão da excelência diagnóstica.

Dessa forma, cabe aos líderes estruturar metas objetivas voltadas tanto para o curto prazo – que são importantes para garantir o funcionamento adequado e eficiente da operação – quanto para um horizonte mais longo, fase essa que demanda uma clara visão de onde se quer chegar, considerando as novas ondas de expansão e evolução do mercado e da sociedade.

“Uma tomada de decisão que mira apenas o curto prazo e o custo direto arrisca o processo de crescimento da empresa, bem como sua sustentabilidade no mercado. Decisões focadas apenas no curto prazo, que afetam o nível do serviço oferecido, impactam não só a sua credibilidade e reputação, mas a do setor inteiro”, reforça Lídia. 

O aumento da eficiência e da qualidade é possível para todos que souberem orquestrar projetos que alinham inovação, pessoas e processos que visam o cuidado em primeiro lugar. Ao alinhar decisões estratégicas com esses princípios, líderes empresariais têm o poder de transformar o sistema de Saúde. 

Esse papel da governança corporativa e das escolhas de gestão na construção de um setor mais eficiente e qualificado será um dos temas centrais das discussões no Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), promovido pela Abramed em agosto. 

Se quiser se aprofundar no assunto, inscreva-se em: https://www.abramed.org.br/filis

Dados indicam alta da gripe e reforçam importância da imunização e testagem precoce

Levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), com base em informações consolidadas por seus associados – responsáveis por mais de 80% do volume de exames realizados na Saúde Suplementar –, aponta um crescimento expressivo na circulação dos vírus Influenza e H1N1 no Brasil nas últimas semanas epidemiológicas.

O cenário acende um alerta para o reforço das medidas preventivas, como a vacinação e a testagem precoce, especialmente entre os grupos prioritários.

Os dados laboratoriais mais recentes mostram que a positividade para H1N1 passou de 5,8%, na semana epidemiológica (SE) 15, para 23,9% na SE 20 (período de 13/04 a 17/05/2025), demonstrando uma escalada contínua. A média móvel da positividade, que considera os resultados das últimas cinco semanas, também apresentou alta: de 5,9% para 15,4% no mesmo intervalo.

A Influenza segue tendência semelhante. A positividade passou de 8,1% na SE 14 (30/03 a 05/04/2025) para 26,3% na SE 23 (02/06 a 07/06/2025). Após um período de estabilidade entre as semanas 19 e 21, os casos voltaram a subir de forma significativa nas semanas seguintes, reforçando a tendência de alta identificada na média móvel desde o final de março.

Esse avanço das infecções respiratórias reforça a importância das campanhas de imunização, sobretudo para idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades, além da adoção de estratégias que favoreçam a detecção precoce e a adoção de medidas clínicas adequadas.

“O aumento da positividade nos testes de H1N1 observado nas últimas semanas exige atenção. A testagem continua sendo uma ferramenta essencial para orientar decisões clínicas e de saúde pública. Além disso, a vacinação contra a gripe deve ser incentivada como estratégia de prevenção, principalmente entre os grupos prioritários”, destaca o Dr. Alex Galoro, patologista clínico e líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed.

Monitoramento integrado e dados estratégicos

Os dados analisados pela Abramed são extraídos da plataforma METRICARE, desenvolvida em parceria com a Controllab, e refletem o compromisso da entidade com o monitoramento contínuo e qualificado de indicadores de saúde. A ferramenta permite acompanhar, em tempo real, o comportamento de diversos agentes infecciosos e apoiar ações públicas e privadas de enfrentamento às epidemias sazonais.

Importante destacar que os exames realizados pelas associadas da Abramed alimentam diretamente a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo com o sistema de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde. Essa articulação é fundamental para compreender a evolução das doenças respiratórias no país e embasar políticas públicas que protejam a população.

Os desafios do envelhecimento populacional já batem à porta do ecossistema de saúde no Brasil

É hora de darmos o próximo passo, rumo a um futuro em que todos nós possamos viver com mais qualidade, autonomia e dignidade

*Por Milva Pagano

Impulsionado por transformações socioculturais e econômicas, o Brasil atravessa uma transição demográfica sem precedentes e, em 2030, de acordo com projeções do IBGE, o País terá um número maior de cidadãos com 60 anos ou mais do que de jovens com até 14 anos. Até 2060, o que se espera é um aprofundamento da curva de inversão da pirâmide etária, com a faixa populacional de idosos representando aproximadamente 30% do total de brasileiros.

O fato é que estamos falando de uma transformação em curso acelerado, cujas implicações alcançam um natural aumento da demanda por serviços médicos, exames e tratamentos de qualidade para o sistema de saúde nacional público e privado. Afinal de contas, não se trata apenas de viver mais, mas de ter acesso a cuidados adequados para que a qualidade de vida caminhe em conjunto com uma população longeva.

Alguns desafios já se impõem enquanto a curva se altera. O envelhecimento está diretamente associado ao aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como hipertensão arterial, diabetes, neoplasias e doenças neurodegenerativas – condições muitas vezes silenciosas e que precisam de acompanhamento médico e o diagnóstico prévio e preciso.

Os dados mais recentes ilustram essa realidade com clareza quando observamos a frequência de exames por habitante, cujo crescimento é exponencial a partir dos 50 anos, atingindo seu ápice nas faixas entre 70 e 79 anos.

Outro indicador que reforça esse cenário envolve o expressivo crescimento no número de exames de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa), que se expandiu 117% entre 2016 e 2023 na saúde suplementar.

É importante salientar que esse crescimento da demanda por exames é somente parte de uma realidade multifacetada. A tendência é que haja uma necessidade cada vez maior por profissionais especializados em geriatria e gerontologia, capazes de lidar com múltiplas comorbidades de forma integrada. Soma-se a isso o aumento na busca por serviços de cuidados de longa duração — como lares para idosos, centros de atendimento diurno e suporte domiciliar.

Outro ponto sensível é a saúde mental. O avanço da idade, aliado a fatores como isolamento social, perdas funcionais e luto, pode levar a um aumento significativo de quadros de depressão, ansiedade e demência – já em 2019, os idosos lideraram o ranking dos mais afetados pela depressão, segundo o IBGE.

Transformação tecnológica na rota da inversão etária. O aumento da demanda pelo acompanhamento da população exigirá mais integração, eficiência e inovação de todo o sistema de saúde, com a evolução tecnológica cumprindo um papel decisivo.

Nesse sentido, foi positivo observar que, em 2023, cerca de 27% dos investimentos realizados pelas principais empresas do setor de medicina diagnóstica foram direcionados à inovação. Houve um crescimento de 54% no número de exames ou laudos acessados digitalmente em relação ao ano anterior — e, na comparação com 2021, o índice dobrou.

Além disso, o crescente uso de inteligência artificial, algoritmos de apoio à decisão clínica, soluções de big data e plataformas digitais já tem sido determinante para que o setor seja capaz de oferecer diagnósticos mais ágeis e precisos, facilitando ainda a integração com os demais elos do ecossistema assistencial.

Finalmente, a tecnologia será fundamental para que o setor de saúde como um todo encontre caminhos para a sustentabilidade financeira – projeções apontam que, até 2060, as despesas assistenciais da saúde suplementar crescerão 28,9% e segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as despesas médias por diária de internação alcançam uma média de R$ 14 mil a partir dos 59 anos (até os 18, a média é R$ 6 mil).

Ou seja: investir na transformação digital, mais do que uma escolha, é uma necessidade, enquanto que a medicina diagnóstica deve ser vista como investimento, pois se coloca como uma ferramenta de prevenção para quadros mais críticos – estudos apontam que o investimento em atenção primária pode reduzir em até R$ 400 milhões os custos do sistema de saúde.

Essa é uma mudança de mentalidade que precisa ser incorporada com urgência no Brasil.

Sim, o envelhecimento populacional é uma realidade, fruto da conquista de uma maior expectativa de vida, que traduz os avanços nos sistemas assistenciais e na própria medicina diagnóstica. É hora de darmos o próximo passo, rumo a um futuro em que todos nós possamos viver com mais qualidade, autonomia e dignidade.

Abramed se torna parceira do Pacto Global no Programa Multiplicadores e reforça compromisso com ESG

Iniciativa é mais um passo – que inclui o alinhamento com metas dos ODS da ONU – para consolidar a Medicina Diagnóstica como agente ativo nessa pauta

A parceria da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) com o Pacto Global – Rede Brasil, por meio do Programa Multiplicadores, reitera o engajamento da entidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas — com foco especial nos ODS 3 (Saúde e Bem-estar) e 17 (Parcerias) — e fortalece a contribuição do setor de Medicina Diagnóstica com os compromissos climáticos que serão discutidos na COP30.

Para Renata Franco, gerente do HUB ODS e do Programa Multiplicadores do Pacto Global, a convergência entre o programa e a COP30 é evidente: “A crise climática exige a ação conjunta de todos os setores, sem deixar ninguém para trás. Um programa como o Multiplicadores dissemina essa importância e permite a troca constante para a união de diferentes players nessa caminhada”.

Renata ainda comenta que essa articulação intersetorial, que agora inclui a Abramed, é essencial para o enfrentamento dos desafios contemporâneos que precisam ser superados em prol do cumprimento dos objetivos da ONU. 

“A parceria da Abramed com o Pacto Global – Rede Brasil, por meio do Programa Multiplicadores, reforça, por exemplo, o compromisso da entidade com a sustentabilidade corporativa do setor da Saúde. As empresas de Medicina Diagnóstica que aderirem à iniciativa poderão usufruir de conhecimento, engajamento e visibilidade a partir das nossas Plataformas de Ação e Movimentos, com metas concretas para alcançar os ODS”, afirma.

A presença do setor diagnóstico no Programa Multiplicadores também é particularmente significativa quando pensamos na importância de que as empresas e principais representantes do segmento se posicionem como protagonistas da transição para uma economia de baixo carbono e de práticas ESG mais maduras.

Por isso, Milva Pagano, Diretora Executiva da Abramed, celebra a entrada da Associação no Programa Multiplicadores e dá destaque ao potencial da iniciativa.

“Como parceiros do Pacto Global, reafirmamos nosso compromisso com a sustentabilidade – tanto corporativa quanto ambiental – e com os valores que devem orientar o presente e o futuro da Medicina Diagnóstica visando mais inclusão e o enfrentamento dos desafios impostos pela crise climática. Nosso objetivo é não apenas engajar os associados, mas posicionar o setor como referência na incorporação de práticas ESG que podem nortear a rota para um modelo mais sustentável, ético, integrado e inclusivo de saúde”, afirma Pagano.

É fundamental observar que, para o enfrentamento da crise climática, não se trata apenas de reduzir emissões ou mitigar danos para diminuir o aquecimento global, mas de reconhecer que os efeitos das mudanças no meio ambiente já estão refletindo na saúde coletiva.

De acordo com Milva, a Medicina Diagnóstica ocupa lugar central nessa resposta quando consideramos, por exemplo, o aumento de enfermidades relacionadas às condições climáticas e o impacto em doenças respiratórias que aumentam a demanda por exames e por uma perspectiva de cuidados preventivos.

Outro destaque da participação da Abramed no Programa Multiplicadores é a conexão  com o ODS 3 – que assume como diretriz a garantia ao acesso à saúde de qualidade e à promoção do bem-estar para todos, em todas as idades – dialoga diretamente com os esforços da Associação para integrar o ecossistema de Medicina Diagnóstica e Saúde Suplementar e construir parcerias entre os Sistemas Público e Privado de Saúde, visando ampliar o acesso da população a exames e avançar em diagnósticos cada vez mais precisos e ágeis.

Além disso, a parceria com o Pacto Global amplia o acesso da Abramed e de seus associados a boas práticas internacionais, capacitações e conteúdos técnicos alinhados a compromissos globais. Esses insumos fortalecem a criação de ações concretas que podem posicionar a Medicina Diagnóstica como uma liderança no movimento por um setor de Saúde mais resiliente, ético e comprometido com a agenda ESG — um caminho essencial para a construção de um futuro mais sustentável e equitativo.

Abramed passa a integrar CAMSS e fortalece representação da Medicina Diagnóstica na Saúde Suplementar

Associação participou da 118ª reunião da Câmara vinculada à ANS, que debateu temas relevantes como o sandbox regulatório para consultas eletivas e exames

A participação da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) na 118ª Reunião Ordinária da CAMSS (Câmara de Saúde Suplementar), realizada em 6 de maio, marca um avanço importante na representatividade do setor diagnóstico nas instâncias deliberativas e consultivas da Saúde Suplementar. O ingresso da entidade nesse espaço reconhecidamente estratégico reforça seu papel como interlocutora central na construção de diretrizes mais equilibradas, sustentáveis e integradas às políticas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Criada pela ANS, a CAMSS é um órgão consultivo permanente que institucionaliza a participação social no processo regulatório. Composta por entidades de grande relevância, confederações, conselhos de classe e representantes sindicais, a Câmara tem entre seus objetivos o acompanhamento contínuo da formulação de políticas no âmbito da Saúde Suplementar, a melhoria das relações entre os diferentes atores do setor e a contribuição para o aprimoramento de um mercado que, segundo dados da 6ª edição do Painel Abramed, atende mais de 50 milhões de brasileiros.

Ao integrar a CAMSS, a Abramed fortalece a presença da Medicina Diagnóstica nos debates regulatórios desde sua origem, contribuindo com evidências, visão técnica e a experiência de seus associados.

“Essa representatividade amplia nossa capacidade de colaborar na construção de políticas que atendam às necessidades da sociedade e garantam a sustentabilidade do sistema de Saúde Suplementar. Dessa forma, podemos também estudar possibilidades e definir ações que promovam maior acesso a exames de qualidade, com uma visão integrada de todo o ecossistema de Saúde do país”, afirma Milva Pagano, diretora executiva da Abramed.

Durante a reunião, foram apresentados temas de alta relevância regulatória que impactam, direta ou indiretamente, o segmento de Medicina Diagnóstica. Entre os destaques esteve a Consulta Pública nº 151, que trata da proposta de Resolução Normativa sobre o funcionamento do ambiente regulatório experimental – o chamado sandbox regulatório –, com foco na estruturação de um produto com cobertura para consultas eletivas e exames. O objetivo é ampliar e simplificar o acesso da população aos Planos de Saúde, diversificando a oferta e ampliando o alcance desses produtos em todo o país.

Também foi debatida a Consulta Pública nº 149, sobre a criação da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (COSAÚDE). A Abramed considera esse processo essencial, já que a definição dos procedimentos cobertos pelos planos impacta diretamente a oferta de serviços laboratoriais e de imagem.

Outro ponto relevante para o setor foi a Audiência Pública nº 53, que avaliou propostas de incorporação de novas tecnologias para o acompanhamento de pacientes — como nos casos de câncer de pulmão e rinossinusite crônica grave — ao Rol da Saúde Suplementar. A Abramed tem reforçado, em diferentes fóruns, a importância de que os avanços científicos que melhoram o prognóstico dos pacientes sejam considerados nas análises regulatórias.

A reunião ainda abordou temas como a Agenda Regulatória da ANS para o triênio 2023-2025, as ações da Diretoria de Fiscalização para 2024 e as listas de coberturas dos Planos de Saúde (Consulta Pública nº 146) — pautas centrais para o equilíbrio entre acesso, qualidade e sustentabilidade da Saúde Suplementar e da Medicina Diagnóstica.

Para Milva Pagano, o ingresso da Abramed na CAMSS não apenas assegura acesso a esse fórum estratégico, mas reforça a posição da entidade como parceira técnica da ANS na construção de uma regulação mais sensível às especificidades dos serviços diagnósticos. “Nosso setor tem um papel central na jornada de atenção ao paciente. Participar da CAMSS é um reconhecimento e uma honra que insere o ecossistema da Medicina Diagnóstica em um espaço de diálogo decisivo para os rumos da regulação no país, consolidando nosso protagonismo nas transformações que podem beneficiar milhões de brasileiros”, conclui.

Na JPR, Abramed debate inteligência artificial e o papel da tecnologia para a sustentabilidade do diagnóstico por imagem

Na 55ª edição da Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2025), realizada de 01 a 04 de maio, no Transamerica Expo Center (SP), a Abramed marcou presença com uma programação exclusiva que discutiu o futuro da Saúde e os desafios, boas práticas e os caminhos para a sustentabilidade no diagnóstico por imagem no Brasil.

Para iniciar essa reflexão ampla sobre os avanços da Medicina Diagnóstica em meio à corrida tecnológica e a necessidade de integração entre os diferentes elos do setor para a consolidação de práticas positivas e sustentáveis, Milva Pagano, Diretora Executiva da Abramed, destacou o papel da entidade como promotora do diálogo no mercado.

“Nossa missão é consolidar valores na Medicina Diagnóstica, atuando de maneira objetiva, com união e imparcialidade em todos os assuntos referentes à Saúde Suplementar no Brasil. Para tanto, investimos e trabalhamos com foco em inovação, conhecimento, representatividade setorial, gestão profissionalizada, em favor do benchmarking, do aprimoramento contínuo, da governança e do compliance”, apontou Milva.

Bruno Porto, sócio na PwC Brasil e Líder do Setor de Saúde, apresentou a palestra “O Futuro da Saúde e a Inovação Tecnológica”, com base em pesquisa global da PwC que apontou que 47% dos CEOs de saúde acreditam que suas organizações não sobreviverão à próxima década sem mudanças estruturais. Ele destacou a importância de novos modelos de precificação, combate à fraude e uso estratégico da inteligência artificial (IA), especialmente no campo da IA generativa.

“A adoção de novos modelos de precificação e a busca por parcerias que complementam os esforços de transformação tecnológica são pontos fundamentais em um momento de disrupção do mercado. Além disso, questões cruciais como o combate à fraude também devem ser abordadas para fortalecer a sustentabilidade do setor de Saúde”, explicou o sócio e líder do setor de saúde da PwC. 

Nesse contexto, a inteligência artificial – especialmente no campo da IA Generativa – foi apontada como o principal vetor de transição para as operações de Saúde, inclusive na Medicina Diagnóstica, com 58% dos CEOs relatando que a IAGen já trouxe ganhos de eficiência no tempo dos funcionários, enquanto 35% apontaram aumento de receita e outros 32% de lucratividade.

“As organizações de Saúde que se destacaram nos próximos anos serão aquelas capazes de agir rapidamente para entender como os avanços tecnológicos, as demandas por acessibilidade, sustentabilidade e a evolução das expectativas dos pacientes impactarão nas suas operações”, disse Bruno Porto.

Em seguida, o debate “Diagnóstico por Imagem: Boas práticas, Desafios e Sustentabilidade no Cenário Atual” contou com a participação de: Edgar Rizzatti, Presidente da unidade de negócios do Grupo Fleury; Fernando Paiva, Diretor executivo do Ultra-X; Marcelo Abreu, Head de Radiologia do Grupo SIR e Hospital Mãe de Deus; Cesar Nomura, Presidente do Conselho de Administração da Abramed e Diretor de Medicina Diagnóstico do Hospital Sírio Libanês; e Marcos Queiroz, Diretor de Medicina Diagnóstica do Hospital Israelita Albert Einstein, que conduziu o bate-papo.

O debate aprofundou esse novo ambiente de transformações e desafios aplicados à prática cotidiana da radiologia. Marcos Queiroz (Hospital Albert Einstein), reforçou a importância do diálogo para a promoção de melhores práticas dentro de um cenário de mudanças.

“A prática isolada do consultório em radiologia não existe mais. Somos, todos, parte de empresas. E a Abramed é o espaço onde o setor se organiza, discute, influencia políticas públicas e promove as melhores práticas”, disse Queiroz.

Em diálogo com a apresentação de Bruno Porto, Edgar Rizzatti (Grupo Fleury), pontuou que a inteligência artificial já oferece ganhos expressivos de eficiência e qualidade, inclusive sem investimento em novos equipamentos.

“Temos algoritmos que reduzem em até 70% o tempo de realização de exames, com melhora de qualidade. Nesse sentido, há um ganho claro que se traduz em ganho clínico, operacional e econômico. Por isso, quando pensamos em integração entre tecnologia e sustentabilidade financeira, é fundamental entendermos a inovação como uma alavanca de valor que traz retornos objetivos, não como despesa”, disse Rezende, acrescentando ainda a redução do retrabalho, o uso sustentável de recursos e a gestão inteligente de equipamentos como vantagens concretas do uso da IA na Medicina Diagnóstica.

Marcelo Abreu (SIR/Hospital Mãe de Deus) alertou para os riscos de um avanço desregulado da tecnologia, destacando que muitas soluções comercializadas não passam por validação clínica robusta, ressaltando também a importância da regulação sobre o desenvolvimento da IA.

“Há muitas inteligências sendo vendidas e é fundamental que não se perca o controle sobre o que é ofertado como inovação. Nesse sentido, a parte médica precisa ser observada nesse processo. Não há sustentabilidade sem regulação e, antes de tudo, não podemos perder o olhar para o cuidado sobre o paciente”, afirmou.

Fernando Paiva (Ultra-X) ressaltou que, para que esses desafios sejam superados, a jornada da inovação na radiologia passa pela centralidade nas pessoas. Segundo ele, por exemplo, a cultura organizacional e o empoderamento dos times são determinantes para o sucesso na adoção tecnológica.

“Inovação só se concretiza quando passa pelas pessoas. São elas que desenvolvem, validam e executam as soluções”, afirmou. Fernando compartilhou a experiência da Ultra X no uso de telecomando para operar equipamentos remotamente e de um modelo de gestão com monitoramento em tempo real das operações, o que, em sua visão, fortalece a governança e a qualidade assistencial.

Fechando o painel, Cesar Nomura, presidente do Conselho de Administração da Abramed, trouxe uma perspectiva ampla do setor de Saúde.

Para ele, a sustentabilidade da Saúde – tanto pública quanto privada – está intrinsecamente ligada ao ganho de produtividade, e isso passa, inevitavelmente, pela tecnologia.

“Ganhos de escala na transformação tecnológica e, consequentemente, de produtividade são indispensáveis. E isso só será possível com a incorporação estratégica de IA”, afirmou. Sobre regulação, Nomura defendeu a autorregulação responsável como caminho mais viável do que uma supervisão estatal centralizada. “Não podemos depender da Anvisa para validar cada algoritmo. A regulação precisa ser crítica, mas realista. A sustentabilidade do ecossistema de Saúde como um todo depende disso”, completou.

Especial Hospitalar: Liderança Colaborativa e Visão Sistêmica para Transformar a Saúde

No último dia da Hospitalar 2025, Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), participou do painel “Transformação Coletiva: Como Lideranças Estão Redesenhando a Saúde”, realizado na arena HIS + Sustentabilidade.

O debate foi conduzido por Larissa Eloi, CEO do SindHosp (Sindicato Patronal do setor privado da saúde em São Paulo), e reuniu lideranças femininas de diferentes instituições para discutir os caminhos possíveis — e necessários — para um setor de Saúde mais integrado, humano e sustentável.

Milva iniciou sua fala destacando a potência simbólica de um painel composto exclusivamente por mulheres em posições de liderança. “É raro termos uma mesa exclusivamente feminina, especialmente quando se trata de lideranças do setor. Estar aqui com outras mulheres debatendo pautas tão importantes é uma honra e um sinal de transformação”, afirmou.

E reforçou a importância de conectar os elos do sistema de Saúde, ainda extremamente fragmentado, e de colocar o paciente no centro da jornada de cuidado. “Falar em transformação coletiva exige lideranças colaborativas, capazes de integrar visões, respeitar divergências e buscar convergências que beneficiem toda a cadeia”, destacou. Para Milva, a interoperabilidade é um dos maiores desafios e, ao mesmo tempo, uma das principais alavancas para alcançar esse novo modelo.

Vanessa Silva, presidente da ANBIOTEC, falou da importância de pensar o setor a partir de uma lógica coletiva e de longo prazo. “Faltam líderes com visão sistêmica. O Brasil sofre com a ausência de planejamento estruturado, e a saúde sente isso de forma ainda mais crítica. Precisamos deixar de lado a visão segmentada e construir alianças que transcendam gestões”, afirmou. Ela ressaltou que a biotecnologia tem alto impacto social, mas só cumpre seu papel quando há acesso real às inovações.

Já Nathalia Nunes, CEO do CBEXs (Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde), defendeu que o momento atual exige líderes com propósito, coragem e flexibilidade cognitiva. “Não basta seguir protocolos de forma automática. É preciso compreender o contexto do paciente, suas barreiras sociais, culturais e econômicas. A liderança precisa ser empática, colaborativa e orientada à pertinência”, disse. Ela também enfatizou que a transformação do sistema de Saúde só será possível com mais diálogo, conexão entre as instituições e um esforço consciente para reduzir a fragmentação.

Ao comentar o papel da inovação, Milva lembrou que ela precisa caminhar lado a lado com a segurança, a qualidade e o compromisso com o acesso. “Não pode ser ou qualidade ou acesso. Tem que ser qualidade e acesso. E nós, enquanto lideranças, temos a responsabilidade de não permitir que a população receba só um ou outro”, pontuou. Segundo ela, cerca de 70% das decisões médicas têm como base os exames — o que reforça o papel central da Medicina Diagnóstica na jornada do cuidado.

Ao encerrar sua participação, Milva enfatizou que alianças verdadeiras só existem quando há escuta, confiança e disposição para ceder. “Cada um vai defender sua pauta, e isso faz parte. Mas aliança é também reconhecer onde há convergência e buscar o bem coletivo. Quando um elo se fortalece às custas do outro, todos perdem. Nossa missão é garantir que todos ganhem”, concluiu.

Especial Hospitalar: Desafios e Oportunidades para a Implementação de Novas Tecnologias Diagnósticas

O último painel do Summit Abramed discutiu os caminhos e obstáculos que permeiam a adoção de novas tecnologias no setor de Medicina Diagnóstica.

A moderação foi conduzida por Cristovão Mangueira, diretor de medicina laboratorial do Hospital Israelita Albert Einstein, que começou com uma pergunta simples, mas crucial: “por que inovar?”.

Cristovam Scapulatempo, diretor médico de genética e patologia da Dasa, destacou que a inovação precisa ter propósito e foco no paciente. “Se olharmos para os últimos dez anos e tudo o que foi implementado, especialmente, fica claro o quanto a inovação foi decisiva para oferecer novas perspectivas de tratamento e segurança ao paciente.” Ele reforçou que a maior parte das inovações realizadas hoje é incremental, buscando melhorar processos, reduzir custos e ampliar o acesso sem comprometer a qualidade.

A visão foi compartilhada por Rafael Jácomo, diretor técnico do Grupo Sabin, que trouxe à tona o desafio da padronização da inovação em um país continental. “Inovar em São Paulo ou Brasília não é o mesmo que inovar em Gurupi ou Tangará da Serra. Um dos maiores desafios é garantir que essas novas soluções cheguem à ponta com efetividade – e, acima de tudo, sejam compreendidas e utilizadas por quem está lá”.

Ele também defendeu uma mudança de mentalidade: mais do que separar análises clínicas, imagem e anatomia patológica, é preciso encarar o diagnóstico de forma integrada e centrada no paciente.

Guilherme Ambar, da Seegene, acrescentou a importância de tornar as tecnologias mais acessíveis e escaláveis. Segundo ele, a inovação, para ser sustentável, precisa estar apoiada em pilares como educação médica, redução de custos e interoperabilidade.

“Investimos em tecnologias PCR que funcionam em máquinas menores, ocupam menos espaço e podem ser operadas em locais com infraestrutura limitada, porque sabemos que o desafio no Brasil é fazer a tecnologia chegar aonde ela é mais necessária”, afirmou Ambar.

O debate abordou ainda os dilemas da inteligência artificial na prática diagnóstica. Scapulatempo explicou que, embora haja avanços significativos, especialmente no apoio à decisão e controle de qualidade, o custo computacional ainda é uma barreira.

“Infelizmente, você não vê nenhuma empresa de inteligência artificial de patologia crescendo rapidamente como a gente vê em outras áreas, por causa do custo ainda muito alto. Hoje, a gente lida com um exame barato e que é caro para guardar. E você precisa guardar essas imagens para desenvolver o algoritmo. Não é todo laboratório que consegue arcar com isso.”

Ao final, os participantes foram unânimes ao afirmar que a inovação não deve aprofundar desigualdades, mas ajudar a reduzi-las. Tecnologias como o sequenciamento genético, antes restritas a poucos, já começam a se tornar mais acessíveis graças ao ganho de escala e à evolução da indústria.

Nesse contexto, a transformação tecnológica precisa ser acompanhada por estratégias que priorizem a organização e o uso inteligente dos dados, para que a adoção de novas ferramentas se traduza em impacto real na saúde da população.

A mensagem final foi clara: restringir a inovação por não ser, a princípio, universal é limitar o progresso. O desafio está em construir pontes entre avanço e equidade, garantindo que o setor privado também atue como vetor de democratização, ampliando o alcance de soluções que, hoje, salvam vidas e promovem qualidade de vida em larga escala.

Especial Hospitalar: Biologia molecular e a revolução na detecção precoce

A palestra de Guilherme Ambar, CEO da Seegene Brazil, durante o Summit Abramed na Hospitalar 2025, trouxe uma análise aprofundada sobre o impacto da biologia molecular na revolução do diagnóstico precoce. Com técnicas como o PCR em tempo real e o sequenciamento de nova geração, exames laboratoriais ganham agilidade, precisão e capacidade de detectar doenças antes mesmo do aparecimento dos sintomas — o que tem efeito direto sobre desfechos clínicos, custos do tratamento e qualidade de vida dos pacientes.

Segundo Guilherme, estudos recentes demonstram que exames moleculares podem reduzir em até 85% o tempo de internação hospitalar e gerar economias significativas em tratamentos, especialmente no caso de doenças oncológicas, infecciosas e genéticas.

“Estamos falando de tecnologias que já têm mais de 30 anos de aplicação, mas que hoje precisam ser ampliadas em termos de acesso e aplicadas com mais estratégia dentro da jornada do paciente”, reforçou.

Durante a apresentação, ele mostrou evidências concretas do impacto positivo dessas tecnologias em pacientes com câncer, recém-nascidos com doenças raras e infecções congênitas, além de exemplos sobre o uso de ferramentas moleculares durante a pandemia de Covid-19. “A biologia molecular não apenas melhora o diagnóstico, como também reduz custos ao longo da jornada. Mesmo com um custo inicial mais alto, ela evita terapias equivocadas, reduz internações e melhora o prognóstico”, destacou.

O palestrante também alertou para a necessidade de superar barreiras de custo e ampliar a incorporação desses exames na Saúde Pública e Suplementar. “O próximo passo é democratizar o acesso, treinar profissionais e fomentar políticas públicas que reconheçam o valor dessas tecnologias na atenção primária e na gestão de saúde populacional”, concluiu.

Especial Hospitalar: Summit Abramed debate diagnóstico como ponto de partida para a gestão da Saúde

A abertura institucional do Summit Abramed foi realizada pela diretora-executiva da Associação, Milva Pagano, que também moderou o primeiro painel do evento. Com o tema “A Importância do Diagnóstico na Gestão da Saúde”, o debate contou com o presidente do Conselho de Administração da entidade, Cesar Nomura, Paula Campoy, presidente da ASAP – Aliança para Saúde Populacional, Gustavo Campana, diretor médico no DB Diagnósticos e Ademar Paes Júnior, membro do Conselho de Administração da Abramed.

Milva reforçou a necessidade de “desfragmentar o olhar sobre o diagnóstico”, destacando que ele deve ser entendido como um elemento estruturante da jornada de cuidado. Também alertou para o desafio que o setor enfrenta para mensurar desfechos clínicos com base em dados integrados que demonstrem o valor da Medicina Diagnóstica para o sistema de Saúde.

Cesar Nomura deu continuidade destacando que a sustentabilidade e qualidade da Medicina Diagnóstica estão diretamente associadas à inovação e automação. “O que nos trouxe até aqui foi inovação, e é ela que continuará nos levando adiante. Nossa responsabilidade é seguir investindo em tecnologia e qualidade para mantermos o protagonismo da Medicina Diagnóstica na sustentabilidade do sistema de Saúde”, defendeu. Para Nomura, o papel das associações é essencial para promover equilíbrio entre os diferentes interesses da cadeia e construir soluções integradas para o setor.

Na mesma linha, Gustavo Campana ressaltou o potencial estratégico dos dados gerados pelos exames laboratoriais e de imagem. “Precisamos sair do modelo fragmentado e desestruturado. A Medicina Diagnóstica pode ser o eixo de um sistema mais coordenado, com base em dados objetivos que nos permitam influenciar os desfechos clínicos e financeiros”, afirmou. Para ele, tecnologias como Inteligência Artificial só trarão impacto real se apoiadas em estruturas de big data, interoperabilidade e indicadores bem definidos.

Por outro lado, Ademar Paes Júnior trouxe uma provocação contundente: embora os exames representem cerca de 17% a 18% do custo assistencial das operadoras, seus dados ainda são pouco usados para definir estratégias populacionais e precificar Planos de Saúde. “Temos dados estruturados e de alto valor, mas seguimos guardando tudo a sete chaves, sem transformar isso em inteligência para melhorar a performance do sistema”, alertou.

Ele defendeu que os laboratórios assumam uma postura mais ativa, criando áreas de dados capazes de transformar informações clínicas em ferramentas para decisões mais precisas, contratos mais equilibrados e políticas de Saúde mais efetivas.

Encerrando o painel, Paula Campoy, presidente da ASAP, reforçou que diagnóstico é antecipação, “é entender o risco da população, personalizar o cuidado e garantir que o paciente seja o centro. Precisamos resgatar o propósito da Saúde no país — cuidar das pessoas — e o diagnóstico é a porta de entrada”.

Paula também fez críticas à visão de curto prazo nas decisões assistenciais e lembrou que exames normais também têm valor, pois evitam procedimentos desnecessários. “Não é quanto custa fazer, é quanto custa não fazer”, sintetizou.