Projeto de Lei visa criar Dia Nacional do Laboratório Clínico

Ementa sugere a data de 14 de junho para homenagear o setor

24 de fevereiro de 2021

O Projeto de Lei nº 122/2021, apresentado em 3 de fevereiro de 2020 pelo deputado Luiz Antonio Teixeira Júnior (PP/RJ), visa instituir o dia 14 de junho como o Dia Nacional do Laboratório Clínico. A data foi escolhida por marcar o nascimento de Karl Landsteiner, médico e cientista austríaco que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1930 por sua descoberta dos grupos sanguíneos humanos, um dos exames laboratoriais mais realizados no mundo.

Tramitando na Câmara dos Deputados, a proposta reforça a relevância do laboratório clínico na assistência à saúde, contribuindo decisivamente para melhorar a qualidade de vida populacional. Inclusive, importante frisar que até 70% das decisões médicas se baseiam em exames laboratoriais.

“As pessoas recorrem aos Laboratórios Clínicos em diferentes momentos de suas vidas e neles colocam esperanças e expectativas de alegrias ou até mesmo de seus sonhos ou partes dele; isso pode ser visto quando da realização de exames para fins do diagnóstico da gravidez ou para estudo das doenças genéticas. Situações críticas de saúde ou de risco elevado de comprometimento ou mesmo de perda da vida, também recorrem aos recursos disponíveis nos Laboratórios Clínicos e a mais recente delas é a pandemia que está presente em todo país, para a qual os exames laboratoriais passaram de serem úteis para serem essenciais”, diz trecho da defesa.

O projeto de lei segue aguardando despacho do Presidente da Câmara dos Deputados. Clique AQUI para ler o texto na íntegra.

Compliance antidiscriminatório é o caminho para a diversidade nas organizações

Empresas devem instituir programas para combater discriminação e melhorar governança corporativa

9 de fevereiro de 2021

Cada vez mais as organizações têm compreendido a importância de se ter uma governança corporativa que, dentre outras funções, busca a estabilidadee a manutenção do valor de mercado das instituições, projetando-as para o futuro para além das pessoas que as administram.

Neste sentido, os conceitos de inclusão e diversidade estão ainda mais valorizados no ambiente corporativo. Por isso, é fundamental que as empresas desenvolvam processos técnicos e de gestão de riscos para diagnosticar os conflitos relacionados à diversidade racial, de gênero, de etnia, de orientação sexual, dentre outros.

“A ação discriminatória tem como efeito principal acabar com a desigualdade de oportunidade ou de tratamento, que traz grandes danos, tanto emocionais quanto financeiros, a quem sofre esse tratamento injusto e problemas para a cultura corporativa e lucratividade da empresa”, explica Walquiria Favero, superintendente jurídica e Compliance da Dasa e membro do Comitê de Governança, Ética e Compliance (GEC) da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

A organização deve, segundo a especialista, seguir a legislação antidiscriminatória para transformar sua cultura institucional e, dessa forma, identificar as discriminações diretas (caracterizada quando o indivíduo é tratado de forma menos favorável devido sua etnia, raça, posição política, idade, religião, gênero, entre outros aspectos) e indiretas (ato discriminatório feito de uma forma menos explícita, por exemplo, quando uma norma, critério ou prática que deveria ser neutra coloca pessoas em situação de desvantagem em comparação aos outros), as maneiras como os processos mentais, o favoritismo de determinados grupos e preferências culturais afetam a operação cotidiana da empresa por meio do comportamento de seus funcionários.

É por esse motivo que as políticas corporativas devem estar pautadas em claros parâmetros éticos para que elas possam atingir os objetivos presentes na Constituição Federal. “A promoção de medidas de diversidade permite que elas ampliem a capacidade de solução de problemas ao garantir, por exemplo, que a produção de seus produtos e serviços reflita os interesses de diversos setores da sociedade”, esclarece Walquiria.

O direito à não discriminação previsto na Carta Magna determina a missão de garantir a todos a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito.

A elaboração de um compliance antidiscriminatório é importante e necessário para garantir o bom convívio, respeito à diversidade e segurança dentro de uma instituição pública ou privada.

Esse programa deve implementar novas normas, controles e processos de governança corporativa para identificar, prevenir e acabar com possíveis situações discriminatórias, que incluem tratamentos desfavoráveis ou incoerentes devido à cor, raça, etnia, gênero, orientação sexual, visão política, classe social, deficiência física, entre outras diversas razões incabíveis.

Tendo em mente que o compliance tem relação com a conduta da empresa e sua adequação às normas dos órgãos de regulamentação, vale a pena observar, de acordo com a superintendente da Dasa, que a mudança dessas diretrizes deve considerar também esse viés, entendendo que de nada adianta uma organização adotar um discurso antirracismo ou politicamente a favor da diversidade, se na rotina do local existem atos discriminatórios contra os próprios colaboradores, clientes, parceiros ou qualquer outro tipo de relacionamento da empresa. “Para mudar, é preciso incluir boas práticas de gestão”, reforça Walquiria.

Dentre essas ações estão: o Canal de Denúncias – ferramenta que recebe e encaminha notificações de denúncias sobre qualquer tipo de má conduta (assédio moral, sexual, racismo, entre outras); Código de Conduta Ética – documento que contém as normas e os princípios da empresa para que todos os colaboradores o sigam, incluindo tópicos que pregam a não tolerância à discriminação; e, por último, a checagem de terceiros (ou background check) – prática capaz de prever o mau comportamento por parte de um colaborador ou outro tipo de relacionamento da organização por meio da verificação de seus dados e relacionamentos públicos com outras companhias.

A advogada salienta que um dos pontos fundamentais de toda política antidiscriminatória nas empresas é a isonomia. Isso significa que seu alcance deve atingir todos os integrantes da hierarquia corporativa, alcançando desde a alta administração até estagiários, aprendizes, terceirizados e os que estejam atuando como prestadores de serviços em nome da empresa. “Essa prática traz grande relevância no plano social, tendo em vista que aumenta a representatividade da população na participação do quadro de funcionários, bem como aumenta as possibilidades de novos mercados consumidores, fazendo, assim, aumentar os investimentos na economia.”

Tecnologia como aliada

Uma dica pertinente em relação à prática de checagem de terceiros é o investimento em soluções tecnológicas de big data emineração de dados. Essas plataformas são capazes de trazer informações importantes em um curto espaço de tempoDessa forma, equipes de compliance, RH e gestão de riscos conseguem realizar mais checagens e tomar as suas decisões de forma mais assertiva.

Dados sobre processosmídia negativa também podem ser eficazes na identificação de candidatos que já cometeram atos discriminatórios na internet, antigos empregos ou outras situações.

Munidos dessas informações, explica Walquiria, gestores e analistas conseguem identificar de forma mais assertiva possíveis riscos à organização, garantir contratações e relacionamentos mais transparentes, reduzir custos e adotar ações estratégicas mais eficazes. “Nos dias de hoje, o alto índice de atos discriminatórios, corrupção, fraudes e processos trabalhistas, envolvendo tanto colaboradores, quanto outros relacionamentos das empresas (fornecedores, investidores, transportadoras, entre outros), evidencia a necessidade de investir em práticas de checagens e soluções que otimizem este tipo de processo. A prevenção e as boas práticas são sempre a melhor escolha”, afirma.

“Agora nosso maior desafio é econômico”

Fabio Arcuri, da Thermo Fisher Scientific, fala sobre medicina diagnóstica, as tendências do setor e as batalhas vencidas na pandemia.

4 de fevereiro de 2021

Quais foram os principais desafios que a indústria voltada à medicina diagnóstica enfrentou nos últimos meses? Como atuou para vencê-los e como pode auxiliar laboratórios nesse momento de recuperação? Para entender a visão das fabricantes, conversamos com Fabio Arcuri, commercial director da Thermo Fisher Scientific no Brasil e presidente do Conselho da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) na gestão 2020/2021.

A fornecedora norte-americana de reagentes, consumíveis, instrumentação e serviços está muito atuante na pandemia de COVID-19 ofertando testes para detecção da infecção pelo novo coronavírus e vislumbra, na área de biologia molecular para doenças infectocontagiosas, um caminho profícuo para o futuro do setor.

Nessa entrevista, Arcuri também fala sobre os principais desafios da saúde no Brasil – entre eles a necessidade de mudança no modelo de remuneração dos serviços para maior sustentabilidade do setor – e reforça a importância da união de diversos players dessa complexa cadeia.

Confira a entrevista completa.

Abramed em Foco – A pandemia de COVID-19 impactou todos os setores da economia, sem exceção. Quais foram os principais desafios enfrentados pela Thermo Fisher Scientific ao longo dos últimos meses e qual a estratégia adotada pela companhia para vencê-los?

Fabio Arcuri – A pandemia nos atingiu em duas vertentes distintas. No que tange a RT-PCR e outros exames moleculares, tivemos uma participação muito importante no mercado global e provemos condições para que o Brasil conseguisse ofertar uma grande quantidade de testes para COVID-19. Nesse cenário, nossos principais entraves estavam atrelados à capacidade produtiva e à importação, entrega, instalação e validação das metodologias para que todo o negócio pudesse funcionar. Foi, de fato, um desafio muito grande conseguir que tantos clientes tivessem suas plataformas funcionando e apenas alcançamos sucesso por montarmos uma força-tarefa específica para esse mercado.

Paralelamente, assim como tantas outras empresas, sentimos o impacto no restante do portfólio que, desvinculado à COVID-19, sofreu certa anemia. Nesse ponto, nosso desafio foi, mesmo com a queda de volume e com as dificuldades logísticas, continuar provendo os serviços e produtos aos nossos clientes, mantendo nossa capacidade de entrega.

Abramed em Foco – Quais as particularidades do mercado brasileiro nesse momento de crise?

Fabio Arcuri – Diferente de outras nações, o maior desafio do Brasil foi a política de testagem. O país não soube se organizar. Tivemos, inclusive, que atuar junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para estender o prazo de validade dos reagentes, pois o governo não conseguiu distribuir e utilizar todos os testes disponibilizados. Faltou uma melhor estruturação para a testagem. Além disso, o país utiliza poucos testes diferentes do RT-PCR, um teste molecular de alta complexidade que nem todos os laboratórios têm infraestrutura para oferecer. Enquanto isso, dispomos da sorologia, um teste mais simples, porém que carece de uma validação mais profunda, até porque a pandemia nos afetou de forma muito ágil.

Abramed em Foco – Como tem sido o relacionamento da Thermo Fisher Scientific com seus clientes brasileiros durante a crise? Dificuldades surgiram?

Fabio Arcuri – Todos estão conectados digitalmente, então não observamos dificuldades para acessar nossos clientes laboratoriais. Com os médicos clínicos, que recebem os pacientes nos consultórios, sofreram com a ausência desses pacientes e, depois, com a sobrecarga advinda da retomada dos atendimentos e das abordagens comerciais, enfrentamos mais dificuldades. Eu, Fabio, sinto certa falta da proximidade física, mas acredito que o mercado vai adotar essa política virtual que permite mais flexibilidade às pessoas. Um membro da área comercial, por exemplo, consegue atender um parceiro em São Paulo e, no momento seguinte, outro em Portugal.

Agora, existem atividades que precisam da presença e o maior entrave percebido dentro da Thermo Fisher Scientific foi no campo de aplicação e serviços, visto que não são atividades que podem ser feitas à distância, obrigando os profissionais a se deslocarem junto com os equipamentos para instalação. Mas o importante é que tivemos um saldo positivo. Alguns poucos casos de COVID-19 em nosso time, todos leves, sem complicações e, principalmente, sem nenhum óbito.

Abramed em Foco – Os investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação se mostraram ainda mais relevantes?

Fabio Arcuri – A Thermo Fisher Scientific já investe uma porcentagem interessante do seu lucro em P&D de novos produtos, mas houve uma aceleração do processo como um todo e, sem dúvida, uma canalização desses investimentos para a área de biologia molecular em doenças infectocontagiosas. Essa é uma estratégia global e o mercado brasileiro tem muito potencial, pois tem mais de 210 milhões de habitantes e um setor público de saúde atuante, o que é fundamental para a disseminação desses exames. O que falta, no caso, não é nem estrutura para ofertar esses testes, mas estratégias que viabilizem essas negociações.

Pensando apenas nos exames RT-PCR, que se popularizaram agora na pandemia, existem máquinas, instrumentos, tipos de reagentes que permitem executar uma grande quantidade de testes por hora, mas o governo acaba comprando o sistema com baixo rendimento. Focado nos gastos, não percebe que a rápida entrega de resultados, em casos como esse, de pandemia, é muito mais vantajosa.

Abramed em Foco – Quais os principais pontos de atenção para o futuro da medicina diagnóstica?

Fabio Arcuri – Em primeiro lugar podemos colocar o point-of-care (testes feitos no ponto de atendimento), uma realidade que vai se tornar a cada dia mais presente no nosso meio. O segundo ponto é que, na virologia, muitas das doenças infecciosas passarão a ser testadas via diagnóstico molecular, pois é uma metodologia com maior eficácia diagnóstica para detecção desses patógenos. Não que a sorologia perca importância, pois é uma área que se mantém em alta e podemos observar isso agora com a vacinação contra a COVID-19, quando esses testes sorológicos serão fundamentais para entender o comportamento das pessoas frente à imunização. O terceiro ponto está na espectrometria de massas, testes que também representam aumento da sensibilidade e trazem resultados clinicamente ainda mais confiáveis.

Abramed em Foco – Como, a seu ver, a indústria pode auxiliar laboratórios e clínicas a recuperarem seus negócios afetados pela pandemia? Quais soluções são mais emergenciais?

Fabio Arcuri – Acredito que, agora, o maior desafio é econômico. Temos 210 milhões de habitantes, mas cerca de 50 milhões são responsáveis, segundo dados da CBDL, por metade do mercado de diagnóstico in vitro no país. Isso significa que essas 50 milhões de pessoas consomem o mesmo que os outros 170 milhões restantes. E assim vemos o nível da desigualdade.

O setor laboratorial privado está cobrindo um segmento que o Governo Federal não consegue atender, mesmo a saúde sendo um direito constitucional universal. Porém, esses laboratórios dependem, em sua grande maioria, de pacientes advindos dos planos de saúde, que são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Inicia-se, então, uma sequência que impacta a sustentabilidade do sistema.

Dentro da cadeia da saúde, há uma forte pressão nos custos dos procedimentos laboratoriais, causados por desequilíbrios macroeconômicos que se arrastam no tempo. Entre eles, a desvalorização cambial.  É importante lembrar que mais de 70% dos produtos e insumos IVD (In Vitro Diagnostics) são importados e, por sua vez, têm o custo impactado pela desvalorização cambial dentro de uma política fiscal pouco amigável. Esta situação afeta a saúde geral da cadeia e, portanto, dos fornecedores também.

O que precisamos é batalhar pela mudança no modelo de remuneração que impacta toda essa cadeia de serviços em saúde. Somente assim ofertaremos os melhores exames atendendo toda a população brasileira. Para contribuir com esse cenário de maior eficiência, a indústria está desenvolvendo metodologias em parceria com a academia e com as sociedades médicas para aplicar algoritmos decisórios capazes de otimizar o diagnóstico.

Abramed em Foco – Como enxerga a atuação da Abramed na medicina diagnóstica? O que espera da entidade como parceira para melhoria do setor?

Fabio Arcuri – Vejo a união da Abramed e de seus associados a outras entidades como uma postura muito positiva que tem levado a uma agenda alinhada às sociedades médicas, à academia e ao setor produtivo e comercial. Mesmo que alguns pleitos sejam diferentes, há muito interesse em comum, agendas sinérgicas. É o caso, por exemplo, desse trabalho por novos modelos de remuneração, que não é apenas uma necessidade da medicina diagnóstica, mas do setor de saúde como um todo.

Mamografia – Número de exames cai pela metade na pandemia

Diagnóstico tardio reduz consideravelmente a chance de cura e aumenta os custos do tratamento; há desigualdade na distribuição de mamógrafos no país

7 de fevereiro de 2021

O Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, traz luz ao tema, porém os dados relativos ao principal exame para detecção precoce do câncer de mama não são muito animadores. Ao longo de 2020, ano assolado pela pandemia de COVID-19, o número de mamografias realizadas no país sofreu queda considerável tanto no sistema privado quanto no público, o que desperta um alerta sobre as consequências drásticas do diagnóstico tardio.

Somente nas empresas que integram a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) – que em 2019 representaram 56,4% do total de exames realizados na saúde suplementar – entre março e novembro de 2020 houve diminuição de 53,1% na quantidade de mamografias quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

“Com a suspensão dos procedimentos eletivos diversas unidades de atendimento foram fechadas. Além disso, com o receio da contaminação, muitas pessoas deixaram de realizar seus exames periódicos e se afastaram da assistência como um todo ao longo de 2020. As consequências podem ser graves. Em termos absolutos, a redução no número de mamografias chega a 1,5 milhão de exames”, comenta Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed.

No Sistema Único de Saúde (SUS), o cenário também é preocupante. Os números compilados pelo Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico mostram que, entre março e julho de 2020, foi observada uma queda de 63,4% no total de mamografias bilaterais para rastreamento realizadas no setor público ante igual período de 2019.

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que toda mulher com idade entre 50 e 69 anos faça uma mamografia a cada dois anos como forma de prevenção. Na saúde suplementar, antes da crise de COVID-19, o número de exames para essa faixa etária mantinha-se estável desde 2015, com cerca de 2,3 milhões de mamografias realizadas anualmente para rastreio de câncer de mama nessa população. “A perspectiva é que esse número também tenha caído entre 50% e 60% no setor privado ao longo de 2020”, diz o executivo. Esses dados tornam-se ainda mais preocupantes se considerada a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de que, no ano passado, foram mais de 66 mil casos da doença no país.

O diagnóstico tardio traz prejuízos para os pacientes e para os sistemas de saúde. Segundo o INCA, 95% dos casos de câncer de mama no país têm chance de cura quando detectados precocemente. Porém, antes mesmo da pandemia, não tínhamos uma detecção tão rápida assim. A edição de 2019 do Painel Abramed já enfatizava que 53,9% das pacientes eram diagnosticadas em estadiamento avançado, ou seja, nos estágios 3 e 4 da doença. Com o represamento das mamografias, essa estatística deve tornar-se ainda mais preocupante.

Paralelamente, o atraso na detecção das lesões impacta a sustentabilidade da prestação de serviços em saúde. A mais recente edição do Painel Abramed consolida, em números, essa consequência. Segundo o relatório de 2020, os custos diretos do tratamento do câncer de mama se elevam concomitantemente ao estadiamento da doença. Enquanto o tratamento iniciado no primeiro estágio custa cerca de R$ 12,9 mil, quando iniciado no segundo estágio o custo sobe para R$ 38,9 mil e, no terceiro estágio, chega a R$ 62,5 mil.

Todos esses dados se somam à mais um cenário que complica o acesso das brasileiras ao diagnóstico precoce dessa doença que mata 17,5 mil mulheres ao ano no país. Entre 2010 e 2019 aumentamos o número de mamógrafos em território nacional, passando de 4.214 para 5.847. Esse número atende ao parâmetro estabelecido pelo próprio Ministério da Saúde de que, para suprir a demanda populacional, é necessário contar com um mamógrafo para cada 240 mil habitantes.

Porém, ainda assim, 77,8% dos municípios não têm nenhum equipamento para realização desses exames. Seguimos em um cenário de desigualdade da oferta de mamografia já alertado pelo Painel Abramed de 2019 que enfatizava que quase metade dos equipamentos estão concentrados na região sudeste e a região norte tem apenas 6% dos mamógrafos em uso. “Quando temos uma discrepância na distribuição de serviços de saúde, nos deparamos com um vazio assistencial que precisa ser observado e vencido. Para isso, precisamos investir na gestão eficiente de recursos tanto no setor público quanto no privado, evitando desperdícios e ampliando as PPPs a fim de prover o atendimento necessário à população. Além disso, as economias de escala são essenciais para o desenvolvimento de uma rede assistencial economicamente sustentável e precisamos pensar na criação de incentivos regulatórios para viabilizar o desenvolvimento dessas redes”, finaliza Shcolnik.

Em nova fase da pandemia, laboratórios iniciam busca por testes com maior precisão para detecção pós vacinal

Dependendo do imunizante e do teste escolhido, resultado negativo não significa que vacina não foi eficaz, mas que o exame não foi capaz de identificar aqueles anticorpos específicos

4 de fevereiro de 2021

A medicina diagnóstica tem sido protagonista no cenário de pandemia de COVID-19. Em um primeiro momento, os testes foram fundamentais para detecção rápida e isolamento das pessoas infectadas a fim de evitar a disseminação desenfreada do novo coronavírus. Na sequência, para controle epidemiológico e compreensão da parcela da população já exposta ao patógeno, novos exames estão sendo utilizados. Agora que as vacinas foram disponibilizadas – até o fechamento dessa matéria eram mais de 2,2 milhões de brasileiros imunizados – a testagem assume um novo papel: o de checar a eficácia dos imunizantes.

“Há um desafio pela frente para os laboratórios: encontrar o teste sorológico com maior precisão para esse objetivo, visto que os atualmente disponíveis podem não conseguir apontar a presença dos anticorpos protetores gerados a partir dos diferentes estímulos vacinais”, explica Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Somente no Brasil, por exemplo, a vacinação foi iniciada com a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, mas já está sendo providenciado também o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca e há negociações em curso para inclusão, em nosso Programa Nacional de Imunização, de vacinas desenvolvidas na Índia e na Rússia.

Esse panorama ocorre porque os testes sorológicos são desenvolvidos para verificar a presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2, proteínas específicas que se ligam ao vírus com o intuito de defender o organismo. Porém, o vírus produz tipos diferentes de proteínas e o organismo pode contra-atacar por diversas frentes. As principais proteínas que estimulam o sistema imunológico são a Spike, responsável pela ligação do vírus na célula humana e peça-chave na infecção; e as do nucleocapsídeo viral, envelope que protege e carrega a carga genética do vírus, o RNA viral. Dentro desse cenário, os fabricantes de testes de anticorpos utilizam uma dessas proteínas para desenvolvimento dos reagentes.

Paralelamente, cada vacina tem um tipo de mecanismo diferente de levar à imunidade – lembrando que todas protegem, em maior ou menor grau, a população. Dependendo do tipo do imunizante, há um estímulo específico de anticorpos contra uma proteína. Se o teste sorológico utilizado não cobrir essa proteína, o resultado pode ser um falso-negativo em alguém que está, de fato, imunizado. É o que explica Alvaro Pulchinelli, diretor científico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

“A vacina de Oxford, por exemplo, basicamente simula a produção da proteína Spike. Para a pessoa que tomou esse imunizante, o teste que busca anticorpos contra a proteína Spike conseguirá identificá-los. Agora outros testes, que procuram na amostra do paciente, outras partículas do vírus, podem não funcionar para confirmar a eficácia dessa vacina específica”, detalha. Nesse caso, o resultado negativo não significa que a vacina não foi eficaz, mas que o teste escolhido não foi capaz de detectar aqueles anticorpos contra SARS-CoV-2 no paciente.

Não há essa preocupação para a testagem de pessoas que de fato contraíram a infecção e adoeceram, pois, nesse caso, a pessoa foi exposta ao vírus completo e teve seu sistema imune estimulado por mais de uma frente.

Diante desse alerta, para essa nova testagem, os laboratórios precisam ter acesso à qual imunizante o paciente recebeu para, então, identificar qual o melhor teste a ser feito, evitando, assim, resultados falso-negativos. “Importante enfatizar que os testes sorológicos tentam checar o estado imunitário do paciente e não dizer qual é a melhor ou pior vacina”, complementa Pulchinelli.

Caso haja uma demanda por testes sorológicos para checagem de eficácia das vacinas contra COVID-19, o setor pode trabalhar em conjunto a fim de encontrar os testes mais eficientes para esse objetivo, assim como foi feito no início da pandemia quando a Abramed e a SBPC/ML se uniram à Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e à Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) para a construção do Programa de Avaliação de Kits de Diagnóstico para SARS-CoV-2, projeto que utilizou a estrutura de grandes laboratórios nacionais para conferir a qualidade dos testes que chegaram ao nosso país e, posteriormente, divulgar os resultados de forma aberta no portal www.testecovid19.org.

Importante ressaltar que a Diretriz de Utilização (DUT) dos testes sorológicos para a rede de saúde suplementar não inclui a testagem pós-vacinal, ou seja, esse teste, até o momento, não está sendo coberto pelos planos de saúde.

Novas contribuições da medicina laboratorial no diagnóstico da COVID-19

Assinado por Carlos Eduardo Ferreira, presidente da SBPC/ML, artigo detalha atuação do setor frente a crise

03 de fevereiro de 2021

* Por Carlos Eduardo dos Santos Ferreira

Quase um ano se passou desde a detecção do primeiro caso do novo Coronavírus no País em fevereiro do ano passado. Foram diversas contribuições da Medicina Laboratorial e da SBPC/ML ao longo de 2020. A implantação das reações de PCR em tempo real “in house”, a chegada dos primeiros ensaios imunocromatográficos, a automação na reação de RT-PCR, os ensaios sorológicos de primeira geração, os POCTs de biologia molecular, as otimizações nos protocolos de extração do RNA viral, as novas gerações dos ensaios automatizados, testes de antígenos, LAMP (amplificação isotérmica), entre outras. Sem contar com o pioneirismo do Brasil nas alternativas diagnósticas, como a utilização de sequenciadores de última geração (NGS) e a espectrometria de massas na identificação de metabólitos dos vírus. E nesta leva a validação de métodos utilizando outras amostras alternativas ao uso das secreções de naso e oro faringe; tais como saliva e fezes na identificação dos vírus.

Já a SBPC/ML contribuiu em diferentes frentes no combate a pandemia. Criação do programa de avaliação de kits diagnósticos (testecovid19.org), estruturação de cursos, webinars em parcerias com outras sociedades médicas, o primeiro congresso virtual focado na infecção pelo Sars-CoV-2, veiculação de informação de qualidade na mídia aberta e fechada, entre outras inciativas.

As novidades e iniciativas não pararam por aí e não podem parar pois o vírus ainda circula mundo a fora. Com essa disseminação nos diversos continentes, o vírus foi se adaptando e mutando ao infectar diferentes organismos. A identificação destas mutações se faz necessária para o reconhecimento de novas linhagens do vírus. Estas novas cepas devem ser avaliadas do ponto de vista da infectividade e gravidade das mesmas. Por isso a genotipagem do vírus se faz necessária para que possamos avaliar estas diferenças nos pacientes, o impacto no tratamento e na prevenção com as diferentes vacinas que estão no mercado. Outro ponto de destaque na utilização prática da genotipagem se faz na identificação de surtos por cepas específicas em ambientes específicos. Esta genotipagem antes restrita aos laboratórios de pesquisa está ganhando mais relevância na condução da pandemia.

Outro ponto de destaque da Medicina Laboratorial é a evolução dos testes sorológicos. No início da pandemia os ensaios foram desenvolvidos avaliando as diferentes classes de imunoglobulinas (IgA, IgM e IgG) em resposta a diferentes epítopos proteicos.  Com o avanço das pesquisas verificou-se que a produção destas classes anticorpos aconteciam praticamente de forma simultânea e que grande parte destes anticorpos não ofereciam capacidade de neutralizar o vírus. A resposta imune natural e vacinal é melhor avaliada com anticorpos mais maduros (IgG) contra um epítopo spike (S1). Esses anticorpos apresentam capacidade de impedir que o vírus entre na célula para se replicar.  Os chamados anticorpos neutralizantes ligam-se à ligação ao receptor (RBD) da proteína epítopo viral, bem como a outros domínios, evitando que o vírus se ancore em seu receptor de entrada (ACE2), este presente em grade parte das células do nosso organismo.  A indústria diagnóstica já começou a disponibilizar ensaios avaliando a produção destes anticorpos contra estes epítopos.

Para fechar as novidades, a SBPC/ML em parceria com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) em parceria com laboratórios públicos e privados em um projeto inédito em parceria com a Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa) está revalidando os kits diagnósticos destinados ao diagnóstico da COVID-19 que já estão expirados. Os testes rigorosos de revalidação já estão sendo realizados e a Anvisa determina se o produto pode ou não continuar a ser utilizado para a prática clínica.

O diagnóstico laboratorial ganhou e vem ganhando protagonismo desde o início da pandemia. Um diagnóstico rápido e preciso contribuiu no controle da disseminação do vírus permitindo um isolamento rápido do paciente infectado. Vamos em frente buscando sempre uma melhoria contínua para que possamos superar este momento difícil para todos.

* Carlos Eduardo dos Santos Ferreira é Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML)

Quantificar a resposta vacinal para a Covid-19 é o próximo passo no combate à pandemia

Identificar tipo e quantidade de anticorpos produzidos contra Covid-19 será eficiente estratégia para controle da pandemia

26 de janeiro de 2021

Os testes sorológicos convencionais usados para diagnosticar a Covid-19 ajudaram a traçar o perfil epidemiológico da doença no Brasil até agora. Porém, com o avanço da ciência e a evolução da pandemia, é necessária a utilização de testes quantitativos para SARS-CoV-2, que podem ser utilizados tanto para acompanhar a evolução de pacientes que tiveram uma infecção natural quanto para conferir se a resposta vacinal foi eficiente.

Em ambos os casos, é importante detectar a quantidade de anticorpos IgG direcionados ao domínio S1 da proteína Spike do vírus, onde está localizada a região RBD. Este é o principal sítio que permite a ligação do vírus na célula do hospedeiro, especificamente na região ACE2. Portanto, todo anticorpo direcionado para essa região provavelmente apresenta uma capacidade de neutralização maior.

“O kit diagnóstico anti-SARS-CoV-2 QuantiVac foi desenvolvido pelo método ELISA e usa um antígeno altamente específico, baseado no domínio S1 viral para quantificar os anticorpos da classe IgG, apresentando alta correlação com a detecção de anticorpos neutralizantes. Uma grande vantagem dos testes pelo método ELISA é que qualquer departamento de imunologia pode realizá-los, ao contrário da PRNT, padrão ouro para identificação de anticorpos neutralizantes que necessita de uma estrutura de biossegurança de nível 3, muito rara no Brasil”, explica Michel Soane, gerente de pesquisa e desenvolvimento do Eurohub, hub de geração e disseminação de conhecimento da EUROIMMUN Brasil.

Soane ressalta que estudos demonstraram que entre os indivíduos que positivaram em testes S-RBD, 86% possuíam anticorpos neutralizantes. Por outro lado, com os testes direcionados ao nucleocapsídeo, esse percentual foi de apenas 74% (McAndrews et al, 2020). Esses números demonstram a importância da quantificação dos anticorpos anti-S1. É fundamental destacar que nenhuma vacina possui eficácia de 100%, portanto, ser imunizado contra SARS-CoV-2 não garante que o indivíduo está totalmente protegido. Para confirmar, é necessária a realização do teste sorológico para a quantificação de anticorpos após tomar todas as doses recomendadas.

CBR tem nova diretoria

A posse aconteceu em cerimônia on-line e será para o biênio 2021-2022

20 de janeiro de 2020

A nova Diretoria do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), biênio 2021-2022, agora presidida pelo Dr. Valdair Muglia, tomou posse essa semana, durante evento on-line que contou com a presença de diversos ex-presidentes, presidentes de sociedades estaduais e de instituições parceiras.

O Dr. Aldemir Humberto Soares, ex-presidente do CBR, iniciou a cerimônia destacando os desafios que vivemos atualmente, os quais fizeram com que o evento ocorresse de forma virtual. “Apesar das dificuldades, a pandemia incentivou um importante crescimento tecnológico necessário para a execução de atividades, que eram encaradas com naturalidade quando realizadas presencialmente. A radiologia sempre foi protagonista na aceitação e incorporação de tecnologia, assim, não poderia deixar de mostrar toda a sua capacidade realizando atividades on-line, como mostra o expressivo resultado do Congresso CBR20.”

Em seu discurso, o Dr. Alair Sarmet Santos, ex-presidente do biênio 2019-2020, reforçou os agradecimentos, destacando os principais desafios e aprendizados da sua gestão. “Antes de mais nada, agradeço a Deus e à minha família o apoio para que eu tivesse a oportunidade de prestar esse serviço ao CBR. Agradeço também a cada membro da nossa diretoria que esteve do meu lado, me orientou, me ajudou em todos os momentos.” O médico reforçou ainda os seus agradecimentos ao Conselho Consultivo, aos colaboradores e parceiros do CBR durante a sua gestão, especificamente, no ano de 2020, que foi desafiador e de muitas dificuldades em razão da pandemia da Covid-19.

O novo presidente do CBR, Dr. Valdair Muglia, enfatizou no seu discurso os agradecimentos aos colegas que estarão com ele nos próximos dois anos pela confiança depositada. Além disso, destacou os esforços que a instituição vem fazendo ao longo dos anos para cada vez mais atender e apoiar o seu maior patrimônio, que são os seus associados.

“É claro que a nossa tarefa é continuar o que já vem sendo feito, promovendo as ações necessárias, e que tenhamos como perspectiva atender a cada membro, cada associado, de maneira muito específica, para que ele se sinta acolhido em todas as suas demandas. Gostaria de reiterar uma visão que não é só minha: o maior patrimônio do CBR são os seus membros. Para continuar o que vem sendo feito, daremos seguimento, nestes próximos dois anos, a todo esse trabalho em prol da radiologia brasileira, que legitimamente é representada pelo colégio. De uma perspectiva pessoal, eu gostaria que fosse possível transpor para as instituições o ensinamento de um grande médico de almas, que diz que aquele que olha para dentro cresce. Espero que isto também sirva para esse processo do CBR: olhar para dentro para poder despertar e crescer”, finalizou.

Mantida a isenção de ICMS para equipamentos e insumos da saúde no estado de São Paulo

Liminar pleiteada pela Abramed teve parecer favorável em 13 de janeiro

20 de janeiro de 2021

Com o pacote de ajuste fiscal do Estado de São Paulo, que envolvia os decretos nº 65.254/2020 e nº 65.255/2020, o setor de saúde sofreria a revogação da isenção do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) que, prevista no Convênio 01/99, beneficiava a aquisição de medicamentos, insumos e equipamentos médico-hospitalares. Porém, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), bem como outras entidades representativas do segmento, conseguiu, em 13 de janeiro, decisão judicial favorável para afastar essa revogação.

A liminar, assinada pela juíza Laís Helena Bresser Lang, da 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, reforça que “a respectiva revogação, via decreto, é ilícita e causa ainda prejuízo direto à população pela consequente e provável oneração dos serviços de saúde prestados”. A alegação da magistrada é de que essa modificação cabe à lei complementar, visto que o ICMS é um tributo de natureza remuneratória.

“Conseguimos a liminar favorável e os associados à Abramed seguem com isenção do tributo para a compra de produtos diversos como chapas e filmes para raio-X, drenos para sucção, cateteres e eletrodos”, pontua Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed. O executivo reforça, no entanto, que a lista completa de produtos beneficiados infelizmente não contempla insumos laboratoriais.

A Abramed requereu o aditamento da decisão judicial, no último dia 15 de janeiro, e os fornecedores foram abrangidos pela liminar e devem manter a isenção de ICMS nas operações com destino aos associados da Abramed.

Diante desse cenário, a Associação sugere às empresas de medicina diagnóstica que comuniquem seus fornecedores para negociar a aplicação da isenção de ICMS nas compras dos produtos e insumos listados pela legislação. Clique AQUI para acessar a lista completa dos itens que seguem com isenção.

Abramed tem nova diretora-executiva

Milva Pagano é advogada e assumiu o cargo em 18 de janeiro

19 de janeiro de 2021

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) tem uma nova diretora-executiva. Profissional com vasta experiência no segmento da saúde, Milva Pagano é advogada e tem MBA em direito da economia e da empresa pela Fundação Getúlio Vargas.

Com destacado perfil de liderança, Milva reúne as características ideais para a posição por ter atuado com reestruturação organizacional e institucional e por sua vivência significativa no segmento de gestão de saúde, inclusive no âmbito da saúde suplementar.

“Minha trajetória no complexo segmento de gestão da saúde suplementar e corporativa e minha atuação junto às associações fortaleceram meu olhar para a construção social. Acredito que, na Abramed, poderei agregar valor aos desafios da medicina diagnóstica, um importante elo do ecossistema da saúde”, pontua.

Com expertise na área de consultoria, Milva também auxiliou a construção de experiências oferecendo apoio às ações estratégicas devido à sua habilidade de converter dados em inteligência. Além disso, a executiva construiu bons caminhos de contato com públicos estratégicos, poder executivo, órgãos de proteção e defesa do consumidor e, também, com a imprensa, característica indispensável a quem está na direção de uma entidade como a Abramed.

Idealizadora, coordenadora e coautora do livro “Boas práticas de gestão em saúde corporativa”, lançado com a Editora Leader, Milva coordena o curso de extensão em Gestão de Saúde Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e já assumiu desafios diversos presidindo, ao longo de sua jornada, entidades como a Associação Brasileira dos Profissionais de Recursos Humanos (ABPRH) e a Aliança para Saúde Populacional (ASAP).